Brumadinho ganha mais 272 árvores em homenagem às vítimas do rompimento da barragem da Vale em 2019

Plantio foi feito em área verde próxima ao Cemitério Parque das Rosas, onde várias vítimas foram sepultadas

Brumadinho, 26 de agosto de 2023 – Na manhã deste sábado (26/08), o plantio de 272 mudas de árvores homenageou as vidas ceifadas pela tragédia-crime da mineradora Vale, ocorrida em 25 de janeiro de 2019. A ação aconteceu na área verde do bairro Salgado Filho (rua Érico Veríssimo, s/nº, em Brumadinho-MG), próxima ao Cemitério Parque das Rosas, onde várias vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão foram sepultadas.

A atividade foi uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Brumadinho, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, do Projeto Mil Pelo Planeta e a NotCo, sendo convidada para a homenagem a AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho).


Familiares participaram do plantio

Com 1 hectare na região urbana da cidade, o terreno foi preparado pela Brigada Carcará, que já promove ali uma ação de reflorestamento. Ao todo, foram utilizadas pelo Projeto Mil Pelo Planeta, que é do Mato Grosso do Sul, 15 espécies diferentes nativas da Mata Atlântica, entre elas, ipês, goiabeiras e pitangueiras.

Com sede em Campo Grande, o Projeto Mil Pelo Planeta saiu do seu estado natal pela primeira vez para plantar em outras partes do Brasil. A organização já espalhou mais de 28 mil árvores no Mato Grosso do Sul, Argentina e Bolívia. Além de homenagear as 272 vidas ceifadas, tratadas como Joias pelos familiares, o ato simbólico também foi uma homenagem às famílias das vítimas e busca garantir mais qualidade de ar e de vida aos moradores.

Amor e respeito
Queremos levar um pouquinho de amor para as pessoas que ainda sentem dor. Plantar árvore é um símbolo de respeito pelo Planeta. É na união que a gente se fortalece e consegue plantar cada vez mais”, disse o coordenador do Mil Pelo Planeta, Neo Ávila.

Em Brumadinho, é a segunda vez que a memória das vítimas da tragédia é homenageada com o plantio de árvores. Em outubro do ano passado, a AVABRUM e o Instituto Camila e Luiz Taliberti também se juntaram para o plantio das 272 mudas, no mesmo local onde foi atividade desde sábado. Na ocasião, os participantes também usaram mudas da Mata Atlântica, com de aroeira, pau-brasil, ipê amarelo, ipê roxo, paina e cedro.


Alexandra Andrade é da diretoria da AVABRUM

Cooperação e cidadania
“Esse plantio estimula a desenvolver atividades que afloraram o senso de cooperação e cidadania. Uma oportunidade de ter uma experiência construtiva para melhorar o mundo através da natureza. E é emocionante e gratificante saber que, mesmo após quatro anos e sete meses, os nossos entes queridos continuam recebendo homenagens, continuam sendo lembrados porque eles são muito amados”, disse Alexandra Andrade, da diretoria da AVABRUM.
 

Vale pode se tornar ré em ação no Reino Unido por Mariana

A tragédia ocorreu em novembro de 2015, quando uma barragem da mineradora Samarco localizada em Mariana (MG) se rompeu

A mineradora Vale poderá se tornar ré no Reino Unido em processo que julga as responsabilidades pela tragédia ocorrida em Mariana (MG). A mineradora anglo-australiana BHP Billiton já é alvo desse processo. A questão foi discutida durante dois dias em uma audiência em Londres e encerrada nesta quinta-feira (13). Ainda não há data para que uma decisão seja tomada.

A tragédia ocorreu em novembro de 2015, quando uma barragem da mineradora Samarco localizada em Mariana se rompeu. No episódio, a avalanche de rejeitos escoou pela bacia do Rio Doce, impactando dezenas de municípios mineiros e capixabas. Dezenove pessoas morreram.

A Vale é uma das duas acionistas da Samarco. A outra é a BHP Billiton, que tem sede em Londres e responde ao processo que tramita desde 2018 na Justiça do Reino Unido. Ele foi movido por milhares de atingidos representados pelo escritório Pogust Goodhead. Também integram o processo municípios, empresas e instituições religiosas que alegam ter sido impactados na tragédia.

A inclusão da Vale no processo foi pedida pela BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana alega que, em caso de condenação na Justiça do Reino Unido, a Vale também precisa ser responsabilizada no país para arcar com, no mínimo, 50% das indenizações.

