BR-040: conheça os projetos e prazos para as novas licitações da rodovia

Rodovia que liga o Rio a Brasília passando por Minas Gerais será dividida em três trechos para uma nova licitação

Desde 2017, motoristas que costumam trafegar pela BR-040, que atravessa Minas Gerais para ligar o Distrito Federal ao Rio de Janeiro, convivem com a incerteza sobre a administração da rodovia.

Atualmente, as empresas Via 040 e Concer dividem a concessão da estrada federal e já apresentaram pedidos para o rompimento do contrato, alegando prejuízos financeiros.

Em ambos os casos, o Poder Judiciário determinou que os contratos deveriam ser prorrogados para evitar colocar a segurança dos motoristas em risco.

Com a solução paliativa, o governo federal corre para acelerar a realização de uma nova licitação esperando dar uma resposta definitiva para a concessão de uma das mais importantes rodovias do país.

O plano inclui a divisão da licitação em três trechos: o primeiro, entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte; o segundo entre Belo Horizonte e Cristalina (GO) e, o último entre Goiânia e Brasília (DF).

Saiba como está a situação em cada trecho, as previsões e planos do governo federal.

Gustavo Piu/Itatiaia

BR-040: Rio-BH

A divulgação do edital para concessão e a realização do leilão estão previstos para serem lançados até o final de 2023. As melhorias dos 30 anos de concessão contemplam 451 quilômetros de extensão, com investimentos que devem chegar a cerca de R$ 16 bilhões, incluindo novas obras e despesas operacionais.

Em maio, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou o acórdão sobre o projeto, com sugestões para a concessão neste trecho específico. Atualmente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) trabalha na análise dessas sugestões. Após essa etapa, a documentação é enviada ao Ministério dos Transportes, responsável por definir os prazos para publicação do edital, cuja previsão inicial é o segundo semestre deste ano. Neste momento, ainda não é possível prever quando os documentos seguirão para o Ministério, pois depende de uma análise ampla da equipe técnica da ANTT.

BR-040: Rota dos Cristais

Foi apelidado de Rota dos Cristais, o trecho da BR-040 que liga Belo Horizonte à cidade de Cristalina, em Goiás. Pelo que se sabe até o momento, o trecho prevê conceder à iniciativa privada a administração da rodovia por um prazo de 30 anos. A previsão é de investimentos de R$ 6,1 bilhões em novas obras, além de R$ 5 bilhões em despesas operacionais. Ao todo, são 594,3 km de extensão.

Na última quinta-feira (17), a ANTT aprovou o plano de outorga e o relatório final da audiência pública referente ao trecho. O material será encaminhado ao Ministério dos Transportes e, em seguida, ao Tribunal de Contas da União (TCU). A previsão é que o edital seja lançado até dezembro deste ano.

BR-040: Rota do Pequi

O último trecho da concessão da BR-040 ainda inclui trechos de outras rodovias federais, a BR-135 e BR-060, que serão incluídos no pacote. De todos os trechos, esta é a que está em fase menos avançada. Ao todo, são 315 km – que foram apelidados de Rota do Pequi – que ainda na fase de estudos da ANTT. Conforme o governo federal, a expectativa é de que o edital seja divulgado somente no terceiro trimestre de 2024 e, o leilão, deve ser feito entre outubro e dezembro do ano que vem.

FONTE ITATIAIA

Amalpa leva BR-040 a pauta no Congresso

Prefeito de Ouro Branco (MG) e Presidente da AMALPA, Hélio Campos, está em Brasília, junto ao Presidente do Congresso, em busca de apoio para solucionar os problemas recorrentes da BR-040 Com agenda em Brasília nessa terça-feira, 15 de agosto, o prefeito de Ouro Branco e presidente da AMALPA, Hélio Campos, e o secretário de Administração, Jean Carlos Seabra, foram recebidos pelo Presidente do Congresso, Senador Rodrigo Pacheco. Além da divulgação da Semana do Desenvolvimento Econômico, o prefeito Hélio pediu apoio ao presidente do Senado, nas demandas da licitação para obras e melhorias na BR-040.

O presidente do Congresso, Senador Rodrigo Pacheco, informou que vai enviar ofício ao Ministro dos Transportes, por meio do Ministro Renan Filho, solicitando o desmembramento da licitação da BR-040 em dois trechos: Belo Horizonte/Juiz de Fora e Juiz de Fora/Rio de Janeiro, na busca por ações mais rápidas e efetivas pela segurança e melhorias na BR-040 no trecho que abrange a região do Alto Paraopeba.

Amalpa leva BR-040 a pauta no Congresso

Prefeito de Ouro Branco (MG) e Presidente da AMALPA, Hélio Campos, está em Brasília, junto ao Presidente do Congresso, em busca de apoio para solucionar os problemas recorrentes da BR-040 Com agenda em Brasília nessa terça-feira, 15 de agosto, o prefeito de Ouro Branco e presidente da AMALPA, Hélio Campos, e o secretário de Administração, Jean Carlos Seabra, foram recebidos pelo Presidente do Congresso, Senador Rodrigo Pacheco. Além da divulgação da Semana do Desenvolvimento Econômico, o prefeito Hélio pediu apoio ao presidente do Senado, nas demandas da licitação para obras e melhorias na BR-040.

O presidente do Congresso, Senador Rodrigo Pacheco, informou que vai enviar ofício ao Ministro dos Transportes, por meio do Ministro Renan Filho, solicitando o desmembramento da licitação da BR-040 em dois trechos: Belo Horizonte/Juiz de Fora e Juiz de Fora/Rio de Janeiro, na busca por ações mais rápidas e efetivas pela segurança e melhorias na BR-040 no trecho que abrange a região do Alto Paraopeba.

A 3 dias do fim da concessão, BR–040 tem mais óbitos do que a ‘rodovia da morte’

Sob gestão da Via 040 há quase uma década, a rodovia será devolvida ao governo federal na próxima sexta-feira (18 de agosto)

Trincas no asfalto, gargalos no trânsito, falta de passarelas e média de quase cinco acidentes por dia em 2023. Essa é a realidade da BR–040 às vésperas do fim do contrato de privatização, previsto para a próxima sexta-feira (18 de agosto). Sob gestão da Via 040 há quase uma década, a rodovia será devolvida ao governo federal com 78 km duplicados – apenas 12 km em Minas – dos 557,2 km previstos em contrato, ou seja, 14% do prometido, cinco passarelas das 50 pactuadas no edital e um saldo de mortes que a coloca à frente da “rodovia da morte”, a BR–381, em acidentes com perdas de vida. A situação revolta motoristas, moradores e comerciantes que convivem com o medo e a insegurança mesmo com pagamento de pedágio desde 2015.    

