Jornal Correio de Minas
Duas cidades estão passando por um surto de covid-19. Em apenas 3 dias, Desterro de Entre Rios (MG) confirmou 59 casos. E mais: são 149 suspeitos e 39 positivados em acompanhamento. Nos últimos 10 dias, a cidade registrou quase 100 pacientes infectados.
Lamim
Ontem (5), Lamim (MG) confirmou mais 31 novos casos de Covid-19 e nos últimos 2 dias foram 48. Três pessoas estão em isolamento domiciliar.
A cidade de Desterro de Entre Rios (MG) registrou um aumento substancial de casos confirmados de Covid19 entre os dias 24 a 29 de dezembro. Foram 30 casos no período e no mês chegam a chegam a 35 pacientes infectados pelo vírus.
Entre 28 e 29, foram confirmados 12 novos casos. O número de suspeitos e positivados em acompanhamento chega 54 pessoas. Desterro tem 15 mortos pelo Covid-19 e não há nenhum paciente internado. A cidade tem em torno de 7,5 mil habitantes.
Nossa reportagem procurou a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda as respostas de nossos questionamentos sobre as causas do surto e medidas tomadas para conter o avanço da vírus.
Há pouco mais de um mês, a pequena cidade do interior mineiro de Teixeiras, na Zona da Mata, perto de Viçosa (MG) amarga um inesperado surto de COVID-19. O pico do registro de novos casos confirmados em um único boletim informativo aconteceu no dia 16 de novembro, quando a Secretaria de Saúde do município confirmou que mais 37 pessoas haviam sido contaminadas.
Em outubro, o pico foi de apenas oito contaminados registrados em um único informe epidemiológico. Nesta semana, cada boletim tem registrado entre 4 e 11 novas confirmações do novo coronavírus.
Logo, a prefeitura fará uma reavaliação do cenário nesta sexta-feira (26/11), em reunião com o comitê gestor dos impactos da pandemia na cidade. Diante do novo cenário, o prefeito Nivaldo Rita (PCdoB) assinou um decreto, no dia 12 de novembro, estabelecendo novas medidas restritivas para frear o avanço do vírus. O aumento de casos teve início no dia 19 de outubro. Conforme o documento assinado pelo Executivo – e válido até o próximo sábado (27/11) –, o Comitê Extraordinário de Enfrentamento à COVID-19 do município determinou a proibição de eventos com aglomeração de pessoas, como shows, forrós, cavalgadas e futebol com público.
Em entrevista ao Estado de Minas, o secretário de Saúde municipal Fábio Braga Teixeira disse que uma nova reunião com os membros do comitê está agendada para esta sexta-feira, às 13h. “Nesse encontro, vamos apresentar um balanço da situação epidemiológica dos últimos 15 dias. Adianto que a equipe técnica concluiu que, neste momento, estamos entrando em uma tendência de queda no número de casos confirmados”, explica o secretário, ressaltando que as pessoas contaminadas têm apresentado uma boa evolução no quadro clínico. “Apesar do aumento de notificações, os pacientes não evoluíram para complicações”, complementa Braga. Segundo ele, embora o cenário, agora, seja mais favorável, caberá ao comitê prorrogar ou não as restrições em vigor há, praticamente, duas semanas.
Indagado pela reportagem, o secretário de Saúde diz que a administração municipal percebeu o aumento do número de casos uma semana após o feriado do 12 de outubro. (EM)
Casa Grande, ao contrário da Macro Centro-Sul, que reúne 51 Municípios, está onda vermelha bem mais restritiva às atividades comerciais. Com pouco mais de 2 mil habitantes, a cidade segue com alta contaminação e prefeitura vem alertando para a aplicação das medidas sanitárias.
Em 8 dias, entre 28/8 a 4/9, os boletins epidemiológicos apontam para o aumento de casos. No período, foram 19 novos pacientes infectados, o que corresponde a 17% do total de casos desde o início da pandemia.
Em relação aos notificados, foram 73 casos a mais (10%) e a cidade experimentou o aumento de 47 casos de monitoramento domiciliar, o que perfaz um crescimento de 60$ em 8 dias.
Casa Grande segue com 4 mortes.
Um Decreto do Prefeito Luiz do Zeca (MDB) determino a regressão da onda amarela para a onda vermelha na simpática Casa Grande. “Devido ao aumento da disseminação do vírus na cidade de Casa Grande, voltaremos com as medidas da Onda Vermelha. Isso significa a limitação de horário, interrupção de atividades e outras medidas”, salientou as autoridades sanitários em postagem nas redes sociais.
