Câmara de Belo Vale convoca população para Audiência Pública para discutir desapropriação de terreno e prédio de hospital

A Câmara Municipal de Belo Vale está convidando a população para participar de uma Audiência Pública com foco no Projeto de Lei que autoriza a desapropriação do terreno onde se encontra o Hospital e Maternidade Henrique Penido, incluindo a aquisição do prédio e seus equipamentos. A medida seria o primeiro passo para tornar a entidade um Hospital público, visando melhorar o acesso aos serviços de saúde na região e garantir um atendimento de qualidade aos moradores, uma vez que o Hospital atravessa situação delicada já a alguns anos.

A Audiência Pública será uma oportunidade para que a população possa opinar e sugerir ideias em relação ao projeto. A participação ativa da comunidade é fundamental para que o projeto seja construído de forma colaborativa e atenda às necessidades dos belovalenses.

A Audiência Pública será realizada nesta quinta-feira, a partir das 18 horas na Câmara Municipal de Belo Vale. A iniciativa reforça o compromisso da administração pública com o bem-estar da população e o desenvolvimento da cidade

Câmara propõe plebiscito e audiência pública sobre nova rodoviária

A semana foi marcada pela discussão do polêmico projeto de concessão do terminal de ônibus e sua transformação em terminal urbano e semiurbano e a construção da nova rodoviária na BR 040. Na quarta-feira (1) aconteceu no auditório da Faculdade de Direito (FDCL) audiência pública para discutir e apresentar o projeto. Porém o formato do evento desagradou os vereadores que não puderam expor suas opiniões, apenas perguntas e questionamentos via formulário escrito, considerando cerceamento ao direito de expressão.

Em meio a um clima tensão, o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) deixou o recinto disparando contra a audiência e insinuando que o projeto já estaria aprovado, como também disparou contra o Secretário Municipal de Administração, Felipe Tavares. “Já está tudo definido e foi uma falta de respeito aquela audiência. O Secretário deveria ser mais humilde pois ele não é autoridade. Seu cargo é indicação. Agora procurem saber a realidade das cidades onde tiraram a rodoviária do centro. Agora vamos deixar a população escolher”, comentou. Ele apresentou, conforme prometera, um requerimento, assinado por unanimidade, de realização de um plebiscito para que os lafaietenses definiam sobre a construção do novo equipamento. Ainda não há uma data para a realização da consulta popular.

Também entrou na Câmara, o requerimento do Vereador Sandro José (PROS) propondo uma audiência pública para discutir o projeto de concessão, reunião que dever ocorrer em menos de 15 dias.Oswaldo Barbosa pontou contra a construção da nova rodoviária. Giuseppe Laporte (MDB) e Pastor Angelino (PP) lançaram duras críticas a condução da audiência e ao comando da secretaria de administração.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL

Segundo a Vale, foi assinado um contrato de venda dos ativos de ferroligas de Manganês nos municípios Barbacena, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, para o grupo VDL.

A Câmara Municipal de Ouro Preto realizou uma Audiência Pública para tratar dos impactos socioeconômicos e ambientais da venda da Vale Manganês S.A para o grupo VDL Siderúrgica de Itabirito. Foram convidados para compor a mesa secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco de Assis, e o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Habilitação e Cidadania, Edvaldo César Rocha. Como convidados estavam Roberto Carvalho e Luís Reis, do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, Valdeci Coelho, do sindicato dos metalúrgico de Barbacena, e Valério Vieira, da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP).

Um representante da VDL e outro da Vale Manganês também foram convidados para participar da Audiência Pública, porém não estiveram presentes. Referente à VDL, a funcionária da Câmara Elizabeth Chades Pinheiro, produziu uma certidão dizendo que os representantes da empresa negaram receber o convite dizendo que não existia nenhuma compra da Vale Manganês pelo grupo VDL. Sobre a Vale, foi dito que a empresa assinou em 28 de setembro deste ano um contrato de venda dos ativos de ferroligas de Manganês nos municípios Barbacena, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, para o grupo VDL, um conglomerado empresarial que atua nos segmentos de transporte, mineração e siderurgia.

Ainda de acordo com a Vale, a conclusão da transação ainda está sujeita a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Cerca de 500 empregados próprios e terceirizados que trabalham nas unidades serão transferidos para o grupo VDL, que dará continuidade às operações nós referidos municípios. “Prestaremos esclarecimentos após o anúncio oficial da aquisição, ressaltando que se trata de uma transação de caráter privado, com a existência de aspectos comerciais de caráter confidencial”, finalizou o comunicado da Vale, lido pelo vereador Wanderley Kuruzu (PT), que presidiu a Audiência Pública.

Essa foi a segunda Audiência Pública para tratar do assunto, porém, por falha de comunicação por parte da Câmara Municipal, as empresas não haviam sido convidadas na primeira reunião. Representando o Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, Roberto Carvalho manifestou sua insatisfação com a ausência das duas empresas na Audiência Pública. Ele revelou ainda que a transação já houve aprovação do CADE, contrariando o que a Vale manifestou à Casa Legislativa de Ouro Preto.