A devolução da rodovia vai acontecer a pouco mais de 20 anos do fim do contrato inicial, que tinha duração prevista de 30 anos. Desde 2017, a empresa tenta uma devolução amigável da rodovia. O pedido foi atendido por meio de termo aditivo ao contrato de concessão, acordado em novembro de 2020 entre Via 040 e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O documento tinha validade até fevereiro de 2022, quando foi prorrogado por mais 18 meses. Com a alteração de prazos, a Via 040 se comprometeu a ficar responsável pela rodovia até 17 de agosto de 2023. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública para tentar obrigar a concessionária a dar continuidade aos serviços essenciais prestados na BR–040 até a conclusão do processo de relicitação, quando uma nova empresa vai assumir o trecho. A ação agora depende de definição da Justiça.  

A Via 040 assumiu a concessão em 2014 com a promessa de realizar obras de ampliação numa extensão de 714,5 km da rodovia. Entre as principais intervenções estavam a duplicação de 557,2 km e a implantação de 41 passarelas, logo nos primeiros cinco anos da concessão. O acordo previa ainda outras nove passarelas a partir do sexto ano de contrato. No entanto, após quase dez anos, apenas 78 km da rodovia foram duplicados e cinco passarelas foram instaladas. A empresa alega, no entanto, que os valores investidos foram aplicados na construção de 21 postos de atendimento ao usuário, melhorias no asfalto em 1.800 km de pistas, instalação de 26 mil placas novas de sinalização, entre outras ações. 

A falta de melhorias afeta diretamente moradores, comerciantes e motoristas que convivem ainda com a atual má conservação da estrada em Minas. A reportagem de O TEMPO percorreu o trecho de mais de 100 km entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete, na região Central – considerado o trecho mais perigoso, conforme especialistas –, e conversou com usuários da via, que relataram o drama de quem passa pela BR–040. 

“Já perdemos tantas pessoas que nem contamos mais. Perdi duas primas e um primo. Não tem nem palavras para falar o sentimento de perder alguém assim. O que mais vemos é acidente no trecho entre BH e Lafaiete. O maior medo da gente é entrar no carro com a família em uma 040 como essa”. A fala é do motorista Valdete Eugênio Gonçalves, de 57 anos, que mora às margens da BR–040, no bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, desde que nasceu.  

A insegurança relatada pelo morador é justificada pelos números. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 2023, mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

Falta de melhorias na BR-040 revolta usuários diante do pagamento de pedágios há mais de oito anos.

Para o especialista em segurança do trânsito Rodrigo Mendes, a explicação para o alto número de óbitos na BR–040 pode estar no grande fluxo de veículos associado à falta de separação das faixas – que contribui para o aumento de colisões frontais – e às curvas perigosas existentes no trecho. “Nesse trecho temos muitas mineradoras, muitas carretas, fluxo muito alto de veículos que vão e vêm todos os dias para trabalhar e temos ainda o fluxo de turismo. Existem duas faixas de cada lado, mas não tem separação, portanto as colisões frontais seguem sendo as mais frequentes e letais na rodovia. Estamos com mais de nove anos de concessão, desde 2015, com pagamento de pedágio e podemos listar várias coisas que não foram feitas na BR–040 e estavam previstas no edital”, pontua.  

Dono de uma oficina de lanternagem, às margens da BR–040, em Congonhas, Rafael Ribeiro, de 41 anos, também aponta o estreitamento da pista em alguns pontos como causa de grandes congestionamentos e acidentes na rodovia. “O trânsito aqui é muito complicado porque você tem quatro pistas (duas em cada sentido) que se afunilam em uma (em cada sentido). Então nos horários de pico temos um engarrafamento enorme. Temos ainda as pontes que são muito estreitas, existem promessas de duplicá-las há muito tempo, mas até hoje nada foi feito. Isso gera também gera acidentes. Nos últimos dias só aqui na frente foram dois, então é muito perigoso atravessar e trafegar nesse trecho”, reclama. 

O mecânico endurece o tom ao falar da falta de melhorias promovidas pela Via 040 desde o início da concessão, em 22 de abril de 2014. Ele afirma que a concessionária fez apenas serviços para “tapar buracos”. “A 040 trabalhando ou não, não faz a menor diferença. O único tipo de operação que eles conseguem fazer é tapar buraco, e isso não resolve nada, isso até o Dnit fazia. Recapeamento eles fazem o paliativo só quando está muito ruim, e acaba piorando, porque o asfalto fica irregular. Praticamente todo dia encosta um carro aqui na borracharia do lado com um pneu furado ou uma roda quebrada. Ou você joga o carro dentro do buraco, ou se joga da ponte”, conta.  

Falta de passarelas  

A falta de melhorias na BR–040 ao longo de quase uma década de privatização, além do cansaço emocional pela perda de vidas, fez com que moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, tomassem a frente e buscassem, por conta própria, a instalação de uma passarela na área residencial, que é cortada pela rodovia. Após dezenas de manifestações, os populares conseguiram a instalação da travessia para pedestres com o apoio da prefeitura da cidade e a doação feita por empresas sediadas na região.  

“Foi com muita luta, sacrifício e manifestação que conseguimos essa passarela que beneficia muita gente, mas ainda falta uma. A Via 040 tentou impedir, falando que ia duplicar o trecho, mas as mineradoras fizeram a doação e o projeto, então entramos na Justiça e conseguimos a instalação. A empresa fez um estudo quando assumiu, falou que ia duplicar e que não podia colocar a passarela. Mas os anos foram passando e conseguimos a travessia, enquanto a duplicação nunca saiu do papel”, explica Sterferson Gonçalves, de 30 anos, ex-presidente da associação dos moradores.  

Cansados dos inúmeros acidentes, moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, buscaram, por conta própria, a instalação de uma passarela.

Apesar disso, a dor pelas vidas perdidas por atropelamentos na BR–040 segue viva na mente dos moradores. “A 040 hoje está a via da morte, todo dia tem acidente e não cabe mais de tanto carro. Falta uma passarela, tem muitos lugares que precisam”, pontua Valdete Eugênio, que perdeu três familiares no trecho, onde hoje há a passarela. 

Mais à frente na rodovia, onde não há passarelas, o mecânico Rafael conta que, após a morte de três crianças atropeladas há alguns anos, o local foi equipado com quebra-molas. Depois da concessão, um radar também foi colocado no trecho, o que ajudou a minimizar os acidentes. No entanto, ele cobra uma passarela diante do alto fluxo da rodovia. “Foi só isso que foi feito, não teve melhorias. Estamos abandonados”, lamenta. 

Questionada sobre o caso, a Invepar Via 040 disse que a instalação da passarela seguiu todos os trâmites previstos nas obrigações contratuais da concessionária. “Após a prefeitura ter apresentado todos os projetos aderentes às normas para implantação de estruturas em rodovias federais, conforme preconiza o manual do Dnit IPR-728 e a Resolução 1.187/2005 da ANTT, a obra foi autorizada”, afirma.

