27 Cânions para conhecer no Brasil, separados por região

Você já deve ter visitado ou visto imagens impressionantes de alguns cânions famosos no Brasil e no exterior, como o cânion Itaimbezinho, no Rio Grande do Sul, ou o Grand Canyon, nos Estados Unidos. Eles com certeza fazem juz à fama, mas por todo o Brasil há cânions lindos que merecem ser conhecidos.

Pensando nisso, nós preparamos uma lista com 27 cânions para conhecer no Brasil, separados por região.

O que são cânions?

Cânions, também comumente chamados de desfiladeiros, são vales profundos cercados por encostas ou paredões íngremes, que em alguns casos podem ser quase verticais. Eles são formados ao longo de milhões de anos devido à erosão causada pela ação da água e do vento, e podem ter um tamanho variado tanto em extensão quanto em profundidade.

Maiores cânions do mundo

Maior cânion do mundo em extensão: Yarlung Tsangpo, no Tibete (504 km de extensão), seguido pelo Grand Canyon, nos Estados Unidos (445 km de extensão)

Maior cânion do mundo em profundidade:

Yarlung Tsangpo, no Tibete (mais de 6000 metros de profundidade), seguido pelo cânion Colca, no Peru (3500 metros de profundidade)

Maiores cânions do Brasil

Maior cânion do Brasil em extensão: Cânion do Guartelá, no Paraná (30 km de extensão)

Maior cânion do Brasil em profundidade: Cânion Fortaleza, no Rio Grande do Sul (800 metros de profundidade)

Confira 27 cânions para conhecer em todas as regiões do Brasil

 

Região Norte

 

Cânion do Sussuapara, no Jalapão (TO)

O cânion do Sussuapara é uma das principais atrações do Jalapão, no Tocantins. É um cânion pequeno, com bonitos paredões de cerca de 25 metros de altura e água corrente na base. A trilha para chegar ao cânion é curta e acessível, com uma escadaria de madeira que leva até a base.

Foto: Flávio André/MTur

Mais informações:

cânion do Sussuapara fica a cerca de 15 km da cidade de Ponte Alta, um dos pontos de partida para explorar o Jalapão. O trajeto é em estrada de chão, como em quase todas as atrações na região. Para visitar é preciso pagar uma taxa de entrada.

A melhor forma de conhecer o cânion é com uma das agências que atuam no Jalapão, como Cerrado DouradoKoruboPisa TrekkingTerritório Selvagem e Venturas.

 

Cânion Encantado, em Almas (TO)

O cânion Encantado é formado por cachoeiras e impressionantes paredões de cerca de 70 metros de altura. O local fica na região das Serras Gerais, no Tocantins, e pode ser combinado com uma visita à Cidade de Pedra, que reúne formações em arenitos, e outras cachoeiras. Todas as atrações são acessadas por trilhas, e é obrigatório o acompanhamento de um guia credenciado.

Mais informações:

O cânion Encantado fica a cerca de 66 km de Almas e a 51 km de Pindorama, em um acesso por estrada de terra. É preciso comprar o ingresso de entrada antecipadamente no site do Cânion Encantado, que também oferece uma lista dos guias da região; é obrigatório contratar um para o passeio.

 

Região Nordeste

 

Cânions do Viana, em Bom Jesus (PI)

Palco de uma das etapas do Rally dos Sertões, os Cânions do Viana, no Piauí, são formados por um conjunto extenso de paredões avermelhados. Eles ficam na região de Bom Jesus, cidade natal do humorista Whindersson Nunes, que inclusive já divulgou os cânions do Viana nas suas redes. Para conhecer os paredões, os aventureiros seguem por uma estrada de muita areia, em um trajeto de cerca de 30 km percorrendo os cânions.

Foto: Gustavo Epifânio/Divulgação Rally dos Sertões

Mais informações:

Os cânions do Viana ficam na região de Bom Jesus, a cerca de 600 km da capital Teresina. Os cânions em si contam com pouca infraestrutura, e o acesso é adequado apenas para veículos 4×4. Por isso, o mais recomendado é contratar um guia na cidade ou fechar um pacote com uma agência de turismo (as agências que atuam no Jalapão costumam oferecer pacotes nessa região também).

