As cidades que estão tirando concreto das ruas para que plantas cresçam de novo

Muitas cidades pelo mundo estão aderindo à despavimentação: substituir o máximo de concreto, asfalto ou outras formas de construção urbana por plantas e terra.

Em um dia quente de julho, Katherine Rose pegou uma barra de metal e a colocou sob uma laje de concreto.

Rose, diretora de comunicações da Depave — uma organização sem fins lucrativos de Portland, nos Estados Unidos — suava por causa do calor, mas não se deixou derrotar por um pesado pedaço de cimento.

O grande bloco de crosta urbana à sua frente estava prestes a se mover. Usando um pouco de força com a barra de metal, Rose conseguiu remover o retângulo de concreto e colocá-lo fora da calçada.

“É como libertar a terra”, diz ela.

Em meados do ano passado, ela e outros 50 voluntários removeram cerca de 1.670 metros quadrados de concreto perto de uma igreja local.

“É como realizar um sonho que todos nós tornamos realidade”, diz ele.

Esse sonho é trazer a natureza de volta para ambientes urbanos.

A ideia da despavimentação é simples: substituir o máximo de concreto, asfalto ou outras formas de construção urbana por plantas e terra.

Na cidade de Portland isso é feito desde 2008, quando foi fundada a Depave.

Os idealizadores do programa argumentam que a despavimentação permite algo muito simples: a água da chuva passa a ser absorvida pela terra e, desta forma, evitam-se inundações.

O processo também permite que plantas silvestres cresçam no espaço urbano e, ao plantar mais árvores, é possível produzir mais sombra, o que, por sua vez, protege os moradores das cidades da radiação solar e das ondas de calor.

Sem contar que ampliar a área verde de uma cidade pode ajudar na saúde mental das pessoas.

A despavimentação é um processo que permite a utilização do terreno para a plantação de jardins ou áreas verdes.
A despavimentação é um processo que permite a utilização do terreno para a plantação de jardins ou áreas verdes. Foto: Cidade de Lovaina / BBC News Brasil

Além dos voluntários

Mas se a remoção de pavimentação puder realmente se tornar uma solução, terá de ir muito além do que algumas dezenas de voluntários podem fazer.

Com o agravamento das mudanças climáticas, cidades e regiões inteiras começaram a adotar a despavimentação como parte da sua estratégia de adaptação aos novos tempos.

É hora, dizem alguns, de começar a remover o concreto das ruas de forma mais eficaz para criar melhores espaços para a natureza.

Por isso, toda vez que Rose caminha por uma cidade ela não consegue deixar de notar onde o asfalto poderia ser retirado para colocar algumas plantas.

“Eu sempre quero fazer mais. É impossível não ver os espaços para fazer isso”, afirma.

Ela observa que seu grupo conseguiu “descascar” cerca de 33 mil metros quadrados de asfalto em Portland desde 2008 (o que equivale a quatro campos e meio de futebol).

Ela descreve o trabalho como “divertido”, porque reúne muitos voluntários, que fazem um curso de segurança antes de iniciarem a tarefa.

A Green Venture é outra organização sem fins lucrativos que opera em Ontário, no Canadá, inspirada no trabalho realizado em Portland.

Giuliana Casimirri, diretora executiva, conta que ela e seus colegas conseguiram inserir pequenos jardins com árvores nativas em um bairro da cidade de Hamilton.

“Antes eram lugares por onde você passava rapidamente e agora são lugares onde você pode parar e começar a conversar”, explica.

Em Hamilton, as inundações podem fazer com que o esgoto se misture com os afluentes do Lago Ontário, que é a principal fonte de água potável da cidade.

A ideia da Green Venture e de outras organizações locais é reduzir as chances de isso acontecer, diz Casimirri.

Sua visão é uma estratégia fundamental para a cidade.

A despavimentação permite a criação de pequenos espaços verdes nas cidades.
A despavimentação permite a criação de pequenos espaços verdes nas cidades. Foto: Cidade de Lovaina / BBC News Brasil

Na verdade, estudos demonstraram que superfícies impermeáveis, como o concreto, aumentam os riscos de inundações em áreas urbanas.

Rose observa que os esforços de sua equipe em Portland resultaram no desvio anual de cerca de 83 milhões de litros de água da chuva para o sistema de drenagem da cidade.

Em Leuven, na Bélgica, Baptist Vlaeminck, líder do projeto local de adaptação às mudanças climáticas, estima que só em 2023 a remoção de 6.800 metros quadrados de concreto permitiu que 1,7 milhão de litros de água da chuva fossem absorvidos pela terra.

“Com as mudanças climáticas, as tempestades vão aumentar, por isso a despavimentação não é apenas algo agradável, é uma necessidade”, diz Casimirri.

A questão agora é se as autoridades municipais estão cientes disso.

Em muitas partes do mundo, a despavimentação é vista como uma atividade marginal.

“Vamos precisar de uma escala de investimento com muito mais zeros para continuar”, disse Thami Croeser, da Universidade RMIT em Melbourne, Austrália.

Mudança de mentalidade

Os esforços comunitários para libertar ruas são “fantásticos”, diz Croeser.

Mas ela acrescenta que o ideal é que, em vez de não pavimentar e tornar os locais mais verdes, haja investimentos em criar uma nova forma de construir estruturas urbanas.

Na Europa, pelo menos, algumas cidades começaram a despavimentar de forma consistente.

Os residentes de Londres, por exemplo, foram estimulados a recuperar o verde do solo dos seus jardins.

A cidade de Leuven, na Bélgica, está abraçando a ideia de despavimentação em grande escala.