O que diz a Via 040?

Em nota, a Via 040 afirmou que desde o início da operação vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013. Segundo a concessionária, as condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros (veja a íntegra abaixo)

Sobre os acidentes, a Via 040 disse que vem realizando, desde 2014, melhorias que proporcionam condições mais seguras para os usuários e que desenvolve diversas ações voltadas à prevenção de acidentes e conscientização dos motoristas. As ações, segundo a empresa, resultaram em uma redução de 63% no número de acidentes totais entre 2013 – antes da concessão – e 2022, passando de 5.852 para 2.161 (dados da PRF). Já as ocorrências de acidentes fatais saíram de 210 e foram para 119 (dados da PRF) no mesmo período e trecho, representando uma redução de 43%. 

Questionada sobre o número de passarelas, a Via 040 afirmou que “está desobrigada de realizar os investimentos previstos no contrato de concessão”. Em relação às condições atuais da rodovia, a concessionária disse que cumpre os parâmetros de desempenho conforme previsto no terceiro aditivo do contrato de concessão. Sobre o número de obras de duplicações, a empresa afirmou que as intervenções foram realizadas em locais onde havia licença ambiental que autorizava a execução. 

A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) sobre a afirmação da concessionária, que afirmou que “o licenciamento da BR–040 está sendo tratado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”. 

Em nota, o Ibama disse que o processo de duplicação da rodovia BR–040 DF/GO/MG conta com a Licença de Instalação (LI) 1.121/2016, emitida em 6/7/2016, que autoriza atividades como instalação de fibra óptica e as obras de duplicação e de melhorias da rodovia, dentro dos limites da faixa de domínio no Distrito Federal e nos Estados de Goiás e Minas Gerais, com extensão total de 941,2 km.

Segundo o Ibama, estão bloqueadas apenas as obras localizadas em 13 km, localizadas em trechos distintos, além de locais onde estão previstas obras de arte especiais e a intervenção em cursos hídricos. Os impedimentos ocorrem por não apresentação do estudos ou por determinação do  Instituto Estadual de Florestas (IEF) do Estado de Minas Gerais, gestor das unidades de conservação afetadas pelo empreendimento.

Por fim, o Ibama esclarece que a licença está válida, não havendo impedimentos para a realização de obras em todos os outros trechos da rodovia.

Relicitação 

Em nota, a ANTT disse que a definição do poder público sobre a administração da BR–040, entre Juiz de Fora e Brasília, ainda está em tratativa. Atualmente, está em vigor o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Via 040, com vencimento em agosto. Legalmente, a agência pode estender o prazo de operação da concessionária para prestação de serviços essenciais por mais seis meses. No entanto, a solução para o assunto segue em discussão entre a diretoria da agência, o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU).    

Questionado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) disse que o assunto é tratado pela ANTT, uma vez que a “BR–040 ainda é concedida e os trâmites sobre o futuro da rodovia são de responsabilidade daquela agência”. 

Já o TCU disse que acompanha a relicitação da BR–040 DF/GO/MG. Em abril de 2023, ao analisar esse processo, o TCU fez determinações à ANTT relacionadas às ações e aos procedimentos relativos ao encerramento do contrato de concessão. O TCU não fez qualquer determinação ou aplicou sanção diretamente à concessionária na ocasião. Em seguida, foi apresentado recurso em relação a essa decisão, que foi analisado no dia 26 de julho e deu origem ao Acórdão 1.547/2023 – plenário. O cumprimento, pela ANTT, desses acórdãos será monitorado pelo trribunal.  

Leia o posicionamento da Invepar 040 na íntegra:

Desde o início da operação, a Via 040 vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013.

As condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros.

Em setembro de 2017, a Via 040 formalizou seu primeiro pedido de adesão à lei 13.448/17, instrumento criado pelo poder público para tratar da “rescisão amigável” das concessões de ferrovias, rodovias e aeroportos. Somente em agosto de 2019, portanto dois anos após a promulgação da lei, a lei foi regulamentada pelo decreto 9.957/19.

Logo em seguida, em agosto de 2019, a Via 040 reapresentou seu pedido de adesão à relicitação. O pedido foi analisado pela ANTT e aprovado, por unanimidade, em novembro de 2019. Em dezembro de 2019, o Ministério da Infraestrutura manifestou sua concordância com a relicitação do trecho.

Em fevereiro de 2020 o pedido foi finalmente qualificado no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – PPI e sancionado pelo Presidente da República, através do Decreto nº 10.248/2020, o que significa sua aptidão para ser relicitado.

Para você ficar bem informado sobre esse processo, preparamos um guia com as principais questões sobre a situação da Via 040:

COMO É O PROCESSO DE RELICITAÇÃO?

– Requerimento de adesão ao processo de relicitação, conforme lei 13.448/17, realizado pela Via 040 em 20/8/19.

 – Análise do pedido pela ANTT. Orgão atesta, por unanimidade, a viabilidade técnica e jurídica da relicitação, em 26/11/2019.· – Recomendação do pedido pelo Ministério da Infraestrutura e PPI e, posteriormente, Decreto Presidencial qualificando oficialmente o pedido. Decreto publicado em 18/2/2020.

– Assinatura do termo aditivo. Termo assinado em 20/11/2020.

– Aprovação, pela ANTT, em 3/2/2022, da prorrogação do termo aditivo por 18 meses, até agosto de 2023.

– Assinatura, pela Via 040, da prorrogação do termo aditivo em 17/2/2022

– Processo de relicitação e novo leilão, à cargo do Poder Concedente. Em andamento desde o decreto publicado em 18/2/2020.

A EMPRESA ESTÁ DEVOLVENDO A RODOVIA PARA O GOVERNO

A empresa está solicitando a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão.

A VIA 040 ARRECADA BILHÕES DE REAIS EM PEDÁGIO

O valor arrecadado com pedágio é aproximado ao que é reinvestido na pista. Desde que assumiu a concessão, em 2014, até dezembro de 2020, a Via 040 investiu R$ 1,9 bilhão em obras, equipamentos e serviços aos usuários. No período foi registrado prejuízo de R$ 1,1 bilhão, incluídos custos operacionais. Para a manutenção e operação da via nesse período foi necessário, inclusive, recorrer a aportes extras dos acionistas do grupo Invepar, da ordem de R$ 1,1 bilhão. As demonstrações financeiras da concessionária podem ser acessadas aqui.

CIRCULAM MUITOS VEÍCULOS PELA BR-040. NÃO É POSSÍVEL QUE NÃO SE TENHA LUCRO COM O PEDÁGIO.

De fato, são muito veículos que circulam diariamente pela BR-040. Entretanto, o tráfego nas rodovias federais hoje é menor do que o fluxo registrado em 2010, considerando carretas, caminhões e ônibus, segundo dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

A queda acentuada e consecutiva do tráfego, nos últimos anos, é considerada um fato atípico dentro da evolução histórica medida pela ABCR, há mais de 20 anos.

