Segurança: Minas Gerais não tem nenhuma cidade entre as 50 mais violentas do país

Estado mineiro teve queda no número de latrocínios e de lesão corporal seguida de morte, segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado na última semana, divulgou as 50 cidades mais violentas do país em 2022. Como resultado de uma política ostensiva de combate à criminalidade e à violência por parte do Governo de Minas, nenhum município do estado aparece nessa lista. 

A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em Minas Gerais, contabilizadas dentro dos homicídios). 

De acordo com o anuário, Minas Gerais registrou queda no número de latrocínios de 93 em 2021 para 74 em 2022. A taxa de lesão corporal seguida de morte também caiu no estado, de 35 em 2021 para 30 no ano passado. 

Minas Gerais, o estado com maior número de municípios do país, tem quase metade da média nacional de mortes violentas, com 12,6, enquanto a média do Brasil é de 23,4. Apenas seis estados e o Distrito Federal ficaram abaixo da média nacional. Segundo o estudo, Minas aparece como o terceiro estado menos violento do país. 

PCMG / Divulgação

Forças de segurança 

Os bons resultados do Estado em relação à Segurança Pública podem ser explicados pelas ações de combate à criminalidade. As forças de segurança do Estado de Minas Gerais trabalham em conjunto na troca de informações e inteligência. Esse quesito, aliás, recebeu aumento de quase 90% de investimento de 2021 para 2022, de acordo com o Anuário de Segurança Pública. 

O tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), destaca o investimento no processo de gestão do desempenho operacional. 

“Se eu tenho uma demanda específica, eu direciono melhor os meus esforços, canalizando o meu efetivo de uma forma inteligente, proporcional e direcionada. (Somos) uma polícia de proximidade, que investe em comunicação, em inteligência e em operações”, ressaltou.

Santiago destaca, ainda, a valorização do operacional da corporação. “Além do investimento logístico e da recomposição do efetivo, proporcionados pelo Governo de Minas à Polícia Militar de Minas Gerais, as ações repressivas e preventivas realizadas pela instituição em todo o estado resultam do processo da Gestão do Desempenho Operacional (GDO), ferramenta que permite aos comandantes das unidades adequar estratégias em tempo real e canalizar esforços de maneira inteligente para que haja um combate mais efetivo à criminalidade”.

Ele também cita o aperfeiçoamento do serviço de inteligência da corporação, proporcionando uma maior capacidade de antever o crime e, como consequência, maior possibilidade de proteger Minas e os mineiros. “A digitalização da rede de rádio, por exemplo, é capaz de proteger nossas comunicações dando, inclusive, maior proteção aos militares nas operações de combate à criminalidade, além de permitir o policiamento de proximidade e o comprometimento da nossa tropa, que é o bem mais valioso que dispomos”, ressaltou o chefe do Centro de Jornalismo Policial da PM, tenente-coronel Flávio Santiago.

O coordenador geral da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ) da Polícia Civil de Minas Gerais, Álvaro Huertas, salientou a rapidez nas investigações e nas conclusões dos casos criminais. 

“A Polícia Civil vem atuando em cima de uma investigação qualificada, de forma a identificar quais são as maiores organizações criminosas atuantes em cada região. A PC vem sempre cumprindo as metas governamentais, de forma que os procedimentos investigativos são mais céleres e, com isso, possamos chegar ao poder judiciário de forma que a punição para as pessoas que praticam crimes seja rápida e traga sensação de segurança no estado de Minas Gerais”, destacou. 

Cidades mais violentas

Além de Minas Gerais, outros nove estados também não aparecem na lista das 50 cidades mais violentas do país. São eles: São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Espírito Santo, Roraima, Tocantins e Alagoas. A Bahia lidera o ranking com 12 municípios na lista, sendo quatro entre os primeiros. 

