Reportagem erra ao citar nome do prefeito de Belo Vale ao invés do Governador

Ontem (7) o site de notícias CORREIO DE MINAS reproduziu um conteúdo do Portal Uai em torno da aprovação de uma comissão processante para avaliar o pedido de cassação do Everton Elias Silva (MDB), conhecido como Tico Enfermeiro.

Após averiguação, a transcrição do texto foi feita de forma equívoca quando no 6º parágrafo ao invés de citar “governador” foi transcrito “prefeito Nequinha”. Cabe esclarecer que o erro foi material e não intencional. Fica o registro da direção do CORREIO DE MINAS que sempre se prezou pela qualidade e responsabilidade da informação. Segue abaixo texto na íntegra.

A DIREÇÃO

Em ano eleitoral a “chapa esquentou” em Belo Vale (MG). Ontem (6), a Câmara Municipal, de maneira unânime, a criação de uma
comissão processante para avaliar o pedido de cassação do vereador Everton Elias Silva (MDB), conhecido como Tico Enfermeiro.

O parlamentar foi o mais votado da cidade nas últimas duas eleições e é acusado de quebra de decoro por ter divulgado fotos de
pacientes do Hospital e Maternidade Henrique Penido sem autorização e desviado medicamentos e materiais do estabelecimento.

A reportagem do Estado de Minas teve acesso ao material que motiva as acusações e conversou com testemunhas que afirmam ter recebido
centenas de registros sem consentimento de cirurgias, partos e óbitos nos consultórios. Os mesmos registros também foram utilizados para acionar o parlamentar na Polícia Civil, Ministério Público e no Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

As denúncias apontam que o vereador, que trabalhou no hospital até 2023, mantinha grupos de conversa online em que divulgava imagens
e informações sigilosas de pacientes. O material enviado à reportagem inclui fotos de cirurgias, pacientes desacordados, recém-nascidos e órgãos humanos. Há também registros de conversas em que o acusado, supostamente, negociava medicamentos controlados pertencentes ao hospital.

Testemunhas afirmaram à reportagem que o enfermeiro divulgava, além das imagens, informações sigilosas sobre ocorrências policiais
e exames médicos de pessoas da cidade. Há ainda relatos de que o acusado conseguia influência política através do desvio de medicamentos do hospital.

A defesa de Everton diz que os denunciantes têm conflitos antigos Governador cerca de 10% dos votos de Belo Vale nas últimas duas eleições municipais e é pré-candidato a vice-prefeito da cidade em chapa ao lado de Lapinha (MDB), que já comandou o município entre 2013 e 2020.

Segundo Maikon Villaça, advogado do vereador, as denúncias foram feitas de forma ilegal. Ele afirma que seu cliente nunca divulgou as imagens e diz que elas foram acessadas pelos denunciantes a partir de um arquivo que o vereador mantinha em nuvem.

“Por se tratar de um ano eleitoral, começaram com essa perseguição. Em momento nenhum foi transmitido nenhuma imagem, é preciso
perguntar a eles (os denunciantes) como acessaram esse material. A defesa irá comprovar, com todos os fatos, que Everton é inocente e está sendo perseguido”, disse à reportagem.

Em contato com a reportagem, um dos denunciantes disse que sequer conhece o vereador e que a versão da defesa é uma admissão de culpa
de que as fotos foram tiradas sem autorização dos pacientes. Além disso, ele aponta que a defesa deverá comprovar o acesso à nuvem, o que configuraria crime de invasão cibernética.

A comissão agora reunirá materiais e acionará testemunhas de defesa e acusação para elaboração de um relatório que deve ser votado em plenário para decidir sobre a manutenção ou cassação do cargo de Everton.

 

Denúncias em outras instâncias

 

No fim de janeiro, o Ministério Público de Minas Gerais enviou à Polícia Civil uma notícia fato pedindo a abertura de inquérito para apurar a prática de condutas não éticas pelo enfermeiro Everton Elias da Silva nas dependências do Hospital e Maternidade Henrique Penido. Em resposta à reportagem, a corporação afirmou ter recebido a informação e iniciado as apurações.

Em despacho, o promotor de Justiça Mateus Beghini Fernandes considerou que parte das denúncias apresentadas eram passíveis de investigação policial. A primeira delas relativa ao envio de imagens de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e internações, o que configura crime de acordo com artigo 325 do Código Penal Brasileiro. Além disso, o documento aponta violação do sigilo profissional obrigatório determinado pela Resolução nº 554 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A segunda trata sobre as denúncias de que o suspeito desviava medicamentos do hospital, administrado em parte pelo Poder Público e em parte por entes privados, no período em que Everton trabalhava no local. O documento aponta que as acusações apresentadas ao Ministério Público podem configurar peculato, crime previsto no artigo 312 do Código Penal.