A VIA 040 ESTÁ DEVOLVENDO A CONCESSÃO SEM DUPLICAR.

Dos 557 km previstos para serem duplicados, a concessionária executou a obra nos 73 km que tinham licença ambiental aprovada na época, em Goiás e em Minas Gerais.

As obras em outros trechos só receberam autorização dos órgãos públicos responsáveis com dois anos de atraso, ainda assim com bloqueios para obras entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete.

Ou seja, somente em 2017, ano em que a concessionária já havia apresentado seu primeiro pedido de rescisão amigável do contrato, o governo emitiu a licença para obras de duplicação, mesmo assim com bloqueios.

A EMPRESA SÓ REALIZA CAPINA E ROÇADA NA RODOVIA, MAIS NADA

Desde 2014, a empresa investiu em inúmeras obras e serviços, como listado abaixo. Além disso, semanalmente, a empresa divulga o calendário de melhorias em cada trecho, que pode ser acessado aqui.

1. Construção de 21 postos de atendimento ao usuário;

2. Construção de um centro de controle operacional;

3. Reforma de três postos de pesagem de veículos pesados;

4. Melhorias de asfalto em 1.800 quilômetros de pistas;

5. Reforma de 171 pontes e viadutos;

6. Instalação de mais de 26 mil placas novas de sinalização;

7. Instalação de mais de 600 mil tachas refletivas (olhos de gato) na pista;

8. Pintura de 13 mil quilômetros de pintura de sinalização;

9. Instalação de 195 mil metros de defensas metálicas;

10. Recuperação de 46 mil metros em sistemas de drenagem;

11. Capina em 45 mil quilômetros de canteiros centrais, margens e trevos, o equivalente a 19 mil campos de futebol.

Além dessas obras e serviços realizados para quem usa a pista, a Via 040 atendeu mais de 520 mil usuários em auxílios diversos, como pane mecânica, bateria descarregada, pane seca, pneu furado e remoções de veículos para locais seguros.

A empresa também prestou mais de 74 mil atendimentos médicos, incluindo o parto de 26 bebês realizados na rodovia. Todos os dias, cerca de 220 usuários recebem algum tipo de apoio da concessionária na BR-040. A empresa emprega mais de 800 pessoas, em atividades administrativas, nos serviços de operação e atendimento, e na manuntenção da rodovia.

NÃO DEVERIA SER COBRADO PEDÁGIO ENQUANTO NÃO DUPLICAR A RODOVIA TODA

O contrato de concessão assinado pela Via 040 prevê a cobrança da tarifa de pedágio a partir da conclusão de 10% de obras de duplicação. A concessionária executou a obra nos 73 km que tinham licença ambiental aprovada, extensão que supera os 10% exigidos para cobrança.

A EMPRESA VAI DEVOLVER A CONCESSÃO E AINDA PODE SER INDENIZADA

O decreto promulgado pelo governo prevê a indenização de investimentos realizados pela concessionária e que ainda não foram amortizados. Essa é uma previsão que está na lei, não é uma decisão que cabe à concessionária.

AS OBRAS DE DUPLICAÇÃO FEITAS ATÉ O PRESENTE MOMENTO FORAM EM PONTOS ONDE NÃO APRESENTAVAM ÍNDICES RELEVANTES DE ACIDENTES

As obras de duplicação foram realizadas em locais onde havia licença ambiental que autorizava a execução. Cabe ressaltar que, desde que assumiu a concessão, a concessionária reduziu em quase 40% o número de acidentes com vítimas fatais entre 2013 e 2018.

A VIA 040 DESCUMPRIU O CONTRATO E ESTÁ ABANDONANDO A RODOVIA

A empresa fez tudo o que estava ao seu alcance para viabilizar a modernização da BR-040. A companhia entende que não descumpriu as obrigações contratuais e em razão de fatos alheios à concessionária, a empresa tem buscado o caminho da rescisão amigável, nos termos do decreto de relicitação (decreto 9.957/2019).

FONTE O TEMPO

A 3 dias do fim da concessão, BR–040 tem mais óbitos do que a ‘rodovia da morte’

Sob gestão da Via 040 há quase uma década, a rodovia será devolvida ao governo federal na próxima sexta-feira (18 de agosto)

Trincas no asfalto, gargalos no trânsito, falta de passarelas e média de quase cinco acidentes por dia em 2023. Essa é a realidade da BR–040 às vésperas do fim do contrato de privatização, previsto para a próxima sexta-feira (18 de agosto). Sob gestão da Via 040 há quase uma década, a rodovia será devolvida ao governo federal com 78 km duplicados – apenas 12 km em Minas – dos 557,2 km previstos em contrato, ou seja, 14% do prometido, cinco passarelas das 50 pactuadas no edital e um saldo de mortes que a coloca à frente da “rodovia da morte”, a BR–381, em acidentes com perdas de vida. A situação revolta motoristas, moradores e comerciantes que convivem com o medo e a insegurança mesmo com pagamento de pedágio desde 2015.    

A devolução da rodovia vai acontecer a pouco mais de 20 anos do fim do contrato inicial, que tinha duração prevista de 30 anos. Desde 2017, a empresa tenta uma devolução amigável da rodovia. O pedido foi atendido por meio de termo aditivo ao contrato de concessão, acordado em novembro de 2020 entre Via 040 e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O documento tinha validade até fevereiro de 2022, quando foi prorrogado por mais 18 meses. Com a alteração de prazos, a Via 040 se comprometeu a ficar responsável pela rodovia até 17 de agosto de 2023. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública para tentar obrigar a concessionária a dar continuidade aos serviços essenciais prestados na BR–040 até a conclusão do processo de relicitação, quando uma nova empresa vai assumir o trecho. A ação agora depende de definição da Justiça.  

A Via 040 assumiu a concessão em 2014 com a promessa de realizar obras de ampliação numa extensão de 714,5 km da rodovia. Entre as principais intervenções estavam a duplicação de 557,2 km e a implantação de 41 passarelas, logo nos primeiros cinco anos da concessão. O acordo previa ainda outras nove passarelas a partir do sexto ano de contrato. No entanto, após quase dez anos, apenas 78 km da rodovia foram duplicados e cinco passarelas foram instaladas. A empresa alega, no entanto, que os valores investidos foram aplicados na construção de 21 postos de atendimento ao usuário, melhorias no asfalto em 1.800 km de pistas, instalação de 26 mil placas novas de sinalização, entre outras ações. 

A falta de melhorias afeta diretamente moradores, comerciantes e motoristas que convivem ainda com a atual má conservação da estrada em Minas. A reportagem de O TEMPO percorreu o trecho de mais de 100 km entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete, na região Central – considerado o trecho mais perigoso, conforme especialistas –, e conversou com usuários da via, que relataram o drama de quem passa pela BR–040. 