“É um total desrespeito a essa Casa e ao próprio Município, que só foi avisado dessa possível transferência após a primeira audiência. Já está aprovado pelo CADE, sem restrição. Ficamos indignados com a ausência das empresas, uma ainda se recusou a receber o convite. O que é isso? Audiência Pública é para tratar das discussões das preocupações dos trabalhadores. Até então, o que existe de encontros entre empresa e sindicato é de esquiva da discussão por parte da empresa, dos interesses e preocupações dos trabalhadores. Imagina o trabalhador que não quer ser contratado, ele terá direito de ser demitido pela empresa primeira? Isso deveria ser discutido antes da transferência dos ativos da Vale Manganês para o grupo VDL. Então, uma total indignação pelo desrespeito das duas empresas, que deveriam estar presentes para tratar do assunto”, disse Roberto Carvalho.

O representante do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto relatou em sua fala que a Vale tem mostrado falta de interesse em manter todos os ativos dela que não sejam relacionados com a mineração. A Vale Manganês, portanto, é uma empresa siderúrgica que está nessa relação de descarte para a venda. Várias empresas participaram do trâmite, de acordo com Roberto, e duas foram selecionadas: o grupo Maringá e o grupo VDL, sendo a segunda a escolhida para negociar.

“Em momento algum nós fomos chamados nesse processo para colocar a demanda dos trabalhadores. A gente entende que é um assunto privado, mas tudo que é de interesse dos trabalhadores, o sindicato tem que correr atrás e buscar atender as preocupações. A Vale nunca colocou nada formal da manutenção das conquistas e dos empregos. O que ela tentou foi desviar o foco, discutindo uma questão de insalubridade”, relatou Roberto Carvalho.

Se não houver mais nenhum órgão refutando a ação e o CAD já tiver autorizado a transação, a venda pode acontecer na próxima quinta-feira, 18 de novembro, segundo Roberto.

A união dos três sindicatos — de Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto — se deu porque o problema era comum em todas as unidades, e foi montado um plano de ação, que tem ações de cunho político, que, de acordo com Roberto Carvalho, já estão acontecendo, e jurídico, que estão em processo de elaboração.

“Tivemos uma reunião com o prefeito (de Ouro Preto) que se mostrou sensibilizado com a demanda dos trabalhadores, se comprometeu a chamar a VDL para conversar para a manutenção das nossas conquistas. Teve a segunda Audiência Pública e estamos estudando junto com políticos na esfera estadual e federal para essa continuidade das discussões, caso a gente não evolua no atendimento dos interesses da classe trabalhadora”, finalizou Roberto Carvalho.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Facebook / CMOP

Os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto explanaram dados indicando os impactos socioeconômicos dos benefícios conquistados pelos trabalhadores da Vale Manganês. Veja:

  1. Cartão-alimentação de R$ 715, que perfaz, com o número total de trabalhadores, o valor de R$ 53.625, que é movimentado mensalmente na economia local. Isso é uma estimativa de produção com dois fornos, mas existe a estimativa de um cenário da reativação de um antigo forno, que é o maior da produção, chamado R1. Assim, haveria cerca de mais 300 trabalhadores e o valor gasto mensalmente na cidade passaria a ser R$ 214.500.
  2. Participação em lucros e resultados, que movimenta em média R$ 630 mil na economia local durante o ano. Com o terceiro forno, o valor passaria a ser R$ 2,52 milhões.
  3. Plano de saúde, com auxílio de aquisição de medicamentos que faz uma movimentação no setor farmacológico da região de aproximadamente R$ 150 mil, com o terceiro forno passaria para R$ 600 mil.
  4. Auxílio em cursos técnicos e superiores, auxílio creche, movimentando valores significativos nos empreendimentos de ensino particulares da região.

Além disso, ainda há os impostos que envolvem todos esses benefícios que também vão para os cofres públicos.

“Nossa preocupação é que na transferência dos ativos, a gente perca isso, não queremos nada além da manutenção das conquistas e do salário”, Luís Reis.

Com isso, o Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto fez os seguintes encaminhamentos na Audiência Pública:

  • Entrega do Acordo Coletivo de Trabalho para o período de 2021/2022.
  • Que a comissão a ser criada busque junto ao Executivo municipal a mediação entre sindicato, trabalhadores e o grupo VDL para debate das preocupações e demandas dos trabalhadores.
  • Criação de uma comissão, com a participação de representantes dos sindicatos, do Legislativo e Executivo municipal, com o objetivo de garantir o cumprimento dos encaminhamentos extraídos desta audiência, bem como a promoção de ações no âmbito municipal, estadual, federal e judicial através do Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho.
  • Representação encaminhada à empresa com a solicitação do pedido de manutenção dos acordos de trabalho e seus aditivos oriundos dos acordos anteriores firmados com a empresa Vale Manganês para a adquirente VDL Siderúrgica Itabirito.
  • Representação à Vale Manganês encaminhando as reivindicações apresentadas pelo Sindicato do Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Barbacena e Sindicato dos Trabalhadores de Conselheiro Lafaiete às empresas Vale Manganês e a VDL Siderúrgica Itabirito, para saber:
    – Garantia de demissão pela Vale Manganês com todos os direitos trabalhistas para todos os empregados que não quiserem ser transferidos;
    – Estabilidade de emprego para todos os trabalhadores transferidos no período mínimo de 12 meses, exceto para os trabalhadores em via de aposentadoria, nos próximos 24 meses, estes deverão ter garantia de emprego até a efetivação de sua aposentadoria;
    – Manutenção do processo de negociação nos moldes de hoje, via acordo coletivo de trabalho com o sindicato da classe;
    – Manutenção de todas as conquistas adquiridas ao longo dos acordos coletivos, previstos no acordo coletivo pactuado em 11/12/2020, inclusive os termos aditivos;
    – Manutenção do plano de saúde AMS para todos os trabalhadores e dependentes em tratamento de saúde em qualquer especialidade e em tratamento prescrito pelo profissional responsável;
    – Manutenção de plano de saúde AMS para todos os aposentados por invalidez e seus dependentes;
    – Em relação a disparidade existente sobre os planos de saúde no mercado nas regiões de Ouro Preto, Mariana Barbacena e Conselheiro Lafaiete, solicitamos a migração do atual plano de saúde AMS para o plano Pasa Plus;
    – Garantia pela Vale Manganês do pagamento integral da PLR (participação nós lucros) do ano de 2021 a todos os trabalhadores, inclusive os que optarem pela demissão;
    – Garantia de estabilidade de emprego dos dirigentes sindicais do grupo Vale Manganês;
  • Requerimento direcionado à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal – Deputado Federal Padre João e encaminhados à Vale, solicitando as informações:
    a) Quais os passivos trabalhistas da antiga CPFL (Companhia Paulista de Ferro Ligas), hoje Vale Manganês, e quais as garantias serão transmitidas aos trabalhadores da ativa;
    b) Quais os ativos e passivos ambientais – se forem sanados ou se estão em andamento, bem como os termos de ajustamento firmados com o município de Ouro Preto com os órgãos ambientais.
  • Direcionar junto ao requerimento de abertura da CPI de pedido de desapropriação da área de aproximadamente 243 hectares nas proximidades da Rancharia, no bairro Saramenha em Ouro Preto, considerando que a Vale já possui um grande passivo ambiental.

CSP

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

O representante da CSP, Valério Vieira, vê uma tendência mundial dentro do mercado industrial a retirada de benefícios dos trabalhadores, bem como a redução da fiscalização da produção das empresas, visando a maior taxa de lucro. Valério ainda disse que vê a venda da Vale Manganês para o grupo VDL como uma ação “às escuras”, o que pode representar uma ameaça para os trabalhadores.

“Falta transparência na negociação para os trabalhadores de Ouro Preto, o que, para mim, sinaliza um golpe da Vale junto da VDL, para realmente abaixar as conquistas dos metalúrgicos e tenha uma taxa de lucro maior. Eu não vejo uma outra situação, da maneira que está sendo feita, as escuras. Se as empresas têm o interesse de manter a qualidade de vida dos trabalhadores, que estivesse aqui desde o início para conversar abertamente”, opinou Valério.

Meio Ambiente

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

O secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco de Assis, se pronunciou com acolhimento às demandas dos sindicatos, assim como o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Habitação e Cidadania, Edvaldo César Rocha. Francisco, ainda, chamou a atenção para os impactos ambientais contidos nessa transação, pois os ativos estão sendo vendidos, porém não se sabe qual será o futuro dos passivos da Vale Manganês.

“A gente percebe níveis de contaminação do lençol freático. Temos um aterro municipal que de um lado tem a Vale e do outro a Hindalco. Conto com a ajuda do sindicato para levantar todos os passivos ambientais, porque isso é uma página importante da sociedade de Ouro Preto, do nosso chão, que é constantemente explorado e, de repente, muda-se o CNPJ, o dono da empresa e o passivo fica com o nosso povo. Acho que devemos envolver a Bacia do Piranga, órgãos de proteção ambiental e vamos pensar possibilidades futuras de todos hectares que eram propriedade do nosso povo e que foi repassado a esses empreendimentos em nome da geração de emprego e renda”, disse Francisco de Assis.

Informações conflitantes

Francisco de Assis chamou a atenção sobre os conflitos nas informações contidas nos comunicados das empresas. No da Vale, fala-se da aprovação do CADE para a realização da transação, mas há uma documentação apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto que a venda já foi aprovada pelo conselho no dia 29 de outubro. “Falta comunicação ou é má intenção. Então, não vamos deixar barato de forma alguma”, complementou o secretário de Meio Ambiente.

Outro conflito de informações que chamou a atenção dos presentes na Câmara foi o fato de Sérgio Santos, representante da VDL, ter se recusado a pegar o convite para a audiência, dizendo que não existia nenhuma compra da Vale Manganês por parte do grupo VDL.

Ao mesmo tempo, em comunicado enviado à Câmara de Ouro Preto, a Vale confirma que assinou no dia 28 de setembro deste ano um contrato de venda dos ativos da ferroliga manganês dos municípios de Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto, em Minas Gerais, para o grupo VDL. “Alguém está mentindo aqui, mas para quê?”, questionou o vereador.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

Posicionamento da VDL

Após a Audiência Pública, o grupo VDL fez um posicionamento oficial em que confirma a compra da Vale Manganês, ainda sujeito à aprovação do CADE. Segundo a empresa, essa informação, bem como o posicionamento abaixo, foi encaminhado à Assessoria das Comissões da Câmara de Ouro Preto, na última quinta-feira, 11 de novembro, no mesmo dia da audiência.