O pedido da BHP Billiton foi apresentado após a Justiça do Reino Unido negar pedidos para que o processo fosse arquivado. A mineradora alegou anteriormente haver uma duplicação de julgamentos e defendeu que a reparação dos danos deveria se dar unicamente sob a supervisão dos tribunais brasileiros. De outro lado, a defesa dos atingidos sustenta que o Brasil não tem sido capaz de assegurar uma justa reparação. Em março, 500 mil novos autores aderiram ao processo. Dessa forma, agora são mais de 700 mil pessoas e entidades representadas pelo escritório Pogust Goodhead.

No Brasil, todas as ações reparatórias são administradas pela Fundação Renova, entidade criada em 2016 conforme acordo firmado entre as três mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Cabe a ela a gestão de mais de 40 programas. Mas, passados quase oito anos, sua atuação é alvo de diversos questionamentos judiciais por parte dos atingidos e do poder público. Há discussões envolvendo desde a demora para conclusão das obras de reconstrução dos distritos arrasados na tragédia até os valores indenizatórios.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a pedir a extinção da Fundação Renova por considerar que ela não possui a devida autonomia frente às três mineradoras. Uma tentativa de repactuação do processo reparatório, capaz de apontar para uma solução para mais de 85 mil processos sobre a tragédia, está em andamento desde o ano passado.

Alinhamento

Na audiência realizada nos últimos dois dias, a Vale defendeu que a Justiça do Reino Unido não tem jurisdição para avaliar o caso, se alinhando ao posicionamento já apresentado pela BHP Billiton. Em nota, a mineradora também sustentou que mais de R$ 30,05 bilhões dos recursos destinados à Fundação Renova foram designados para a indenização de mais de 417,5 mil pessoas. “As eventuais indenizações impostas na ação coletiva [movida no Reino Unido] deverão considerar valores já recebidos pelos mesmos autores no Brasil, por força de acordos individuais ou decisões judiciais”, acrescenta o texto divulgado pela Vale.

Do lado de fora do tribunal, uma comitiva de atingidos organizou um protesto. Estiveram presentes moradores de áreas atingidas e representantes de diferentes etnias indígenas. O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) divulgou uma manifestação do seu coordenador Joceli Andreoli, que integrou a comitiva.

“Nós sabemos que a Justiça brasileira tem sido falha e a Vale quer ser julgada lá, porque ela tem influência. Ela tem enrolado os atingidos há oito anos, nesse que é o maior crime socioambiental do país. Esperamos que a Vale também seja julgada aqui e que ela cumpra com a reparação integral dos atingidos e atingidas”.

O escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos, divulgou uma manifestação do advogado Tom Goodhead. “As duas maiores mineradoras do mundo estão em uma briga judicial para decidir quem deve ser responsabilizado por esse grande crime, quando na verdade o que deveria estar em discussão é a compensação das vítimas que sofrem há oito anos. Estão gastando tempo, energia e recursos em vez de sentarem com as vítimas e resolverem esse caso. Não encaram as consequências de suas negligências. É um espetáculo repugnante”, criticou.

Em nota, a BHP afirma que continuará a se defender na Justiça do Reino Unido e que considera o processo desnecessário por duplicar questões que estão cobertas pelo trabalho da Fundação Renova ou são objeto de discussões judiciais no Brasil. Segundo o texto, o pedido de inclusão da Vale foi uma medida processual necessária para que as responsabilidades sejam compartilhadas caso ocorra uma ordem de pagamento.

Conforme a nota, a situação não afeta as relações entre as duas mineradoras. A BHP Billiton afirma que continuará a trabalhar em estreita colaboração para apoiar as ações de reparação em andamento. “No total, mais de 200.000 autores da ação inglesa já receberam algum tipo de pagamento no Brasil”, acrescenta o texto.

Julgamento em 2024

A ação no Reino Unido chegou a ser suspensa na etapa inicial, quando ainda se discutia se o caso poderia ser analisado no país. Sem adentrar no mérito da questão, o juiz inglês Mark Turner considerou em 2020 que havia abuso, entre outras coisas, porque poderia haver sentenças inconciliáveis com julgamentos simultâneos no Brasil e no Reino Unido.

Para o juiz, não havia evidências suficientes de que a Justiça brasileira fosse incapaz de assegurar a justa reparação. No entanto, em julho de 2022, a Corte de Apelação aceitou recurso dos atingidos e determinou que o mérito do processo deveria ser analisado.