O bairro Spaanse Kroon desta cidade, onde vivem cerca de 550 pessoas, é um dos mais recentes alvos da iniciativa local de regeneração de espaços verdes.

Os planos envolvem a remoção de um volume significativo de asfalto de áreas residenciais e a obrigação de ciclovias e áreas para pedestres nas ruas.

“Estamos ampliando o programa, agora estamos criando uma equipe dedicada à despavimentação”, afirma Vlaeminck.

Projetos como esse devem atender às necessidades de todos na cidade, ressalta.

Vlaeminck afirma que, para ajudar quem tem problemas de visão ou mobilidade, as áreas não utilizadas das ruas ou calçadas têm prioridade na despavimentação, deixando uma área de mais de um metro nas próprias calçadas para que as pessoas tenham espaço suficiente para se movimentar.

O pavimento existente que não é removido também é renovado ou reparado para garantir que não haja buracos ou desníveis.

A despavimentação abre espaços que podem ajudar a absorver a água da chuva.
A despavimentação abre espaços que podem ajudar a absorver a água da chuva. Foto: Cidade de Lovaina / BBC News Brasil

Os responsáveis pela Depave em Portland e pela Green Venture em Ontário dizem que trabalham com as comunidades para que os requisitos de acessibilidade sejam atendidos.

Casimirri está se referindo a um projeto recente que substituiu concreto danificado e dilapidado por arbustos e caminhos nivelados no meio.

Entre as iniciativas promovidas em Leuven está o “táxi de detritos”.

Trata-se de um pequeno caminhão que é enviado até casas de moradores que tenham entulho ou pedaços de concreto retirados de seus jardins.

O material é reutilizado, diz Vlaeminck, acrescentando que Leuven destinou vários milhões de euros para financiar projetos de remoção e renaturalização como este.

Desde janeiro de 2024, os promotores desta iniciativa tiveram de demonstrar que qualquer chuva que caia em casas novas ou significativamente renovadas pode ser reutilizada no local ou filtrada no jardim da propriedade, em vez de se acumular e causar inundações.

Se os promotores não conseguirem demonstrar que os seus projetos estão preparados para chuvas extremas, não serão aprovados, explica Vlaeminck.

A França também está oficializando a despavimentação, diz Gwendoline Grandin, ecologista da Agência Regional de Biodiversidade de Île-de-France.

A nível nacional, o governo francês destinou quase U$ 540 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) para projetos de ecologia urbana. Isto inclui a remoção do pavimento, mas também a instalação de paredes e telhados verdes, por exemplo.

Parte da motivação é tornar as vilas e cidades mais resilientes às ondas de calor do verão, que afetaram gravemente grandes áreas da França nos últimos anos.

Alguns dos projetos em curso são de dimensão significativa, como um antigo parque de estacionamento perto de uma floresta na região de Paris.

Uma das áreas despavimentadas tem 45 mil metros quadrados.

Retirado o cimento, o terreno nivelado está sendo remodelado para introduzir declives e barrancos que retêm água. Em breve, toda a área também será plantada.

Na cidade natal de Croeser, em Melbourne, ele e seus colegas estudaram o espaço potencial disponível para regeneração com jardins e paredes verdes.

Um estudo de 2022 simulou o impacto com base em diferentes cenários, o mais ambicioso dos quais envolveu a eliminação de metade dos lugares de estacionamento exteriores da cidade, cerca de 11 mil vagas.

Grande parte do pavimento removido pode ser reaproveitado em outros projetos.
Grande parte do pavimento removido pode ser reaproveitado em outros projetos. Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Croeser argumenta que há estacionamento suficiente disponível em Melbourne para garantir que ninguém fique sem um lugar para deixar seu veículo, mas que essas vagas de estacionamento internas devem ser públicas e acessíveis.

“O princípio básico é que não há perda líquida de acesso ao estacionamento”, diz ele.

“E temos disponíveis entre 50 e 60 hectares de espaços verdes, que mantêm a cidade fresca e evitam inundações”, destaca.

Pode parecer improvável que pequenas áreas verdes espalhadas aqui e ali numa cidade grande como Melbourne beneficiem significativamente a vida selvagem, mas Croeser diz que essas áreas de habitat são cruciais.

Segundo ele, esses espaços podem permitir que as espécies se locomovam e se desenvolvam em um ambiente que, em última análise, é bem diferente daquele em que vivem há anos.

Em seu estudo de 2022 sobre pavimentação em Melbourne, a equipe de Croeser incluiu modelos que sugeriam que um aumento modesto na vegetação poderia permitir que espécies como a abelha-de-faixa-azul vagassem por uma área urbana muito maior do que ocupavam anteriormente.

Rose concorda com Croeser que, para mudar o mundo, cidades inteiras, e até países inteiros, terão que abraçar totalmente a proposta.

Mas sublinha que, para chegar a esse ponto, as comunidades devem manifestar o seu apoio à ideia.

“Tudo começa com as pessoas pressionando o seu governo e iniciando essas conversas em um nível pequeno e local”, diz ele. “É assim que acontece.”

 

FONTE TERRA

Avança a primeira etapa de construção da galeria para por fim as enchentes no centro de Lafaiete (MG)

A Prefeitura de Conselheiro Lafaiete (MG), através da Secretaria de Obras, está finalizando a primeira etapa de construção da galeria para coleta de águas pluviais no centro. Essas obras, compreendem o trecho da Rua Marechal Floriano e o quarteirão da Rua Dr. Moreira, no Bairro São Sebastião. A galeria também será utilizada para melhorar a drenagem na rua Marechal Floriano que sofre com as recorrentes enchentes e em breve, será ligada ao Rio Bananeiras, dando vazão a essas águas na área central que desaguam e alagam a Av. Telésforo Cândido de Resende.