Em seu comunicado, a VDL enfatiza que prevê integrar às suas operações 100% da estrutura e dos cerca de 500 empregados próprios e terceirizados, que trabalham nas unidades da Vale Manganês.

Veja o posicionamento da VDL na íntegra:

Atento e acompanhando a movimentação da Câmara Municipal de Ouro Preto (CMOP) e suas comissões, da Prefeitura e sindicatos do setor, o Grupo VDL confirma assinatura de acordo de compra dos ativos da Vale Manganês, no dia 28 de setembro, ainda sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Essa informação, bem como o posicionamento abaixo, foi encaminhado à Assessoria das Comissões da CMOP, no dia 11/11/2021.   

Enfatizamos que a companhia prevê integrar às suas operações 100% da estrutura e dos cerca de 500 empregados próprios e terceirizados, que trabalham nas unidades da Vale Manganês.

A aquisição das operações de Ouro Preto, Barbacena e Conselheiro Lafaiete tem grande sinergia com o braço industrial do Grupo, integra nossa visão de futuro para nossos negócios em ferroligas no Brasil e é parte relevante e fundamental da nossa estratégia de expansão nos setores de siderurgia e mineração.

O Grupo VDL entende a importância de se construir um diálogo e um relacionamento aberto e transparente com a gestão pública, população e instituições representativas do setor. Dessa forma, prestaremos eventuais esclarecimentos após anúncio oficial de aprovação da aquisição pelo CADE.”

Vale

Em contato com a redação do Mais Minas, a Vale informou que a conclusão do desinvestimento encerrará a atuação da mineradora nas atividades de produção de ferroligas de manganês, simplificando as operações da empresa e permitindo maior foco em seus ativos estratégicos. De acordo com a empresa, a transação não envolve os ativos de minério de manganês da companhia em outros estados.

FONTE MAIS MINAS

Júri popular decide o destino de 3 envolvidos em assassinato quando vítima deixava APAC

Começa hoje (5) um julgamento que deve durar até 2 dias. O júri popular decidirá pelos envolvidos no assassinato ocorrido em Lafaiete no dia 19 de novembro de 2018 do jovem Joseph Roger Xavier do Carmo, de 23 anos, morto a tiros quando saía da sede da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), no bairro Sion. Ele foi surpreendido com mais de uma dezena de tiros por homens que chegaram em um carro e fugiram em seguida sem deixar pistas.

Três dos envolvidos (R.N. B. V e W.G. e V.S.) que vão ao júri popular hoje são os mesmos do julgamento das mortes de jovens Jean Jorge Coimbra e Breno Henrique da Silva Catarino, vulgo Brenin, no Bairro JK, em Lafaiete, que deve durar até 4 dias de julgamento.

Leia mais

Audiências definem sobre júri de envolvidos em 4 assassinatos em Lafaiete

Drama: prefeitura ainda não encontrou alternativa para socorrer donos de vans escolares

A prefeitura ainda não encontrou uma alternativa legal para promover um auxílio emergencial ou mesmo antecipar o pagamento aos prestadores de serviço na área escolar tanto na área urbana como rural. Esta foi a informação repassada nesta manhã (30 ) pelo Secretário Municipal de Saúde, Moisés Matias, e o Procurador Adjunto, Cayo Noronha.  Os dois estiveram na Câmara, a convite dos vereadores, para prestarem esclarecimento sobre a situação em passam os donos de vans. Que estão a mais de 100 dias com suas atividades paralisadas em função das suspensão das aulas escolares.

Secretário Municipal de Saúde, Moisés Matias, e o Procurador Adjunto, Cayo Noronha / DIVULGAÇÃO

Moisés explicou que o processo licitatório, como o contrato firmado, os prestadores recebem sobre o km rodado. “Diferente de outras cidades, Em Lafaiete o valor é pago de acordo km rodado pelo prestador”, informou. Ao ser questionado sobre a possibilidade de alguma atividade extra para ajudar no pagamento aos prestadores, Moisés disse que não há no contrato previsão para este serviço. Por outro, os novos contratos para 2021 terão um valor fixo por mês já antecipando algum momento de exceção no país ou mesmo na cidade.
Ao ser questionado de que o momento da pandemia abria a possibilidade de socorro aos prestadores, o Procurador Adjunto informou que o contrato não prevê este benefício.
O Vereador Sandro José (PROS) pediu que a prefeitura ao menos pudesse isentar ou mesmo adiar as cobranças de taxas outros impostos municipais. Cayo informou que a procuradoria trabalha para apresentar um projeto para contemplar todas as categorias e o comércio com um todo para minimizar os impactos da pandemia.  O Vereador André Menezes (PP) expressou o drama vivido por muitos donos vans que fizerem empréstimos para trocar os veículos, mas passam por dificuldades na família. “Confio que vocês vão encontrar uma forma de socorrer estes profissionais, já que muitos passam por necessidades”, relatou.