Três regiões do país registraram aumento no número de mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As duas regiões que tiveram queda nos números foram Nordeste (-4,5%) e Sudeste (-2%), puxando a redução geral no país. Ao todo, o Brasil registrou queda de 2,4% nas mortes violentas intencionais de 2022 para 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil. 

Confira a lista:

  • Jequié (BA) – 88,8
  • Santo Antônio de Jesus (BA) – 88,3
  • Simões Filho (BA) – 87,4
  • Camaçari (BA) – 82,1
  • Cabo de Santo Agostinho (PE) – 81,2
  • Sorriso (MT) – 70,5
  • Altamira (PA) – 70,5
  • Macapá (AP) – 70,0
  • Feira de Santana (BA) – 68,5
  • Juazeiro (BA) – 68,3
  • Teixeira de Freitas (BA) – 66,8
  • Salvador (BA) – 66,0
  • Mossoró (RN) – 63,5
  • Ilhéus (BA) – 62,1
  • Itaituba (PA) – 61,6
  • Itaguaí (RJ) – 61,6
  • Queimados (RJ) – 61,2
  • Luís Eduardo Magalhães (BA) – 56,5
  • Eunápolis (BA) – 56,3
  • Santa Rita (PB) – 56,0
  • Maracanaú (CE) – 55,9
  • Angra dos Reis (RJ) – 55,5
  • Manaus (AM) – 53,4
  • Rio Grande (RS) – 53,2
  • Alagoinhas (BA) – 53,0
  • Marabá (PA) – 51,8
  • Vitória de Santo Antão (PE) – 51,5
  • Itabaiana (SE) – 51,2
  • Caucaia (CE) – 51,2
  • São Lourenço da Mata (PE) – 50,3
  • Santana (AP) – 49,4
  • Paragominas (PA) – 49,3
  • Patos (PB) – 47,5
  • Paranaguá (PR) – 47,3
  • Parauapebas (PA) – 46,9
  • Macaé (RJ) – 46,7
  • Caxias (MA) – 46,5
  • Parnaíba (PI) – 46,3
  • Garanhuns (PE) – 44,9
  • São Gonçalo do Amarante (RN) – 44,9
  • Alvorada (RS) – 44,8
  • Jaboatão dos Guararapes (PE) – 44,6
  • Duque de Caxias (RJ) – 44,3
  • Almirante Tamandaré (PR) – 44,2
  • Castanhal (PA) – 44,2
  • Campo Largo (PR) – 43,3
  • Porto Velho (RO) – 42,1
  • Ji-Paraná (RO) – 41,8
  • Belford Roxo (RJ) – 41,8
  • Marituba (PA) – 41,6

FONTE AGÊNCIA MINAS

Segurança: Minas Gerais não tem nenhuma cidade entre as 50 mais violentas do país

Estado mineiro teve queda no número de latrocínios e de lesão corporal seguida de morte, segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado na última semana, divulgou as 50 cidades mais violentas do país em 2022. Como resultado de uma política ostensiva de combate à criminalidade e à violência por parte do Governo de Minas, nenhum município do estado aparece nessa lista. 

A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em Minas Gerais, contabilizadas dentro dos homicídios). 

De acordo com o anuário, Minas Gerais registrou queda no número de latrocínios de 93 em 2021 para 74 em 2022. A taxa de lesão corporal seguida de morte também caiu no estado, de 35 em 2021 para 30 no ano passado. 

Minas Gerais, o estado com maior número de municípios do país, tem quase metade da média nacional de mortes violentas, com 12,6, enquanto a média do Brasil é de 23,4. Apenas seis estados e o Distrito Federal ficaram abaixo da média nacional. Segundo o estudo, Minas aparece como o terceiro estado menos violento do país. 

PCMG / Divulgação

Forças de segurança 

Os bons resultados do Estado em relação à Segurança Pública podem ser explicados pelas ações de combate à criminalidade. As forças de segurança do Estado de Minas Gerais trabalham em conjunto na troca de informações e inteligência. Esse quesito, aliás, recebeu aumento de quase 90% de investimento de 2021 para 2022, de acordo com o Anuário de Segurança Pública. 

O tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), destaca o investimento no processo de gestão do desempenho operacional. 

“Se eu tenho uma demanda específica, eu direciono melhor os meus esforços, canalizando o meu efetivo de uma forma inteligente, proporcional e direcionada. (Somos) uma polícia de proximidade, que investe em comunicação, em inteligência e em operações”, ressaltou.

Santiago destaca, ainda, a valorização do operacional da corporação. “Além do investimento logístico e da recomposição do efetivo, proporcionados pelo Governo de Minas à Polícia Militar de Minas Gerais, as ações repressivas e preventivas realizadas pela instituição em todo o estado resultam do processo da Gestão do Desempenho Operacional (GDO), ferramenta que permite aos comandantes das unidades adequar estratégias em tempo real e canalizar esforços de maneira inteligente para que haja um combate mais efetivo à criminalidade”.

Ele também cita o aperfeiçoamento do serviço de inteligência da corporação, proporcionando uma maior capacidade de antever o crime e, como consequência, maior possibilidade de proteger Minas e os mineiros. “A digitalização da rede de rádio, por exemplo, é capaz de proteger nossas comunicações dando, inclusive, maior proteção aos militares nas operações de combate à criminalidade, além de permitir o policiamento de proximidade e o comprometimento da nossa tropa, que é o bem mais valioso que dispomos”, ressaltou o chefe do Centro de Jornalismo Policial da PM, tenente-coronel Flávio Santiago.

O coordenador geral da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ) da Polícia Civil de Minas Gerais, Álvaro Huertas, salientou a rapidez nas investigações e nas conclusões dos casos criminais. 

“A Polícia Civil vem atuando em cima de uma investigação qualificada, de forma a identificar quais são as maiores organizações criminosas atuantes em cada região. A PC vem sempre cumprindo as metas governamentais, de forma que os procedimentos investigativos são mais céleres e, com isso, possamos chegar ao poder judiciário de forma que a punição para as pessoas que praticam crimes seja rápida e traga sensação de segurança no estado de Minas Gerais”, destacou. 

Cidades mais violentas

Além de Minas Gerais, outros nove estados também não aparecem na lista das 50 cidades mais violentas do país. São eles: São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Espírito Santo, Roraima, Tocantins e Alagoas. A Bahia lidera o ranking com 12 municípios na lista, sendo quatro entre os primeiros. 

Três regiões do país registraram aumento no número de mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As duas regiões que tiveram queda nos números foram Nordeste (-4,5%) e Sudeste (-2%), puxando a redução geral no país. Ao todo, o Brasil registrou queda de 2,4% nas mortes violentas intencionais de 2022 para 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil. 

Confira a lista:

  • Jequié (BA) – 88,8
  • Santo Antônio de Jesus (BA) – 88,3
  • Simões Filho (BA) – 87,4
  • Camaçari (BA) – 82,1
  • Cabo de Santo Agostinho (PE) – 81,2
  • Sorriso (MT) – 70,5
  • Altamira (PA) – 70,5
  • Macapá (AP) – 70,0
  • Feira de Santana (BA) – 68,5
  • Juazeiro (BA) – 68,3
  • Teixeira de Freitas (BA) – 66,8
  • Salvador (BA) – 66,0
  • Mossoró (RN) – 63,5
  • Ilhéus (BA) – 62,1
  • Itaituba (PA) – 61,6
  • Itaguaí (RJ) – 61,6
  • Queimados (RJ) – 61,2
  • Luís Eduardo Magalhães (BA) – 56,5
  • Eunápolis (BA) – 56,3
  • Santa Rita (PB) – 56,0
  • Maracanaú (CE) – 55,9
  • Angra dos Reis (RJ) – 55,5
  • Manaus (AM) – 53,4
  • Rio Grande (RS) – 53,2
  • Alagoinhas (BA) – 53,0
  • Marabá (PA) – 51,8
  • Vitória de Santo Antão (PE) – 51,5
  • Itabaiana (SE) – 51,2
  • Caucaia (CE) – 51,2
  • São Lourenço da Mata (PE) – 50,3
  • Santana (AP) – 49,4
  • Paragominas (PA) – 49,3
  • Patos (PB) – 47,5
  • Paranaguá (PR) – 47,3
  • Parauapebas (PA) – 46,9
  • Macaé (RJ) – 46,7
  • Caxias (MA) – 46,5
  • Parnaíba (PI) – 46,3
  • Garanhuns (PE) – 44,9
  • São Gonçalo do Amarante (RN) – 44,9
  • Alvorada (RS) – 44,8
  • Jaboatão dos Guararapes (PE) – 44,6
  • Duque de Caxias (RJ) – 44,3
  • Almirante Tamandaré (PR) – 44,2
  • Castanhal (PA) – 44,2
  • Campo Largo (PR) – 43,3
  • Porto Velho (RO) – 42,1
  • Ji-Paraná (RO) – 41,8
  • Belford Roxo (RJ) – 41,8
  • Marituba (PA) – 41,6

FONTE AGÊNCIA MINAS

Anuário: Veja lista com as 50 cidades mais violentas do Brasil

Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica as taxas de mortes violentas intencionais. Lista leva em consideração os municípios com 100 mil habitantes ou mais.

Dados do Anuário divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram quais são as 50 cidades mais violentas do Brasil com população acima de 100 mil habitantes no ano de 2022.

A lista tem como referência as taxas de mortes violentas intencionais, chamadas de MVIs no nome técnico, divulgadas pelas secretarias de segurança pública de cada estado.

Bahia lidera a lista e tem os quatro municípios mais violentos do país: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari (veja na lista abaixo).

Veja, após a tabela, mais destaques do anuário.

As mortes violentas intencionais levam em conta os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio).

Lista das 50 cidades mais violentas do Brasil (população acima de 100 mil habitantes)

MunicípioEstadoTaxa de Mortes Violentas Intencionais (2022)
1JequiéBA88,8
2Santo Antônio de JesusBA88,3
3Simões FilhoBA87,4
4CamaçariBA82,1
5Cabo de Santo AgostinhoPE81,2
6SorrisoMT70,5
7AltamiraPA70,5
8MacapáAP70,0
9Feira de SantanaBA68,5
10JuazeiroBA68,3
11Teixeira de FreitasBA66,8
12SalvadorBA66,0
13MossoróRN63,5
14IlhéusBA62,1
15ItaitubaPA61,6
16ItaguaíRJ61,6
17QueimadosRJ61,2
18Luís Eduardo MagalhãesBA56,5
19EunápolisBA56,3
20Santa RitaPB56,0
21MaracanaúCE55,9
22Angra dos ReisRJ55,5
23ManausAM53,4
24Rio GrandeRS53,2
25AlagoinhasBA53,0
26MarabáPA51,8
27Vitória de Santo AntãoPE51,5
28ItabaianaSE51,2
29CaucaiaCE51,2
30São Lourenço da MataPE50,3
31SantanaAP49,4
32ParagominasPA49,3
33PatosPB47,5
34ParanaguáPR47,3
35ParauapebasPA46,9
36MacaéRJ46,7
37CaxiasMA46,5
38ParnaíbaPI46,3
39GaranhunsPE44,9
40São Gonçalo do AmaranteRN44,9
41AlvoradaRS44,8
42Jaboatão dos GuararapesPE44,6
43Duque de CaxiasRJ44,3
44Almirante TamandaréPR44,2
45CastanhalPA44,2
46Campo LargoPR43,3
47Porto VelhoRO42,1
48Ji-ParanáRO41,8
49Belford RoxoRJ41,8
50MaritubaPA41,6

Fonte: Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Ao todo, o Brasil registrou queda de 2,4% nas mortes violentas intencionais de 2022 para 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil (veja o histórico por estado na arte abaixo).