Os números
Entre 21 a 28 de agosto, a cidade experimentou um aumento expressivo nos números de covid19. De 84 subiu para 95 os pacientes infectados (11%) e os casos em monitoramento domiciliar saltaram em 7 dias 75%, o que corresponde de 8 para 32. Os casos notificados também subiram de 566 para 604, cerca de 20% em 7 dias.
Comércio fechado
Pelo decreto, ficaram suspensos e liberação de Alvarás de Localização e Funcionamento emitidos para a realização de atividades com potencial de aglomeração de pessoas, em razão do Estado de Calamidade em Saúde Pública como bares e casas de show de qualquer natureza, casas de festas e eventos, academias, salões de beleza, barbearias e clínicas de estética e estabelecimentos; congêneres.
As atividades relacionadas ao comércio varejista de vestuário, calçados, acessórios, lojas de manutenção e venda de equipamentos eletrônicos e informática, papelarias, comércio e fabricação de móveis e lojas de departamento em geral, poderão funcionar entre 8h e 18h, de segunda a sábado.
As atividades relacionadas à venda de produtos alimentícios, tais como sorveterias, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres, poderão funcionar nos horários compreendidos entre 8h e 18h de domingo a sábado, com atendimento presencial. Após este horário somente por meio de delivery, até às 00h.
O aumento de pacientes infectados atingiu Minas Gerais e Entre Rios de Minas não ficou de fora. Entre os dias 1º a 25 de dezembro, a cidade saltou de 79 para 103 casos confirmados, um aumento de 24 pacientes, o que representa um crescimento do contágio em 23%.
Entre Rios tem 613 notificações, uma pessoa internada e ainda 10 casos em isolamento social. 21 pacientes estão em monitoramento.
Em nota, a Secretaria Municipal solicitou a população que zelem pelo cumprimentod as medidas sanitárias como uso de máscaras, distanciamento social e uso de álcool gel.
O Setor de Vigilância Sanitária, outros da Sanitária da Secretaria de Saúde, a Procuradoria Municipal, a Guarda Municipal, a Associação Comercial, Industrial e Serviços e a Polícia Militar se reuniram, no início da tarde desta sexta-feira, 4 de dezembro. Proprietários de bares e restaurante foram informados da elevação considerável do número de pessoas contaminadas pela covid-19 em Congonhas e em toda a Macrorregião de Saúde, o que poderá, casos não haja mudança de postura de toda a sociedade, culminar com o retrocesso da flexibilização econômica, por decisão do Programa Minas Consciente, do Governo do Estado.
As autoridades sanitárias consideram determinante que toda a Macrorregião de Saúde adote medidas de prevenção ao coronavírus, para que se evite que o Minas Consciente determine o retrocesso à Onda Vermelha, a mais restritiva das três estabelecidas e que determina o fechamento de diversos setores do comércio e serviços.
Este programa já enquadra Congonhas na Onda Vermelha, levando em consideração números como a média diária de casos positivos para a covid-19, disponibilidade de vagas de enfermaria e UTI, entre outros, mas o município optou por ainda seguir com o nível de flexibilização adotado pelo Minas Consciente para a Macro Centro Sul de Saúde, que, por ora, encontra-se na Onda Amarela.
Então, é preciso que haja um esforço coletivo, a fim de preservar vidas e a economia de Congonhas e demais cidades.
Conforme o Decreto 7.043, bares, restaurantes e lanchonetes devem seguir às seguintes normas:
— as mesas devem estar dispostas a uma distância mínima de 2 metros uma das outras e serem ocupadas por até quatro pessoas;
— refeições e bebidas somente podem ser servidas e consumidas nas mesas ou em balcão, nesse último caso respeitado o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas;
— cadeiras, mesas, balcões, cardápios precisam ser higienizados após a manipulação pelo cliente;
— banheiros e demais locais de uso coletivo devem ser mantidos higienizados e com suprimentos suficientes para possibilitar a higiene pessoal de funcionários, clientes e frequentadores;
— em banheiros e lavatórios, devem ser oferecidos sabonete líquido, toalhas de papel e lixeira acionada sem contato manual;
— álcool em gel 70% tem de estar disponível para higienização das mãos de clientes e frequentadores, na entrada do estabelecimento e ainda em pontos estratégicos, como balcões de atendimento e caixas.
Com o aumento dos casos de covid-19, o Governo de Minas, decidiu recuar na flexibilização e impor mais restrições de atividades para sete macrorregiões de saúde do estado a partir desta quinta-feira (3).
Conforme informado pelo estado, após uma reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, realizada nesta quarta (2), sete macrorregiões vão entrar na onda amarela, quatro na onda vermelha e três na onda verde.
A medida é resultado, segundo informou o governo, de um aumento de 27% no índice de contaminação da covid-19 em Minas na última semana. Devido a esse aumento, as macrorregiões Centro, Centro-Sul, Norte e Oeste saem da onda verde e retornam para a onda amarela. Além delas, as macrorregiões Sudeste, Sul e Vale do Aço permanecem na onda amarela.