“Já perdemos tantas pessoas que nem contamos mais. Perdi duas primas e um primo. Não tem nem palavras para falar o sentimento de perder alguém assim. O que mais vemos é acidente no trecho entre BH e Lafaiete. O maior medo da gente é entrar no carro com a família em uma 040 como essa”. A fala é do motorista Valdete Eugênio Gonçalves, de 57 anos, que mora às margens da BR–040, no bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, desde que nasceu.  

A insegurança relatada pelo morador é justificada pelos números. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 2023, mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

Falta de melhorias na BR-040 revolta usuários diante do pagamento de pedágios há mais de oito anos.

Para o especialista em segurança do trânsito Rodrigo Mendes, a explicação para o alto número de óbitos na BR–040 pode estar no grande fluxo de veículos associado à falta de separação das faixas – que contribui para o aumento de colisões frontais – e às curvas perigosas existentes no trecho. “Nesse trecho temos muitas mineradoras, muitas carretas, fluxo muito alto de veículos que vão e vêm todos os dias para trabalhar e temos ainda o fluxo de turismo. Existem duas faixas de cada lado, mas não tem separação, portanto as colisões frontais seguem sendo as mais frequentes e letais na rodovia. Estamos com mais de nove anos de concessão, desde 2015, com pagamento de pedágio e podemos listar várias coisas que não foram feitas na BR–040 e estavam previstas no edital”, pontua.  

Dono de uma oficina de lanternagem, às margens da BR–040, em Congonhas, Rafael Ribeiro, de 41 anos, também aponta o estreitamento da pista em alguns pontos como causa de grandes congestionamentos e acidentes na rodovia. “O trânsito aqui é muito complicado porque você tem quatro pistas (duas em cada sentido) que se afunilam em uma (em cada sentido). Então nos horários de pico temos um engarrafamento enorme. Temos ainda as pontes que são muito estreitas, existem promessas de duplicá-las há muito tempo, mas até hoje nada foi feito. Isso gera também gera acidentes. Nos últimos dias só aqui na frente foram dois, então é muito perigoso atravessar e trafegar nesse trecho”, reclama. 

O mecânico endurece o tom ao falar da falta de melhorias promovidas pela Via 040 desde o início da concessão, em 22 de abril de 2014. Ele afirma que a concessionária fez apenas serviços para “tapar buracos”. “A 040 trabalhando ou não, não faz a menor diferença. O único tipo de operação que eles conseguem fazer é tapar buraco, e isso não resolve nada, isso até o Dnit fazia. Recapeamento eles fazem o paliativo só quando está muito ruim, e acaba piorando, porque o asfalto fica irregular. Praticamente todo dia encosta um carro aqui na borracharia do lado com um pneu furado ou uma roda quebrada. Ou você joga o carro dentro do buraco, ou se joga da ponte”, conta.  

Falta de passarelas  

A falta de melhorias na BR–040 ao longo de quase uma década de privatização, além do cansaço emocional pela perda de vidas, fez com que moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, tomassem a frente e buscassem, por conta própria, a instalação de uma passarela na área residencial, que é cortada pela rodovia. Após dezenas de manifestações, os populares conseguiram a instalação da travessia para pedestres com o apoio da prefeitura da cidade e a doação feita por empresas sediadas na região.  

“Foi com muita luta, sacrifício e manifestação que conseguimos essa passarela que beneficia muita gente, mas ainda falta uma. A Via 040 tentou impedir, falando que ia duplicar o trecho, mas as mineradoras fizeram a doação e o projeto, então entramos na Justiça e conseguimos a instalação. A empresa fez um estudo quando assumiu, falou que ia duplicar e que não podia colocar a passarela. Mas os anos foram passando e conseguimos a travessia, enquanto a duplicação nunca saiu do papel”, explica Sterferson Gonçalves, de 30 anos, ex-presidente da associação dos moradores.  

Cansados dos inúmeros acidentes, moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, buscaram, por conta própria, a instalação de uma passarela.

Apesar disso, a dor pelas vidas perdidas por atropelamentos na BR–040 segue viva na mente dos moradores. “A 040 hoje está a via da morte, todo dia tem acidente e não cabe mais de tanto carro. Falta uma passarela, tem muitos lugares que precisam”, pontua Valdete Eugênio, que perdeu três familiares no trecho, onde hoje há a passarela. 

Mais à frente na rodovia, onde não há passarelas, o mecânico Rafael conta que, após a morte de três crianças atropeladas há alguns anos, o local foi equipado com quebra-molas. Depois da concessão, um radar também foi colocado no trecho, o que ajudou a minimizar os acidentes. No entanto, ele cobra uma passarela diante do alto fluxo da rodovia. “Foi só isso que foi feito, não teve melhorias. Estamos abandonados”, lamenta. 

Questionada sobre o caso, a Invepar Via 040 disse que a instalação da passarela seguiu todos os trâmites previstos nas obrigações contratuais da concessionária. “Após a prefeitura ter apresentado todos os projetos aderentes às normas para implantação de estruturas em rodovias federais, conforme preconiza o manual do Dnit IPR-728 e a Resolução 1.187/2005 da ANTT, a obra foi autorizada”, afirma.

O que diz a Via 040?

Em nota, a Via 040 afirmou que desde o início da operação vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013. Segundo a concessionária, as condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros (veja a íntegra abaixo)

Sobre os acidentes, a Via 040 disse que vem realizando, desde 2014, melhorias que proporcionam condições mais seguras para os usuários e que desenvolve diversas ações voltadas à prevenção de acidentes e conscientização dos motoristas. As ações, segundo a empresa, resultaram em uma redução de 63% no número de acidentes totais entre 2013 – antes da concessão – e 2022, passando de 5.852 para 2.161 (dados da PRF). Já as ocorrências de acidentes fatais saíram de 210 e foram para 119 (dados da PRF) no mesmo período e trecho, representando uma redução de 43%. 

Questionada sobre o número de passarelas, a Via 040 afirmou que “está desobrigada de realizar os investimentos previstos no contrato de concessão”. Em relação às condições atuais da rodovia, a concessionária disse que cumpre os parâmetros de desempenho conforme previsto no terceiro aditivo do contrato de concessão. Sobre o número de obras de duplicações, a empresa afirmou que as intervenções foram realizadas em locais onde havia licença ambiental que autorizava a execução. 

A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) sobre a afirmação da concessionária, que afirmou que “o licenciamento da BR–040 está sendo tratado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”. 