Essa é uma das etapas da obra da galeria, que após ser concluída, irá solucionar o problema recorrente das inundações e alagamentos causados pelas chuvas na Avenida Telésforo, Praça Pimentel Duarte e adjacências que por vezes, causou danos e prejuízos aos comerciantes e à população que circula por estas vias.

Para o prefeito Mário Marcus este é mais um compromisso da administração municipal que irá beneficiar toda a população lafaietense. “É uma obra de grande importância para a cidade que quando concluída, irá resolver, de vez, o sério problema de enchentes que por anos tem incomodado a população.

Prevenção contra a dengue deve ocorrer também em propriedades rurais

Coordenadora da emater-MG dá dicas para combater o Aedes aegypti fora das cidades

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está conscientizando a população rural a ajudar a combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, trabalho de prevenção fundamental que não se restringe às áreas urbanas. 

O alerta se dá em um momento de explosão de casos em Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até a última quinta-feira (15/2) o estado registrou 62.872 casos de dengue, um aumento de quase 700% frente à mesma época de 2023, quando ocorreram 7.912 notificações positivas. Já o número de mortes pela dengue é 500% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. 

A melhor forma de prevenção da doença é o controle do mosquito transmissor, Aedes aegypti, que também ocorre no meio rural, especialmente em regiões muito próximas às cidades. Embora o raio de voo da fêmea do mosquito raramente ultrapasse os 200 metros em regiões com aglomeração de pessoas, nas áreas sem barreiras pode chegar a um quilômetro. Além disso, os mosquitos são transportados por diversos meios com ajuda involuntária do homem.

Acabar com criadouros

Na natureza, os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver até 400 dias fora d’água, o que aumenta a necessidade de identificação de possíveis criadouros pelos proprietários rurais, destaca a engenheira ambiental Jane Terezinha Leal, coordenadora estadual de Saneamento Ambiental da Emater-MG. “A primeira coisa a se observar é em relação ao lixo da propriedade, qualquer resíduo que possa reservar água de chuva ou que armazene água parada deve ser acondicionado em sacos. O lixo deve ser fechado e colocado num local com tampa, ou seja, nunca deve ficar aberto”, ressalta a coordenadora.

Outra questão é em relação a plantas e jardins da propriedade. Deve-se colocar areia ou fazer a limpeza semanal naquelas que estiverem em vasos ou pratos desses pratinhos pelo menos uma vez por semana. “A limpeza desses recipientes deve ser feita utilizando bucha, sabão e um pouco de água sanitária”, explica Jane, ao pedir atenção também a calhas e lajes das casas, porque a água pode ficar acumulada nesses locais. “É bom fazer uma vistoria e retirar qualquer folha ou objetos que impeçam a saída de água. As caixas d’água também precisam ser mantidas sempre fechadas porque mesmo uma abertura pequena é o suficiente para o mosquito entrar e deixar os ovos”, alerta.

Cloro ajuda a evitar larvas

No meio rural é comum as pessoas utilizarem tonéis, bombonas ou outros recipientes para armazenar água, como bebedouros de animais. “Se for possível fazer a limpeza desses depósitos semanalmente, ótimo. Já se não for possível, é preciso mantê-los fechados. As cisternas também devem ser fechadas. E toda a água para consumo humano deve ser clorada para evitar contaminações”, salienta a coordenadora de Saneamento Ambiental da Emater-MG. 

Outra preocupação que o produtor deve ter é com o destino do esgoto doméstico rural. “Infelizmente, ainda hoje mais de 70% das propriedades rurais têm uma fossa rudimentar ou há ainda aqueles que lançam o esgoto direto em córregos e no solo”, lamenta. Essa água suja que fica escorrendo atrai vetores de doenças como mosquito, pernilongos e ratos, pondo em risco a saúde das pessoas. “A destinação inadequada desse esgoto é uma fonte de contaminação da água e do solo, ou seja, os danos sociais e ambientais são enormes”, analisa.

Jane Terezinha Leal recomenda como solução a implantação de tecnologias de saneamento ambiental de baixo custo como a fossa de evapotranspiração (Tevap).

FONTE AGÊNCIA MINAS

Brumadinho 5 anos: bombeiros vasculham área de 3 milhões de metros cúbicos em busca de 3 desaparecidos

Das 270 vítimas do rompimento da barragem, três não foram encontradas; 17 bombeiros trabalham, diariamente, no processo de buscas

Militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais acreditam que as três últimas vítimas desaparecidas da tragédia da Vale, em Brumadinho, podem estar em uma área de quase 3 milhões metros cúbicos de rejeitos. Exceto por um período durante a pandemia, a operação de buscas da corporação na região já dura 1.818 dias. De acordo com a corporação, os bombeiros já vistoriaram 75% da área de rejeitos, o equivalente a cerca de 8 milhões metros cúbicos, e concentram-se, agora, nos outros 25% do território.

No dia 25 de janeiro de 2019, 11 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério vazaram da barragem da Vale na comunidade do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Os corpos de 267 vítimas foram encontradas pelos Bombeiros e identificados, posteriormente, pela Polícia Civil.

Os militares precisaram de quase cinco anos para vistoriar 75% da área. Atualmente, os militares estão na 8ª estratégia de busca. Nessa fase, os rejeitos são separados em estações e o processo passou a ser mecanizado. No local, não existe mais lama e os rejeitos estão em estado sólido, bem diferente do cenário do dia 25 de janeiro de 2019, quando a barragem da Vale se rompeu, atingindo um refeitório onde dezenas de pessoas almoçavam, além de uma pousada e outras estruturas que estavam na parte de baixo da barragem.