As audiências que julgarão o mérito do processo e avaliarão se a BHP Billiton tem responsabilidades pela tragédia estão inicialmente marcadas para abril de 2024. No entanto, em maio, a Justiça do Reino Unido remarcou a data e o caso será analisado apenas em outubro de 2024. O adiamento atendeu parcialmente o pedido da mineradora. A BHP Billton queria mais prazo para permitir a manifestação da Vale no processo e chegou a defender a realização das audiências apenas em 2025. Já a defesa dos atingidos se manifestou contra o adiamento. (com Agência Brasil)

FONTE JORNAL DO BRASIL

Vale pode se tornar ré em ação no Reino Unido por Mariana

A tragédia ocorreu em novembro de 2015, quando uma barragem da mineradora Samarco localizada em Mariana (MG) se rompeu

A mineradora Vale poderá se tornar ré no Reino Unido em processo que julga as responsabilidades pela tragédia ocorrida em Mariana (MG). A mineradora anglo-australiana BHP Billiton já é alvo desse processo. A questão foi discutida durante dois dias em uma audiência em Londres e encerrada nesta quinta-feira (13). Ainda não há data para que uma decisão seja tomada.

A tragédia ocorreu em novembro de 2015, quando uma barragem da mineradora Samarco localizada em Mariana se rompeu. No episódio, a avalanche de rejeitos escoou pela bacia do Rio Doce, impactando dezenas de municípios mineiros e capixabas. Dezenove pessoas morreram.

A Vale é uma das duas acionistas da Samarco. A outra é a BHP Billiton, que tem sede em Londres e responde ao processo que tramita desde 2018 na Justiça do Reino Unido. Ele foi movido por milhares de atingidos representados pelo escritório Pogust Goodhead. Também integram o processo municípios, empresas e instituições religiosas que alegam ter sido impactados na tragédia.

A inclusão da Vale no processo foi pedida pela BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana alega que, em caso de condenação na Justiça do Reino Unido, a Vale também precisa ser responsabilizada no país para arcar com, no mínimo, 50% das indenizações.

O pedido da BHP Billiton foi apresentado após a Justiça do Reino Unido negar pedidos para que o processo fosse arquivado. A mineradora alegou anteriormente haver uma duplicação de julgamentos e defendeu que a reparação dos danos deveria se dar unicamente sob a supervisão dos tribunais brasileiros. De outro lado, a defesa dos atingidos sustenta que o Brasil não tem sido capaz de assegurar uma justa reparação. Em março, 500 mil novos autores aderiram ao processo. Dessa forma, agora são mais de 700 mil pessoas e entidades representadas pelo escritório Pogust Goodhead.

No Brasil, todas as ações reparatórias são administradas pela Fundação Renova, entidade criada em 2016 conforme acordo firmado entre as três mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Cabe a ela a gestão de mais de 40 programas. Mas, passados quase oito anos, sua atuação é alvo de diversos questionamentos judiciais por parte dos atingidos e do poder público. Há discussões envolvendo desde a demora para conclusão das obras de reconstrução dos distritos arrasados na tragédia até os valores indenizatórios.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a pedir a extinção da Fundação Renova por considerar que ela não possui a devida autonomia frente às três mineradoras. Uma tentativa de repactuação do processo reparatório, capaz de apontar para uma solução para mais de 85 mil processos sobre a tragédia, está em andamento desde o ano passado.

Alinhamento

Na audiência realizada nos últimos dois dias, a Vale defendeu que a Justiça do Reino Unido não tem jurisdição para avaliar o caso, se alinhando ao posicionamento já apresentado pela BHP Billiton. Em nota, a mineradora também sustentou que mais de R$ 30,05 bilhões dos recursos destinados à Fundação Renova foram designados para a indenização de mais de 417,5 mil pessoas. “As eventuais indenizações impostas na ação coletiva [movida no Reino Unido] deverão considerar valores já recebidos pelos mesmos autores no Brasil, por força de acordos individuais ou decisões judiciais”, acrescenta o texto divulgado pela Vale.

Do lado de fora do tribunal, uma comitiva de atingidos organizou um protesto. Estiveram presentes moradores de áreas atingidas e representantes de diferentes etnias indígenas. O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) divulgou uma manifestação do seu coordenador Joceli Andreoli, que integrou a comitiva.

“Nós sabemos que a Justiça brasileira tem sido falha e a Vale quer ser julgada lá, porque ela tem influência. Ela tem enrolado os atingidos há oito anos, nesse que é o maior crime socioambiental do país. Esperamos que a Vale também seja julgada aqui e que ela cumpra com a reparação integral dos atingidos e atingidas”.

O escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos, divulgou uma manifestação do advogado Tom Goodhead. “As duas maiores mineradoras do mundo estão em uma briga judicial para decidir quem deve ser responsabilizado por esse grande crime, quando na verdade o que deveria estar em discussão é a compensação das vítimas que sofrem há oito anos. Estão gastando tempo, energia e recursos em vez de sentarem com as vítimas e resolverem esse caso. Não encaram as consequências de suas negligências. É um espetáculo repugnante”, criticou.