Em nota, o Ibama disse que o processo de duplicação da rodovia BR–040 DF/GO/MG conta com a Licença de Instalação (LI) 1.121/2016, emitida em 6/7/2016, que autoriza atividades como instalação de fibra óptica e as obras de duplicação e de melhorias da rodovia, dentro dos limites da faixa de domínio no Distrito Federal e nos Estados de Goiás e Minas Gerais, com extensão total de 941,2 km.

Segundo o Ibama, estão bloqueadas apenas as obras localizadas em 13 km, localizadas em trechos distintos, além de locais onde estão previstas obras de arte especiais e a intervenção em cursos hídricos. Os impedimentos ocorrem por não apresentação do estudos ou por determinação do  Instituto Estadual de Florestas (IEF) do Estado de Minas Gerais, gestor das unidades de conservação afetadas pelo empreendimento.

Por fim, o Ibama esclarece que a licença está válida, não havendo impedimentos para a realização de obras em todos os outros trechos da rodovia.

Relicitação 

Em nota, a ANTT disse que a definição do poder público sobre a administração da BR–040, entre Juiz de Fora e Brasília, ainda está em tratativa. Atualmente, está em vigor o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Via 040, com vencimento em agosto. Legalmente, a agência pode estender o prazo de operação da concessionária para prestação de serviços essenciais por mais seis meses. No entanto, a solução para o assunto segue em discussão entre a diretoria da agência, o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU).    

Questionado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) disse que o assunto é tratado pela ANTT, uma vez que a “BR–040 ainda é concedida e os trâmites sobre o futuro da rodovia são de responsabilidade daquela agência”. 

Já o TCU disse que acompanha a relicitação da BR–040 DF/GO/MG. Em abril de 2023, ao analisar esse processo, o TCU fez determinações à ANTT relacionadas às ações e aos procedimentos relativos ao encerramento do contrato de concessão. O TCU não fez qualquer determinação ou aplicou sanção diretamente à concessionária na ocasião. Em seguida, foi apresentado recurso em relação a essa decisão, que foi analisado no dia 26 de julho e deu origem ao Acórdão 1.547/2023 – plenário. O cumprimento, pela ANTT, desses acórdãos será monitorado pelo trribunal.  

Leia o posicionamento da Invepar 040 na íntegra:

Desde o início da operação, a Via 040 vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013.

As condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros.

Em setembro de 2017, a Via 040 formalizou seu primeiro pedido de adesão à lei 13.448/17, instrumento criado pelo poder público para tratar da “rescisão amigável” das concessões de ferrovias, rodovias e aeroportos. Somente em agosto de 2019, portanto dois anos após a promulgação da lei, a lei foi regulamentada pelo decreto 9.957/19.

Logo em seguida, em agosto de 2019, a Via 040 reapresentou seu pedido de adesão à relicitação. O pedido foi analisado pela ANTT e aprovado, por unanimidade, em novembro de 2019. Em dezembro de 2019, o Ministério da Infraestrutura manifestou sua concordância com a relicitação do trecho.

Em fevereiro de 2020 o pedido foi finalmente qualificado no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – PPI e sancionado pelo Presidente da República, através do Decreto nº 10.248/2020, o que significa sua aptidão para ser relicitado.

Para você ficar bem informado sobre esse processo, preparamos um guia com as principais questões sobre a situação da Via 040:

COMO É O PROCESSO DE RELICITAÇÃO?

– Requerimento de adesão ao processo de relicitação, conforme lei 13.448/17, realizado pela Via 040 em 20/8/19.

 – Análise do pedido pela ANTT. Orgão atesta, por unanimidade, a viabilidade técnica e jurídica da relicitação, em 26/11/2019.· – Recomendação do pedido pelo Ministério da Infraestrutura e PPI e, posteriormente, Decreto Presidencial qualificando oficialmente o pedido. Decreto publicado em 18/2/2020.

– Assinatura do termo aditivo. Termo assinado em 20/11/2020.

– Aprovação, pela ANTT, em 3/2/2022, da prorrogação do termo aditivo por 18 meses, até agosto de 2023.

– Assinatura, pela Via 040, da prorrogação do termo aditivo em 17/2/2022

– Processo de relicitação e novo leilão, à cargo do Poder Concedente. Em andamento desde o decreto publicado em 18/2/2020.

A EMPRESA ESTÁ DEVOLVENDO A RODOVIA PARA O GOVERNO

A empresa está solicitando a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão.

A VIA 040 ARRECADA BILHÕES DE REAIS EM PEDÁGIO

O valor arrecadado com pedágio é aproximado ao que é reinvestido na pista. Desde que assumiu a concessão, em 2014, até dezembro de 2020, a Via 040 investiu R$ 1,9 bilhão em obras, equipamentos e serviços aos usuários. No período foi registrado prejuízo de R$ 1,1 bilhão, incluídos custos operacionais. Para a manutenção e operação da via nesse período foi necessário, inclusive, recorrer a aportes extras dos acionistas do grupo Invepar, da ordem de R$ 1,1 bilhão. As demonstrações financeiras da concessionária podem ser acessadas aqui.

CIRCULAM MUITOS VEÍCULOS PELA BR-040. NÃO É POSSÍVEL QUE NÃO SE TENHA LUCRO COM O PEDÁGIO.

De fato, são muito veículos que circulam diariamente pela BR-040. Entretanto, o tráfego nas rodovias federais hoje é menor do que o fluxo registrado em 2010, considerando carretas, caminhões e ônibus, segundo dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

A queda acentuada e consecutiva do tráfego, nos últimos anos, é considerada um fato atípico dentro da evolução histórica medida pela ABCR, há mais de 20 anos.

A VIA 040 ESTÁ DEVOLVENDO A CONCESSÃO SEM DUPLICAR.

Dos 557 km previstos para serem duplicados, a concessionária executou a obra nos 73 km que tinham licença ambiental aprovada na época, em Goiás e em Minas Gerais.

As obras em outros trechos só receberam autorização dos órgãos públicos responsáveis com dois anos de atraso, ainda assim com bloqueios para obras entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete.

Ou seja, somente em 2017, ano em que a concessionária já havia apresentado seu primeiro pedido de rescisão amigável do contrato, o governo emitiu a licença para obras de duplicação, mesmo assim com bloqueios.

A EMPRESA SÓ REALIZA CAPINA E ROÇADA NA RODOVIA, MAIS NADA

Desde 2014, a empresa investiu em inúmeras obras e serviços, como listado abaixo. Além disso, semanalmente, a empresa divulga o calendário de melhorias em cada trecho, que pode ser acessado aqui.

