Quase metade dos brasileiros de até 17 anos vive abaixo da linha nacional de pobreza, segundo IBGE

De acordo com o levantamento, praticamente cinco a cada dez jovens do país sobrevivem com US$ 6,85 por dia, cerca de R$ 35

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (9) que quase metade da população brasileira de até 17 anos de idade está abaixo da linha nacional de pobreza, vivendo com US$ 6,85 por dia, aproximadamente R$ 35.

Em 2022, segundo o órgão, 49,9% das crianças de 0 a 5 anos de idade estavam nessa condição. Entre o público de 6 a 14 anos, a taxa foi de 48,5%. Entre adolescentes de 15 a 17 anos, o indicador foi de 46,6%. Veja os resultados:

Proporção da população abaixo da linha nacional de pobreza

Os dados do IBGE são da publicação ‘Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – Caderno Desigualdades – primeiras análises’. O documento traz estatísticas sobre sete indicadores globais dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que apresentam um retrato das desigualdades dentro dos países do G20 e entre eles, com a informação mais recente disponível para a maioria dos países.

O G20 é um grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. Os ODS analisados pelo levantamento são pobreza, saúde, educação, gênero, crescimento econômico e trabalho decente, desigualdades e paz, justiça e instituições eficazes.

Segundo o IBGE, “a desagregação de dados para os indicadores ODS é fundamental para a implementação da Agenda 2030 e seu princípio de ‘não deixar ninguém para trás’, pois permite captar a população em situação de vulnerabilidade e as desigualdades, para então combatê-las através de políticas públicas”.

 

FONTE R7

Volta às aulas: 10 dicas para identificar bullying e cyberbullying com crianças e adolescentes

É preciso estar atento! Isolamento social, angústia ao ir à escola, depressão e ansiedade podem ser sinais de bullying

O mês de fevereiro marca o retorno às salas de aulas em todo o país. Para alguns, a volta às atividades escolares é um dos momentos mais aguardados, porém para outros, pode ser um momento de grande angústia e depressão. Tanto pais como educadores devem estar atentos a sinais como ansiedade, crises de pânico, isolamento social, depressão, automutilação e até tentativa de suicídio entre crianças e adolescentes, pois são essenciais para identificar a ocorrência de bullying e de cyberbullying.

As escolas devem promover um ambiente seguro e inclusivo, onde os alunos possam se sentir à vontade para relatar qualquer episódio de bullying ou cyberbullying, de forma a permitir a escola tomar medidas imediatamente, sempre mantendo uma comunicação aberta com os pais, o que é fundamental ao longo de todo o processo, e também oferecendo conforto emocional aos vitimados. 

Muitos dos casos de bullying e cyberbullying acontecem em tom de brincadeira, mas é importante entender que não é “apenas” uma diversão. Se causa sofrimento ou vergonha não é algo natural e deve ser evitado. “Dar apelidos, fazer brincadeiras que rebaixem o indivíduo em sua etnia, religião, deficiência e aparência física, orientação sexual ou classe social, de forma discriminatória agora é crime, não é só uma brincadeirinha não intencional”, comenta Douglas Gonzalez, coordenador de advocacy e relações institucionais do ChildFund Brasil, organização que há 57 anos atua na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. 

No mês de janeiro, foi sancionada a Lei 14.811/2024, que inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal – e institui a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, também ampliando a punição de crimes cometidos contra o público infantojuvenil.

A lei também inclui na lista de crimes hediondos o induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação realizados por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitidos em tempo real, o sequestro e cárcere privado cometido contra menor de 18 anos e o tráfico de crianças e adolescentes. Nestes crimes, não há a possibilidade de pagamento de fiança, indulto, liberdade provisória. A progressão da pena acontece de forma mais lenta, trazendo ainda mais segurança jurídica para combater os crimes contra crianças e adolescentes. 