O Conselho Municipal de Turismo de Bom Jesus pode ajudar com indicações: entre em contato pelo Instagram ou Whatsapp – (89) 9 8116 2740.

Cânion do Rio Poti (PI)

Um passeio de barco, bote ou caiaque é a forma perfeita de conhecer o cânion do Rio Poti, no Piauí. Como o nome indica, os paredões são cortados pelo rio e formam o ambiente perfeito para passeios e esportes de aventura. O local passou por uma avaliação de risco e várias adequações de segurança depois da tragédia no cânion do Lago de Furnas, em Capitólio, que conta com uma geografia parecida.

Foto: Guia Augusto Junior/Eco Castelo Adventure

Mais informações:

O principal acesso ao cânion do Rio Poti é pela cidade de Castelo do Piauí, a cerca de 200 km de Teresina. De lá, são cerca de 50 km de estrada de terra até o rio. Passeios pelo cânion podem ser contratados em agências e guias que atuam na região, como a Adrenalina Vertical e a Eco Castelo Adventure.

Cânions da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI)

O Parque Nacional da Serra da Capivara é uma unidade de conservação ainda pouco explorada, mas que conta com diversas atrações, incluindo mais de 40 mil pinturas rupestres, caatinga, formações rochosas e cânions, como o Grotão da Esperança e o Baixão das Andorinhas. O parque conta com boa infraestrutura e sinalização. O acesso é gratuito, mas é obrigatório contratar um guia credenciado.

Mais informações:

O acesso ao Parque Nacional da Serra da Capivara é pela cidade de São Raimundo Nonato, a cerca de 520 km de Teresina (PI) e 300 km de Petrolina (PE). Guias podem ser facilmente contratados na própria cidade, mas também é possível fechar pacotes antecipados com agências de turismo de aventura.

Cânion do Santuário, na Chapada das Mesas (MA)

O cânion do Santuário é uma das muitas atrações do complexo Pedra Caída, na Chapada das Mesas, no Maranhão. O trajeto que passa entre os paredões rochosos, com cerca de 50 metros de altura, leva à bela cachoeira do Santuário. O circuito todo é extremamente cênico, e ainda é possível conhecer outras cachoeiras no próprio complexo, além dos atrativos da Chapada das Mesas como um todo.

Foto: Jhonatha Conection – MTur

Mais informações:

O complexo da Pedra Caída, que abriga o cânion do Santuário, é uma propriedade particular com hospedagem, bar, restaurante e piscinas, além dos atrativos naturais. O local fica a 37 km da cidade de Carolina, base para explorar a Chapada das Mesas.

Porém, é preciso destacar que há um ponto negativo: o custo. Além da taxa de entrada, ainda é preciso pagar à parte para visitar cada um dos atrativos. Mais informações no site e no Instagram do complexo da Pedra Caída.

Cânion do Xingó, no rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe

O cânion do Xingó, localizado entre Alagoas e Sergipe, no meio do sertão nordestino, é uma das atrações do rio São Francisco. O passeio no local segue um circuito bem definido e dura cerca de 3 horas, com navegação entre os paredões avermelhados e parada para banho no rio. Durante o trajeto, é possível fazer um passeio de canoa pelo Paraíso do Talhado, uma espécie de gruta que é um dos pontos mais bonitos do cânion – mas é preciso pagar à parte.

Foto: Marco Ankosqui/MTur

Mais informações:

As duas cidades que servem como base para o passeio são Canindé de São Francisco (SE) e Piranhas (AL), uma cidadezinha histórica. É possível fazer um bate-volta saindo tanto de Aracaju quanto de Maceió, mas o ideal é dormir ao menos uma noite em uma das cidades.