O Governo de Minas lembra que nesse estágio são permitidos serviços como academias, salões de beleza, clubes, além do consumo em bares e restaurantes. Isso desde que todos cumpram os protocolos de segurança para evitar a transmissão da covid-19.
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, esse recuo na flexibilização foi impulsionado pelo aumento de casos na última semana, reflexo principalmente das movimentações do período eleitoral.
“Tivemos um aumento da incidência em todas as regiões, não tivemos aumento proporcional de óbitos, mas estamos vendo o aumento por demanda de internações. Ainda há bastante leitos de terapia intensiva no estado como um todo. Mas é importante reforçar a necessidade de cuidado, de distanciamento e atenção da população durante todo o mês de dezembro”, alertou o secretário.
Onda vermelha
Foram incluídas as macrorregiões Jequitinhonha, Leste do Sul e Nordeste, além da manutenção da macrorregião Leste. Na onda vermelha, que é a mais rígida do Minas Consciente, são autorizadas a funcionar apenas serviços essenciais – como farmácias, padarias e supermercados.
Onda verde
Apenas as macrorregiões Noroeste, Triângulo do Norte e Triângulo do Sul permanecem na onda verde, fase em que são permitidos serviços com maior nível de contágio, como cinemas e discotecas.
As regiões Centro, Centro-Sul, Norte e Oeste, Sudeste, Sul e Vale do Aço estão na onda amarela, fase na qual é permitida a abertura de serviços não essenciais, como:
– Bares (consumo no local);
– Autoescolas e cursos de pilotagem;
– Salões de beleza e atividades de estética;
– Comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo;
– Papelarias, lojas de livros, discos e revistas;
– Lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem;
– Comércio de itens de cama, mesa e banho;
– Lojas de móveis e lustres;
– Imobiliárias;
– Lojas de departamento e duty free;
– Lojas de brinquedos;
– Academias (com restrições);
– Agências de viagem;
– Clubes.
A lista de comarcas que retomam suas atividades presenciais, de acordo com os parâmetros do plano “Minas Consciente”, foi atualizada, contando com 20 novas comarcas que passam a integrar o rol de municípios classificados como “Grau de Risco Verde e Amarelo”. Por outro lado, 21 comarcas deixam de integrar a lista, estando classificadas como “Grau de Risco Vermelho”. Entre elas, estão Congonhas, Ouro Branco e Entre Rios de Minas.
O trabalho presencial nas comarcas deverá observar, em sua integralidade, o disposto na Portaria Conjunta da Presidência nº 1.025, de 13 de julho de 2020, com a redação dada pela Portaria Conjunta da Presidência nº 1.047, de 2020.
Os parâmetros foram aprimorados pelo Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Plano de Retomada Gradual das Atividades e encontram-se disponíveis para acesso na Rede TJMG, por meio do “link” http://rede.tjmg.jus.br/rede-tjmg/administrativo/qlik-sense/plano-de-retomada.htm.
A lista das comarcas do Estado, classificadas de acordo com sua situação epidemiológica, encontra-se disponível no Portal TJMG, por meio do “link” https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/servicos/faq-covid-19/retorno-das-comarcas/. Todas as comarcas do Estado, independentemente do “Grau de Risco” que lhes tenha sido atribuído, deverão observar o cronograma de remessa de malotes de processos físicos para a Segunda Instância disposto no art. 2º da Portaria Conjunta da Presidência nº 1.059, de 2 de outubro de 2020.
A critério do juiz presidente do ato, a realização de audiências por videoconferência deverá ser condicionada à existência de parte ou testemunha presa ou domiciliada em outra comarca, à apresentação de motivo justificado, vinculado à razão de saúde pública, que inviabilize o deslocamento de qualquer das partes ou do magistrado à sede do fórum.
Leia portaria na íntegra:
Pela segunda semana consecutiva o Painel Covid-19, criado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), mostra que o panorama de quase totalidade de municípios em alta na semana passado teve uma ligeira melhora. Foi verificado que a tendência geral de Minas Gerais ainda é de alta, assim como em 13 das cidades monitoradas. O Painel Covid-19 chamou a atenção na última semana por fazer o monitoramento nas cidades de origens dos estudantes da UFOP.
Cidade da região
Congonhas fechou novembro com 286 novos casos do total de 1.711 pacientes, o que corresponde a 17%). Houve um óbito. Lafaiete teve no mês teve 535 novos pacientes, o que representa 31% do total de 1.692. Foram 2.208 notificados no novembro. Já em Ouro Branco foram 186 novos casos, o que corresponde a 27% do total de 689. Foram registrados 800 notificados.
