Carnaval está chegando: veja as doenças que podem ser transmitidas pelo beijo

Beijar na boca é muito comum durante a folia, mas algumas doenças podem ser transmitidas no ato; veja quais são e os riscos

Carnaval é uma época repleta de alegria, dança, música e, também, muito beijo na boca. Apesar de esse hábito ser, muitas vezes, prazeroso, ele pode trazer riscos à saúde. Afinal, várias doenças podem ser transmitidas pelo beijo.

“O beijo é um contato muito íntimo e inclui algumas vias de transmissão de vírus, fungos e bactérias, como a saliva e a respiração”, explica Dania Abdel Rahman, infectologista e coordenadora do setor de Infectologia Clínica e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Albert Sabin.

Confira, a seguir, as principais doenças que podem ser transmitidas pelo beijo, quais riscos elas oferecem para a saúde e como tratá-las.

Mononucleose

Também conhecida como “a doença do beijo“, a mononucleose é a mais comum de ser transmitida através do contato boca a boca. Ela é causada pelo vírus Epstein-Barr e acomete, principalmente, crianças e adolescentes.

No caso da infecção infantil, ela está relacionada ao contato com crianças contaminadas em creches e pode ser transmitida pelas vias aéreas ou pelo compartilhamento de objetos, como talheres, brinquedos, canudos, entre outros. Já na adolescência e vida adulta, ela pode ser transmitida pelo beijo.

A mononucleose causa sintomas como febre, aumento dos linfonodos (chamados de “ínguas”), dor de garganta e dor no corpo. “Normalmente, ela não traz nenhuma complicação e é uma doença autolimitada, ou seja, que se resolve sozinha”, esclarece a infectologista.

Citomegalovírus

O citomegalovírus (CMV) é outro patógeno que pode ser transmitido pela saliva, podendo ser contraído através do beijo. A citomegalovirose é caracterizada pela febre persistente e pelo aumento dos linfonodos e também é autolimitada.

No entanto, em pessoas com o sistema imunológico comprometido – por doenças imunossupressoras ou por quimioterapia, por exemplo – essa doença pode levar a complicações mais graves, afetando o sistema nervoso central e causando inflamações no olho.

“É muito raro que o citomegalovírus cause alguma lesão na pele, mas pode causar alguma outra complicação se for adquirido por um paciente imunossuprimido”, ressalta Dania.

Herpes labial

O herpes labial, causado pelo vírus herpes simplex tipo 1, é outra doença comumente transmitida pelo beijo. Ela é caracterizada pela formação de bolhas no lábio e pode ser passada para outra pessoa pela saliva. Uma vez infectado, o vírus fica alojado no organismo para o resto da vida e as lesões podem voltar a aparecer de tempos em tempos.

“O herpes simplex está presente em mais de 90% das pessoas. Elas têm o vírus escondido em algum lugar, mesmo não apresentando os sintomas”, explica Marcelo Ducroquet, médico infectologista e professor de Medicina da Universidade Positivo (UP).

Caxumba

A caxumba também é uma infecção viral que pode ser transmitida através do contato com a saliva de pessoas infectadas. No entanto, por conta da vacinação, realizada com o imunizante Tríplice Viral (que também protege contra sarampo e rubéola), é uma doença menos comum.

“Há uns anos, houve um surto de caxumba em universidades e escolas porque a proposta da vacinação era de apenas uma dose da tríplice viral e algumas pessoas ficaram pouco protegidas. Hoje em dia, o esquema é feito com duas doses, então, se a pessoa está com a vacina em dia, é difícil ter a doença”, explica Marcelo.

Doenças respiratórias

As doenças respiratórias, apesar de não serem transmitidas exclusivamente pela saliva, também podem ser contraídas através do beijo. É o caso de resfriado, gripe e Covid-19.

“Essas também entram no pacote. Elas não são transmitidas apenas pelo beijo e estão mais relacionadas à aglomeração comum nessa época [de Carnaval], mas o fato de beijar na boca aumenta a chance de transmissão, porque é um contato direto”, alerta o infectologista.