Os catamarãs saem do restaurante Karrankas sempre no mesmo horário, normalmente lotados, por isso é bom reservar com antecedência. Outra opção é contratar o passeio com lancha, que é mais exclusivo e permite conhecer cantos menos visitados do cânion.

Detalhe: o Karrankas é o único restaurante da região e os preços são bastante salgados. Leve lanches se tiver alguma restrição alimentar ou se quiser deixar para almoçar ao voltar para seu hotel ou cidade-base.

Cânion do rio Espalhado (Cachoeira do Buracão), na Chapada Diamantina (BA)

O cânion do rio Espalhado é mais conhecido por ser a via de acesso a uma das atrações mais bonitas da Chapada Diamantina: a cachoeira do Buracão. Para chegar até ela, é preciso passar pelo corredor formado pelos paredões do cânion, seja flutuando no rio ou caminhando por uma trilha nas rochas úmidas. É uma experiência incrível, mas que exige esforço físico e disposição para encarar a viagem, já que o local fica mais distante das outras atrações da chapada.

Mais informações:

O cânion do rio Espalhado e a cachoeira do Buracão ficam na parte sul da Chapada Diamantina, perto das cidadezinhas de Ibicoara (21 km) e Mucugê (97 km). É obrigatório contratar um guia credenciado para o passeio, o que pode ser feito facilmente em ambas as cidades.

 

Região Centro-Oeste

 

Cânions do Rio Preto, na Chapada dos Veadeiros (GO)

O parque nacional da Chapada dos Veadeiros conta com dois cânions no rio Preto, chamados simplesmente de “Cânion I” e “Cânion II”, e outros que não são nomeados, mas podem ser apreciados ao percorrer as trilhas do parque. Deslumbrante, o parque como um todo também oferece vistas, cachoeiras e piscinas naturais. A trilha para os cânions é bem sinalizada, mas o acesso ao Cânion I é permitido somente nos meses de seca (junho a novembro).

Mais informações:

parque nacional da Chapada dos Veadeiros fica a cerca de 3 horas de Brasília (DF), sendo que os principais acessos são pela cidade de Alto Paraíso de Goiás e pela Vila de São Jorge. É preciso pagar uma taxa de entrada.

Bocaina do Farias, em São João D’Aliança (GO)

O refúgio Bocaina do Farias abriga um cânion incrível, que pode ser acessado por trilha e é destino de quem quer se aventurar em atividades de canionismo. Além do cânion, há também duas cachoeiras na propriedade. O local ainda é pouco conhecido, mas tem tudo para se tornar uma das principais atrações da região da Chapada dos Veadeiros.

Foto: Divulgação/Refúgio Bocaina do Farias

Mais informações:

O refúgio fica a 53 km de São João d’Aliança, sendo 23 km de estrada de terra. É  obrigatório entrar com um guia credenciado (a lista de guias pode ser acessada no Instagram do refúgio).

Cânions do Rio Araguaia, entre Goiás e Mato Grosso

O Rio Araguaia, famoso por suas praias de areia, abriga também cânions estreitos e cachoeiras que deságuam nas suas águas. Para conhecer esse trecho pouco explorado do rio, uma agência local oferece uma descida de rafting passando pelos cânions. São duas opções: um dia de passeio ou uma expedição de três dias, com pernoite acampando na beira do rio.

Mais informações:

O rafting pelos cânions do Rio Araguaia é oferecido pela agência Trilhas do Cerrado, saindo de Ribeirãozinho (MT) e com pernoite nas praias na região de Baliza (GO). Mais informações no site e no Instagram da Trilhas do Cerrado.

Cânion do Engano, em Costa Rica (MS)

O cânion do Engano é um atrativo lindo, mas ainda pouco visitado, no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, em Costa Rica (MS). A região como um todo tem bastante potencial turístico, com diversas cachoeiras e parques. Embora o mirante seja de fácil acesso, recomendamos a contratação de um guia na cidade para o passeio e demais trilhas no parque.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Alcinópolis (MS)

Mais informações:

O cânion fica a cerca de 50 km do centro de Costa Rica. É possível se informar e pegar contatos de guias com a prefeitura local e com a Eco Pousada Ravenala.

