Cientistas descobrem novo tipo de levitação magnética que pode trazer possibilidades interessantes para indústria

No futuro poderá haver aplicações práticas, como captura e manipulação magnética

Parece mágica, mas é física. Há dois anos, Hamdi Ucar, engenheiro elétrico que trabalha na Göksal Aeroaunics, na Turquia, notou um fenômeno curioso que qualquer pessoa pode reproduzir em casa com pouco alguns ímãs, cola e uma furadeira elétrica: ele conectou um ímã a um rotor em determinada posição e inclinação, acionou-o e depois aproximou-o de outro ímã, este começou a girar e permaneceu levitando a centímetros do primeiro.

Sua descoberta criou expectativa. E embora Ucar tenha dado uma explicação sobre as forças de levitação, deixou uma questão crucial sobre o mecanismo que estabiliza a rotação do segundo ímã, aquele que permanece suspenso no ar. Agora podemos entender o caso e isso abre um leque enorme de possibilidades.

Uma descoberta que começa em 2021

Foi nesse ano que Ucar, então funcionário da Göksal Aeronautics, compartilhou a sua descoberta e o estudo que lhe dedicou. Conforme lembrado na Physics Magazine, revista da American Physical Society (APS), Ucar conectou um ímã a um motor de determinado formato, levando em consideração a orientação dos eixos, e a seguir acionou o rotor para que a peça começasse a girar a aproximadamente 10.000 rpm.

Ao aproximar um segundo ímã do primeiro, descobriu que ele começou a se mover, levitou para cima e permaneceu flutuando no espaço, a apenas alguns centímetros de distância. Ao contrário de outros experimentos realizados anteriormente, aquele segundo ímã, o “flutuador”, acelerou com o movimento do rotor e atingiu uma velocidade considerável.

Rotação de um imã pode manter outro imã suspenso no ar (Imagem: DTU Energy)

Demonstrações e tarefas pendentes

Ucar também descobriu que o ímã flutuante ficava “preso” mesmo quando o eixo de rotação girava até ficar na posição horizontal. O estudo que publicou então, em 2021, apresentou diferentes evidências e também forneceu uma explicação das forças da levitação magnética, mas — relembra a APS — restava esclarecer uma questão importante: o mecanismo que estabiliza o movimento de rotação do “ímã flutuante”.

A tarefa é relevante, pois como destaca a associação de físicos, o teste mostrou um “novo tipo de levitação” com ímãs. Assim, os professores Rasmus Bjørk e Joachim M. Hermansen, da DTU Energy, na Dinamarca, quiseram ir um passo além das contribuições de Ucar e explicar como o fenômeno da rotação e levitação dos ímãs era possível. Suas conclusões acabam de ser expressas em artigo publicado justamente na ‘Physicis Review Applied’, da APS.

Resolvendo algumas incógnitas

O trabalho é interessante porque nos dá novas pistas sobre a levitação magnética e esclarece como é possível que um ímã giratório possa suspender outro no ar. Depois de investigar o fenômeno, Bjørk e Hermansen concluíram que ele é explicado por ligeiras inclinações nos eixos magnéticos dos ímãs em relação aos seus eixos de rotação:

“Os ímãs não deveriam flutuar quando estão juntos. Normalmente eles se atraem ou se repelem. Mas acontece que se você girar um, você pode fazê-lo flutuar. E essa é a parte estranha. A força que afeta os ímãs não deve mudar apenas girando um deles, parece que há um acoplamento entre o movimento e a força magnética”

Disse o professor Bjørk, da DTU.

Uma questão de surpresas e lições

Eles descobriram que, quando o ímã flutuante era fixado em posição, ele era orientado próximo ao eixo de rotação e em direção ao pólo semelhante do ímã do rotor. Assim, por exemplo, o pólo norte do ímã flutuante, enquanto girava, permaneceu orientado para o pólo norte do ímã fixo. O que é diferente do que se esperava com base nas leis da magnetostática, que explicam um sistema magnético estático.

A chave para entender a posição equilibrada, fixa e levitante em que permanece o segundo ímã, conhecido como “flutuador”, está nas interações magnetostáticas entre as peças. “Acontece que o ímã flutuante quer se alinhar com o ímã giratório, mas não consegue girar rápido o suficiente para fazê-lo. E enquanto esse acoplamento for mantido ele irá flutuar ou levitar”, resume Bjørk, que usa o exemplo de um pião de brinquedo: só fica em pé se estiver girando.