“Houve uma grande mudança na legislação e o ChildFund está atento a este cenário, pois temos como bandeiras da nossa atuação: a proteção à infância, e a prevenção da violência contra crianças e adolescentes em nosso país. A maior parte dos casos de bullying e cyberbullying é gerada pelo preconceito. Muitas crianças não possuem pertences novos, como materiais escolares, roupas ou calçados, sendo, portanto, rotuladas como ‘de classes sociais diferentes’, criando cada vez mais uma diferenciação depreciativa, uma discriminação vexatória e a ridicularização da vítima, o que, por sua vez, reforça os sentimentos de não pertencimento e inferioridade ao grupo da vítima e recrudesce sua situação de vulnerabilidade social”, explica Gonzalez.

Segundo um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre os resultados das quatro versões da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), cerca de 40% dos estudantes entrevistados admitiram ter sofrido bullying na escola. Ainda conforme a pesquisa, 24,1% dos alunos também declararam aos pesquisadores sentirem que “a vida não vale a pena”, após terem sido vítimas do ato. “E o bullying é um problema maior ainda se a estrutura familiar for precária, sem apoio emocional para esta criança, que poderá crescer com muitas sequelas gravíssimas, que levam um longo período para serem tratadas e que atingem a autoestima dessa criança, arrastando-se para idade adulta, principalmente, se não for abordada durante a infância com a ajuda de especialistas”, complementa Gonzalez.

Qual a diferença entre bullying e cyberbullying?

Uma prática intencional e recorrente de ameaçar, agredir ou intimidar uma pessoa, o bullying gera uma ação de violência repetida contra a criança ou o adolescente, o que difere é apenas o ambiente em que ocorre as agressões. O bullying ocorre, geralmente, no ambiente escolar. Já o cyberbullying é realizado por meio da internet, envolvendo o uso de jogos on-line, redes sociais, WhatsApp, e-mails ou outros meios que possam ridicularizar, difamar, excluir,  cancelar, assediar, perseguir e/ou intimidar a vítima.

Como agir para proteger as crianças e os adolescentes?

O primeiro passo é dialogar com a criança ou o adolescente, ou procurar a entidade escolar para entender uma mudança de comportamento repentina. Alguns dos sintomas mais comuns para quem sofre bullying ou cyberbullying são: falta de apetite, alterações no sono, mudanças de humor, isolamento social, queda do desempenho escolar, falta de vontade ou pânico ao ir à escola e não utilizar mais celulares ou computadores.

“É necessário que os pais e a entidade escolar estejam sempre atentos às mudanças de comportamentos de quem sofre bullying, seja no mundo real ou no virtual. O diálogo, em um espaço seguro, onde não ocorra vitimização, julgamento e menosprezo da vítima, é essencial para evitar que esta criança ou adolescente desenvolva um trauma psicoemocional e o carregue consigo para vida adulta de forma consciente ou não”, comenta Mauricio Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil.

Identificar o bullying pode ser desafiador, pois muitas vezes acontece de forma sutil ou em locais onde a supervisão é limitada. No entanto, existem alguns sinais comuns que podem indicar que a criança ou adolescente está sofrendo bullying ou cyberbullying. Abaixo, seguem 10 dicas para ajudar a identificá-los:

1) Mudanças repentinas no comportamento da pessoa, como isolamento, tristeza, ansiedade ou agressividade;

2) Queda no desempenho escolar e/ou falta de interesse na escola ou em atividades extracurriculares;

3) Queixas frequentes de dores de cabeça, dores de estômago ou outros problemas de saúde sem causa aparente;

4) Dificuldades para dormir ou pesadelos frequentes e mudanças nos hábitos alimentares, como perda ou ganho de peso

5) Roupas, materiais escolares ou pertences pessoais danificados, perdidos ou roubados;

6) Comportamento de evitar lugares ou pessoas, especialmente colegas de classe;

7) Expressões de medo ao mencionar a escola, o ônibus escolar ou outros contextos sociais;

8) Dificuldade em fazer amigos ou manter relacionamentos interpessoais;

9) Ambiente digital: comportamento negativo ou hostil nas redes sociais e/ou mensagens ameaçadoras ou insultantes on-line;

10) Comentários indiretos sobre bullying, como “ninguém gosta de mim” ou “não aguento mais”. A vítima pode, em alguns casos, expressar diretamente que está sendo alvo de bullying ou cyberbullying.