“Em um primeiro momento, o terreno era uma lama, o que dificultava. Os bombeiros estavam, literalmente, mergulhados. A partir do momento em que o terreno possibilitou condições melhores, nós introduzimos cães, máquinas, aeronaves, percorremos essas buscas por uma estratégia em uma área mais superficial, depois em uma área mais profunda… Atualmente, estamos em uma fase de mecanização das buscas, onde o rejeito é passado em um volume maior e a gente consegue fazer essa procura de uma forma mais assertiva”, relata o coronel Moisés Magalhães. Ele diz ter esperança de encontrar as últimas três vítimas do desastre na área restante.

“Temos um trabalho muito forte de inteligência para que a gente consiga encontrar as três joias nesse local restante”, confirma.

O militar detalhou o trabalho de busca mecanizado. Uma das ferramentas primordiais neste processo é uma esteira, que tem ajudado a peneirar os rejeitos de minério. Em caso de qualquer indício de fragmentos do corpo de uma vítima, o equipamento é paralisado imediatamente e os segmentos são encaminhados para Polícia Civil.

“São estações de busca, onde esse rejeito é passado por um processo de peneiramento e ficam bombeiros diuturnamente observando. Então, todo segmento, todo material de interesse, automaticamente, é separado e encaminhado para a perícia”, afirmou. Atualmente, 17 bombeiros estão dedicados, diariamente, neste processo.

O rompimento da barragem do Córrego do Feijão matou 270 pessoas, sendo que duas mulheres estavam grávidas.

Os rejeitos de minério destruíram o restaurante da Vale e parte da comunidade do Córrego do Feijão. A lama causou impactos socioambientais ao longo da bacia do Rio Paraopeba.

O colapso vai completar cinco anos no dia 25 deste mês. Até hoje, ninguém foi preso por responsabilidade na tragédia.

FONTE ITATIAIA

Minas no topo do mapa nacional de áreas de risco

Estado supera Santa Catarina em locais com ameaças geológicas e tem também cidade com maior concentração de pontos de atenção em todo o país: Ouro Preto

Minas Gerais assumiu a condição de estado brasileiro com maior número de locais classificados como área de risco geológico, passando à posição anteriormente ocupada por Santa Catarina. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), são 582.750 pessoas vivendo em 2.988 locais nessa situação. Quase 80% dos pontos mapeados pelo órgão, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, estão sob ameaça de deslizamentos em território mineiro, que tem também a cidade com maior concentração de pontos ameaçados: Ouro Preto, na Região Central.

Os dados são de 27 de novembro e mostram uma mudança em relação ao início do ano. Em fevereiro, segundo o SGB, eram 581.703 pessoas vivendo em 2.849 áreas de risco geológico no estado. Santa Catarina liderava na época o ranking nacional, com 2.939 locais sob ameaça. Já no levantamento mais recente, o estado da Região Sul ocupa o segundo lugar, com 2.951 locais apontados como perigosos, seguido pelo Espírito Santo, com 1.076; Pará com 1.026; e São Paulo com 858.

Em Minas, há 701 áreas apontadas como de risco muito alto e 2.287 de risco alto. Em fevereiro eram 671 áreas na maior classificação de risco e 2.178 com alto risco. No levantamento atual, 74,8% dos pontos mapeados estão sob ameaça de deslizamento, 15,46% de inundação, 3,21% de erosão, 2% de queda e 4% listados como outros fatores.

Com 313 áreas de risco, Ouro Preto permanece na liderança da lista de cidades com mais locais sob perigo no estado e também no país. Nas dez primeiras posições em Minas, vêm na sequência Ipatinga (Vale do Aço), Juiz de Fora (Zona da Mata), Santa Luzia (Grande BH), Resplendor (Vale do Rio Doce), Sabinópolis (Vale do Rio Doce), Muriaé (Zona da Mata), Antônio Dias (Vale do Rio Doce), Ervália (Zona da Mata) e Além Paraíba (Zona da Mata). Em fevereiro a situação era bem parecida, com mudanças de posição entre os municípios. O ranking era composto, pela ordem, por Ouro Preto, Juiz de Fora, Santa Luzia, Sabinópolis, Muriaé, Antônio Dias, Ervália, Além Paraíba e Ibirité, que no monitoramento mais recente passou à 11ª colocação.

Mapeamento ocorre a pedido de prefeituras

A supervisora de Hidrogeologia e Gestão Territorial da Subsecretaria de Regulação Urbana da Prefeitura de Belo Horizonte (Sureg/PBH), Michele Silva Santana, que também atua no Serviço Geológico do Brasil, explica que o mapeamento das áreas de risco é feito por uma equipe própria do SGB, formada por geólogos e geógrafos. “O mapeamento é feito de acordo com uma lista que recebemos de prefeituras para trabalhar em um ano. Mas nosso trabalho está incluído na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Recebemos uma verba da lei orçamentária anual e planejamos os municípios que vão ser visitados no ano”, detalha.

Ela diz que o SGB recebe diretamente pedidos de prefeituras, Defesa Civil dos estados e do governo federal. “Não escolhemos os municípios, acatamos todos os pedidos e planejamos ao longo dos anos.” A supervisora diz que a lista de 2024 já está completa. A equipe do SGB se desloca até o município e faz o trabalho junto da Defesa Civil da localidade. “É um trabalho conjunto. O órgão municipal é que indica as áreas e fazemos o trabalho técnico especializado dentro dessas áreas.”