Em nota, a BHP afirma que continuará a se defender na Justiça do Reino Unido e que considera o processo desnecessário por duplicar questões que estão cobertas pelo trabalho da Fundação Renova ou são objeto de discussões judiciais no Brasil. Segundo o texto, o pedido de inclusão da Vale foi uma medida processual necessária para que as responsabilidades sejam compartilhadas caso ocorra uma ordem de pagamento.

Conforme a nota, a situação não afeta as relações entre as duas mineradoras. A BHP Billiton afirma que continuará a trabalhar em estreita colaboração para apoiar as ações de reparação em andamento. “No total, mais de 200.000 autores da ação inglesa já receberam algum tipo de pagamento no Brasil”, acrescenta o texto.

Julgamento em 2024

A ação no Reino Unido chegou a ser suspensa na etapa inicial, quando ainda se discutia se o caso poderia ser analisado no país. Sem adentrar no mérito da questão, o juiz inglês Mark Turner considerou em 2020 que havia abuso, entre outras coisas, porque poderia haver sentenças inconciliáveis com julgamentos simultâneos no Brasil e no Reino Unido.

Para o juiz, não havia evidências suficientes de que a Justiça brasileira fosse incapaz de assegurar a justa reparação. No entanto, em julho de 2022, a Corte de Apelação aceitou recurso dos atingidos e determinou que o mérito do processo deveria ser analisado.

As audiências que julgarão o mérito do processo e avaliarão se a BHP Billiton tem responsabilidades pela tragédia estão inicialmente marcadas para abril de 2024. No entanto, em maio, a Justiça do Reino Unido remarcou a data e o caso será analisado apenas em outubro de 2024. O adiamento atendeu parcialmente o pedido da mineradora. A BHP Billton queria mais prazo para permitir a manifestação da Vale no processo e chegou a defender a realização das audiências apenas em 2025. Já a defesa dos atingidos se manifestou contra o adiamento. (com Agência Brasil)

FONTE JORNAL DO BRASIL

Sirene de barragem em Santa Bárbara (MG) é acionada pela quinta vez e moradores relatam pavor

Estrutura da AngloGold Ashanti tem trinca de 300 metros

Roseni Aparecida Ambrosio tinha acabado de acordar quando escutou, na manhã desta terça-feira (11), a sirene da barragem CDS II, que fica em Santa Bárbara, município da região Central de Minas Gerais, soar. É a quinta vez que a estrutura é acionada acidentalmente, causando pavor nos moradores do município.

Desde o mês de maio deste ano, quando foi encontrada uma trinca de mais de 300 metros de comprimento e aproximadamente dois centímetros de largura, a barragem está em situação de emergência e os atingidos estão em alerta.

“São episódios que causam transtornos e traumas. Quando uma barragem com uma trinca de 300 metros tem a sirene disparada acidentalmente, as pessoas param de confiar. Pode acontecer algo sinistro e elas perderem suas vidas por falta de credibilidade da sirene”, lamenta Roseni. 

Ela relata, ao Brasil de Fato MG, que sua família já convive diariamente com os impactos da negligência da mineradora AngloGold  Ashanti.

“Eu e minha família já estamos abalados psicologicamente e nem podemos mais ouvir nenhum barulho relacionado à barragem. Além das trincas e da sirene, nossa casa já foi invadida por uma lama tóxica, que a mineradora nunca foi responsabilizada. A gente se sente totalmente desprovido e desamparado”, conta a atingida.

Em outubro do ano passado, a estrutura, que abriga um volume de rejeitos semelhante ao da barragem da Vale que rompeu em 2019, em Brumadinho, foi classificada como nível 1 de alerta, após o surgimento de uma trinca com 12 centímetros de largura e 60 metros de comprimento.

Outra moradora de Santa Bárbara, Mercia Regina da Silva Xavier, relata que a situação é assustadora. Ela conta que o local onde fica a casa em que mora com os filhos é um “beco sem saída”.

“Eu tenho dois filhos gêmeos e eles estudam na parte da manhã. Quando a sirene disparou eu pensei ‘o que eu vou fazer agora? Eu corro para a escola para ficar com os meninos? ou para o ponto de encontro para onde a empresa diz que é preciso ir’”, relata Mercia.

“Eu moro em uma rua mais baixa. Quando chove, ficamos sem saída de um lado da rua. No outro lado, tem um barranco. E, se a gente corre, é sentido à lama. Nós não vivemos nem dormimos mais. Eu estou sendo medicada para dormir e, mesmo assim, não tenho sossego”, complementa.