Leia mais

Familiares de detentos voltam a denunciar maus tratos, reclamam da alimentação e cobram mais higiene nas celas do presídio de Lafaiete; relatório de vereadores aponta afronta aos direitos humanos

Familiares de detentos encheram a audiência para cobrar melhorias/CORREIO DE MINAS

Provocada por uma carta encaminhada aos vereadores, em maio deste ano, quando os familiares dos detentos relataram a superlotação e maus tratos, culminando em um motim no presídio de Lafaiete, a Câmara instalou uma comissão especial para apurar as denúncias. Ontem (14), o legislativo promoveu uma audiência para debater os desdobramentos da greve de fome que deixou tenso o sistema carcerário local à época. Em maio a unidade prisional contava com 389 detentos e hoje tem 272, ainda com 180 acima de sua capacidade, atendendo as Comarcas de Piranga, Ouro Branco e Carandaí.

A reunião lotou as dependências da Casa e as reclamações dos familiares dos presos ainda eram relativas a qualidade da alimentação, supostos maus tratos, superlotação, desrespeito e principalmente a demora de 15 em 15 de visitas. ~

Outra cobrança se refere ao constrangimento das visitas, já que por falta de escaner corporal os familiares passam por momentos vexatórios nas inspeções. Os familiares reclamaram de falta de água nas celas. “Será que eles vão comer apenas arroz, feijão e carne somente?”, questionou Ana Cláudia de Paula cujo irmão está no presídio.

Outra denúncia foi na transferência de presos, sem consulta aos familiares, para presídios distante até 450 km de seus familiares. “Eu imploro. Eu estou doente e não tenho condições financeiras de ver meu filho que foi transferido para Além Paraíba. Será que não nos ajudam a transferi-lo para Lafaiete?”, pediu, chorando Aparecida Lúcia.

As falas dos participantes e vagas de empregos

Deputado Padre João mostrou solícito a ajudar a compra de um escaner corporal/CORREIO DE MINAS

O Deputado Federal padre João (PT), 1º Vice Presidente da Comissão de Direitos Humanos a Câmara dos Deputados salientou que é obrigação do Estado garantir dignidade ao detentos como também a sua recuperação.

Rodrigo Machado, Diretor Geral do Departamento Penitenciário de Minas, afirmou que a superlotação de presídios é uma realidade em Minas, mas a situação Lafaiete ainda era bem satisfatória em relação a outras unidades. “Quero sanar esta divergências e levar todas estas demandas”, frisou.

A Defensora Pública, Isabel Salomão Silva, explicou as inspeções no presídio e reuniões bimestrais com o Juiz da vara de Execuções Penais, Paulo Roberto, a APAC e Conselho da Comunidade para discutir a situação da unidade.

Ela cobrou a participação das empresas para oferecer vagas de trabalho aos detentos. Para eliminar os constrangimentos das mulheres como de homens durante as visitas, a defensora cobrou uma parceria para compra de um escaner corporal.

Luana Paulino, Presidente do Conselho da Comunidade, pediu aos vereadores recursos do orçamento para a educação, saúde, esporte e projetos para controle da evasão e escolar. “É secar gelo esta situação de ficar falando somente em superlotação. Nós podemos fazer algo para melhorar a nossa realidade investindo em cultura, combate a evasão escolar”, sugeriu.

 

Vereadores apresentam relatório de visita e detentos fazem reclamações

Talita Cristina falou em nome de familiares e fez denúcias sobre alimentação e maus tratos/CORREIO DE MINAS

O Vereador Carlos Nem (PP) apresentou e leu no início da audiência um relatório elaborado após visita de uma comissão ao presídio o dia 20 de setembro. Os vereadores visitaram todas as celas e ouviram um detento em cada uma delas apresentando suas reivindicações. Os vereadores ouviram da direção sobre a falta de infra estrutura para trabalho como veículos e servidores.

  • Alimentação
  • marmitas fornecidas vêm com mais da metade de arroz, poucos feijão e carne;
  • Após 18:00 horas não há mais nenhuma refeição;
  • È servido pouco café e apenas um dedo no copo;
  • Somente um litro de leite por dia para ser dividido na cela
  • Materiais
  • Faltam materiais de higiene, pasta de dente e barbeador
  • Faltam roupas para os detentos e vários com roupa rasgada
  • Não há lençóis suficientes e cobertores danificados
  • Vasos das celas entupidos
  • Assistência
  • Não há visitas constantes de assistentes sociais, médicos ou dentistas
  • Falta de medicamentos
  • Visitas 
  • Foi relatado que os familiares utilizam o mesmo banheiro que os detentos e que ele está sempre sujo as visitas
  • Não há visitas íntimas há vários meses e que a entrega das sacolas de 15 em 15 dias deixa os detentos sem produtos de higiene pessoal

 

 Diretor do presídio diz que pode rever o espaço entre as visitas

 

Autoridades ligadas a área penitencária/CORREIO DE MINAS

Rodrigo Machado afirmou que o relatório apresentado pelos vereadores deve ser enviado aos órgãos fiscalizadores dos presídios como Ministério público e Justiça para que as demandas e críticas devam ser implementadas e atendidas.

O Diretor do Presídio de Lafaiete, William Silva, afirmou que as transferências de presos obedeceram critérios de um mutirão carcerário e foram definidas pela Justiça, levando-se em conta os condenados.

Ele disse que desde a crise de maio, o presídio passou por uma reforma geral, a primeira em 10 anos, com aquisição de câmeras visando atender o detento. Ele antecipou que em breve será divulgada uma lista dos detentos que irão para o regime da APAC e os familiares poderão acompanhar a listagem.