Se você suspeitar que alguém está sendo vítima de bullying ou cyberbullying, é importante abordar a situação com empatia e procurar ajuda de professores, pais ou autoridades escolares e psicólogos. O diálogo aberto e seguro, e o suporte são cruciais para lidar eficazmente com o  este problema.

Sobre o ChildFund Brasil

O ChildFund Brasil é uma organização que atua na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, para que tenham seus direitos respeitados e alcancem o seu pleno potencial. A fundação no Brasil foi em 1966, e sua sede nacional se localiza em Belo Horizonte (MG). A organização faz parte de uma rede internacional associada ao ChildFund International, presente em 23 países e que gera impacto positivo na vida de 16,2 milhões de crianças e suas famílias. Foi eleita a melhor ONG de assistência social em 2022, e a melhor para crianças e adolescentes do país, por três anos (2018, 2019 e 2021), além de estar presente, também, entre as 100 melhores por seis anos consecutivos pelo Prêmio Melhores ONGs. Informações www.childfundbrasil.org.br

Violações contra crianças e adolescentes crescem quase 80% em MG

Risco de violência é maior nas férias, quando casos ficam mais velados

“Me lembro de xingamentos e, às vezes, um tapa ou chinelada na gente”. O relato é da cartorista Virgínia (nome fictício), hoje com 37 anos, moradora de BH e que nasceu e cresceu em Rio Manso, na região Central de Minas, sobre a educação que ela e os irmãos receberam dos pais na infância. “Sinceramente, acho que me fez mal, me causou ansiedade, mas também entendo que eles não fizeram por maldade”, diz.

A violência sofrida pela profissional no seio familiar, infelizmente, é realidade em muitas casas brasileiras, mesmo três décadas depois. No ano passado, o número de violações físicas (como tapas e espancamento), psíquicas (humilhação, xingamentos etc.) e sexuais contra o público de 0 a 17 anos subiu 79,3% em Minas Gerais em relação a 2022 – de 67.310 para 120.688, mais de 330 violações por dia, em média. 

Os números estão no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Além das denúncias feitas por cidadãos comuns pelo Disque 100, o levantamento inclui dados de ocorrências registradas pelas forças de segurança pública.

O aumento, segundo Duílio Campos, subsecretário de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), é reflexo da pandemia e requer atenção ainda maior no período de férias escolares – época em que as vítimas ficam mais tempo em casa, em contato com os agressores, e não têm o auxílio de entes externos, como a escola, para identificar sinais de violência e denunciar. “Era esperado que houvesse um aumento crescente a partir do fim do isolamento social. A criança, por si só, não vai atrás de socorro nem consegue muitas vezes perceber que está sofrendo violência”, afirmou Campos. 

Entre as 120.688 violações registradas em Minas no ano passado, 53.432 (44,2%) foram de violência física; 48.237 (39,9%), psíquica; e 4.675 (3,87%), sexual. As principais vítimas são meninas (50,16%), e os agressores costumam ser familiares mais próximos. “A violência é multicausal, com muitos fatores envolvidos, mas a violência sofrida na infância e na adolescência pode interferir na fase adulta, de modo que a pessoa reproduza a violência em parceiro íntimo”, disse a doutora em psicologia Catarina Gordiano, que tem estudo sobre as consequências da violência emocional no público infantojuvenil, pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

As sequelas para a vítima de violência, porém, não aparecem somente na vida adulta. Ainda na infância, ela pode apresentar ansiedade, depressão, autoimagem negativa, medo e agressividade. “Outros sinais ainda incluem uso de drogas e álcool e até ideação suicida”, completa Catarina.