Durante a pesquisa, Bjørk e seus colegas realizaram diversos experimentos, incluindo um em que usaram ímãs esféricos, software de rastreamento e outros materiais de laboratório. Houve, no entanto, um primeiro teste muito mais simples e “caseiro” em que utilizaram ímãs de neodímio, cola e ferramentas que qualquer pessoa encontra em lojas do tipo. O resultado foi capturado em um vídeo fascinante.

Qual a importância?

O trabalho dos especialistas da DTU Energy não é importante apenas pela sua dimensão teórica, ampliando o conhecimento ou completando as conclusões já contribuídas em 2021 por Hamdi Ucar. Conforme explicado pela Física, no futuro poderá ser dada uma abordagem prática e utilizada para desenvolver ferramentas que nos permitam manipular objetos sem contato.

“O sistema tem aplicações potenciais na captura e manipulação magnética”diz a publicação na APS. Hoje existem braços de preensão robóticos que não requerem contato e são baseados no campo magnético. Um sistema magnético rotativo poderia simplificar o processo e oferecer uma solução mais eficiente e alternativa.

Os usos que já damos

Aplicações importantes já estão sendo derivadas da levitação magnética, como trens flutuantes. Também é usado em volantes ou máquinas de alta velocidade. Até agora, eram conhecidas várias formas de ocorrência do fenômeno, como estabilização magnética ativa, suspensão eletrodinâmica ou levitação estabilizadora de spin.

Quanto às aplicações futuras do seu trabalho, Fraderick Laust Durhus, da DTU, é cauteloso por enquanto: “Outras possibilidades dependerão de até que ponto o fenômeno pode ser expandido ou reduzido e de quão baixo é o custo da energia”. Esclarecer esse horizonte diante do fenômeno “exigirá mais pesquisas”.

FONTE IGN

Cientistas descobrem ouro brotando em árvores

Ouro brotando em árvores? Sim, você leu certo o título desta matéria. Cientistas fizeram uma descoberta surpreendente, sem precedentes e que pode abrir novas possibilidades na exploração mineral

Ao pensarmos em mineração de ouro, a imagem que nos vem à mente geralmente envolve mineradores escavando profundamente na terra. No entanto, na região de Kalgoorlie, na Austrália, uma descoberta extraordinária desafia essa concepção. Cientistas da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO) revelaram que o ouro não apenas está presente no solo, mas está crescendo nas folhas de árvores de eucalipto.

Esta reviravolta surpreendente sugere que as árvores podem ser aliadas inesperadas na busca por depósitos de ouro e outros minerais valiosos.

Um mecanismo de absorção extraordinário

A descoberta é baseada em um mecanismo de absorção notável das árvores de eucalipto. Contrariando a ideia tradicional de que as plantas extraem apenas nutrientes básicos do solo, os eucaliptos da região possuem raízes capazes de penetrar o solo a mais de 30 metros de profundidade. Essas raízes desempenham o papel de “bombas hidráulicas,” extraindo água que contém partículas microscópicas de ouro.

O processo é uma dança complexa entre as raízes e o solo rico em minerais. Geoquímicos destacam a importância dessa interação para a absorção eficiente do ouro pelas árvores. Uma vez nas raízes, o ouro é transportado para as folhas e galhos, onde a magia da natureza parece contornar a potencial toxicidade do metal precioso.


Ouro brotando em árvores? Sim, você leu certo o título desta matéria. Cientistas fizeram uma descoberta surpreendente, sem precedentes e que pode abrir novas possibilidades na exploração mineral

Ao pensarmos em mineração de ouro, a imagem que nos vem à mente geralmente envolve mineradores escavando profundamente na terra. No entanto, na região de Kalgoorlie, na Austrália, uma descoberta extraordinária desafia essa concepção. Cientistas da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO) revelaram que o ouro não apenas está presente no solo, mas está crescendo nas folhas de árvores de eucalipto.

Esta reviravolta surpreendente sugere que as árvores podem ser aliadas inesperadas na busca por depósitos de ouro e outros minerais valiosos.

Um mecanismo de absorção extraordinário

A descoberta é baseada em um mecanismo de absorção notável das árvores de eucalipto. Contrariando a ideia tradicional de que as plantas extraem apenas nutrientes básicos do solo, os eucaliptos da região possuem raízes capazes de penetrar o solo a mais de 30 metros de profundidade. Essas raízes desempenham o papel de “bombas hidráulicas,” extraindo água que contém partículas microscópicas de ouro.