Cânion do rio Salobra, na Serra da Bodoquena (MS)

O cânion do rio Salobra é uma das atrações do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, que abriu para visitação em 2021. O passeio pelo cânion percorre uma trilha de 5km (ida e volta) pelas margens do rio Salobra, sendo que é preciso caminhar por dentro do rio em alguns momentos. Há vistas para cachoeiras e várias oportunidades para banho nas águas transparentes do rio – trechos do trajeto de volta, inclusive, são feitos boiando pelo rio com o uso de coletes salva-vidas.

Mais informações:

Por enquanto, todas as atrações do parque nacional podem ser acessadas somente com guia credenciado. O passeio pelo cânion sai do Eco Serrana Park, a 92 km de Bonito (MS).

Cânion da cachoeira do Jatobá, em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT)

A cachoeira do Jatobá é a principal atração de Vila Bela. Uma das trilhas permite vê-la de cima, com um visual incrível da queda d’água e dos paredões avermelhados do cânion. Já outra trilha permite acessar a cachoeira pela sua base – e é esse acesso pela base que é comumente chamado de “cânion da Jatobá”. Um dos principais atrativos do acesso pela base é o Poço Azul, uma piscina natural de águas cristalinas logo no início da trilha.

Foto: Divulgação/Instagram @serraricardofranco

Mais informações:

O cânion da Jatobá pode ser visitado com guias a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade. Recomendamos contato com o Eco Hostel 7kedas e com o pessoal que atua no Parque Estadual Serra Ricardo Franco. Vale destacar que na época de estiagem (junho a outubro), o Poço Azul costuma secar.

Cidade de Pedra, na Chapada dos Guimarães (MT)

A Cidade de Pedra é um cânion formado por paredões de arenito com cerca de 350 m de altura e que cercam o Vale do Rio Claro. É uma das principais atrações do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e leva esse nome porque, no topo, as formações rochosas lembram as ruínas de uma cidade. É um visual de tirar o fôlego e, com sorte, você ainda vai avistar araras vermelhas sobrevoando a região.

Mais informações:

Assim como vários atrativos da Chapada dos Guimarães, o acesso ao mirante da Cidade de Pedra só pode ser feito com um guia credenciado. A trilha para o mirante em si é curta (500 m), mas para chegar até lá é preciso encarar cerca de 20 km de estrada de terra acessível somente para veículos 4×4 (o transporte é contratado com os guias).

 

Região Sudeste

 

Cânions do lago de Furnas, em Capitólio (MG)

Os cânions do lago de Furnas são uma das principais atrações de Capitólio, que conta ainda com várias cachoeiras e trilhas. Para conhecer os cânions, é possível fazer passeios de barco pelo lago e também apreciar a vista dos paredões a partir de mirantes. Infelizmente, a região ganhou destaque por conta de uma tragédia: em janeiro de 2022 um bloco rochoso dos cânions desabou, atingindo algumas lanchas e deixando dez mortos. Depois de um período fechado, o local reabriu com novas regras de visitação e vistorias diárias para a avaliação geológica dos paredões.

Mais informações:

As visitas aos cânions do lago de Furnas passaram por várias mudanças depois da tragédia. Agora, os passeios de barco pelo lago ocorrem de forma rotativa, com controle de acesso, e as lanchas não podem chegar muito perto dos paredões. Os visitantes devem usar colete salva-vidas e capacete, além de assinar um termo concordando com as novas regras.

Os passeios podem ser contratados com antecedência ou adquiridos na cidade com uma das várias agências que operam na região.

 

Cânion das Bandeirinhas, na Serra do Cipó (MG)

O cânion das Bandeirinhas fica em meio às paisagens lindas do Parque Nacional da Serra do Cipó (MG), que incluem paredões, rios e cachoeiras. O cânion em si abriga uma piscina natural, que, aliás, é muito bem-vinda depois do longo trajeto para chegar até lá: são cerca de 11km a partir da entrada do parque. Apesar da distância, o percurso é totalmente plano e recompensador.