Equipe age em busca de sinais de perigo

O primeiro passo é fazer uma entrevista com integrantes da Defesa Civil municipal, para levantar as áreas mais críticas de cada localidade. “Eles conhecem as áreas e sabem onde tem risco de deslizamento, as famílias que já sofreram com isso. Sabem os pontos que inundam primeiro quando tem uma cheia do rio. Vamos conhecer esses locais”, afirma Michele Santana.

Quando chega ao local, a equipe faz uma vistoria. “Levantamos alguns fatores de risco, avaliamos a estabilidade do talude, perguntamos às pessoas sobre deslizamentos anteriores, quanto tempo elas moram no local.” As equipes também avaliam o solo, procurando por cicatrizes de deslizamento ou degrau de abatimento. “Qualquer indício de que há um risco naquela área de deslizamento, inundação ou queda de blocos, por exemplo.”

Ela explica que o SGB trabalha na identificação e caracterização das áreas, mas não faz monitoramento. “Instruímos a Defesa Civil para facilitar o trabalho ao longo do ano e como agir em momentos de desastre. Temos um trabalho adicional de capacitação de agentes das defesas civis municipais para identificar áreas de risco, mapeá-las, além de fazer a mitigação e o monitoramento dessas áreas.” 

Relevo do estado influi no ranking

Em relação ao fato de Minas Gerais estar no topo do ranking das áreas de risco no Brasil, a supervisora de Hidrogeologia e Gestão Territorial da Subsecretaria de Regulação Urbana da Prefeitura de BH, Michele Silva Santana, integrante do Serviço Geológico do Brasil, lista possíveis motivos. “É o estado com maior número de municípios do Brasil. Tem também um relevo composto por muitos morros, serras, estruturas geológicas que condicionam o aparecimento de áreas de risco se forem mal ocupadas. É muito fácil criar áreas de risco com a ocupação desordenada, sem planejamento. Fora a questão social, já que os terrenos mais difíceis de serem ocupados acabam sendo os mais baratos e os preferidos pela população mais carente e de baixa renda. Eles acabam vendo nesses terrenos a única possibilidade de construir uma casa”, conclui.

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 289 municípios decretaram situação de anormalidade por desastres relacionados às chuvas durante a estação das águas anterior, de outubro de 2022 a março de 2023. Entre as causas estão chuvas intensas, queda de granizo, vendaval, inundação e deslizamentos.
Em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, são 6.486 pessoas vivendo nas 313 áreas de risco do município, sendo que 97% delas estão no patamar de risco geológico alto e 2,8%, muito alto. Em janeiro do ano passado, a reportagem do Estado de Minas esteve na cidade histórica e conversou com moradores que vivem em áreas de risco.

No Bairro Taquaral, era possível ver que parte do asfalto de algumas ruas cedeu e deslizamentos de terra interditaram casas. Já em outras, havia rachaduras enormes e algumas foram simplesmente abandonadas. A parte mais alta do bairro já tinha ares de cidade-fantasma, com postes de energia inclinados.

Danos em Juiz de Fora e Santa Luzia

Outra cidade que sofreu no período chuvoso anterior foi Juiz de Fora, na Zona da Mata. Temporais alagaram ruas de bairros e do Centro da cidade, carros foram arrastados e estabelecimentos comerciais invadidos pela água. A Defesa Civil municipal também recebeu chamados relacionados a deslizamentos e desabamentos.

Em 27 de dezembro do ano passado, Ipatinga foi atigida por um temporal que alagou ruas e deixou pessoas ilhadas em carros. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para vistoriar três pontos com risco de deslizamento.

Em Santa Luzia, na Grande BH, duas pessoas morreram, durante o período chuvoso anterior, em decorrência de deslizamentos de encosta. Mas foi a cidade de Antônio Dias, no Vale do Rio Doce, que registrou o maior número de mortes por causa de deslizamentos de terra. Na madrugada do Natal de 2022, um talude desabou em cima de quatro casas no povoado de Vila do Carvalho, na zona rural do município. Chovia muito no momento e cinco pessoas morreram. Um estudo feito pelo SGB mostrou que casas afetadas pelo deslizamento estavam em área de alta declividade e a combinação com as chuvas intensas foi responsável pela tragédia. 

Capacitação e material para reforçar resposta de cidades

A Defesa Civil Estadual (Cedec) informa que está empenhada em fortalecer as estruturas municipais de proteção e defesa civil, por meio de investimentos e capacitações. Em 2023, a Cedec destacou que distribuiu 15 kits adicionais, com viaturas 4×4, notebooks, trenas digitais e coletes reflexivos. O material foi entregue aos municípios de Raposos, São Joaquim de Bicas, Jaboticatubas, Perdões, Conceição do Pará, Capelinha, Pocrane, Poço Fundo, Pará de Minas, Coroaci, Nova Lima, Patrocínio, Conceição das Alagoas, Ipatinga e Malacacheta. Em 2022, foram doados 497 kits.

Em relação à capacitação, a Cedec informou que estabeleceu parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) para a criação do Curso de Formação para Coordenadores Municipais em Proteção e Defesa Civil. Mais de 70 servidores concluíram o curso. Além disso, está em andamento o curso de Sistema de Comando em Operações nas Regiões de Proteção e Defesa Civil (Redec).

Paralelamente, o curso do 1º Interventor em Proteção e Defesa Civil ocorre em diversas Regiões da Polícia Militar, para capacitar policiais militares a atuarem em situações relacionadas à proteção civil. Além disso, em 21 de outubro, a Cedec promoveu Seminário de Preparação para o período chuvoso, uma iniciativa voltada para preparar e orientar os municípios para que enfrentem esse período de forma mais eficaz.