1. Construção de 21 postos de atendimento ao usuário;

2. Construção de um centro de controle operacional;

3. Reforma de três postos de pesagem de veículos pesados;

4. Melhorias de asfalto em 1.800 quilômetros de pistas;

5. Reforma de 171 pontes e viadutos;

6. Instalação de mais de 26 mil placas novas de sinalização;

7. Instalação de mais de 600 mil tachas refletivas (olhos de gato) na pista;

8. Pintura de 13 mil quilômetros de pintura de sinalização;

9. Instalação de 195 mil metros de defensas metálicas;

10. Recuperação de 46 mil metros em sistemas de drenagem;

11. Capina em 45 mil quilômetros de canteiros centrais, margens e trevos, o equivalente a 19 mil campos de futebol.

Além dessas obras e serviços realizados para quem usa a pista, a Via 040 atendeu mais de 520 mil usuários em auxílios diversos, como pane mecânica, bateria descarregada, pane seca, pneu furado e remoções de veículos para locais seguros.

A empresa também prestou mais de 74 mil atendimentos médicos, incluindo o parto de 26 bebês realizados na rodovia. Todos os dias, cerca de 220 usuários recebem algum tipo de apoio da concessionária na BR-040. A empresa emprega mais de 800 pessoas, em atividades administrativas, nos serviços de operação e atendimento, e na manuntenção da rodovia.

NÃO DEVERIA SER COBRADO PEDÁGIO ENQUANTO NÃO DUPLICAR A RODOVIA TODA

O contrato de concessão assinado pela Via 040 prevê a cobrança da tarifa de pedágio a partir da conclusão de 10% de obras de duplicação. A concessionária executou a obra nos 73 km que tinham licença ambiental aprovada, extensão que supera os 10% exigidos para cobrança.

A EMPRESA VAI DEVOLVER A CONCESSÃO E AINDA PODE SER INDENIZADA

O decreto promulgado pelo governo prevê a indenização de investimentos realizados pela concessionária e que ainda não foram amortizados. Essa é uma previsão que está na lei, não é uma decisão que cabe à concessionária.

AS OBRAS DE DUPLICAÇÃO FEITAS ATÉ O PRESENTE MOMENTO FORAM EM PONTOS ONDE NÃO APRESENTAVAM ÍNDICES RELEVANTES DE ACIDENTES

As obras de duplicação foram realizadas em locais onde havia licença ambiental que autorizava a execução. Cabe ressaltar que, desde que assumiu a concessão, a concessionária reduziu em quase 40% o número de acidentes com vítimas fatais entre 2013 e 2018.

A VIA 040 DESCUMPRIU O CONTRATO E ESTÁ ABANDONANDO A RODOVIA

A empresa fez tudo o que estava ao seu alcance para viabilizar a modernização da BR-040. A companhia entende que não descumpriu as obrigações contratuais e em razão de fatos alheios à concessionária, a empresa tem buscado o caminho da rescisão amigável, nos termos do decreto de relicitação (decreto 9.957/2019).

FONTE O TEMPO

Fim da concessão da BR-040 traz medo de abandono e risco de aumento de fretes

Usuários temem uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção

Com o último dia de concessão da BR-040 na próxima quinta-feira (17 de agosto), o futuro de uma das principais rodovias de Minas Gerais gera incertezas e medo a quem transita diariamente pela rodovia, que liga Minas ao Rio de Janeiro e a Brasília (DF). Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antônio Luís da Silva Júnior teme uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção. Uma conta que, segundo ele, será dividida até mesmo por quem não passa por lá, mas consome produtos escoados pela rodovia.   

“A Via 040 não fez muito, ficou devendo muito e errou ao dar o preço dos pedágios, tendo em vista um relevo elevado e montanhoso como o de Minas. No entanto, o DNIT, que deve assumir a manutenção, tem regras mais burocráticas e lentas em termos de fiscalização e podemos viver um momento crítico, a rodovia já está péssima, não estão fazendo manutenção mesmo com pedágio e agora podemos piorar a condição da via”, afirma.  

Ele estima ainda que a realidade pode acarretar um aumento dos preços dos fretes a longo prazo. “Além da tendência de aumento do número de acidentes e aumento do tempo de viagem. Isso impacta no preço do frete e na jornada dos motoristas, cansaço hoje o tempo que o motorista perde em trânsito e em bloqueios de estrada eleva o grau de insegurança porque depois ele quer compensar o tempo perdido. A médio e longo prazos podemos estimar um aumento das tarifas”, afirma. 

Entretanto, apesar das incertezas, o sonho de poder transitar por uma estrada segura ainda segue vivo no coração de quem vive às margens da BR-040. “Não sabemos porque isso acontece, mas sabemos que com o fim da concessão vai ser muito complicado para nós e tememos o aumento de acidentes. Eu espero que quem pegar a próxima licitação tome uma atitude. Eu espero que quando meu filho (Samuel, de 2) tiver 20 anos, que tenhamos uma BR-040 segura, sobretudo pelo o que pagamos de pedágio. Eu tenho essa esperança”, diz Steferson Gonçalves, 30, que é ex-presidente da associação dos moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, que é cortado pela BR-040.   

Sentimento parecido tem o mecânico Rafael, pai de dois filhos de 20 e 22 anos. “Temos a expectativa e a esperança que isso melhore, até para que nossos filhos trafeguem com segurança”, pontua. Proprietário de uma agência de automóveis usados, Vagnaldo Souza Cruz, 54, endossa o coro. “Todos nós temos essa esperança, de vim uma empresa competente e de alto nível que assuma e faça”, pede.  

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi procurado e disse que a situação da BR-040 deve ser tratada com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em nota, o órgão disse que “a definição do poder público sobre a administração da BR-040, entre Juiz de Fora/MG e Brasília/DF, ainda está em tratativa. Atualmente, está em vigor o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Via 040, com vencimento em agosto. Legalmente, a Agência pode estender o prazo de operação da concessionária para prestação de serviços essenciais por mais seis meses. No entanto, a solução para o assunto segue em discussão entre a diretoria da Agência, o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU). A Agência também informa que os trâmites da nova licitação da BR-040 estão em andamento”.

O que diz a Via 040?

Em nota, a Via 040 afirmou que desde o início da operação, a Via 040 vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013. Segundo a concessionária, as condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros. A empresa afirma que está solicitando a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão (veja a íntegra do posicionamento). 

FONTE O TEMPO

Fim da concessão da BR-040 traz medo de abandono e risco de aumento de fretes

Usuários temem uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção

Com o último dia de concessão da BR-040 na próxima quinta-feira (17 de agosto), o futuro de uma das principais rodovias de Minas Gerais gera incertezas e medo a quem transita diariamente pela rodovia, que liga Minas ao Rio de Janeiro e a Brasília (DF). Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antônio Luís da Silva Júnior teme uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção. Uma conta que, segundo ele, será dividida até mesmo por quem não passa por lá, mas consome produtos escoados pela rodovia.   

“A Via 040 não fez muito, ficou devendo muito e errou ao dar o preço dos pedágios, tendo em vista um relevo elevado e montanhoso como o de Minas. No entanto, o DNIT, que deve assumir a manutenção, tem regras mais burocráticas e lentas em termos de fiscalização e podemos viver um momento crítico, a rodovia já está péssima, não estão fazendo manutenção mesmo com pedágio e agora podemos piorar a condição da via”, afirma.  

