O congonhense Jontas Limas Nascimento (foto) está está entre as 11 vítimas identificadas no rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ocorrido na sexta-feira (25). Ela tinha completado 36 anos. A família localizou o corpo do jovem no IML e ainda hoje será liberado. O sepultamento ocorre amanhã às 11: 00 horas, em Congonhas.
Jonatas era funcionário da Vale há vários anos e estava a Mina do Córrego do Feijão há 3 amos como encarregado de minério. Ele atuava em Barão de Cocais (MG) antes de se transferir para Brumadinho. Jonatas era casado e deixa uma filha, de 10 aos, e um filho, de 6 anos. 296 pessoas estão desaparecidas, sendo 166 da Vale e 130 de empresas terceirizadas. Vinte e três pessoas estão internadas.
Desaparecidos da região
Já são 9, o número de desaparecidos da região no rompimento da barragem em Brumadinho. Pedro Sena, o maquinista Anderson Luiz da Silva e Felipe José de Oliveira Almeida são de Lafaiete. Josiane Santos, Edymayra Coelho, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis e Wanderson Oliveira Valeriano.
A tragédia de Brumadinho ganhou mais um grupo de apoio. Está na região a equipe do bombeiros civis de Lafaiete que conta com 12 profissionais para atuar diretamente nas buscas e regastes dos moradores e trabalhadores atingidos pelo rompimento da barragem de rejeitos, da Vale, no Córrego do feijão, que opera desde os anos 70.
Os voluntários civis viajaram ontem por volta das 21:00 horas e chegaram em Brumadinho pela madrugada em função dos fechamentos dos acessos rodoviários devido a possíveis riscos.
Notas
Agora a tarde, a Associação Micro Regional dos Municípios do Alto Paraopeba (AMALPA), região co-irmã de Brumadinho, unidas pelas águas, divulgou comunicado de profundo pesar pelas vítimas da tragédia. A entidade informou que está promovendo uma campanha para arrecadar donativos e alimentos para doação ao Município de Brumadinho.
Deputado
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que lavrou, na noite de sexta-feira (25/1), o primeiro auto de fiscalização relativo ao rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O deputado Glaycon Franco (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente, da Assembleia de Minas, divulgou uma nota em que de reforçou a ação do poder público na fiscalização das barragens em Minas e adiantou que apresentará requerimento para a realização de uma audiência pública. “Neste momento, sofremos junto com as famílias mineiras, diante de uma tragédia imensurável. Toda nossa solidariedade vai para as famílias que, hoje, vivem o luto da perda de um ente querido e para aquelas que sofrem a angústia da espera. Estamos unidos aos que têm fé e esperança.
Nossa atuação sempre pautou-se na preocupação com a segurança das barragens das mineradoras do estado. Em algumas ocasiões foram feitas audiências públicas, visitas “in loco” e um trabalho realizado em parceria com os cidadãos e instituições que relatam viver preocupados com os riscos iminentes. Nesta mesma linha de atuação, já estamos trabalhando para que as causas da tragédia em Brumadinho sejam devidamente apuradas e que ações fiscalizatórias e preventivas sejam ainda mais rigorosas e eficientes. Vamos requerer, imediatamente, uma Audiência Pública na ALMG para dar prosseguimento ao trabalho que temos desenvolvido. Também nos preocupa o grande impacto causado à fauna e à flora por este triste acontecimento.
Mais uma vez reiteramos nossa solidariedade a todas as famílias enlutadas e aos moradores de Brumadinho e de toda a área atingida. Que Deus nos ilumine e dê forças à Defesa Civil, ao Corpo de Bombeiros e a todos os profissionais envolvidos com esta lamentável tragédia”, finalizou a nota.
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, por meio da sua assessoria de comunicação, divulgou novos números da tragédia de Brumadinho na madrugada deste sábado. De acordo com a corporação, o número de desaparecidos pode chegar até 355 pessoas.
Nessa sexta, o comitê de crise do governo estadual trabalhava com um número potencial de 150 cidadãos sumidos – a metade informada pelos bombeiros. A corporação informou, ainda, mais dois óbitos no local. Com isso, já são pelo menos nove pessoas que perderam a vida na tragédia.
A região
Entre os desaparecidos está o lafaietense, Anderson Luiz da Silva, maquinista da MRS. No momento da tragédia, ele mais 3 trabalhadores, um deles Duane Moreira da Silva, natural de Brumadinho, manobrador da MRS, estavam no pátio para carregamento de minério para transportar para o porto. As buscas pelos trabalhadores continuam e ainda não há informações.
Também estão entre os desaparecidos Felipe José de Oliveira Almeida, de 27 anos, natural de Rio Espera e mora em Conselheiro Lafaiete. De Congonhas, as informações apontam para 5 desaparecidos: Edymayra Coelho, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis e Wanderson Oliveira Valeriano.
Previsão de chuva para sábado torna segunda barragem ainda mais perigosa.
Aproximadamente 500 pessoas serão retiradas de suas casas localizadas na parte baixa de Brumadinho, às margens do Rio Paraopeba, perto da ponte principal da cidade, pois de acordo com o secretário de Governo do Município, Ricardo Parreiras, há o risco do rompimento de uma segunda barragem que afetaria diretamente essa região.
A decisão foi tomada no fim da noite desta sexta-feira (25) pelo comitê de crise, que é composto pelo Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e polícias Militar e Civil. O objetivo da medida é evitar uma tragédia ainda maior na cidade.
“A parte mais baixa que a gente considera é a seguinte: o Canto do Rio, Pires e a rua Iaiá Sampaio. São as partes mais vulneráveis se houver o rompimento dessa segunda barragem. Não precisa ter pânico, pois ainda não houve o rompimento desta barragem, mas como ela está instável, pode causar danos maiores”, informou o secretário de governo de Brumadinho.
“A gente pede à população desta área que procurem casas de vizinhos e parentes. Quem não tiver para onde ir, vamos disponibilizar a Estação Conhecimento. Lá tem estrutura com colchões, alimentação e veículos para transporte. O pessoal pode procurar a Defesa Civil e ligar para a Polícia Militar no 190”, completou Ricardo Parreiras.
O alto número de possíveis vítimas se dá pelo fato de a área de operação da Mina do Feijão ficar abaixo da barragem, no caminho que a onda de lama passou. Segundo informações da Vale, os prédios da medicina, RH, restaurante, apoio, armazém e oficina de equipamentos foram atingidos. Todos estavam em horário de operação durante o rompimento.
Mais cedo, o Corpo de Bombeiros contabilizou 7 mortes e cerca de 150 desaparecidos. Além disso, 9 pessoas foram resgatadas com vida da lama, e outras 100 que estavam ilhadas também foram resgatadas.
Em Brumadinho, Romeu Zema concedeu uma entrevista pouco esperançosa a respeito dos 150 desaparecidos: “Mas sabemos agora que as chances de haver sobreviventes são mínimas e que provavelmente resgataremos corpos“, disse o governador de Minas Gerais. Ainda na entrevista, Zema enfatizou que “neste momento a grande preocupação é acompanhar o estado da barragem que ainda permanece, ver se ela está segura e tomar todas as medidas necessárias. Parece que o tempo está estável, mas caso chova, (os rejeitos da barragem) devem se mover mais um pouco“.
-Minas Mais
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