Mais informações:

Totalizando 22 km ida e volta, o trajeto para conhecer o cânion das Bandeirinhas pode ser feito a pé ou de bicicleta. Inclusive, é possível alugar bicicletas na entrada do parque. Se optar por ir de bike, o recomendado é deixá-la em uma espécie de bicicletário antes de cruzar o rio, a cerca de 2 km do cânion. Na época de chuva, o trajeto pode ficar bastante enlameado, dificultando a vida dos ciclistas.

A trilha pode ser percorrida de forma auto-guiada, mas também é possível contratar um passeio com uma das agências que atuam na região. Ah, e uma dica: comece cedo, já que o trajeto é longo. O parque abre às 8h e o acesso para a trilha do cânion é pela portaria Areias.

 

Cânion do Peixe Tolo, na Serra do Intendente (MG)

O belíssimo cânion do Peixe Tolo fica dentro do Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro (MG). Com quedas d’água e paredões de cerca de 300 metros, o cânion faz parte também da Rota das 10 Cachoeiras – uma travessia de 34 km que pode ser percorrido a pé, a cavalo ou de bicicleta, durante vários dias. O acesso mais tradicional, porém, é por uma trilha de 5 km a partir do povoado de Parauninha.

Foto: Divulgação/ Miguel Andrade – Refúgio Peixe Tolo

Mais informações:

Uma das atrações do cânion é visitar sua cachoeira, a cachoeira do Peixe Tolo, também conhecida como cachoeira da Bocaina. A caminhada é entre pedras, passando pelo leito do rio, então exige cuidado.

Uma dica é procurar o refúgio Peixe Tolo, uma propriedade que fica próxima ao cânion e oferece acomodações, várias atividades ao ar livre e possibilidades de trilhas com guias locais.

 

Região Sul

 

Cânion do Guartelá, em Tibagi (PR)

O cânion do Guartelá é considerado o cânion mais extenso do Brasil e o 6º mais extenso do mundo, com cerca de 40 km. Cortado pelo rio Iapó, ele não possui paredões verticais quanto outros cânions do Brasil, mas oferece lindas vistas, incluindo uma cachoeira. O acesso ao mirante é por uma trilha autoguiada no Parque Estadual do Guartelá.

Foto: Divulgação/SEDEST

Mais informações:

O Parque Estadual do Guartelá, a cerca de 20 km do centro de Tibagi (PR), é o ponto de acesso para conhecer o cânion. A trilha autoguiada, com 5km ida e volta, passa por panelões formados por um rio (é permitido tomar banho) e leva ao mirante com vista para o cânion e sua cachoeira. A trilha é simples, mas o trajeto de volta é íngreme.

Além disso, ainda é possível fazer outra trilha para ver pinturas rupestres e conhecer outros mirantes naturais, mas neste caso é obrigatório contratar um guia antecipadamente.

 

Cachoeira e cânion do Rio São Jorge, em Ponta Grossa (PR)

Mais conhecido por sua bela cachoeira, o cânion do Rio São Jorge fica em uma propriedade particular que conta com restaurante e área para camping. Além da trilha principal até a base da cachoeira, também há outra trilha que permite ver o cânion de cima. Em dias quentes, é possível tomar banho em quedas d’água menores e piscinas naturais. Aliás, o local é um dos que recomendamos nesse post com 20 cachoeiras para conhecer perto de Curitiba.

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion do Rio São Jorge é facilmente acessado de carro a partir de Ponta Grossa, mas a parte final do trajeto é em estrada de terra. O local é bastante popular com praticantes de motocross, especialmente nos fins de semana, portanto cuidado nas trilhas – e vá preparado para o ruído das motos.

Além disso, também é possível praticar rapel e escalada nos paredões do cânion. Mais informações no site da propriedade.