Sobre as visitas, William deixou que claro que elas passaram de semanais para quinzenais devido as normas de segurança internas e superlotação. “Isso pode ser revisto, mas precisamos reduzir nossa população carcerária para ao menos 240 detentos”, adiantou.

Ele cobrou a compra de um escâner como a reforma do telhado do presídio. O deputado Padre João se prontificou a buscar recursos para a sua aquisição.  Sobre a alimentação, William explicou que é fornecida por uma empresa contratada pelo Estado e tanto os presos como os funcionários recebem as mesmas refeições diárias.“Esperamos que esta audiência contemple realmente as reivindicações dos familiares dos detentos”, cobrou Padre Geraldo Barbosa, integrante da pastoral carcerária. Ele também sugeriu a adoção nos presídios da justiça restaurativa, visando a ressocialização do preso e integração a sociedade.

 

Volta do trem de passageiros com reativação do ramal do Paraopeba ligará Lafaiete a Capital Mineira; deputado propõe união regional para discutir investimentos ferroviários

Revitalização da Estação Ferroviária de Lafaiete; chegada da linha de ferro em 1873 provou desenvolvimento; história e formação da cidade está ligada a ferrovia

“Lafaiete pode ser dividida entre antes e depois da linha ferro”. Assim expressou o Deputado Estadual Glaycon Franco (PV) na abertura da audiência pública da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada nesta sexta-feira (27/9/19), na Câmara de Lafaiete.

A renovação antecipada da concessão ferroviária da MRS Logística vai trazer investimentos para cidade onde a empresa opera. Uma das obras asseguradas pela empresa é um viaduto sobre os trilhos que cortam o município e são um gargalo no trânsito, conforme antecipou o prefeito Mário Marcus Leão Dutra.

Mas durante audiência ficou claro que moradores e lideranças querem, principalmente, a volta do trem de passageiros no chamado Ramal Paraopeba, que chega a Belo Horizonte. “Esse transporte de passageiros alavancaria ainda mais o desenvolvimento da nossa região. É demanda e sonho do nosso povo”, sintetizou o deputado Glaycon Franco (PV), que solicitou a audiência. Para ele é necessário garantir esse investimento nas discussões da renovação do contrato da MRS. “Conselheiro Lafaiete é uma antes da estrada de ferro e outra depois da estrada de ferro”, reiterou.

Além de ser um anseio da cidade, vereadores e prefeitos destacaram que os trens de passageiros e de pequenas cargas seriam uma solução para evitar os constantes acidentes na BR-040, impulsionar o turismo e fazer o transporte de produtos da agropecuária, sobretudo o leite. Muitos participantes também relataram ser ex-ferroviários ou filhos de ferroviários, com histórias de vida ligada às ferrovias.

Houve, porém, quem duvidasse da realização desse “sonho”, que já teria sido anunciado em outros anos e não seria de interesse das concessionárias. O presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), destacou o momento diferente e propício a investimentos, em função da renovação das concessões e também da elaboração do Plano Estratégico Ferroviário (PEF), pelo governo de Minas. Segundo ele, a Fundação Dom Cabral (FDC) já foi contratada para fazer o diagnóstico do PEF.

“No início, nós éramos contrários à renovação antecipada. Mas percebemos que estávamos diante de uma oportunidade para o retorno do trem de passageiros. Isso vai acontecer”, apostou. Ele também comunicou apresentação da Proposta de Emenda à Constituição 43/19, que busca garantir na Carta mineira o cumprimento do PEF.

Lideranças de Conselheiro Lafaiete entregaram à comissão um documento com o estudo de viabilidade técnica do trecho até Belo Horizonte, feito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ele será encaminhado à FDC, conforme garantiu João Leite. Eles sugeriram, ainda, visita técnica ao trecho. Representantes de outros municípios da região também participaram da audiência.

O deputado Glaycon Franco propôs que através do Codap, os municípios da região aglutinem propostas comuns de investimentos para inserção oPlano Estratégico Ferroviário.

Empresa pode ceder passagem para trem de passageiros

Os deputados Glaycon Franco e João leite e os vereadores de Lafaiete

A MRS deve ceder o direito de passagem para trens de passageiros a empresas interessadas. É o que prevê o contato atual da companhia, conforme atestou o gerente de Controle e Fiscalização de Infraestrutura e Serviço da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Daniel de Oliveira Santos. A MRS, porém, não pode operar essa linha, como a Vale faz na Estrada de Ferro Vitória à Minas.

Durante entrevista, o consultor Ferroviário da MRS Logística Sérgio Henrique Carrato afirmou que a necessidade de altos investimentos na linha férrea intimida eventuais interessados. Segundo ele, o Ramal Paraopeba tem linha única (singela), o que poderia comprometer o transporte de passageiros do ponto de vista da segurança. “Temos que lutar para ter linhas duplas”, reiterou.

Para o consultor, porém, o PEF será um norte dentro das políticas públicas do Estado a determinar os investimentos no modal. Carlos Magno Rodrigues, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários de Conselheiro Lafaiete, reiterou que o transporte de passageiros junto com o de cargas seria arriscado. “Haveria muitos atrasos também”, completou.