O processo é uma dança complexa entre as raízes e o solo rico em minerais. Geoquímicos destacam a importância dessa interação para a absorção eficiente do ouro pelas árvores. Uma vez nas raízes, o ouro é transportado para as folhas e galhos, onde a magia da natureza parece contornar a potencial toxicidade do metal precioso.

Cientistas descobrem ouro brotando em árvores

Melvyn Lintern, líder do estudo, destaca a complexidade da exploração em meio a camadas densas de sedimentos e rochas intemperizadas. Ao observar raízes de eucalipto alcançando profundidades extraordinárias, a equipe de cientistas teve a ideia inovadora de testar as folhas dessas árvores para detectar depósitos de ouro. Os resultados foram impressionantes, com vestígios de ouro encontrados nas folhas das árvores situadas sobre depósitos subterrâneos, oferecendo uma abordagem promissora e sustentável para a detecção de minerais valiosos.

Indicadores naturais de depósitos minerais

As implicações práticas dessa descoberta são vastas. A presença de ouro nas folhas de eucalipto agora não é apenas um fenômeno curioso, mas um indicador potencialmente valioso de depósitos de minério de ouro abaixo da superfície. Esta capacidade única das árvores de atuarem como indicadores naturais pode representar uma mudança fundamental na exploração mineral.

A utilização de árvores como uma forma de mapeamento natural pode oferecer uma abordagem econômica e ecologicamente sustentável para a detecção de depósitos minerais, evitando a necessidade de perfurações extensivas. Este método inovador pode se tornar uma ferramenta adicional para os geólogos e mineradores, complementando os métodos tradicionais de exploração.

Revelando o segredo com tecnologia de Raios-X

A confirmação do ouro nas folhas de eucalipto foi possível graças ao uso da tecnologia de raios-X no Síncrotron Australiano, em Melbourne. Este avanço tecnológico permitiu uma visão detalhada das partículas de ouro, que são incrivelmente pequenas, com cerca de um quinto do diâmetro de um fio de cabelo humano.

O Síncrotron desempenhou um papel crucial na visualização precisa da distribuição e concentração dessas partículas nas folhas e galhos das árvores de eucalipto. Esse entendimento aprofundado do processo de absorção e acúmulo de ouro nas árvores abre caminho para aplicações mais refinadas e estratégias na exploração mineral.

Uma revolução na mineração

O encontro do ouro com as árvores de eucalipto na Austrália representa uma revolução na forma como encaramos a mineração. Essas árvores, com suas raízes profundas e mecanismos de absorção engenhosos, não são apenas parte do cenário; são agora indicadores naturais valiosos. O ouro, que antes era sinônimo de exploração extensiva, revela-se agora, surpreendentemente, nas folhas de árvores.

A descoberta não apenas adiciona uma camada de fascínio à natureza, mas também aponta para um futuro potencial em que as árvores se tornam aliadas estratégicas na busca por recursos minerais. No contexto de uma indústria de mineração que busca métodos mais sustentáveis e eficientes, as árvores de eucalipto da Austrália podem ter desvendado um segredo há muito enterrado. No jogo da mineração, onde a natureza e a tecnologia se encontram, as árvores agora desempenham um papel inesperado, mas extraordinariamente valioso.

A pesquisa “Natural gold particles in Eucalyptus leaves and their relevance to exploration for buried gold deposits” foi publicada pela renomada Revista Nature, clique aqui para acessar.

FONTE AGRONEWS

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas

Doze espécies recém-descobertas de trilobitas permaneceram escondidas durante 490 milhões de anos numa parte pouco estudada da Tailândia. Agora, cientistas acreditam que elas podem ser as peças que faltavam num intrincado quebra-cabeças da Terra antiga.

Os trilobitas eram criaturas marinhas com cabeças em forma de meia-lua que respiravam pelas pernas. Algumas espécies de trilobitas, que foram extintas a 490 milhões de anos, permaneceram escondidas durante todo esse tempo em uma região pouco estudada da Tailândia – isso é, até serem recentemente descobertas por cientistas.