POPULAÇÃO DEVE FICAR ATENTA AOS SINAIS, DIZ GOVERNO

Para combater a violência infantojuvenil, o governo de Minas lançou, há cerca de um mês, uma campanha com orientações à população sobre os sinais que podem ser identificados nas vítimas. “Choro sem motivo, apatia, falta de apetite. São pistas que a criança vai deixando, que podem indicar que ela está sofrendo algum tipo de violência”, afirmou Duílio Campos, subsecretário de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

A campanha está espalhada em outdoors e anúncios de rádio e internet. “É um alerta para que a população esteja atenta e possa ajudar a socorrer essas crianças”, completou. O governo informou ainda que vai qualificar 7.000 conselheiros tutelares neste ano.

Já a Prefeitura de BH declarou que realiza campanhas educativas contra o trabalho infantil e a violência sexual contra crianças e adolescentes, sobretudo em grandes eventos, como o Carnaval.

NO TOPO

No Brasil, o principal grupo vulnerável a violações à integridade física, psíquica e sexual no ano passado foi o de crianças e adolescentes, com 1.173.402 ocorrências. O número é mais que o dobro de registros de violência contra a mulher (548.564 casos) no Disque 100.

CONFIRA NÚMEROS DA VIOLÊNCIA INFANTOJUVENIL

Violência infantojuvenil
Perfil das vítimas que sofrem violência infantojuvenil

FONTE SUPER NOTÍCIA/O TEMPO

Polícia Civil de Minas incorpora projeto que usa redes sociais para localizar crianças e adolescentes desaparecidos

Fruto de uma parceria entre Ministério da Justiça e grupo Meta, Alerta Amber também é utilizado no Ceará e no Distrito Federal

Minas Gerais é uma das três unidades da federação que já possui o Alerta Amber, sistema que é ativado para casos graves de desaparecimento de crianças e adolescentes.

O projeto é resultado da parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o grupo Meta (detentora do Instagram e do Facebook).

“Quando registramos ocorrências de desaparecimento de crianças e adolescentes em que há risco de lesão corporal ou morte, comunicamos ao MJSP que, em seguida, notifica a Meta. Após análise da empresa, as redes sociais Instagram e Facebook emitem alertas aos usuários com a foto e informações sobre a pessoa desaparecida em um raio de abrangência de 160 quilômetros de distância do local da ocorrência”, explica a chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), delegada Ingrid Estevam.

A delegada ressalta ainda que os únicos requisitos utilizados para a divulgação de um caso pelo Alerta Amber são a faixa etária (crianças e adolescentes) e a gravidade do desaparecimento (risco de lesão corporal e/ou morte). 

“A divulgação pelo Amber Alert não é um serviço pago e não tem relação alguma com condição socioeconômica. É, sim, um projeto social, que vem somar esforços ao trabalho da PCMG na localização de crianças e adolescentes”, enfatiza.

Além da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), integram o projeto as polícias civis do Ceará e do Distrito Federal.

Eficiência nas investigações

Para a chefe da DRPD, o Alerta Amber, aliado às ações de investigação da Polícia Civil, irá impactar significativamente na celeridade dos trabalhos de localização de crianças e adolescentes desaparecidos.

“A agilidade na divulgação, proporcionada pelo Alerta Amber, complementa as investigações convencionais, agilizando a mobilização da comunidade e aumentando as chances de uma localização bem-sucedida. Essa ferramenta, aliada aos métodos tradicionais de investigação, cria uma abordagem abrangente e eficiente na busca por crianças desaparecidas, destacando-se como um recurso valioso para a segurança de crianças e adolescentes”, exalta Ingrid.