Ele defende que, a partir dos novos contratos de concessão, a duplicação das linhas seja uma exigência. “A maioria das estações do Ramal Paraopeba estão recuperadas ou passíveis de recuperação”, afirmou. Segundo a ANTT, em dois ou três meses, será finalizada a análise das contribuições colhidas na fase de audiências da renovação da concessão da MRS.

 

Padre João propõe audiência para discutir acidentes na BR 040

Nesta quarta-feira (18), requeremos nova Audiência Pública para tratar sobre a BR-040. Vamos discutir as consequências da rescisão do contrato e relicitação da rodovia, especialmente no trecho em Brasília e Juiz de Fora, cujo contrato de concessão pertence a Via 040, do Grupo Invepar e que a mesma quer devolver para a União sem ter feito as obras previstas inicialmente em contrato.

Deputado Padre João/DIVULGAÇÃO

O pedido já foi protocolado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados e aguarda aprovação da mesa. Solicitamos a presença de representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal (PPI) e do Ministério da Infraestrutura, que analisam o procedimento de relicitação. Além destes, pedimos a participação do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro; do diretor presidente da Via 040 – Grupo Invepar, e do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda.

Somente nesta quarta-feira, segundo o Jornal CORREIO DE MINAS, duas pessoas morreram em menos de 4 horas em acidentes na BR-040 e quatro acidentes ocorreram. É inaceitável que a BR-40 continue matando por falta de sinalização e obras adequadas enquanto as pessoas pagam caro para transitar na via. O lucro que a Via 040 obteve não condiz com suas entregas para a população e usuários.

Leia mais: BR 040 registra novo acidente com vítima fatal

BR 040 registra dia sangrento com duas mortes e 4 acidentes

Acidente na BR 040 envolve três veículos e deixa uma vítima fatal

Congonhas discute barragem de Casa de Pedra em CPI da Câmara dos Deputados

Para ouvir a comunidade e as autoridades locais sobre a situação da barragem de Casa de Pedra, foi realizada, na manhã desta segunda-feira, 1º de julho, na Câmara Municipal, uma audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rompimento da Barragem de Brumadinho, presidida pelo deputado federal Júlio Delgado. O objetivo foi apurar informações para que, ao final dos trabalhos, os parlamentares proponham formas de minimizar os riscos de novas tragédias.

Sociedade civil participou de audiência

Assim que a barragem da mina Córrego do Feijão rompeu em 25 de janeiro deste ano, imediatamente foi constituída uma comissão para propor legislação que modernize e minimize os riscos de acontecimentos e tragédias como as de Mariana e Brumadinho, conforme explicou o deputado federal Júlio Delgado. “Esse é o motivo que nos trouxe aqui hoje: avaliar formas de minorar os riscos de novos acidentes. E não é só acidente de rompimento, mas é o que vocês estão passando, como a questão de eventual evacuação, ausência da escola, ausência da referência de bairro, ausência da possibilidade de realocação dessas pessoas para outra área que não seja próxima da barragem, para que não tenha risco de rompimento. Nós não negociamos vida, não precisa romper, matar, para que a gente possa agir”, disse.

Medidas tomadas em Congonhas

O prefeito Zelinho destacou que, em 2015, encaminhou um ofício para a Secretaria de Meio Ambiente do Estado se posicionando contrário ao alteamento da Barragem Casa de Pedra. Em 2014, a CSN havia entrado com um pedido de licenciamento ambiental para um novo alteamento da barragem, com previsão de aumentar mais 11 metros“Foi preciso acontecer o que aconteceu em Brumadinho e Mariana para alertar todos nós. Tenho certeza de que agora a situação será diferente. Precisamos de uma nova mineração. Aqui, a CSN disse que até dezembro todo o minério produzido será tratado a seco“, observou.

Em relação à paralisação temporária das atividades da Creche Municipal Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, no Residencial, o Chefe do Executivo reforçou que a medida foi tomada em resposta à sensação de pânico de profissionais e da comunidade. Conforme acordado durante Audiência de Conciliação de autoria do Ministério Público Estadual, a Prefeitura apresentou à Justiça um local provisório para a retomada das aulas, que deve ser custeado pela CSN.

Já entregamos um projeto da casa provisória até que possamos ter um local seguro. Eu acredito que essa barragem é segura, porque é a jusante, mas não podemos garantir nunca a segurança. Esse é o nosso posicionamento. Estamos aguardando, agora, o posicionamento da CSN, para saber se ela vai realmente alugar essa casa e colocar os alunos lá. Se ela não fizer, a Prefeitura vai fazer. Então, eu transferi as crianças por contado pânico, dpsicológico dos professores”, explicou. Os alunos da Escola Municipal Conceição Lima Guimarães foram transferidos para o CEMEI Pingo de Gente e para a E.M.Judith Augusta.

promotor de Justiça, Vinícius Alcântara Galvão, completou que a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público também contempla a construção de prédios para a creche e a escola. Ele também fez um panorama das medidas desenvolvidas pelo MP no que se refere à situação da barragem de Casa de Pedra, como a recomendação de realocação dos moradores das áreas de risco pela CSN.