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Apesar de ser mais raro, algumas ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) também podem ser transmitidas pelo beijo. É o caso da gonorreia e da sífilis, que podem causar lesões orais. No entanto, essa é uma situação mais difícil de ocorrer.

“Para que isso ocorresse, seria preciso uma pessoa ter feito sexo oral com alguém contaminado e, ao invés de ela contrair o vírus na região genital, que é o habitual, ela passa a tê-lo na boca e pode passar para outra pessoa através do beijo. Mas é uma situação de exceção, é muito raro de acontecer”, afirma Marcelo.

Como é feito o tratamento dessas doenças?

O tratamento de doenças transmitidas pelo beijo varia de acordo com cada caso. “A sífilis e a gonorreia são tratadas com antibióticos. Já as outras doenças virais, como o citomegalovírus e a mononucleose, são de curso autolimitado, se resolvem sozinhas”, afirma Dania.

Nesse último cenário, o tratamento é sintomático, ou seja, são utilizados medicamentos para aliviar os sintomas, como febre, inchaço nos linfonodos e a dor de garganta. Já em relação à herpes labial, pode ser usada, ainda, pomadas antivirais, como a Aciclovir.

“No geral, são doenças de baixa gravidade. Não têm cura, não têm um tratamento específico, mas também não trazem, por outro lado, consequências maiores”, finaliza Marcelo.

FONTE CNN BRASIL

Máximo solar está chegando, mas vamos demorar para saber

Para determinar quando o máximo solar aconteceu, os pesquisadores precisam se basear em dados anteriores e posteriores

O Sol tem intensificado suas atividades, ficando mais explosivo a cada dia enquanto se aproxima do máximo solar. No entanto, apesar de sabermos que ele está chegando, só poderemos saber, de fato, quando ele aconteceu sete meses depois.

Para quem tem pressa:

  • O máximo solar é definido com base em observações do Sol seis meses antes e seis meses depois;
  • Isso porque, os pesquisadores precisam ter certeza de que atividade solar realmente diminui;
  • No entanto, o Sol pode nos enganar, se comportando de maneiras diferentes do previsto.

O ciclo do Sol dura cerca de 11 anos, e o máximo solar é definido como o momento em que a estrela fica mais ativa. Esse período se dá devido ao campo magnético solar e pode ser indicado pela ocorrência e intensidade de manchas escuras na superfície do Sol.

Em resposta ao Space.com, pesquisadores especializados no Sol, do Centro de Coordenação do Clima Espacial (SSCC) da ESA, explicaram o porquê levamos tanto tempo para identificar a ocorrência do máximo solar.

O máximo solar

Por convenção, o período de maior atividade do Sol é calculado com base na ocorrência de manchas solares durante 13 meses, ou seja, para cada mês avaliado, é usado valores dos seis meses anteriores e posteriores. Só é possível saber quando o máximo solar aconteceu se a ocorrência de manchas escuras no Sol do mês seguinte for menor.

Por exemplo, se o máximo solar acontecer em maio de 2024, os pesquisadores só poderão apontar com certeza isso, após avaliar os dados do Sol coletados seis meses antes e dos seis meses depois. Assim, a declaração de que o período de maior atividade da estrela aconteceu, seria feito apenas em dezembro de 2024.

No entanto, os pesquisadores da ESA apontam que o Sol ainda sim pode nos enganar, isso porque às vezes, quando pensamos que a estrela atingiu o máximo solar, ela pode estar, na verdade, apenas no máximo local, que não representa todo ciclo. Além disso, também pode haver uma máximo duplo, conhecido como intervalo de Gnevishev, onde um segundo pico mais alto de atividades pode acontecer em seguida de um primeiro.

As duas principais previsões para quando de fato o máximo solar acontecerá são do Centro Mundial de Dados para o Índice de Manchas Solares e Observações Solares de Longo Prazo (SILSO), do Observatório Real da Bélgica, que aponta que ele vai acontecer entre meados de 2024 e o final de 2025, e do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA (SWPC), que estima que ele deve ocorrer entre o final de 2024 e o início de 2026.

FONTE OLHAR DIGITAL

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