As duas moradoras reclamam da falta de diálogo, assistência e clareza da AngloGold Ashanti. No ano passado, a mineradora lucrou mais de R$ 660 milhões com a barragem no município e, mesmo assim, os membros das comunidades não foram indenizados.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a AngloGold Ashanti reforçou que a barragem CDS II segue segura e estável. Afirmou ainda que, na segunda-feira (10), a empresa realizou um teste de rotina no sistema de comunicação de emergência e que, nesta terça (11), o “som musical” foi emitido por poucos segundos e que não houve emissão de sirene ou de mensagem de voz, e que a Defesa Civil Municipal foi comunicada do ocorrido. 

Matéria atualizada às 19:11, da terça-feira (11), para incorporação da resposta da mineradora. 

Edição: Elis Almeida

FONTE BRASIL DE FATOS MG

Sirene de barragem em Santa Bárbara (MG) é acionada pela quinta vez e moradores relatam pavor

Estrutura da AngloGold Ashanti tem trinca de 300 metros

Roseni Aparecida Ambrosio tinha acabado de acordar quando escutou, na manhã desta terça-feira (11), a sirene da barragem CDS II, que fica em Santa Bárbara, município da região Central de Minas Gerais, soar. É a quinta vez que a estrutura é acionada acidentalmente, causando pavor nos moradores do município.

Desde o mês de maio deste ano, quando foi encontrada uma trinca de mais de 300 metros de comprimento e aproximadamente dois centímetros de largura, a barragem está em situação de emergência e os atingidos estão em alerta.

“São episódios que causam transtornos e traumas. Quando uma barragem com uma trinca de 300 metros tem a sirene disparada acidentalmente, as pessoas param de confiar. Pode acontecer algo sinistro e elas perderem suas vidas por falta de credibilidade da sirene”, lamenta Roseni. 

Ela relata, ao Brasil de Fato MG, que sua família já convive diariamente com os impactos da negligência da mineradora AngloGold  Ashanti.

“Eu e minha família já estamos abalados psicologicamente e nem podemos mais ouvir nenhum barulho relacionado à barragem. Além das trincas e da sirene, nossa casa já foi invadida por uma lama tóxica, que a mineradora nunca foi responsabilizada. A gente se sente totalmente desprovido e desamparado”, conta a atingida.

Em outubro do ano passado, a estrutura, que abriga um volume de rejeitos semelhante ao da barragem da Vale que rompeu em 2019, em Brumadinho, foi classificada como nível 1 de alerta, após o surgimento de uma trinca com 12 centímetros de largura e 60 metros de comprimento.

Outra moradora de Santa Bárbara, Mercia Regina da Silva Xavier, relata que a situação é assustadora. Ela conta que o local onde fica a casa em que mora com os filhos é um “beco sem saída”.

“Eu tenho dois filhos gêmeos e eles estudam na parte da manhã. Quando a sirene disparou eu pensei ‘o que eu vou fazer agora? Eu corro para a escola para ficar com os meninos? ou para o ponto de encontro para onde a empresa diz que é preciso ir’”, relata Mercia.

“Eu moro em uma rua mais baixa. Quando chove, ficamos sem saída de um lado da rua. No outro lado, tem um barranco. E, se a gente corre, é sentido à lama. Nós não vivemos nem dormimos mais. Eu estou sendo medicada para dormir e, mesmo assim, não tenho sossego”, complementa.

As duas moradoras reclamam da falta de diálogo, assistência e clareza da AngloGold Ashanti. No ano passado, a mineradora lucrou mais de R$ 660 milhões com a barragem no município e, mesmo assim, os membros das comunidades não foram indenizados.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a AngloGold Ashanti reforçou que a barragem CDS II segue segura e estável. Afirmou ainda que, na segunda-feira (10), a empresa realizou um teste de rotina no sistema de comunicação de emergência e que, nesta terça (11), o “som musical” foi emitido por poucos segundos e que não houve emissão de sirene ou de mensagem de voz, e que a Defesa Civil Municipal foi comunicada do ocorrido. 

Matéria atualizada às 19:11, da terça-feira (11), para incorporação da resposta da mineradora. 

Edição: Elis Almeida

FONTE BRASIL DE FATOS MG

Ouro Preto: Gerdau pagará R$ 2,5 milhões por acionar indevidamente sirene de barragem em Miguel Burnier

Além disso, uma multa diária foi estabelecida para evitar erros futuros.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Ouro Preto, divulgou um acordo que foi assinado com a Gerdau Açominas que prevê, por parte da mineradora, a obrigação de compensação por ter ligado irregularmente a sirene da barragem dos Alemães, localizada em Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto (Região Central de Minas).