 

Cânion das Laranjeiras, em Bom Jardim da Serra (SC)

A região de Bom Jardim da Serra (SC) conta com vários cânions abertos para visitação. O cânion das Laranjeiras é um deles. Quem se aventura por lá encontra vistas lindas das bordas do cânion, com paredões íngremes, cachoeiras e o rio correndo lá embaixo. É possível conhecer apenas o cânion, acessível por trilha, ou encaixá-lo em uma travessia de 2 ou 3 dias até o cânion do Funil ou ao mirante da Serra do Rio do Rastro.

Vista borda do cânion das Laranjeiras, em Bom Jardim da Serra (SC)

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

Há duas propriedades particulares perto do cânion Laranjeiras, que oferecem vistas a partir de ângulos diferentes. Um acesso é pela Fazenda Santa Cândida. Da sede até a borda do cânion, são cerca de 2,5 km de trilha. A outra possibilidade é a partir da Fazenda Rincão da Palha, que também oferece hospedagem rural.

 

Cânion do Funil, em Bom Jardim da Serra (SC)

O cânion do Funil é um dos mais conhecidos e mais bonitos de Bom Jardim da Serra, com suas torres e formações rochosas marcantes. O local está dentro de uma propriedade particular e pode ser conhecido em um bate-volta ou com um pernoite acampando na beira do cânion.

Sol nascendo no cânion do Funil, em Bom jardim da Serrra

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

Assim como nos outros cânions da cidade, é preciso pagar uma taxa de entrada para visitar o cânion do Funil. Não é obrigatório contratar um guia, mas você deve liberar sua entrada com o Miguel, proprietário do local (049-9-9127-1014).

 

Cânion da Ronda, em Bom Jardim da Serra (SC)

O cânion da Ronda é o que tem o acesso mais fácil dentre todos os cânions de Bom Jardim da Serra. O visual, no entanto, é igualmente impressionante. Além disso, a visitação no local é bem estruturada. É possível curtir o visual do cânion a partir de dois mirantes, acessíveis por uma caminhada curta. A região abriga ainda um parque eólico e a cascata do Saiquí, que também pode ser visitada.

Homem observa vista do cânion da Ronda, em Bom Jardim da Serra

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion da Ronda pode ser visitado sem guia, mas é preciso pagar a taxa de visitação. O local conta também com uma área para camping.

 

Cânion do Espraiado, em Urubici (SC)

Uma das atrações de Urubici, o cânion do Espraiado oferece belas vistas da serra catarinense. Ele é famoso nas redes sociais pelas fotos dos visitantes em um balanço com uma vista panorâmica ao fundo. Além das trilhas pelo cânion, é possível também acampar no local e conhecer cachoeiras e piscinas naturais.

Foto: Divulgação/Instagram @canionespraiado

Mais informações:

O acesso ao cânion é por uma estrada que comporta apenas veículos 4×4. Caso esteja em um veículo comum, é preciso estacionar na Pedra da Águia e seguir a pé até o cânion. Informações e reservas pelo site do cânion Espraiado.

 

Cânion Malacara, em Praia Grande (SC)

Menos conhecido do que outros cânions das serras catarinense e gaúcha, o cânion Malacara é também impressionante: possui 3,5 km de extensão e 780 metros de profundidade. Atualmente ele é acessado somente por sua base, em uma trilha de cerca de 3 horas que passa pelo rio e leva a piscinas naturais.

Foto: Divulgação/Cidade dos Canyons

Mais informações:

O cânion Malacara fica no Parque Nacional da Serra Geral, colado ao Parque Nacional de Aparados da Serra. A trilha para o cânion é também conhecida como “Trilha para as piscinas do Malacara e é feita a partir do município de Praia Grande (SC). Segundo o ICMBIO, a contratação de um guia para a trilha é recomendada, mas não obrigatória.