Vistorias em Santa Luzia

Em Santa Luzia, na Grande BH, a coordenadoria da Defesa Civil informou que são feitas “em caráter permanente e de forma constante, vistorias preventivas nas áreas de risco – sempre que detectado algum risco de colapso estrutural em qualquer imóvel”. Constatado o problema, o órgão solicita a desocupação do imóvel e a família é encaminhada para a assistência social, onde será cadastrada em auxílios e benefícios fornecidos pelo município.

Além disso, o órgão informou que foram feitas campanhas educativas para enfrentamento do período chuvoso, além da atualização do Plano de Contingência e da realização de um seminário de preparação, com todos os agentes de segurança do município.

Ressaltou ainda que as secretarias de Desenvolvimento Urbano, de Desenvolvimento Social e de Habitação de Regularização Fundiária fizeram a remoção e relocação nos programas habitacionais do município das famílias residentes em áreas de risco.

Risco monitorado em Juiz de Fora

A Prefeitura de Juiz de Fora informou que atualiza anualmente o Plano de Contingência para Desastres Geológicos e Hidrológicos, que envolve diversas instituições para alinhar estratégias de ação diante de eventos adversos relacionados às chuvas. O município acrescentou que, apesar das tempestades intensas no último período chuvoso, a cidade não registrou nenhuma morte e ressaltou que as ações preventivas acontecem durante todo o ano.

“O mapeamento de área de risco é atualizado e as áreas são monitoradas pelas equipes da Defesa Civil. São 157 áreas de risco (130 de risco geológico e 27 de risco hidrológico). Mais de 61% (1.001) das vistorias realizadas pela Defesa Civil em 2023 foram de caráter preventivo, a fim de orientar a população e encaminhar ações necessárias para redução do risco, como a implantação de leiras para desvio das águas pluviais, calafetação de trincas e a instalação de lonas. Além disso, a Defesa Civil realizou capacitações em escolas e ampliou o quadro de voluntários”, disse, em nota.

A análise técnica da Defesa Civil é usada para determinar a ordem de prioridade para limpeza de bocas de lobo e córregos. Em 2023, foram feitas 430 limpezas de córregos, atendendo cerca de 53 locais diferentes em mais de 42 bairros. A prefeitura também está fazendo o desassoreamento do Rio Paraibuna para aumentar a capacidade de vazão dos cursos d’água e retirar materiais sólidos indesejáveis, prevenindo enchentes e inundações.

O Executivo Municipal destaca também as obras de drenagem nos bairros Industrial, Santa Luzia (Acesso sul), Dom Bosco, Benfica e na Rua Cesário Alvim. Além disso, está fazendo obras de contenção de encostas em ruas que cederam devido às fortes chuvas de anos anteriores. 

Líder do ranking tenta se preparar

Em Ouro Preto, cidade que concentra maior número de áreas de risco em Minas e no país, o secretário municipal de Segurança e Trânsito, Juscelino Gonçalves, explicou que foi feito um trabalho junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), à Defesa Civil Estadual e aos institutos de meteorologia para estimar qual seria o volume de chuva para o atual período chuvoso. “A previsão é de, aproximadamente, de 900 a 1.000mm na região de Ouro Preto. A prefeitura atacou algumas obras de extrema necessidade, como a Avenida Lima Júnior, um importante acesso para a cidade. Também a encosta da Rua Padre Rolim, que dá acesso ao Centro Histórico de Ouro Preto”, afirmou. Gonçalves destaca ainda que foi feita uma obra de contenção e restauração em talude de encosta, com canalização e drenagem da água.

“Também na Rua Santa Marta, no Morro Santana, na Rua das Violetas e Margaridas, no Morro do Santa Cruz e na Rua São Cristóvão foram feitas algumas ações. Na estrada que dá acesso ao distrito de Rodrigo Silva, houve uma grande obra de pavimentação, drenagem e recomposição da encosta. O distrito de Santo Antônio do Salto passou por recomposição e restabelecimento de várias pontes, que foram afetadas nas últimas chuvas”, listou.

Força-tarefa para mapear ameaças

A Defesa Civil de Ouro Preto, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Viçosa e Ministério das Cidades, elaborou o Plano Municipal de Redução de Riscos, classificando as ameaças em níveis alto, muito alto e altíssimo. O documento também dá diretrizes à administração da cidade para intervenções de engenharia e segurança.

“Além disso, houve várias ações de esclarecimento e desenvolvimento do sistema de segurança e defesa civil na cidade. A Defesa Civil ativou e atualizou o seu plano de contingência. Contratou equipes especializadas, com psicólogos e assistentes sociais, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, para que esses profissionais fiquem à disposição, no período chuvoso, para prestar assistência às comunidades que possam ser atingidas pelo alto volume de chuvas esperado neste período”, informou o secretário.

Juscelino Gonçalves ressaltou que também foram feitas várias ações de reurbanização e reassentamento, além de concessão de aluguel social e da contratação de estação meteorológica para a disponibilidade de leitura que oriente as ações do município.

Preparação durante o período de estiagem

A Defesa Civil de Muriaé, na Zona da Mata, informou que, no período de seca, iniciou o trabalho de prevenção com vistorias em áreas de risco já setorizadas. O objetivo é instruir a população mais suscetível a desastres sobre os riscos de deslizamentos de encostas ou de inundação. Além disso, ainda no período de estiagem, o órgão atualizou o Plano de Contingências e o Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil, para que na estação chuvosa possa atender com maior efetividade e celeridade.