O dia do acontecimento foi 30 de setembro de 2022 e a sirene tocou por aproximadamente dois minutos e 30 segundos.

Gerdau irá pagar R$ 2,5 milhões por acionar indevidamente sirene de barragem em Miguel Burnier, Ouro Preto
Seis quilômetros de distância entre a barragem e o distrito – Foto: Reprodução Google Street View

O acordo assinado entre as partes

O documento determina que a mineradora pague R$ 2,5 milhões para projetos socioambientais em favor das populações que rodeiam a região da barragem e que adote todas as medidas necessárias para evitar que esse tipo de situação ocorra novamente. Além disso, o acordo também visa a implantação de novas medidas de segurança.

Outro ponto destacado no documento é de que a Gerdau deve contratar uma equipe independente e com profissionais qualificados para elaborar relatórios técnicos e também desenvolver um Plano de Ação em caso de ligamento indevido de sirenes. 

Além dos dois compromissos que a mineradora terá que cumprir, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) declara que a Gerdau é obrigada “a manter a população regularmente informada, com campanhas educativas para a convivência com o risco, em linguagem simples e compreensível, inclusive informando sobre o sistema de segurança da barragem”. 

O acordo também afirma que qualquer atividade ou intervenção nos sistemas de alerta e sirene que porventura possa causar o acionamento indevido deve ser prontamente avisada à população e também à Defesa Civil com antecedência de, no mínimo, cinco dias.

Caso a Gerdau descumpra com qualquer um dos termos e normas estabelecidas, a empresa pagará uma multa diária no valor de R$ 5.000 que será destinado ao Fundo Especial do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Além disso, caso ocorra qualquer infração proposta no acordo, a empresa será notificada judicialmente ou extrajudicialmente.

O que diz a empresa

Em nota, a Gerdau informou:

A Gerdau reforça seu compromisso com a segurança e com as comunidades próximas à operação. Não houve nenhuma alteração nos níveis de segurança da barragem dos Alemães. A estrutura, que tem Declaração de Condição de Estabilidade (DCE), é monitorada continuamente. A operação da Gerdau é realizada 100% a seco.

Em setembro de 2022 ocorreu um acionamento inesperado das sirenes de emergência da barragem dos Alemães, em Ouro Preto. O alerta emitido na ocasião não foi para evacuação da área, mas sim uma música clássica que é usada em testes periódicos.

Como medida de compensação devido ao acionamento, foi assinado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com destinação de R$ 2,5 milhões em contrapartida socioambiental para projetos que são de gestão do MPMG. A empresa vai cumprir todas as obrigações assumidas.

FONTE RADAR GERAL

Barragem de mesmo tipo de Brumadinho e Mariana tem desmanche iniciado

O Dique 1A da Mina de Conceição, em Itabira, teve as obras de descaracterização iniciadas. Com isso, metade das estruturas à montante estão no processo

O início das obras de desmanche do Dique 1A da Mina Conceição, operada pela Vale, em Itabira, na Região Central de Minas, faz com que a mineradora alcance a metade das estruturas programadas para serem descaracterizadas por terem o método de alteamento a montante, o mesmo dos rompimentos de Mariana (2015) e de Brumadinho (2019). O processo se iniciou nesta semana.

Das 18 barragens que a Vale tem programadas para deixar de existir e serem reintegradas ao meio ambiente, as que passam pelo processo atualmente chegaram a nove com o Dique 1A.

Desde 2019, ano do rompimento da Barragem B1 da Mina Córrego do feijão, em Brumadinho, das 30 estruturas previstas, 12 (nove em Minas Gerais e três no Pará) já foram eliminadas, o que equivale a 40% do total. A previsão da empresa é concluir a eliminação da 13ª estrutura neste ano, o Dique 2, da Mina Cauê, também em Itabira.

Segundo a mineradora, o Dique 1A terá a área do seu reservatório aterrada e regularizada para a construção de canais de drenagem para evitar o acúmulo de água. Além disso, a estrutura receberá obras de reconfirmação no reforço existente e seu conteúdo será removido parcialmente. “A previsão de conclusão dos trabalhos é em 2024. Ao todo, 150 empregos, a maioria da região, devem ser gerados”, informa a empresa.

Obras

As obras acontecerão em área interna da empresa e não há moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS). O dique, que já não recebe rejeitos, é uma estrutura interna do Sistema Conceição, atualmente com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva vigente.