Desaparecidos em Minas

De acordo com o “Diagnóstico de Pessoas Desaparecidas e Localizadas nas Regiões Integradas de Segurança Pública de Minas Gerais”, que abrange o período de 2020 a 2022, 25,11% das pessoas desaparecidas são adolescentes, e 2,48% crianças. Entre as pessoas localizadas, 21,04% são adolescentes, e 1,50% crianças.

O que fazer em caso de desaparecimento de pessoa?

1- Procure uma Delegacia de Polícia ou unidade da Polícia Militar mais próxima da sua residência para registrar o desaparecimento. Tenha em mãos seu documento de identidade e foto recente e nítida da pessoa desaparecida

2- O registro do desaparecimento também pode ser feito virtualmente por meio da Delegacia Virtual

3- Apesar da carga emocional envolvida, é fundamental manter a calma para que as informações sejam repassadas, de forma clara e detalhada, para os policiais

4- O registro do desaparecimento deve ser feito imediatamente após identificar a quebra da rotina da pessoa desaparecida. Não aguarde 24 horas ou mais para procurar a polícia

Ponto focal do projeto

A Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) é a unidade especializada da Polícia Civil de Minas Gerais dedicada a investigar casos de desaparecimento ocorridos exclusivamente em Belo Horizonte, além de apoiar investigações de casos de desaparecimento no interior.

A unidade está localizada na Avenida Brasil, número 464, bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul da capital. O atendimento presencial é realizado das 8h30 às 18h30.

No entanto, dentro do projeto Alerta Amber, a DRPD é considerada o ponto focal em Minas Gerais. Assim, qualquer delegacia que registre desaparecimento de criança ou adolescente, considerado grave, deve comunicá-lo à Divisão, que irá acionar o MJSP para gerar o alerta.

Crédito das imagens: PCMG / Divulgação

Quase 5% das crianças e adolescentes do país estão em situação de trabalho infantil, aponta IBGE

Pesquisa também mostra que, em 2022, 756 mil jovens de 5 a 17 anos exerciam atividades da Lista TIP, do governo federal, que elenca as piores formas de trabalho infantil no Brasil.

O Brasil tem quase 1,9 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, o equivalente a 4,9% do total de jovens entre 5 e 17 anos no país.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2022, que foram divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse contingente havia caído de 2,1 milhões (ou 5,2%) em 2016 para 1,8 milhão (ou 4,5%) em 2019, mas voltou a subir em 2022. Em 2020 e 2021, esses dados não foram coletados por causa da pandemia de Covid-19.

A pesquisa também apontou que, em 2022, 756 mil crianças e adolescentes exerciam atividades da Lista TIP, do governo federal, que elenca as piores formas de trabalho infantil no país. No geral, são serviços que envolvem risco de acidentes ou são prejudiciais à saúde.

A lista inclui trabalho na construção civil, em matadouros, oficinas mecânicas, comércio ambulante em locais públicos, coleta de lixo, venda de bebidas alcoólicas, entre outras atividades.

Brasil tem 1,9 milhão de jovens em situação de trabalho infantil — Foto: Arte g1

Brasil tem 1,9 milhão de jovens em situação de trabalho infantil — Foto: Arte g1

A pesquisa do IBGE considera duas categorias de atividades:

  • econômica, que é a de quem trabalhou pelo menos 1 hora completa e foi remunerado em dinheiro, produtos, benefícios, etc, ou que não teve remuneração direta, mas atuou para ajudar a atividade econômica de algum parente.
  • de autoconsumo, que incluem pesca, criação de animais, fabricação de roupas, construção de imóveis e outras que sejam para uso exclusivo do jovem ou de parentes.

E nem todos os jovens que exercem essas atividades se enquadram na situação de trabalho infantil.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define trabalho infantil como aquele que é perigoso e prejudicial para a criança/adolescente e que interfere na sua escolarização.

Além disso, o IBGE classifica os resultados desse estudo como experimentais porque eles ainda estão sob avaliação e não atingiram um grau completo de maturidade em termos de harmonização, cobertura ou metodologia.

