25 de abril de 2024 02:23

Prefeitura vai romper contrato com a Copasa: “Não aguento mais esta situação e perdi a paciência”, desabafa o prefeito Ivar

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Prefeito Ivar

Após o Ministério Público afirmar que acabou a tolerância com a Capasa, agora chegou a vez do prefeito Ivar Cerqueira (PSB) também de fazer um desabafo público contra a estatal.
Na manhã de hoje, dia 25, durante solenidade de prestação de contas da administração 2013/2015, o prefeito desafogou suas críticas contra a Copasa pelo descumprimento de diversas cláusulas. Em julho de 2014, Ivar assinou o contrato de renovação dos serviços de água e esgoto por mais 30 anos com a estatal mineira. “Perdi a paciência. A gente não aguenta mais a Copasa. Então vamos ao judiciário e em todas as esferas que foram necessárias para pedir a nulidade e a caducidade deste contrato. Não vamos ficar aguentando este jogo da empresa com o povo de Lafaiete. Temos que por um basta nesta relação”, confessou.
E continuou seu discurso duro contra a empresa: “Vamos abrir uma nova licitação para que empresa que vencer trate bem nossos cidadãos e preste um serviço digno e de qualidade. O povo está penando nas mãos da empresa. Digo que perdemos a paciência e não aguentamos mais de tantas reclamações e pela incapacidade de cumprir o que a empresa acordou. È uma tremenda falta de responsabilidade com nosso povo”, esbravejou Ivar.
Em seguida ele enumerou o “fedozão da ETE Bananeiras”, a sujeira e esgoto do Ventura Luiz e o descumprimento em tapar os buracos nas ruas em 24 horas como uns dos principais problemas em Lafaiete. “O que a gente não pode mais suportar é a negligência da empresa com nossa cidade. Por isso vamos usar todos os meios legais para trazermos outra empresa para nossa cidade para que possa prestar um serviço de qualidade no abastecimento da á

Promotor também sugeriu rompimento com a Copasa

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Glauco Peregrino

Há anos a Copasa vem enfrentando resistência pelos serviços prestados em Lafaiete. Como não bastasse o anúncio de nulidade do contrato feito pelo prefeito Ivar, o Ministério Público acionou a empresa em pelo menos 5 ações judiciais com multas que chegam a mais de R$ 6 milhões. Os problemas são os mesmos: não cumprimento dos prazos definidos nos contratos, como por exemplo, a eliminação do mau cheiro da ETE Bananeiras, que se arrasta há mais de 5 anos. Há mais de um mês a empresa reconheceu erro na obra da ETE e disse que estaria tomando medidas para sanar o mau cheiro, mas insinuou que não seria eliminado por completo.
Em entrevista ao site do CORREIO DE MINAS, o promotor Glauco Peregrino também defendeu nulidade e contratação de uma nova empresa.
“Entendo que, ante os constantes descumprimentos das obrigações assumidas no contrato de concessão, cabe à administração municipal avaliar eventual rescisão do contrato de concessão. Talvez uma outra empresa, selecionada através de licitação, demonstre mais interesse em solucionar o problema. De qualquer forma, o MP continuará promovendo as ações judiciais cabíveis para resolver essa importante questão”, avaliou Peregrino. Em caso de uma nova ETE Bananeiras, os responsáveis pela construção da atual obra serão responsabilizados civil e criminalmente.

Fotos:Arquivo/Reprodução

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