Gigante de siderurgia anuncia desligamento de alto-forno em MG

A Usiminas (USIM5) anunciou sua decisão de desativar o alto-forno 1 na usina de Ipatinga (MG) devido à concorrência intensificada pelo elevado volume de aço importado da China. O referido equipamento, com capacidade para produzir 600 mil toneladas anuais de aço, será desligado, embora a empresa ainda não tenha determinado uma data específica para esse desligamento. Existe a expectativa de que essa medida seja efetivada até o início do próximo ano.

A companhia é uma destacada empresa no setor siderúrgico, liderando a produção e comercialização de aços planos. Fundada em 25 de abril de 1956 em Coronel Fabriciano, numa área que posteriormente se tornaria o município de Ipatinga, no Vale do Aço, Minas Gerais.

Sua estrutura societária e legal foi estabelecida nessa data por Gabriel Andrade Janot Pacheco, tendo o engenheiro Amaro Lanari Júnior como seu primeiro presidente. Em 1964, o distrito de Ipatinga, então situado a 220 km de Belo Horizonte, tornou-se independente de Coronel Fabriciano, passando a Usiminas a fazer parte deste novo município.

O Sistema Usiminas se destaca como o maior complexo siderúrgico de aços planos na América Latina e um dos 20 maiores do mundo. A Usiminas lidera esse sistema, composto por empresas atuantes na siderurgia e em setores nos quais o aço desempenha papel estratégico. Atualmente, representa um conjunto de diversas empresas, comprometidas com a transparência em suas relações com o mercado de capitais.

A ação USIM5 encerrou o dia 11 cotada a R$ 8,60.

Usiminas (USIM5)

O BTG Pactual, que tem recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 8, divulgou relatório sobre a Usiminas no dia 7, afirmando que a recém-constituída equipe de gestão, nomeada após o aumento da participação da Ternium, está fortemente empenhada em aprimorar as operações da Usiminas.

Para o banco de investimentos, o progresso está notável no plano de ação, com a implementação de um novo sistema de gestão em andamento. Foi desenvolvido um plano de ação de curto prazo, abrangendo mais de 200 iniciativas que estão sendo gradualmente implementadas. Alguns exemplos incluem:

  • reestruturação da vice-presidência industrial em três áreas (redução, rolagem e capex/segurança);
  • aumento do índice de sucata em 9% (em relação ao 2º trimestre de 2023, com espaço para mais melhorias;
  • paralisação do forno de coque #3, resultando em uma redução de R$ 30 milhões/mês nas despesas operacionais;
  • potencial paralisação do AF#1;
  • tomada de decisões mais integradas com as controladas, como MUSA e Soluções, entre outras.

FONTE CAPITALIST

Gerdau deve religar alto-forno em Ouro Branco até julho; queda nas encomendas caiu 60%; empresa reduz jornada de trabalhadores

Um comunicado interno da Gerdau anunciou medidas duras diante da pandemia do coronavírus, entre as quais a antecipação de férias, redução de jornada e salários para colaboradores do subgrupo administrativo e executivo, postergação do recolhimento do FGTS, e a suspensão de contratos de trabalho, além da interrupção dos contratos por 60 dias aos aprendizes.

Gerdau deve religar alto-forno em Ouro Branco até julho; queda nas encomendas caiu 60%; empresa reduz jornada de trabalhadores

Alto forno
Ao mesmo tempo, a Gerdau informou que pretende religar o alto-forno da usina siderúrgica de Ouro Branco entre fim de junho e início de julho, enquanto vê recuperação gradual nas encomendas de clientes, especialmente dos vinculados à construção civil, disse o presidente-executivo, Gustavo Werneck.
Maior produtora de aços longos das Américas, a Gerdau viu as encomendas no Brasil caírem 60% nas duas últimas semanas de março em relação aos níveis de janeiro e fevereiro, mas desde a segunda metade de abril observou um retorno dos clientes.
“O momento mais difícil talvez já tenha passado”, disse Werneck em teleconferência com jornalistas sobre o resultado da Gerdau no primeiro trimestre, quando o lucro líquido da companhia caiu cerca de 50%.
O comentário acontece cerca de um mês após a Gerdau anunciar cortes de produção em suas operações nas Américas, que incluíram desligar um dos dois alto-fornos na usina de Ouro Branco e paralisação de parte de suas aciarias e laminações.
Segundo o executivo, a Gerdau ainda acredita que os planos de lançamentos de imóveis residenciais de construtoras para o segundo semestre sejam concretizados.
Esta perspectiva positiva, aliada ao que Werneck chamou de uma queda na inadimplência de clientes nas últimas semanas, incentivou a companhia a religar aciarias que tinha desligado no Brasil por conta do impacto inicial na demanda por aço gerado pela epidemia de Covid-19.
Diante do planejado religamento do alto-forno mineiro, a Gerdau não deve fazer exportações adicionais de minério de ferro, disse Werneck, focando a área no abastecimento da usina.
Queda de lucro
A Gerdau teve queda de 51,3% no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 221 milhões, em desempenho marcado por queda em volumes e margens, conforme dados divulgados ontem, quando a siderúrgica também anunciou corte em investimentos para 2020.
A companhia disse que a pandemia de Covid-19 impactou o desempenho de suas operações de negócios a partir da segunda quinzena de março, no que tange à produção e entrega de aço.
De janeiro a março, a receita líquida somou R$ 9,228 bilhões, queda de 8% ano a ano, enquanto os custos das vendas recuaram apenas 4,4%, para R$ 8,372 bilhões. Em volumes, a produção de aço bruto caiu 4,6%, para 3,188 milhões de toneladas e as vendas de aço cederam 9,8%, a R$ 2,691 bilhões.
A Gerdau também anunciou revisão do plano de investimentos para 2020 citando “incertezas do mercado”. A previsão de desembolsos de capex para 2020 passou de R$ 2,6 bilhões para R$ 1,6 bilhão. Com isso, a estimativa de R$ 7 bilhões para o período de 2019-2021 passou a ser de R$ 6 bilhões.

Gerdau já estuda obra no alto forno I e deve gerar mais de 1,5 mil empregos

Gerdau já estuda obra no alto forno I e deve gerar mais de 1,5 mil empregos/Reprodução

Uma boa notícia para a região. A Gerdau vai puxar a geração de empregos na região. A siderúrgica já planeja a obra de manutenção do alto forno I em Ouro Branco. A expectativa é que é que o empreendimento gere em torno de 1,5mil empregos ainda neste primeiro semestre.  A nossa reportagem, a Gerdau confirmou que a “obra está em planejamento”, mas detalhou o investimento.

Obra

No ano passado, a Gerdau contratou a Usiminas para a obra de manutenção de um dos altos fornos e gerou na região cerca de 1 mil empregos movimentando a economia de Ouro Branco e da região.  A prioridade de contratação de mão de obra foi das 3 principais cidades do Alto Paraopeba.

A execução da obra ocorreu entre os meses de abril e agosto. As vagas foram abertas por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), nas unidades de Ouro Branco, Congonhas e Conselheiro Lafaiete.

Positivo

A obra de manutenção do alto forno da Gerdau foi responsável para que depois de 2 anos, o saldo de emprego fosse positivo na região. Lafaiete fechou 2018 com 99 empregos formais e Ouro Branco com 523. Congonhas teve um retrospectivo negativo de 120 postos de trabalhos. Nas mais de 20 cidades da região, foram gerados quase 1,2 mil novos empregos no ano passado.

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