Os fósseis foram descobertos na costa de uma ilha chamada Ko Tarutao, que fica a cerca de 40 minutos do continente e faz parte de um parque da UNESCO. Tratam-se de 12 tipos de trilobitas que já foram vistos em outras partes do mundo, mas nunca antes na Tailândia – E isso intrigou os cientistas.

Acontece que a descoberta, na prática, é uma maneira de traçar a fonte geográfica da Tailândia. Os trilobitas viveram nas margens externas de Gondwana, um antigo supercontinente que incluía a Austrália. Com a descoberta destes fósseis, os cientistas conseguem finalmente conectar o passado da Tailândia com a Austrália.

Como os fósseis foram descobertos?

Os trilobitas ficaram presos entre camadas de cinzas petrificadas em arenito, resultado de antigas erupções vulcânicas que se depositaram no fundo do mar e formaram uma camada verde chamada tufo. Ao contrário de alguns outros tipos de rochas ou sedimentos, os tufos contêm cristais de zircão.

Cristal de Zircão
O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. Com ele, cientistas são capazes de datar precisamente a idade de erupções e fósseis antigos.

O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. É duro como o aço e, graças a isso, resiste à erosão muito mais do que outras rochas e materiais. Dentro desses cristais resilientes de zircão, átomos individuais de urânio decaem gradualmente e se transformam em átomos de chumbo.

Poucos lugares ao redor do mundo têm fósseis do final do período Cambriano. É um dos intervalos de tempo mais mal datados na história do planeta – Nigel Hughes, UC Riverside.

Graças à esse fenômeno, os cientistas são capazes de usar técnicas de radioisótopos para datar quando o zircão se formou, encontrando a idade da erupção e do fóssil. Neste caso, os cientistas descobriram que os fósseis eram do final do período Cambriano, entre 497 e 485 milhões de anos atrás – algo extremamente raro.

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas
Os trilobitas são uma das peças que faltava no quebra-cabeças da geografia do mundo antigo. Agora, os cientistas serão capazes de traçar as origens da Tailândia, e possivelmente também de outros locais com fósseis similares.

A descoberta é um marco porque não só permite determinar a idade dos fósseis encontrados na Tailândia, mas também outros fósseis semelhantes encontrados em outros locais do mundo, porém em materiais que não podem ser datados da mesma maneira que o Zircão.

Na prática, descobertas desse tipo permitem aos cientistas traçar a evolução dos continentes do planeta ao longo do tempo, conforme eles mudaram em geografia e localização. Neste caso específico, será finalmente possível descobrir onde a região que hoje é a Tailândia estava no passado, na época do supercontinente Gondwana – conectada à Austrália.

Descobertas desse tipo são como crônicas das mudanças evolutivas e das grandes extinções que o planeta deixou escritas para nós. Temos a sorte e o privilégio de tê-las para aprender sobre o passado do planeta e, dessa maneira, nos prepararmos para o futuro.

FONTE METEORED TEMPO

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas

Doze espécies recém-descobertas de trilobitas permaneceram escondidas durante 490 milhões de anos numa parte pouco estudada da Tailândia. Agora, cientistas acreditam que elas podem ser as peças que faltavam num intrincado quebra-cabeças da Terra antiga.

Os trilobitas eram criaturas marinhas com cabeças em forma de meia-lua que respiravam pelas pernas. Algumas espécies de trilobitas, que foram extintas a 490 milhões de anos, permaneceram escondidas durante todo esse tempo em uma região pouco estudada da Tailândia – isso é, até serem recentemente descobertas por cientistas.

Os fósseis foram descobertos na costa de uma ilha chamada Ko Tarutao, que fica a cerca de 40 minutos do continente e faz parte de um parque da UNESCO. Tratam-se de 12 tipos de trilobitas que já foram vistos em outras partes do mundo, mas nunca antes na Tailândia – E isso intrigou os cientistas.

Acontece que a descoberta, na prática, é uma maneira de traçar a fonte geográfica da Tailândia. Os trilobitas viveram nas margens externas de Gondwana, um antigo supercontinente que incluía a Austrália. Com a descoberta destes fósseis, os cientistas conseguem finalmente conectar o passado da Tailândia com a Austrália.

Como os fósseis foram descobertos?

Os trilobitas ficaram presos entre camadas de cinzas petrificadas em arenito, resultado de antigas erupções vulcânicas que se depositaram no fundo do mar e formaram uma camada verde chamada tufo. Ao contrário de alguns outros tipos de rochas ou sedimentos, os tufos contêm cristais de zircão.