Os crimes de homicídio doloso (-1,7%) e latrocínio (-15,3%) apresentaram diminuição de 2021 para 2022, enquanto as lesões corporais seguidas de morte (18%) e os assassinatos de policiais (30%) cresceram no mesmo período.

Das cinco regiões do país, três tiveram alta nas mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As quedas ocorreram no Nordeste (-4,5%) e no Sudeste (-2%), o que puxou a redução geral dos números em todo o país.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou nesta quinta-feira (20) em rede social uma lista de ações planejadas pelo governo para lidar com o aumento de crimes violentos, como o estupro, e de casos de estelionato e racismo. Dino fala em “plano específico para a Amazônia” e controle de armas para combater alta da violência.

Veja no mapa:

Entram nas estatísticas os dados envolvendo a atuação policial, tanto a letalidade (quando as polícias matam), quanto a mortalidade (quando agentes de segurança pública são mortos).

As polícias do Brasil mataram um total de 6.430 pessoas durante o serviço ou em horário de folga em 2022. O número representa 17 vítimas de policiais por dia.

A estatística indica tendência de estabilidade ao ser comparada com os registros feitos em 2021, quando agentes de segurança pública mataram 6.524 pessoas – redução de 1,4% em 12 meses.

Brasil tem maior número de estupros da história

FONTE G1

Anuário: Veja lista com as 50 cidades mais violentas do Brasil

Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica as taxas de mortes violentas intencionais. Lista leva em consideração os municípios com 100 mil habitantes ou mais.

Dados do Anuário divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram quais são as 50 cidades mais violentas do Brasil com população acima de 100 mil habitantes no ano de 2022.

A lista tem como referência as taxas de mortes violentas intencionais, chamadas de MVIs no nome técnico, divulgadas pelas secretarias de segurança pública de cada estado.

Bahia lidera a lista e tem os quatro municípios mais violentos do país: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari (veja na lista abaixo).

Veja, após a tabela, mais destaques do anuário.

As mortes violentas intencionais levam em conta os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio).

Lista das 50 cidades mais violentas do Brasil (população acima de 100 mil habitantes)

MunicípioEstadoTaxa de Mortes Violentas Intencionais (2022)
1JequiéBA88,8
2Santo Antônio de JesusBA88,3
3Simões FilhoBA87,4
4CamaçariBA82,1
5Cabo de Santo AgostinhoPE81,2
6SorrisoMT70,5
7AltamiraPA70,5
8MacapáAP70,0
9Feira de SantanaBA68,5
10JuazeiroBA68,3
11Teixeira de FreitasBA66,8
12SalvadorBA66,0
13MossoróRN63,5
14IlhéusBA62,1
15ItaitubaPA61,6
16ItaguaíRJ61,6
17QueimadosRJ61,2
18Luís Eduardo MagalhãesBA56,5
19EunápolisBA56,3
20Santa RitaPB56,0
21MaracanaúCE55,9
22Angra dos ReisRJ55,5
23ManausAM53,4
24Rio GrandeRS53,2
25AlagoinhasBA53,0
26MarabáPA51,8
27Vitória de Santo AntãoPE51,5
28ItabaianaSE51,2
29CaucaiaCE51,2
30São Lourenço da MataPE50,3
31SantanaAP49,4
32ParagominasPA49,3
33PatosPB47,5
34ParanaguáPR47,3
35ParauapebasPA46,9
36MacaéRJ46,7
37CaxiasMA46,5
38ParnaíbaPI46,3
39GaranhunsPE44,9
40São Gonçalo do AmaranteRN44,9
41AlvoradaRS44,8
42Jaboatão dos GuararapesPE44,6
43Duque de CaxiasRJ44,3
44Almirante TamandaréPR44,2
45CastanhalPA44,2
46Campo LargoPR43,3
47Porto VelhoRO42,1
48Ji-ParanáRO41,8
49Belford RoxoRJ41,8
50MaritubaPA41,6

Fonte: Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Ao todo, o Brasil registrou queda de 2,4% nas mortes violentas intencionais de 2022 para 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil (veja o histórico por estado na arte abaixo).