 

Cânion Itaimbezinho, em Cambará do Sul (RS)

Com paredões verticais, cachoeiras e 700 metros de profundidade, o cânion Itaimbezinho é possivelmente o cânion mais famoso do Brasil. Ele é a maior atração do Parque Nacional de Aparados da Serra, e o acesso é pela entrada principal do parque, em Cambará do Sul (RS). A partir dali o visitante pode percorrer duas trilhas autoguiadas que seguem pelas bordas do cânion e proporcionam vistas panorâmicas dos paredões e cachoeiras.

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion Itaimbezinho também pode ser conhecido a partir de sua base, por uma trilha que percorre o leito do rio, em meio aos paredões. Essa é a Trilha do Rio do Boi, com acesso por Praia Grande (SC). Neste caso, é obrigatório contratar um guia antecipadamente.

Os atrativos do Parque Nacional de Aparados da Serra e da Serra Geral agora são gerenciados pela concessionária Cânions Verdes. É preciso pagar ingresso tanto para acessar os cânions quanto para fazer a Trilha do Rio do Boi.

Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul (RS)

Nossa lista chega ao fim com o cânion Fortaleza, a principal atração do Parque Nacional da Serra Geral, também em Cambará do Sul (RS). Considerado o cânion mais profundo do Brasil, ele possui 7,5 km de extensão e paredões que podem chegar a 900 metros de altura. Há três opções de trilha no cânion Fortaleza: a trilha do mirante e a trilha da Pedra do Segredo (1h, em média, para cada uma) e a Trilha da Borda Sul, mais longa (3 horas, em média).

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion Fortaleza fica a cerca de 20 km do centro de Cambará do Sul, sendo que parte do trajeto é em estrada de terra. A infraestrutura no local ainda é mais simples do que no vizinho Itaimbezinho, mas já conta com banheiros e equipe de suporte.

Atençãose estiver com crianças, cuidado redobrado! Muitos trechos pela borda do cânion não contam com barreiras de proteção.

 

 

FONTE EU ME AVENTURO

Cânions de Furnas, em Capitólio, serão interditados para manutenção

Fechamento do tradicional ponto turístico já estava programado e tem caráter preventivo

Os cânions do lago de Furnas, que ficam na cidade de Capitólio, na região Centro-Oeste, serão interditados para manutenção na sexta-feira (10) e no sábado (11). O fechamento do tradicional ponto turístico do estado já estava programado e tem caráter preventivo, segundo a prefeitura do município. O local deve voltar a funcionar normalmente no domingo (12).

De acordo com a prefeitura da cidade, uma equipe de geólogos vai realizar a avaliação do local, a fim de garantir a segurnaça dos navegantes e banhistas. Em janeiro de 2022, um deslizamento de pedras no cânion atingiu embarcações e matou dez pessoas. 

*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim

FONTE HOJE EM DIA

Cânions de Furnas, em Capitólio, serão interditados para manutenção

Fechamento do tradicional ponto turístico já estava programado e tem caráter preventivo

Os cânions do lago de Furnas, que ficam na cidade de Capitólio, na região Centro-Oeste, serão interditados para manutenção na sexta-feira (10) e no sábado (11). O fechamento do tradicional ponto turístico do estado já estava programado e tem caráter preventivo, segundo a prefeitura do município. O local deve voltar a funcionar normalmente no domingo (12).

De acordo com a prefeitura da cidade, uma equipe de geólogos vai realizar a avaliação do local, a fim de garantir a segurnaça dos navegantes e banhistas. Em janeiro de 2022, um deslizamento de pedras no cânion atingiu embarcações e matou dez pessoas. 

*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim

FONTE HOJE EM DIA

Turismo vale-tudo nos cânions de Capitólio

Visita em janeiro de 2020 antecipou cenário da tragédia anunciada que, dois anos depois, deixou pelo menos dez mortos

No pequeno e improvisado porto de embarque do Rio Turvo, à margem da estrada MG-050, as famílias se aglomeravam para esperar a saída do passeio pela represa de Furnas. Alguns com coletes salva-vidas, outros não, todos animados. Muitas crianças zunindo de lado a outro enquanto a fila de turistas aumentava. Um janeiro chuvoso e de calor constante. Talvez por isso, muitos grupos ali levassem seus isopores cheios de bebidas para o programa de até quatro horas de navegação pelos cânions do Capitólio, em Minas Gerais. A cena poderia ter sido hoje, mas aconteceu em 6 de janeiro de 2020.