Ele estima ainda que a realidade pode acarretar um aumento dos preços dos fretes a longo prazo. “Além da tendência de aumento do número de acidentes e aumento do tempo de viagem. Isso impacta no preço do frete e na jornada dos motoristas, cansaço hoje o tempo que o motorista perde em trânsito e em bloqueios de estrada eleva o grau de insegurança porque depois ele quer compensar o tempo perdido. A médio e longo prazos podemos estimar um aumento das tarifas”, afirma. 

Entretanto, apesar das incertezas, o sonho de poder transitar por uma estrada segura ainda segue vivo no coração de quem vive às margens da BR-040. “Não sabemos porque isso acontece, mas sabemos que com o fim da concessão vai ser muito complicado para nós e tememos o aumento de acidentes. Eu espero que quem pegar a próxima licitação tome uma atitude. Eu espero que quando meu filho (Samuel, de 2) tiver 20 anos, que tenhamos uma BR-040 segura, sobretudo pelo o que pagamos de pedágio. Eu tenho essa esperança”, diz Steferson Gonçalves, 30, que é ex-presidente da associação dos moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, que é cortado pela BR-040.   

Sentimento parecido tem o mecânico Rafael, pai de dois filhos de 20 e 22 anos. “Temos a expectativa e a esperança que isso melhore, até para que nossos filhos trafeguem com segurança”, pontua. Proprietário de uma agência de automóveis usados, Vagnaldo Souza Cruz, 54, endossa o coro. “Todos nós temos essa esperança, de vim uma empresa competente e de alto nível que assuma e faça”, pede.  

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi procurado e disse que a situação da BR-040 deve ser tratada com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em nota, o órgão disse que “a definição do poder público sobre a administração da BR-040, entre Juiz de Fora/MG e Brasília/DF, ainda está em tratativa. Atualmente, está em vigor o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Via 040, com vencimento em agosto. Legalmente, a Agência pode estender o prazo de operação da concessionária para prestação de serviços essenciais por mais seis meses. No entanto, a solução para o assunto segue em discussão entre a diretoria da Agência, o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU). A Agência também informa que os trâmites da nova licitação da BR-040 estão em andamento”.

O que diz a Via 040?

Em nota, a Via 040 afirmou que desde o início da operação, a Via 040 vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013. Segundo a concessionária, as condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros. A empresa afirma que está solicitando a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão (veja a íntegra do posicionamento). 

FONTE O TEMPO

Rodovia da morte: BR-040 registra vítima fatal e ferido neste domingo (06)

Neste domingo dia 6 o Corpo de Bombeiros Militar de Conselheiro Lafaiete atendeu Há dois acidentes no trecho próximo ao bairro Paulo VI na br-040.

No primeiro acidente que ocorreu pela manhã condutor ao realizar conversão em local inadequado colidiu frontalmente com outro carro onde estavam um casal. O casal não sofreu ferimentos graves. Já o condutor do outro carro foi conduzido em estado crítico ao Hospital Maternidade São José, mas não resistiu e faleceu.

Já no período da tarde uma família que retornava de Belo Horizonte para Barbacena colidiu contra um veículo que atravessava a BR no trevo do bairro Paulo VI. O carro, onde estavam uma mulher grávida e uma criança de colo, além de seu marido, capotou. Nenhum dos ocupantes se feriu, mas a gestante foi conduzida ao Hospital Maternidade São José para maiores averiguações.

Os acidentes no trecho são frequentes, geralmente envolvendo motoristas fazendo retorno ou atravessando a rodovia. Tal fato reforça a necessidade de reformulação no trânsito do local.

Rodovia da morte: BR-040 registra vítima fatal e ferido neste domingo (06)

Neste domingo dia 6 o Corpo de Bombeiros Militar de Conselheiro Lafaiete atendeu Há dois acidentes no trecho próximo ao bairro Paulo VI na br-040.

No primeiro acidente que ocorreu pela manhã condutor ao realizar conversão em local inadequado colidiu frontalmente com outro carro onde estavam um casal. O casal não sofreu ferimentos graves. Já o condutor do outro carro foi conduzido em estado crítico ao Hospital Maternidade São José, mas não resistiu e faleceu.

Já no período da tarde uma família que retornava de Belo Horizonte para Barbacena colidiu contra um veículo que atravessava a BR no trevo do bairro Paulo VI. O carro, onde estavam uma mulher grávida e uma criança de colo, além de seu marido, capotou. Nenhum dos ocupantes se feriu, mas a gestante foi conduzida ao Hospital Maternidade São José para maiores averiguações.

Os acidentes no trecho são frequentes, geralmente envolvendo motoristas fazendo retorno ou atravessando a rodovia. Tal fato reforça a necessidade de reformulação no trânsito do local.

MPF vai à Justiça Federal para impedir interrupção de serviços de concessionária da BR-040

Via 040 quer o fim do contrato em 18 de agosto, mas procuradora da República vê prejuízos a usuários da rodovia

O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça Federal nesta quarta-feira (1) pedindo a manutenção dos serviços essenciais prestados pela concessionária que administra a BR-040 no trecho entre Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e o Distrito Federal. A ação foi ajuizada após a Via 040, responsável pelo trecho, abrir mão da rodovia. 

Na peça judicial, o MPF pede que os serviços de manutenção, conservação, operação e monitoramento do trecho sejam mantidos até que a relicitação da estrada seja concluída. Como já mostrou a Itatiaia, a ideia da Via 040 é encerrar as operações na rodovia em 18 de agosto. Desde 2019, a empresa vem alegando ter prejuízos com a concessão.

Segundo o MPF, o encerramento do contrato nessas circunstâncias é “ilícito” e traz prejuízos aos que circulam pela BR-040.

“Conclui-se que se apresenta imprescindível a intervenção do Poder Judiciário a fim de coibir a prática do ato ilícito e conferir efetividade ao ordenamento jurídico”, diz a procuradora da República Isabela de Holanda Cavalcanti, signatária da ação.

Na ação, Cavalcanti pede que a União e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tomem as medidas necessárias para assegurar a continuidade dos serviços entregues à concessionária.

“O MPF entende que as condições de segurança da rodovia se degradarão de modo ainda mais intenso se houver a interrupção da prestação de serviços essenciais pela concessionária, causando prejuízos inaceitáveis à segurança dos usuários, com aumento exponencial dos riscos à vida e integridade física dos cidadãos, especialmente com a aproximação do período de chuvas no estado”, lê-se em comunicado divulgado pelo Ministério Público.

Procurada pela Itatiaia, a Via 040 afirmou que não comenta questões levadas ao poder Judiciário.

FONTE ITATIAIA

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