Os crimes de homicídio doloso (-1,7%) e latrocínio (-15,3%) apresentaram diminuição de 2021 para 2022, enquanto as lesões corporais seguidas de morte (18%) e os assassinatos de policiais (30%) cresceram no mesmo período.

Das cinco regiões do país, três tiveram alta nas mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As quedas ocorreram no Nordeste (-4,5%) e no Sudeste (-2%), o que puxou a redução geral dos números em todo o país.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou nesta quinta-feira (20) em rede social uma lista de ações planejadas pelo governo para lidar com o aumento de crimes violentos, como o estupro, e de casos de estelionato e racismo. Dino fala em “plano específico para a Amazônia” e controle de armas para combater alta da violência.

Veja no mapa:

Entram nas estatísticas os dados envolvendo a atuação policial, tanto a letalidade (quando as polícias matam), quanto a mortalidade (quando agentes de segurança pública são mortos).

As polícias do Brasil mataram um total de 6.430 pessoas durante o serviço ou em horário de folga em 2022. O número representa 17 vítimas de policiais por dia.

A estatística indica tendência de estabilidade ao ser comparada com os registros feitos em 2021, quando agentes de segurança pública mataram 6.524 pessoas – redução de 1,4% em 12 meses.

Brasil tem maior número de estupros da história

FONTE G1

Cidade mais violenta do Brasil tem lista de jurados de morte; veja as 50 mais

Moradores de Jequié, na Bahia, convivem com mortes cometidas por facções criminosas e pela polícia. Cidade tem a maior taxa de assassinatos

A cidade mais violenta do Brasil tem lista de jurados de morte, crimes envolvendo facções e protesto de mulheres contra mortalidade em ações policiais. Essa cidade é Jequié, um município com cerca de 160 mil habitantes na região sudoeste da Bahia.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta quinta-feira (20/7), revelam as 50 cidades com maior taxa de mortes violentas intencionais, que é a soma das vítimas de homicídio, latrocínio, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e mortes em ações policiais. A lista considera as cidades com mais de 100 mil habitantes.

A maior parte dos municípios dessa lista são da Bahia, o segundo estado mais violento do país, ficando atrás apenas do Amapá. O Amazonas aparece em terceiro.

Já as três unidades da Federação menos violentas são os estados de São Paulo e Santa Catarina e o Distrito Federal.

Rotina de mortes

Jequié teve 141 mortes violentas intencionais no ano passado, o que representa uma taxa de 88,8 mortes para cada 100 mil habitantes, quase quatro vezes mais que a taxa do país, que é de 23,4 por 100 mil habitantes.

Os homicídios na cidade baiana já se tornaram parte da rotina. No dia 27 de dezembro, homens armados invadiram uma casa e executaram com vários tiros Alexandre Souza Santos, de 20 anos, na frente de familiares.

Nos sites de notícias locais, o título da notícia sobre a morte de Alexandre foi: “Mais um integrante da lista da morte foi executado”. Diferentes páginas de informação da região relatam uma lista de pessoas para morrer, feita por uma organização criminosa e divulgada pelas redes sociais.

A presença de facções criminosas também é uma realidade em Jequié. No mês passado, policiais militares mataram um traficante durante uma ação policial. Na ocorrência, os policiais apreenderam uma submetralhadora possivelmente artesanal, que tinha as inscrições CV, da facção carioca Comando Vermelho.