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A ‘cara’ do trabalho infantil

O estudo mostra ainda que a incidência do trabalho infantil aumenta com o avanço da idade.

Em 2022, 1,7% das crianças de 5 a 13 anos trabalhavam no Brasil, enquanto no grupo de 14 e 15 anos, a porcentagem era de 7,3%. O número mais que dobrava entre adolescentes de 16 e 17 anos, alcançando 16,3%.

Perfil das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Brasil — Foto: Luisa Rivas e Kayan Albertin/Arte g1

Perfil das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Brasil — Foto: Luisa Rivas e Kayan Albertin/Arte g1

Em relação à frequência escolar, a pesquisa constatou que 98% das crianças de 5 a 13 anos estudam, seja na população total ou entre as que estavam em situação de trabalho infantil.

A diferença surge, contudo, na faixa etária de 14 e 15 anos: 98,5% do grupo frequenta a escola, enquanto entre os trabalhadores infantis, a porcentagem cai para 96%.

Na população de 16 e 17 anos, 89,4% estudam, mas, ao considerar somente os adolescentes dessa faixa etária em situação de trabalho infantil, os estudantes são 79,5%.

A pesquisa mostra, ainda, o rendimento médio dos jovens trabalhadores infantis. A média é de R$ 716 por mês, e é possível observar uma proporcionalidade entre os valores recebidos e a quantidade de horas trabalhadas.

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Na divisão por gênero, o rendimento das meninas em situação de trabalho infantil (R$ 639) é equivalente a 84,4% do rendimento dos meninos (R$ 757).

Da mesma forma, o rendimento das crianças e adolescentes pretos ou pardos (R$ 660) é equivalente a 80,8% do rendimento dos brancos (R$ 817) nessa situação.

Os dados também apontam que, mesmo os jovens que trabalham 40 horas ou mais na semana não recebem um salário-mínimo.

FONTE G1

Idoso é preso por abusar sexualmente de pelo menos três adolescentes durante ‘consulta espiritual’

Segundo o inquérito, ele se aproveitava da fé das vítimas para cometer os abusos sexuais

Um idoso, de 76 anos, que se apresentava como pai de santo, foi preso suspeito de estuprar pelo menos três adolescentes de 12 e 14 anos, no bairro Céu Azul, em Venda Nova. Segundo o inquérito, ele se aproveitava da fé das vítimas para cometer os abusos sexuais.

As informações foram repassadas pela Polícia Civil em coletiva de imprensa no Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte, nesta manhã (20).

Segundo as autoridades, ele é dono de uma relojoaria onde, conforme as investigações, atendia as vítimas em uma sala nos fundos do estabelecimento. Durante as supostas consultas espirituais, os abusos aconteciam. Ele dizia fazer parte do processo “cura”.

As jovens eram enganadas desde dezembro de 2022. Foi no começo desse mês que as famílias tomaram conhecimento e procuraram a polícia.

O idoso foi preso nessa terça-feira (19). Ainda segundo a polícia, ele apresentava sinais de violência, pois teria sido agredido pela comunidade que soube dos supostos abusos cometidos por ele.

A polícia não descarta que mais vítimas devem procurar a corporação após a divulgação do caso.

*com informações de Oswaldo Diniz

FONTE ITATIAIA

Inauguração do Núcleo de Atendimento Especializado (NAE) Teresa Cristina Teixeira Merlo Deconto

Aconteceu na sexta-feira, dia 06, a inauguração do Núcleo de Atendimento Especializado (NAE) Teresa Cristina Teixeira Merlo Deconto, importante dispositivo municipal para o cuidado e acompanhamento das crianças e adolescentes neuroatípicas de Entre Rios de Minas.

Esse é o resultado de um esforço conjunto de profissionais de saúde, educadores e representantes do município, que se uniram para criar um ambiente acolhedor e inclusivo para essa parcela da população. O nome do núcleo homenageia uma figura inspiradora, que dedicou sua vida ao bem-estar desses jovens, simbolizando a importância da criação desse espaço.