Ainda de acordo com a Defesa Civil do município, no período chuvoso as vistorias são intensificadas principalmente nas áreas de risco já mapeadas. “Outras ações são feitas concomitantemente, como reuniões com empresas de barramento, de conselhos municipais relacionados a intervenções de urbanismo e meio ambiente, monitoramento e medições dos rios que cortam o perímetro urbano e produção de boletins meteorológicos diários, entre outros.”

Procurada, a Defesa Civil de Antônio Dias não se manifestou sobre a situação das áreas de risco na cidade até o fechamento desta edição. 

Ao vistoriar as áreas de risco em municípios, a pedido das prefeiuras, as equipes do Serviço Geológico do Brasil também dão sugestões de intervenções para as áreas de risco. “São sugestões para acompanhamento, ou no sentido de chamar uma equipe especializada de engenharia. Às vezes, os municípios conseguem, com nossos relatórios, verbas para obras de mitigação”, explica Michele Silva Santana, integrante do SGB e supervisora de Hidrogeologia e Gestão Territorial da Subsecretaria de Regulação Urbana da Prefeitura de BH. Quando essas intervenções estão prontas, é possível acionar o SGB para avaliação do risco remanescente ou se a intervenção foi suficiente, explica. “A própria Defesa Civil Estadual consegue fazer essa avaliação, mas atendemos também, se formos solicitados.” A atualização dos dados é feita após cada avaliação de algum ponto solicitado pelas prefeituras ou defesas civis municipais.

FONTE TESTADO DE MINAS

Nubank oferece bolsas de estudo na área de tecnologia! Saiba como participar

A iniciativa do Nubank representa uma oportunidade valiosa para jovens talentosos no Brasil e na Colômbia.

O Nubank anunciou um grande passo em apoio à educação: a oferta de bolsas de estudo para cursos superiores e de mestrado, concentrando-se nas áreas de tecnologia. Essa iniciativa se estende tanto ao Brasil quanto à Colômbia, em colaboração com organizações renomadas como a Fundação Estudar, Fundação Lemann, Veléz e Reyes+.

Investimento em talentos futuros

Com um orçamento de US$ 1,2 milhão do fundo filantrópico Give Back, apoiado pelo Nubank e gerido pela Sitawi e pelo Instituto Phi, o plano é conceder 36 bolsas de estudo nos próximos dois anos. Essas instituições são conhecidas por gerenciar recursos voltados para causas sociais.

  • Foco na Colômbia: Programa Beca Tech

Na Colômbia, o foco inicial será no programa Beca Tech, uma oportunidade de graduação em ciência e tecnologia. A partir de janeiro de 2024, os primeiros beneficiados iniciarão seus estudos em áreas como Computação e Engenharia de Sistemas nas principais universidades do país.

  • Iniciativas no Brasil: parcerias e programas diversificados

No Brasil, o Give Back formará parcerias com duas instituições importantes. A primeira é com a Fundação Estudar, onde o Programa Tech Fellow oferecerá bolsas de estudo em prestigiadas universidades brasileiras e internacionais.

Além do apoio financeiro, os estudantes terão mentoria com líderes de tecnologia, suporte personalizado de carreira e a chance de conectar-se com investidores e especialistas do setor.

Para se qualificar para o programa brasileiro, é necessário ter nacionalidade brasileira e estar matriculado em cursos de graduação ou intercâmbios de longa duração em áreas como engenharia de software, ciência de dados e ciências da computação.

  • Bolsas de mestrado com a Fundação Lemann

Em parceria com a Fundação Lemann, serão oferecidas bolsas de mestrado focadas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Esse programa visa especialmente estudantes com projetos de impacto social, preferencialmente para estudos no Reino Unido.

  • Benefícios completos e previsão de início

Previsto para começar em 2024, ambos os programas cobrirão todas as despesas dos estudantes, incluindo mensalidades, moradia, vistos e passagens aéreas.

FONTE CAPITALIST

Caminhão tomba na MG 030 trava trânsito


Um caminhão de areia tombou agora há pouco na rodovia MG 030 entre BR040 a Ouro Branco e trava o trânsito sentido Congonhas / Belo Horizonte.

O produto espalhou nas pistas e deixa tráfego muito lento.

Não houve feridos.

Mais informações em breve.

Empresa canadense na área de educação anuncia investimentos em Lafaiete

Mesmo diante da crise imposta pelo novo coronavírus (Covid-19) e os impactos diretos causados no sistema privado de educação, a Maple Bear, escola canadense de ensino bilíngue, mantém o plano de expansão da rede no Brasil.

A MapleBear quer abrir 90 escolas no País, com início de operação até 2022 | Crédito: DIVULGAÇÃO

Ao todo, serão abertas 90 escolas no País, das quais 14 em Minas Gerais, sob investimentos de cerca de R$ 20 milhões apenas no Estado. Em âmbito nacional os aportes podem chegar a R$ 180 milhões nas unidades que entrarão em operação até 2022. Um dos destinos da empresa será Lafaiete que poderá receber uma unidade.

As 14 que serão abertas no Estado deverão gerar aproximadamente 700 empregos diretos e, conforme o diretor, nas próximas semanas, representantes da franqueadora irão se reunir virtualmente com investidores locais interessados em abrir uma unidade Maple Bear nos municípios de Divinópolis, Sete Lagoas, Araxá, Varginha, Lavras, Patos de Minas, Itajubá, Barbacena, Passos, Timóteo, Santa Luzia, Araguari e Teófilo Otoni. Atualmente, a rede conta com 145 escolas e mais de 30 mil alunos em todo o País. Em Minas, são 10 unidades em operação.