Uma denúncia também foi aberta no Coren. As acusações e os materiais enviados foram os mesmos. Em resposta à reportagem, o conselho disse que o caso ainda não passou pela apreciação do colegiado de conselheiros, a primeira fase após o recebimento da acusação.

 

 

 

Briga na Câmara esquenta eleições em Belo Vale; Vereador mais votado diz que pedido de cassação é perseguição política

Em ano eleitoral a “chapa esquentou” em Belo Vale (M G). Ontem (6), a Câmara Municipal, de maneira unânime, a criação de uma comissão processante para avaliar o pedido de cassação do vereador Everton Elias Silva (MDB), conhecido como Tico Enfermeiro.

O parlamentar foi o mais votado da cidade nas últimas duas eleições e é acusado de quebra de decoro por ter divulgado fotos de pacientes do Hospital e Maternidade Henrique Penido sem autorização e desviado medicamentos e materiais do estabelecimento.

A reportagem do Estado de Minas teve acesso ao material que motiva as acusações e conversou com testemunhas que afirmam ter recebido centenas de registros sem consentimento de cirurgias, partos e óbitos nos consultórios. Os mesmos registros também foram utilizados para acionar o parlamentar na Polícia Civil, Ministério Público e no Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

As denúncias apontam que o vereador, que trabalhou no hospital até 2023, mantinha grupos de conversa online em que divulgava imagens e informações sigilosas de pacientes. O material enviado à reportagem inclui fotos de cirurgias, pacientes desacordados, recém-nascidos e órgãos humanos. Há também registros de conversas em que o acusado, supostamente, negociava medicamentos controlados pertencentes ao hospital.

Testemunhas afirmaram à reportagem que o enfermeiro divulgava, além das imagens, informações sigilosas sobre ocorrências policiais e exames médicos de pessoas da cidade. Há ainda relatos de que o acusado conseguia influência política através do desvio de medicamentos do hospital.

A defesa de Everton diz que os denunciantes têm conflitos antigos com o Governador e que as acusações são feitas com motivações políticas. O parlamentar teve cerca de 10% dos votos de Belo Vale nas últimas duas eleições municipais e é pré-candidato a vice-prefeito da cidade em chapa ao lado de Lapinha (MDB), que já comandou o município entre 2013 e 2020.

Segundo Maikon Villaça, advogado do vereador, as denúncias foram feitas de forma ilegal. Ele afirma que seu cliente nunca divulgou as imagens e diz que elas foram acessadas pelos denunciantes a partir de um arquivo que o vereador mantinha em nuvem.

“Por se tratar de um ano eleitoral, começaram com essa perseguição. Em momento nenhum foi transmitido nenhuma imagem, é preciso perguntar a eles (os denunciantes) como acessaram esse material. A defesa irá comprovar, com todos os fatos, que Everton é inocente e está sendo perseguido”, disse à reportagem.

Em contato com a reportagem, um dos denunciantes disse que sequer conhece o vereador e que a versão da defesa é uma admissão de culpa de que as fotos foram tiradas sem autorização dos pacientes. Além disso, ele aponta que a defesa deverá comprovar o acesso à nuvem, o que configuraria crime de invasão cibernética.

A comissão agora reunirá materiais e acionará testemunhas de defesa e acusação para elaboração de um relatório que deve ser votado em plenário para decidir sobre a manutenção ou cassação do cargo de Everton.

Denúncias em outras instâncias

No fim de janeiro, o Ministério Público de Minas Gerais enviou à Polícia Civil uma notícia fato pedindo a abertura de inquérito para apurar a prática de condutas não éticas pelo enfermeiro Everton Elias da Silva nas dependências do Hospital e Maternidade Henrique Penido. Em resposta à reportagem, a corporação afirmou ter recebido a informação e iniciado as apurações.

Em despacho, o promotor de Justiça Mateus Beghini Fernandes considerou que parte das denúncias apresentadas eram passíveis de investigação policial. A primeira delas relativa ao envio de imagens de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e internações, o que configura crime de acordo com artigo 325 do Código Penal Brasileiro. Além disso, o documento aponta violação do sigilo profissional obrigatório determinado pela Resolução nº 554 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A segunda trata sobre as denúncias de que o suspeito desviava medicamentos do hospital, administrado em parte pelo Poder Público e em parte por entes privados, no período em que Everton trabalhava no local. O documento aponta que as acusações apresentadas ao Ministério Público podem configurar peculato, crime previsto no artigo 312 do Código Penal.

Uma denúncia também foi aberta no Coren. As acusações e os materiais enviados foram os mesmos. Em resposta à reportagem, o conselho disse que o caso ainda não passou pela apreciação do colegiado de conselheiros, a primeira fase após o recebimento da acusação.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.