A equipe multidisciplinar do NAE é composta por Clarissa Gontijo, gestora da APAE, Ana Carolina Moura, psicopedagoga, Laira Adriane Santana, psicóloga, Thais Cristina Gomes, fisioterapeuta, Lúcia Helena de Oliveira, fonoaudióloga, Maria Terra Ribeiro e Fabrícia Panzera, terapeutas ocupacionais.

Além da equipe, estiveram presentes na cerimônia de inauguração o prefeito José Walter Resende, a secretária municipal de saúde Elaine Emanuela, Lucyanne Cristina, representante do Conselho Municipal de Saúde, o vereador Ronivon Alves de Souza, além dos demais secretários municipais, vereadores e munícipes.

A abertura do NAE representa um passo importante na direção à inclusão e à igualdade. Ela demonstra o compromisso da comunidade em criar um ambiente onde todas as crianças e adolescentes, independentemente de suas necessidades, tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial. Além disso, o NAE desempenha um papel crucial na conscientização sobre as questões relacionadas ao neuroatipismo, ajudando a diminuir o estigma e promovendo a compreensão mais ampla e empática sobre o assunto.

Inauguração do Núcleo de Atendimento Especializado (NAE) Teresa Cristina Teixeira Merlo Deconto

Aconteceu na sexta-feira, dia 06, a inauguração do Núcleo de Atendimento Especializado (NAE) Teresa Cristina Teixeira Merlo Deconto, importante dispositivo municipal para o cuidado e acompanhamento das crianças e adolescentes neuroatípicas de Entre Rios de Minas.

Esse é o resultado de um esforço conjunto de profissionais de saúde, educadores e representantes do município, que se uniram para criar um ambiente acolhedor e inclusivo para essa parcela da população. O nome do núcleo homenageia uma figura inspiradora, que dedicou sua vida ao bem-estar desses jovens, simbolizando a importância da criação desse espaço.

A equipe multidisciplinar do NAE é composta por Clarissa Gontijo, gestora da APAE, Ana Carolina Moura, psicopedagoga, Laira Adriane Santana, psicóloga, Thais Cristina Gomes, fisioterapeuta, Lúcia Helena de Oliveira, fonoaudióloga, Maria Terra Ribeiro e Fabrícia Panzera, terapeutas ocupacionais.

Além da equipe, estiveram presentes na cerimônia de inauguração o prefeito José Walter Resende, a secretária municipal de saúde Elaine Emanuela, Lucyanne Cristina, representante do Conselho Municipal de Saúde, o vereador Ronivon Alves de Souza, além dos demais secretários municipais, vereadores e munícipes.

A abertura do NAE representa um passo importante na direção à inclusão e à igualdade. Ela demonstra o compromisso da comunidade em criar um ambiente onde todas as crianças e adolescentes, independentemente de suas necessidades, tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial. Além disso, o NAE desempenha um papel crucial na conscientização sobre as questões relacionadas ao neuroatipismo, ajudando a diminuir o estigma e promovendo a compreensão mais ampla e empática sobre o assunto.

Caixa paga R$ 1.850 para adolescentes de 14 anos ou mais; entenda como

Descubra como funciona este auxílio financeiro de R$ 1.850 que busca ajudar um grupo de trabalhadores a exercer a sua profissão.

Em um novo movimento para incentivar o esporte e descobrir talentos nacionais, o Governo Federal, através da Caixa Econômica Federal, está oferecendo uma ajuda financeira significativa a atletas promissores.

Trata-se do Bolsa Atleta, um programa cujo objetivo é a apoiar atletas de alto rendimento sem patrocínio, com um benefício mensal substancial. Entre as categorias disponíveis no programa, a de Atleta Internacional se destaca pelo valor de R$ 1.850. Neste artigo, vamos detalhar como os jovens atletas podem acessar esse benefício. Continue lendo!