O prefeito Zelinho pontuou ações do governo em favor da seguranças em barragens

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Neylor Aarão, além da Barragem de Casa de Pedra, Congonhas possui outras 23 estruturas pertencentes às mineradoras. O responsável pela pasta apresentou diversas medidas que estão sendo implementadas no Município. Entre elas está o Plano Municipal de Segurança das Barragens, que conta uma série de medidas que devem ser adotadas pelas empresas, e que foi encaminhado à Câmara Municipal para ter força de lei e se tornar a Política Municipal de Gestão das Barragens (PMGB).

Entre as medidas estão a criação do Centro de Comando de Operações a Defesa Civil, que, segundo Neylor, todas as informações das barragens serão encaminhadas à unidade, em tempo real, a implantação do ConselhoTécnico para Controle Social das Barragens, e o desenvolvimento do Plano de Contingenciamento Integrado.

O Gerente-Geral de Exploração Geológica da CSN, Henrile Meireles, destacou que a CSN atua há 26 anos como empresa privada e que a mina funciona há 106 anos. “Nós não temos registro de acidentes com barragem no complexo de Casa de Pedra“, afirmou. O representante da empresa mineradora também reafirmou o compromisso de filtrar os rejeitos a seco. “Somos a única mineradora do mundo que vai fazer 100% da filtragem de rejeito em grande escala. Nós visitamos, em 2017, a mineradora Vallourec, que faz a filtragem de rejeito em um volume pequeno, que corresponde a 1/8 do que nós produzimos. Desenvolvemos, durante um ano e conseguimos concretizar a tecnologia de filtragem em larga escala. Assumimos, perante à Prefeitura, em primeira mão, que a partir de 1º de janeiro de 2020 não disporemos mais na barragem e filtraremos 100% do nosso rejeito”, concluiu.

Câmara Municipal de Belo Vale promoveu Audiência para debater impactos da mineração; sociedade civil cobra transparência e ações do favor do meio ambiente

Moradores de Moeda e Belo Vale relataram os impactos negativos da mineração e cobram mais fiscalização

A Câmara  recebeu na tarde desta terça-feira (25), representantes de mineradoras que atuam no município de Belo vale. Compareceram a VALE S.A, Mineração Argentina  representada por Jean Frank e Mineração Polares Ltda. Convocada,  a Green Metals, que vem trazendo graves impactos para a comunidade dos Pintos, não compareceu.

O evento foi proposto e coordenado pelo Vereador Antônio Moura, com apoio de seus colegas vereadores Higor Cordeiro e Everton Correa. Antônio Moura, conhecido como “Cocoto” esclareceu que o objetivo principal é de desistitucionalizar a discussão e trazer luz, transparência e informação para a comunidade. “É preciso mudar essa relação direta do Poder Público com as mineradoras e chamar o cidadão para participar. Queremos transparência para dinamizar a questão do debate”, afirmou Cocoto. E acrescentou que os debates não se esgotariam ali: “As empresas que não atenderam ao convite serão convocadas, e terão que apresentar suas licenças e documentos atuais de operação, mesmo que seja judicialmente”, alertou Antônio.

Organizações da Sociedade Civil de Belo Vale e Moeda estiveram presentes e fizeram seus depoimentos sobre os graves impactos que as cidades estão sofrendo. Representantes dos Pintos e Boa Morte reclamaram, principalmente, da qualidade da água, que falta e muitas vezes chega igual lama. Lucimar, proprietária do Restaurante Varandão apresentou fotos sobre a péssima qualidade a água e Maria Alair da Pousada Vargem do Cedro, cobrou maior participação e postura do poder público para as questões.

Secretário diz que empresas não pagam CFEM

O Poder Público esteve representado pela secretaria do Meio Ambiente, Fernanda Castro e secretário de Planejamento, Itamar, que disseram que o município não tem poder de fiscalização, mas estão em contato direto com os órgãos ambientais do Estado para que façam as devidas cobranças às mineradoras, pois, algumas não pagam nem mesmo o CFEM.

O sitiante Gomerci Rezende Lara relatou poluição dos cursos d’água na comunidade dos Pintos, em Belo Vale

A secretaria do Meio Ambiente, também, foi alertada para que esclareça sobre a atuação da Green Metals, a qual provoca sérios impactos no trevo da MG-442, como também, sobre o cumprimento das cláusulas do “Termo de Compromisso” firmado com a mineradora. “Tenho um sítio na área há anos, e perdi toda a tranquilidade. A Green Metals diz que fez uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para atender os Pintos, mas o que vejo é lama descendo pelo riacho” alertou o advogado Gomerci Rezende Lara, que ajuizou Ação Cívil contra a mineradora.

Os representantes da Associação do Meio Ambiente de Moeda (AMA) querem maior rigor sobre as minerações de areia no Rio Paraopeba, cujos caminhões estão passando por dentro do centro da cidade.

Em suma, Belo Vale passa por um momento delicado com os empreendimentos da mineração. E há muito a ser feito, com urgência para que Belo Vale não seja surpreendido com rompimento de barragem, como a Marés II, da VALE, classificada no nível de alerta 1. Não podemos conviver com as ações desrespeitosas dessas empresas. Antônio Moura promete rigor na investigação e condução desses fatos e quer maior participação dos cidadãos belovalenses.

 

 

  • Tarcísio Martins, jornalista e ambientalista – APHAA-BV

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.