Com a conclusão, em setembro de 2022, da descaracterização da barragem Ipoema, nas Minas do Meio, e do Dique 3, do Sistema Pontal, metade das 10 barragens a montante localizadas em Itabira já foram eliminadas. Anteriormente, foram descaracterizados os Diques 4 e 5 do Sistema Pontal e o Dique Rio do Peixe.

Ainda neste ano, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, também em Itabira (MG), deverá ter as obras de descaracterização concluídas e representará a 13ª barragem alteada a montante da Vale eliminada no Brasil desde 2019 e a sexta no município.

A empresa informa que o dique e as demais barragens da empresa em Itabira são monitoradas permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Todo o processo é acompanhado pelos órgãos públicos e por equipe técnica independente.

A Vale afirma que a eliminação das estruturas deste tipo do Brasil é uma das principais ações para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer. “As obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente”, informa a empresa.

Desde 2019, a Vale estima ter investido cerca de R$ 5,8 bilhões no Programa de Descaracterização da Vale. Em 2022, cinco estruturas foram completamente descaracterizadas. “Todas as barragens a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas permanentemente. As ações implementadas nessas estruturas são objeto de avaliação e acompanhamento pelas assessorias técnicas independentes, que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Estado de Minas Gerais”, informa a Vale.

FONTE ESTADO DE MINAS

Mineradora perde recurso na Suprema Corte da Inglaterra sobre processo que envolve atingidos em Mariana

BHBP Billiton pedia que ação fosse julgada pela Suprema Corte e não pela Justiça de Londres

A Suprema Corte da Inglaterra rejeitou um recurso da mineradora BHP Billiton que pedia que a ação indenizatória de atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015, passasse a tramitar pela Corte, e não mais pela Justiça de Londres. A decisão é da última quinta-feira (1ª), mas foi publicada nesta segunda (5).

No recurso, a BHP buscava evitar que a ação, assinada por 700 mil atingidos, entre empresas, municípios, pessoas físicas e associações, continuasse tramitando na Corte de Londres.

Na semana retrasada, a Justiça marcou a primeira audiência do caso para outubro de 2024.

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, deixou 19 mortos e dano ambiental ainda incalculável.

A ação de indenização chega a valores superiores de 45 bilhões de euros. O processo corre na Inglaterra porque a BHP, controladora da Samarco, ao lado da Vale, tem sede no país.

O que diz a BHP Billiton

A Suprema Corte proferiu decisão a respeito do pedido da BHP para recorrer contra o julgamento que permitiu o prosseguimento do caso no Reino Unido. A decisão é processual e não tem relação com qualquer julgamento de mérito da ação em curso na Corte Inglesa.

A BHP nega os pedidos em sua totalidade e continua com sua defesa na ação, a qual entendemos ser desnecessária por duplicar questões já cobertas pelo trabalho existente e em andamento da Fundação Renova (sob a supervisão dos tribunais brasileiros) e outros processos legais no Brasil.

A BHP Brasil continua a trabalhar em estreita colaboração com a Samarco e a Vale para apoiar os programas abrangentes de reparação e compensação sob a gestão da Fundação Renova.

Até o momento, esses programas financiaram R$ 29 bilhões em compensações financeiras e obras de reparação. Isso inclui R$ 13,8 bilhões pagos em indenizações e auxílio financeiro emergencial para mais de 413.000 pessoas.

Por meio do Sistema Simplificado de Indenização, cerca de R$ 9,2 bilhões foram pagos a mais de 79.000 pessoas com dificuldades em comprovar seus danos, incluindo cerca de 64.000 reclamantes no caso do Reino Unido.

FONTE ITATIAIA

Barragem gigante na China está desacelerando rotação da Terra

A represa das Três Gargantas, construída na China, chama atenção pela sua incrível capacidade de reter 42 bilhões de toneladas de água quando estiver totalmente operacional. Porém, esse não é o fator mais impactante de sua existência. De acordo com cientistas, tamanha quantidade de água retida em um mesmo lugar poderia mudar a rotação da Terra.

Logo, isso também faria com que os dias se tornassem um pouco mais longos do que o normal. A barragem feita de aço e concreto possui mais de 2,3 km de comprimento, cerca de 182 metros de altura e tem dado o que falar na imprensa internacional.

A barragem das Três Gargantas

(Fonte: GettyImages)
(Fonte: GettyImages)

Construída entre os três desfiladeiros adjacentes Outang, Wu e Xiling, a barragem das Três Gargantas foi originalmente criada por Sun Yat-Sen, conhecido por ser o “pai da China moderna”. Em um artigo, o pesquisador acreditava que tal represa ajudaria a desenvolver as indústrias manufatureiras em seu país.