Cristal de Zircão
O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. Com ele, cientistas são capazes de datar precisamente a idade de erupções e fósseis antigos.

O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. É duro como o aço e, graças a isso, resiste à erosão muito mais do que outras rochas e materiais. Dentro desses cristais resilientes de zircão, átomos individuais de urânio decaem gradualmente e se transformam em átomos de chumbo.

Poucos lugares ao redor do mundo têm fósseis do final do período Cambriano. É um dos intervalos de tempo mais mal datados na história do planeta – Nigel Hughes, UC Riverside.

Graças à esse fenômeno, os cientistas são capazes de usar técnicas de radioisótopos para datar quando o zircão se formou, encontrando a idade da erupção e do fóssil. Neste caso, os cientistas descobriram que os fósseis eram do final do período Cambriano, entre 497 e 485 milhões de anos atrás – algo extremamente raro.

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas
Os trilobitas são uma das peças que faltava no quebra-cabeças da geografia do mundo antigo. Agora, os cientistas serão capazes de traçar as origens da Tailândia, e possivelmente também de outros locais com fósseis similares.

A descoberta é um marco porque não só permite determinar a idade dos fósseis encontrados na Tailândia, mas também outros fósseis semelhantes encontrados em outros locais do mundo, porém em materiais que não podem ser datados da mesma maneira que o Zircão.

Na prática, descobertas desse tipo permitem aos cientistas traçar a evolução dos continentes do planeta ao longo do tempo, conforme eles mudaram em geografia e localização. Neste caso específico, será finalmente possível descobrir onde a região que hoje é a Tailândia estava no passado, na época do supercontinente Gondwana – conectada à Austrália.

Descobertas desse tipo são como crônicas das mudanças evolutivas e das grandes extinções que o planeta deixou escritas para nós. Temos a sorte e o privilégio de tê-las para aprender sobre o passado do planeta e, dessa maneira, nos prepararmos para o futuro.

FONTE METEORED TEMPO

Pesquisador diz que tempestade solar pode desligar a internet por meses em 2024

Segundo Peter Becker, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos

Uma tempestade solar pode causar um “apocalipse” na Internet no ano que vem. Publicada pelo Insider Paper nessa quarta-feira (13), a previsão é do professor Peter Becker, da Universidade George Mason, nos Estados Unidos. Ele é responsável por desenvolver sistemas de alerta sobre atividades solares que possam prejudicar a tecnologia mundial. 

“A Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e, agora, está entrando numa época mais ativa”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos.

A última atualização do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA indica que o Ciclo Solar 25 — que prevê uma supertempestade solar — deve atingir o pico mais cedo do que o inicialmente previsto. As projeções apontavam para um pico em julho de 2025, mas, agora, acredita-se que a fase mais intensa poderá ocorrer já no ano que vem.

VEJA TAMBÉM

O que é tempestade solar?

As tempestades solares acontecem quando uma grande bolha de gás superaquecido, conhecida como plasma, é ejetada pela superfície do sol e atinge a Terra. Esse fenômeno é chamado de ejeção de massa coronal

Ao atingir a Terra, essa “nuvem de plasma”, composta por partículas eletricamente carregadas — prótons e elétrons — interage com o campo magnético que circunda o nosso planeta. Essa interação enfraquece e deforma o campo magnético terrestre, aumentando as chances dos fenômenos naturais acontecerem.

Por consequência dessas interações, as tempestades solares ou geomagnéticas podem desencadear grandes quantidades de raios cósmicos na atmosfera, que, por sua vez, produzem carbono-14, um isótopo radioativo de carbono.

O que a supertempestade solar pode provocar?

De acordo com Becker, explosões solares podem afetar rede elétrica, satélites, cabos subterrâneos de fibra óptica com revestimento de cobre, sistemas de navegação e GPS, transmissores de rádio e equipamentos de comunicação.

“Todo mundo pensa: ‘Meu computador está aterrado, estou bem’. Mas, em um evento como esse, se você direcionar correntes indutivas para a superfície da Terra, quase pode funcionar ao contrário, e você pode acabar realmente fritando coisas que achava que eram relativamente seguras”.

O pesquisador disse ainda que cada minuto será importante para garantir a manutenção dos sistemas. “Se tivermos um aviso, cada minuto conta, porque é possível colocar os satélites em modo de segurança. Você pode desligar os transformadores da rede, para que não fritem”, explicou.