Foto colorida de submetralhadora artesanal apreendida em jequié bahia - Metrópoles
Submetralhadora foi apreendida em ação da PM em Tiquié (BA)

Alvos são jovens

Em janeiro, em um artigo para o Jequié Notícias, o jornalista Rafael Gomes revelou que nos 16 primeiros dias deste ano, 15 pessoas foram assassinadas na cidade do interior baiano, sendo que seis foram mortas em ações da polícia. Todas as vítimas eram jovens ou adolescentes, com menos de 30 anos.

Nas redes sociais, um grupo de mães está organizando um protesto para o próximo sábado (22/7), por conta da morte de jovens em ações da polícia.

“Se os policiais entram para matar e tiver mais cinco ou seis inocentes, morrem também. Isso não pode mais acontecer. O povo tem medo de falar, de ir para as ruas, de filmar até”, desabafou ao Metrópoles, a tia de um jovem morto em uma ação policial.

A polícia baiana é a segunda que mais mata no país, quando se considera a taxa por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amapá.

FONTE METROPOLES

Cidade mais violenta do Brasil tem lista de jurados de morte; veja as 50 mais

Moradores de Jequié, na Bahia, convivem com mortes cometidas por facções criminosas e pela polícia. Cidade tem a maior taxa de assassinatos

A cidade mais violenta do Brasil tem lista de jurados de morte, crimes envolvendo facções e protesto de mulheres contra mortalidade em ações policiais. Essa cidade é Jequié, um município com cerca de 160 mil habitantes na região sudoeste da Bahia.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta quinta-feira (20/7), revelam as 50 cidades com maior taxa de mortes violentas intencionais, que é a soma das vítimas de homicídio, latrocínio, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e mortes em ações policiais. A lista considera as cidades com mais de 100 mil habitantes.

A maior parte dos municípios dessa lista são da Bahia, o segundo estado mais violento do país, ficando atrás apenas do Amapá. O Amazonas aparece em terceiro.

Já as três unidades da Federação menos violentas são os estados de São Paulo e Santa Catarina e o Distrito Federal.

Rotina de mortes

Jequié teve 141 mortes violentas intencionais no ano passado, o que representa uma taxa de 88,8 mortes para cada 100 mil habitantes, quase quatro vezes mais que a taxa do país, que é de 23,4 por 100 mil habitantes.

Os homicídios na cidade baiana já se tornaram parte da rotina. No dia 27 de dezembro, homens armados invadiram uma casa e executaram com vários tiros Alexandre Souza Santos, de 20 anos, na frente de familiares.

Nos sites de notícias locais, o título da notícia sobre a morte de Alexandre foi: “Mais um integrante da lista da morte foi executado”. Diferentes páginas de informação da região relatam uma lista de pessoas para morrer, feita por uma organização criminosa e divulgada pelas redes sociais.

A presença de facções criminosas também é uma realidade em Jequié. No mês passado, policiais militares mataram um traficante durante uma ação policial. Na ocorrência, os policiais apreenderam uma submetralhadora possivelmente artesanal, que tinha as inscrições CV, da facção carioca Comando Vermelho.

Foto colorida de submetralhadora artesanal apreendida em jequié bahia - Metrópoles
Submetralhadora foi apreendida em ação da PM em Tiquié (BA)

Alvos são jovens

Em janeiro, em um artigo para o Jequié Notícias, o jornalista Rafael Gomes revelou que nos 16 primeiros dias deste ano, 15 pessoas foram assassinadas na cidade do interior baiano, sendo que seis foram mortas em ações da polícia. Todas as vítimas eram jovens ou adolescentes, com menos de 30 anos.

Nas redes sociais, um grupo de mães está organizando um protesto para o próximo sábado (22/7), por conta da morte de jovens em ações da polícia.

“Se os policiais entram para matar e tiver mais cinco ou seis inocentes, morrem também. Isso não pode mais acontecer. O povo tem medo de falar, de ir para as ruas, de filmar até”, desabafou ao Metrópoles, a tia de um jovem morto em uma ação policial.

A polícia baiana é a segunda que mais mata no país, quando se considera a taxa por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amapá.

FONTE METROPOLES

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