Naquele verão inocente, percorremos 130km pela Serra da Canastra até Capitólio, em Minas Gerais, destino conhecido para quem visita a nascente histórica do rio São Francisco no Parque Nacional da Canastra. Era a parada que nossa família precisava, intervalo numa longa viagem de exploração por Minas Gerais. Chegamos na véspera, como programado, e tudo parecia tranquilo. Apesar do tempo ainda instável, resolvemos manter os planos e ligar para um marinheiro recomendado na pousada onde estávamos. Marcamos para o dia seguinte. Um barco para os quatro e um pouco de brisa num lugar bonito. Paraíso. Foi o que imaginamos.

Mas a realidade é diferente da propaganda. O que o lugar tem de deslumbrante – os paredões de pedra rasgados pela água verde esmeralda da represa – tem de desordem. São dezenas de lanchas se espremendo entre os apertados corredores de pedra. Chega a ser sufocante em alguns momentos. Os barcos que transportam grupos parecem estar sempre em sua capacidade máxima. Além de concorrerem por espaço, disputam ainda o som ambiente, cada um com sua música. As embarcações chegam perigosamente perto das cachoeiras e umas das outras, sem zona de manobra. É aflitivo. Não existe sinalização para avisar de perigos ou evitar esse ou aquele lugar. É o turismo vale-tudo, daquele tipo que permite deslizar seu jet-ski onde bem entender na praia ou pescar em área de proteção. Se é que você me entende.

Lanchas lotadas e aglomeradas à distância pouco prudente da cachoeira: tudo errado. Foto Simone Barreto 6.1.2020
Lanchas lotadas e aglomeradas à distância pouco prudente da cachoeira: tudo errado. Foto Simone Barreto 6.1.2020

Não vimos qualquer fiscalização naquele 6 de janeiro. Havia um bar flutuante acima de sua capacidade funcionando num dos pontos de observação turística. Já na água e no início da nossa jornada, o piloto nos avisou que pouco antes tinha acontecido uma tromba d´água – muito comum nessa época do ano, acrescentou ele, só precisávamos ficar atentos. (Nesse momento, me lembro do nosso caçula pedindo um colete extra ao marinheiro).

As cenas do desabamento em Capitólio nos deram uma tristeza infinita. É natural nos imaginarmos no lugar daquelas pessoas que perderam as vidas num momento de lazer. Da natureza sou apenas observadora, portanto não tenho autoridade para falar sobre a geologia do local. Mas posso afirmar com convicção e como testemunha que não temos proteção suficiente para explorar o turismo em regiões como a da represa de Furnas.

Somos amadores. As trombas d´água acontecem com frequência. Então por que não evitar as cachoeiras em épocas de grande volume de chuvas como agora? A sensação é de que tudo está nas mãos do piloto, que pode ou não pôr todos ali em risco. Os barcos saem às dezenas todos os dias das férias. Quem fiscaliza a quantidade de embarcações? Nosso marinheiro mencionou algumas vezes a possiblidade de sermos abordados pela inspeção local, mas não vimos uma autoridade portuária em nenhum momento entre o embarque e o desembarque. O porto continua improvisado. E como há mais de uma saída para a água, improvisos são comuns e conhecidos na região. A dona da pousada onde ficamos nos deu o contato de uma empresa que tinha lancha legalizada, mas no porto não havia informação clara sobre as embarcações regularizadas. A sinalização continua inexistente. Onde está a regulação do local? Pelo que pudemos perceber do nosso passeio, apenas na cabeça dos marinheiros.

Não é a chuva, não é a pedra, não é a tromba d´água. A responsabilidade é do Estado. No meu janeiro de 2020 no Capitólio, o Estado não estava à vista.

FONTE PROJETO COLABORA

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