As informações são do diretor de franquias da Maple Bear, Adriano Magalhães. Segundo ele, com a suspensão das aulas presenciais em praticamente em todo o País, a rede renegociou contratos com os franqueados de maneira a ampliar o prazo de implantação das unidades. Assim, as escolas seguem em processo de implantação, seguindo todos os processos legais e burocráticos de cada região, mas somente deverão iniciar as atividades, de fato, no ano que vem.

Para a escolha das regiões, conforme Magalhães, além de população e renda, traços comuns na área de educação, foram levados em conta também o perfil das redes de ensino, como a concentração de escolas de métodos tradicionais conteudistas e carência no bilinguismo genuíno.

“Até o momento, identificamos apenas escolas que oferecem a segunda língua no contraturno, mas a proposta da Maple Bear é muito mais profunda. Em nosso programa, os três primeiros anos são ministrados 100% em inglês e, nos anos seguintes, 50% das aulas. Com isso, o aluno desenvolve uma fluência muito rapidamente. Soma-se a isso uma metodologia na qual o aluno é protagonista no processo de aprendizagem, cujo foco se dá no desenvolvimento de suas habilidades, em detrimento da memorização inerente ao método de escolas tradicionais. Formamos um cidadão muito mais preparado para um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, competitivo e globalizado”, destacou.

Em relação ao desempenho deste exercício, o diretor informou que estava sendo aguardado um incremento de cerca de 20% no faturamento, considerando as novas unidades. Com a mudança de estratégia em função da pandemia, agora estima-se alta de 10% a 15%, como vem ocorrendo nos últimos anos. A rede fatura anualmente cerca de R$ 700 milhões. (DC)

 

Vereadores criticam Vale, pedem laudos técnicos e questionam retirada de alunos; “eu não acredito nesta empresa”, desabafa Divino Pereira

Os vereadores usaram ontem (10), a Tribuna da Câmara para criticar a Vale. Divino Pereira (PSL), que mora no Bairro Morro da Mina, onde a mineradora explora manganês,  cobrou maior participação da comunidade nas decisões que envolveu a evacuação dos mais de 600 estudantes em função de risco na pilha de estéril, conforme estudo da empresa.

“Eu não acredito na Vale, depois de tantas tragédias. É um absurdo a empresa apresentar um estudo sem comunicar as causas que levaram a esta suspensão da escola. Os pais reclamam e não sabem para onde vão seus filhos. Sequer nós vereadores fomos comunicados. Faltou planejamento. Na verdade a gente sabe o que está por trás desta decisão, mas a verdade virá em breve. Uma escola de 105 anos não podia ser fechada desta maneira. A Vale está achando que Lafaiete não tem autoridade”, desabafou, lamentando que muitos empreendedores compraram vans financiadas para o transporte de alunos e ficarão no prejuízo.

Vereadores

O petista Chico Paulo também engrossou o coro dos críticos da Vale. “Dinheiro eles têm, mas vai ver lá em Mariana que até hoje não pagaram as indenizações. Eles querem é retirar o aluno e o professores pois lá atem muito manganês”, insinuou, citando que há mais de 6 anos a empresa tentou reaver o terreno.
Já o Vereador Pedro Américo (PT) também lançou dúvidas em torno dos propósitos da Vale. “Alguma intenção esta empresa tem na área. Uma escola centenária como esta não deixar a história  se perder. Os pais devem acompanhar de perto e exigir uma compensação ao bairro que tantos lucros geraram a Vale. Desconfiem desta empresa, haja vista Mariana e Brumadinho”, assinalou.
Sandro José (PSDB) afirmou que os pais devem exigir o transporte dos alunos para onde serão encaminhados. “Acredito que haja risco, mas se existe para os estudantes também há para os moradores próximos”, provocou, cobrando que a empresa apresente os laudos técnicos que motivaram a retirada dos alunos.
Cautela
O Vereador e líder do Governo na Câmara, o Vereador Fernando Bandeira (PTB), pediu cautela e prudência.  “Precisamos ter cautela para não inflamarmos a população ou precipitar em alguma opinião. A Vale garantiu transporte e afirmou que irá doar um terreno e construir uma nova escola. Tudo com garantias judiciais através de um TAC que será assinado por todas as partes. Claro que precisamos ficar com um pé atrás com a empresa mas estamos vigilantes e acompanhando os desdobramentos”, finalizou.

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Incêndio destruiu 10 hectares de área de preservação

Incêndio destruiu Área de Preservação Ambiental /DIVULGAÇÃO

Início da noite de segunda-feira por volta de 18:45 horas bombeiros de São João del Rei foram acionados a comparecer na Área de Preservação Ambiental (APA) da Serra São José nas imediações do município de Tiradentes onde um incêndio atingida a aquele trecho da Serra.

No o local que é uma área de preservação ambiental, protegida por lei, os bombeiros verificaram que as chamas atingiam não só vegetações rasteiras, bem como árvores de copas de mais de 15 metros, Bambuzais e também trechos inacessíveis entre rochedos e pedras. Os bombeiros verificaram que a linha de fogo alcançava quase mil metros, e os fortes ventos e o calor intenso dificultavam os trabalhos, onde durante aproximadamente 3 horas, 08 bombeiros, contando no final com apoio de cinco brigadistas do IEF, conseguiram controlar o incêndio.

Após os trabalhos de rescaldo, os militares verificaram que a área queimada foi de 10 ha e graças à ação eficiente e rápida dos militares no combate às chamas, evitou-se uma destruição maior pois uma densa mata e estava localizada logo à frente e se caso fosse atingida dificilmente o incêndio seria contido.

Veja o vídeo a seguir:

https://youtu.be/FizfER8PhMQ

 

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