Requisitos para receber o auxílio de R$ 1.850

Várias notas de R$ 100 e R$ 200 espalhadas representando um auxílio do governo.
Imagem: rafastockbr / shutterstock.com

Primeiramente, vale ressaltar que esse benefício não é apenas para qualquer atleta. Isso porque, para se qualificar para o Bolsa Atleta, o candidato deve cumprir alguns requisitos. São eles:

  • Ter 14 anos ou mais;
  • Estar afiliado a uma entidade desportiva reconhecida e a entidades administrativas tanto no nível estadual (federação) quanto no nacional (confederação);
  • Ter participado de uma competição internacional reconhecida no último ano e alcançado uma classificação entre os três primeiros lugares em campeonatos mundiais, jogos ou campeonatos Pan-Americanos, Parapan-Americanos, ou Sul-Americanos.

Como se inscrever?

  1. Cadastre-se online: os atletas interessados no auxílio devem preencher um formulário de inscrição no site oficial do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social;
  2. Envie a documentação necessária: depois de preencher o formulário, os candidatos devem enviar a documentação exigida ao Ministério para comprovar as informações fornecidas;
  3. Aguarde a decisão: o Ministério enviará a decisão sobre a concessão da bolsa por correio ou e-mail. A lista dos beneficiários aprovados também estará disponível no site oficial;
  4. Formalize o acordo: após a notificação positiva, o atleta deve assinar e entregar o Termo de Adesão em uma agência da Caixa no prazo de 30 dias. No entanto, se o atleta não for cliente da Caixa, ele deve abrir uma conta para receber o benefício. Já se for menor de idade, o termo deve ser assinado pelo responsável legal.

Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com

FONTE SEU CREDITO DIGITAL

Caixa paga R$ 1.850 para adolescentes de 14 anos ou mais; entenda como

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Trata-se do Bolsa Atleta, um programa cujo objetivo é a apoiar atletas de alto rendimento sem patrocínio, com um benefício mensal substancial. Entre as categorias disponíveis no programa, a de Atleta Internacional se destaca pelo valor de R$ 1.850. Neste artigo, vamos detalhar como os jovens atletas podem acessar esse benefício. Continue lendo!

Requisitos para receber o auxílio de R$ 1.850

Várias notas de R$ 100 e R$ 200 espalhadas representando um auxílio do governo.
Imagem: rafastockbr / shutterstock.com

Primeiramente, vale ressaltar que esse benefício não é apenas para qualquer atleta. Isso porque, para se qualificar para o Bolsa Atleta, o candidato deve cumprir alguns requisitos. São eles:

  • Ter 14 anos ou mais;
  • Estar afiliado a uma entidade desportiva reconhecida e a entidades administrativas tanto no nível estadual (federação) quanto no nacional (confederação);
  • Ter participado de uma competição internacional reconhecida no último ano e alcançado uma classificação entre os três primeiros lugares em campeonatos mundiais, jogos ou campeonatos Pan-Americanos, Parapan-Americanos, ou Sul-Americanos.

Como se inscrever?

  1. Cadastre-se online: os atletas interessados no auxílio devem preencher um formulário de inscrição no site oficial do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social;
  2. Envie a documentação necessária: depois de preencher o formulário, os candidatos devem enviar a documentação exigida ao Ministério para comprovar as informações fornecidas;
  3. Aguarde a decisão: o Ministério enviará a decisão sobre a concessão da bolsa por correio ou e-mail. A lista dos beneficiários aprovados também estará disponível no site oficial;
  4. Formalize o acordo: após a notificação positiva, o atleta deve assinar e entregar o Termo de Adesão em uma agência da Caixa no prazo de 30 dias. No entanto, se o atleta não for cliente da Caixa, ele deve abrir uma conta para receber o benefício. Já se for menor de idade, o termo deve ser assinado pelo responsável legal.

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