Além disso, a barragem naquela região ajudaria a controlar as inundações no rio Yangtze, ao mesmo tempo que simbolizaria um “novo poder chinês”. O projeto foi virar realidade somente em 1946, mas teve que ser abandonado durante a Segunda Guerra Mundial. 

As obras só foram finalizadas em 2012, custando algo entre US$ 25 bilhões e US$ 37 bilhões para os cofres chineses. Também é importante ressaltar que essa é uma obra que causou muita preocupação ambiental, esteve envolvida em esquemas de corrupção na política chinesa e foi parada inúmeras vezes por outros problemas externos.

Atualmente, a represa serve de lar para 6,4 mil espécies de plantas, 3,4 mil espécies de insetos, 300 espécies de peixes e mais de 500 espécies de vertebrados terrestres. Contudo, a erosão existente em seu reservatório provocou deslizamentos de terra recentes que não apenas ameaçou alguns desses animais, mas quase paralisou algumas das maiores pescarias do mundo no Mar da China Oriental.

Diminuição na rotação da Terra

(Fonte: GettyImages)
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Recentemente, a NASA confirmou em relatório que a barragem das Três Gargantas foi responsável por retardar a rotação do nosso planeta. De acordo com os pesquisadores, todo esse fenômeno pode ser explicado pela 1ª Lei de Newton — o Princípio da Inércia.

Quando a represa está operando em sua capacidade máxima, seu reservatório é capaz de reter 42 bilhões de toneladas de água. Isso, por sua vez, faz com que a Terra perca um pouco de força ao girar. Uma mudança na massa desse tamanho na superfície do planeta afeta diretamente sua rotação, aumentando a duração de um dia em 0,06 microssegundos.

Porém, essa não é uma mudança muito preocupante.  A rotação da Terra já é desacelerada naturalmente por fatores como a posição da Lua, terremotos, movimento do Polo Norte induzido pelas mudanças climáticas e por aí vai. Para se ter ideia, a NASA estima que a duração de cada dia na Terra aumenta em um milissegundo a cada cinco anos. Logo, retardar a rotação em 0,06 microssegundos é praticamente irrelevante.

FONTE MEGA CURIOSO

Barragem da Vale duas vezes maior que a de Brumadinho começa a ser desmanchada

Seis das 18 estruturas a montante que ainda serão eliminadas já tiveram obras iniciadas 

As obras de descaracterização da barragem Campo Grande, localizada em Mariana (MG), começaram nesta quinta-feira (20). Com isso, seis das 18 estruturas alteadas a montante da Vale no Brasil que ainda passarão pelo processo já tiveram as obras iniciadas. Desde 2019, das 30 que usavam esse método de construção, 40% já foram eliminadas, o que equivale a 12 estruturas (nove em Minas Gerais e três no Pará).

Os trabalhos na barragem Campo Grande, na Mina Alegria, em Mariana (MG), contemplam a implantação de reforço para a estrutura, além de adequações no sistema de drenagem para melhoria da condição de estabilidade no longo prazo. A previsão é de geração de até 900 empregos, entre trabalhadores diretos e terceirizados, com priorização da contratação de mão de obra local.
  
O reservatório está em nível de emergência 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e não recebe rejeitos desde 2015. A conclusão das obras na barragem Campo Grande, que acontecerão em área interna da empresa, sem moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS), está prevista para 2026.

A barragem Campo Grande é monitorada 24 horas por dia, sete dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da Vale, além de passar por inspeções rotineiras de equipes internas e externas. 

13ª estrutura terá obras concluídas em 2023 
  
Em março, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, em Itabira (MG), também teve as obras de descaracterização iniciadas. Para a estrutura, o processo está previsto para ser concluído neste ano e representará a 13ª barragem alteada a montante da Vale eliminada no Brasil desde 2019.

Segurança – A barragem Campo Grande e o Dique 2/Pontal estão incluídas no Programa de Descaracterização de barragens a montante da empresa. A eliminação das estruturas deste tipo do Brasil é uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer e faz parte de um processo de mudança na gestão de barragens da companhia. As obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente 
  
Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 5,8 bilhões no Programa de Descaracterização da Vale. Somente em 2022, cinco estruturas foram completamente descaracterizadas. A eliminação de estruturas construídas a montante é um compromisso da Vale, além de atender às legislações federal e estadual vigentes sobre segurança de barragens.

Todas as barragens a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas permanentemente. As ações implementadas nessas estruturas são objeto de avaliação e acompanhamento pelas assessorias técnicas independentes, que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Estado de Minas Gerais.

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