Montadora de carros rival da Fiat está à beira da falência após anunciar dívida de R$ 4,97 bilhões e paralisações constantes

Montadora rival da Fiat está à beira da falência. Após o fracasso em vendas de seus veículos, a Fisker Ocean pode deixar o mercado automotivo em breve e fechar suas portas de vez.

A Fisker, montadora de carros rival da Fiat, pode estar com os dias contados. Segundo informações do Portal Quatro Rodas, a montadora declarou que a fabricação do Fisker Ocean segue paralisada e pressupõe que não haverá mais produção devido a uma dívida bilionária. A produção foi interrompida no início de março e na época, a pausa seria de apenas 6 semanas, mas o prazo já passou.

Dívida bilionária da Fisker pode levar empresa à falência

A montadora de carros rival da Fiat lançou uma nota sobre a paralisação e ainda comentou sobre a ameaça de redução de 400 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões em nossa moeda. Segundo a marca, a produção está parada no momento e sua perspectiva atual, divulgada recentemente, pressupõe que não haverá mais produção.

Fisker Ocean – Carro elétrico da montadora Fisker/Divulgação

Em março, a problemática startup de veículos elétricos fundada por Henrik Fisker contratou consultores de falência para ajudá-la em um possível pedido de recuperação, segundo informações do The Wall Stree Journal. A empresa produziu cerca de 10 mil unidades do SUV elétrico Ocean e cerca de metade deles foram vendidos.

O produto da montadora de carros rival da Fiat foi lançado em um momento de redução da demanda por elétricos no mercado norte-americano e passou por reclamações sobre a qualidade e atendimento, uma investigação regulatória sobre problemas de frenagem e uma avaliação muito negativa de um dos maiores avaliadores do mundo.

Nissan pode estar interessada em ajudar Fisker a sair da falência

 

A Fisker teve que reduzir sua produção em dezembro devido à fraca demanda e um modelo de vendas que não estava funcionando. O WSJ informa que a Fisker quer mudar o modelo de vendas diretas para um modelo de concessionárias, mas não está claro se ela conseguirá sobreviver a tempo suficiente para isso.

 

A empresa declarou uma dívida de US$ 1 bilhão (R$ 4,97 bilhões) em seu último relatório, o que significa que serão necessárias muitas vendas do modelo para se restabelecer. A  startup também afirmou que não conseguirá desenvolver novos modelos sem a ajuda de uma grande fabricante.

Os rumores indicam que a Nissan poderia estar interessada, mas não há nenhuma certeza do que a japonesa ganharia em um acordo com a montadora de carros rival da Fiat.

Ações da Fisker cai em 97% desde sua oferta pública inicial

 

A parceira Magna, empresa de produção por contrato que constrói o Ocean juntamente com outros produtos para marcas mais antigas, como a Mercedes-Benz, lista os negócios com a Fisker como um de seus riscos financeiros.

 

O preço das ações da montadora caiu mais de 97% desde sua oferta pública inicial, como aponta o Wall Street Journal. Ela não possui nenhum produto novo próximo da produção e, mesmo ignorando os problemas, a maioria dos críticos não achou o Ocean particularmente atraente.

Como sua fabricação é terceirizada para a Magna, na Áustria, ela não possui uma unidade de produção nos Estados Unidos para servir como um ativo importante ou para produzir carros elétricos que se qualifiquem para o crédito fiscal federal. A empresa está em águas tempestuosas e, se a reportagem do WSJ estiver certa, parece estar preparando os botes salva-vidas.

 

FONTE CLICK PETRÓLEO E GÁS

A mineração de lítio coloca o Vale do Jequitinhonha à beira do abismo, mostra documentário

Há uma corrida em curso pela exploração do lítio na América Latina, e o estado de Minas Gerais está no centro das disputas que ocorrem entre corporações nacionais e multinacionais e as populações que historicamente vivem nos territórios selecionados para exploração.

Recebi o vídeo abaixo do meu colega Klemens Laschefski,  o geógrafo e professor do Departamento de Geologia da UFMG.  O documentário produzido pelo canal alemão SWR mostra o avanço de uma nova forma colonialismo nos municípios de Araçuaí e Itinga onde está concentrada sob um disfarce esperto a mineração do lítio.

O documentário mostra que sob a escusa de uma mineração sustentável e responsável se esconde a mais aguda negação da sociobiodiversidade do Médio Jequitinhonha que ameaça destruir uma rica biodiversidade e expulsar comunidades que ali vivem há centenas de anos.

 

Minas à beira do abismo financeiro

Em matéria de lidar com a gigantesca crise financeira estadual e municipal que assolou o País, estamos literalmente na idade da pedra, bastando, no caso das administrações estaduais (especialmente no caso de Minas Gerais, aqui tratado com atenção), consultar os vídeos recentes no YouTube sobre o tema. De um lado, sob forte resistência contrária dos entes afetados, as autoridades fazendárias de Brasília continuam presas a tentar fazer os entes subnacionais pagarem mais rapidamente as dívidas que, junto a ela, foram (e continuam sendo) contraídas. Enquanto isso, a grande maioria dos entes subnacionais, totalmente quebrada, não se dispõe a atacar de frente o principal problema que os assolam, que é o explosivo déficit previdenciário. Ao final, caminhamos para o literal caos financeiro, tendo em seu bojo a desabada e eventual zeragem dos investimentos públicos em infraestrutura neles todos.

Na raiz de tudo, estão razões demográficas na presença de ineficazes regimes de “repartição simples” (nos quais patrões e empregados contribuem para pagar os benefícios devidos ao longo do tempo futuro), regimes esses que se inviabilizam ao chegarem a uma certa idade (idade avançada essa que já está aí). Tais razões demográficas se dão, em parte, porque as mulheres estão tendo menos filhos (e daí a ocorrência de menores contribuições – vale dizer, menores receitas) e/ou porque as pessoas estão vivendo mais (e, assim, recebendo benefícios por mais tempo – ou seja, mais despesas). Para lidar com isso, é preciso reformar regras, aportar ativos, e, detalhes à parte, caminhar para um regime de capitalização plena. (O Piauí é uma exceção honrosa, pois tem avançado bastante no processo aqui descrito sinteticamente, embora sua caminhada rumo à situação ideal ainda esteja em curso).

Por sua vez, Minas Gerais se destaca por ter uma dívida com a União – a que erradamente mais assusta muitos dos que falam na mídia desfocada – de R$ 160 bilhões, embora pouquíssimos saibam que, em 2021, o seu passivo atuarial ou previdenciário (ou seja, para com os aposentados e pensionistas), à frente, era de nada menos que R$ 3,1 trilhões, montando 23,9% do subtotal estadual, só perdendo para São Paulo (com um pouco mais acima disso – 24,2% do total). Há ainda o agravante de que a dívida previdenciária é exigível diariamente conforme vai vencendo, por razões óbvias, enquanto a dívida convencional é – também obviamente – rolável ad eternum.

Finalmente, cabe relatar que o déficit previdenciário anual mineiro, a preços de 2022, vem subindo sistematicamente, tendo passado de R$ 14,2 bilhões em 2013, para a média de R$ 19,9 bilhões em 2016-22. Enquanto isso, os investimentos desabavam de R$ 9,6 bilhões em 2013, para a média de R$ 2,6 bilhões em 2016-20.

FONTE O DIA IG

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