FONTE DIÁRIODO NORDESTE

Pesquisador diz que tempestade solar pode desligar a internet por meses em 2024

Segundo Peter Becker, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos

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“A Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e, agora, está entrando numa época mais ativa”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos.

A última atualização do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA indica que o Ciclo Solar 25 — que prevê uma supertempestade solar — deve atingir o pico mais cedo do que o inicialmente previsto. As projeções apontavam para um pico em julho de 2025, mas, agora, acredita-se que a fase mais intensa poderá ocorrer já no ano que vem.

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Por consequência dessas interações, as tempestades solares ou geomagnéticas podem desencadear grandes quantidades de raios cósmicos na atmosfera, que, por sua vez, produzem carbono-14, um isótopo radioativo de carbono.

O que a supertempestade solar pode provocar?

De acordo com Becker, explosões solares podem afetar rede elétrica, satélites, cabos subterrâneos de fibra óptica com revestimento de cobre, sistemas de navegação e GPS, transmissores de rádio e equipamentos de comunicação.

“Todo mundo pensa: ‘Meu computador está aterrado, estou bem’. Mas, em um evento como esse, se você direcionar correntes indutivas para a superfície da Terra, quase pode funcionar ao contrário, e você pode acabar realmente fritando coisas que achava que eram relativamente seguras”.

O pesquisador disse ainda que cada minuto será importante para garantir a manutenção dos sistemas. “Se tivermos um aviso, cada minuto conta, porque é possível colocar os satélites em modo de segurança. Você pode desligar os transformadores da rede, para que não fritem”, explicou.

FONTE DIÁRIODO NORDESTE

O mapa do clima no Brasil que espanta os cinetistas no mundo

Brasil enfrenta sequência sem precedentes de quatro meses consecutivos de temperatura recorde no país com sucessivas ondas de calor históricas

O Brasil enfrenta uma sequência de meses de temperatura muito acima da média recordes e está na iminência de uma poderosa e histórica onda de calor com potencial de derrubar recordes de temperatura máxima em vários estados, fazendo de novembro outro mês excepcionalmente quente no território brasileiro.  O que está ocorrendo no clima do Brasil não é normal e se insere em um contexto global de aquecimento acelerado do planeta, que ao mesmo tempo causa alarme entre os maiores experts do mundo em clima.

UNIVERSIDADE DO MAINE

O mapa acima, com base em reanálise, mostra as anomalias de temperatura no Brasil no mês de outubro recém terminado. As temperaturas ficaram muitíssimo acima dos padrões históricos em uma enorme área do território brasileiro, compreendo milhares de municípios do Norte, Nordeste, Centro e o Sudeste. O aquecimento foi muitíssimo acima do normal principalmente entre o Pantanal e o Cerrado. O aquecimento muitíssimo atípico chamou atenção de especialistas em clima no exterior que destaracam a excpcionalidade do que se enxerga no território brasileiro.

O que se vê no mapa deveria preocupar a todos os brasileiros. Não é normal que um mês registre temperatura tão acima do média numa área tão imensa do Brasil e muito menos normal que o mês termine com temperaturas 2ºC a 6ºC acima da média histórica em quase metade do país. Os impactos de temperaturas tão fora da curva histórica por longos períodos têm efeitos nocivos para a saúde humana, flora e fauna, e ainda para a economia, sobretudo a agricultura.

Os dados das capitais ilustram quão fora do normal foi outubro em grande parte do Brasil. No Centro-Oeste, Campo Grande terminou outubro com temperatura mínima média de 23,2ºC ou 3,2ºC acima da normal climatológica. Já a média máxima de outubro foi de 34,9ºC, portanto 3,6ºC acima da climatologia, o que é um grande desvio. O outubro muito seco, com só 18,6 mm na estação da capital do Mato Grosso do Sul, que tem média histórica de precipitação de 150,6 mm no mês, explica o outubro muito mais quente que o normal.

Cuiabá, no estado do Mato Grosso, registrou temperatura máxima média em outubro de espantosos 39,4ºC. O valor está muito acima da média máxima histórica mensal de 35,1ºC. Foram nada menos que 14 dias com temperatura acima de 40ºC em Cuiabá no último mês. Um deles, teve 44,2ºC, a maior temperatura já observada na cidade desde o começo das medições em 1911 (recorde mensal e absoluto) e a mais alta temperatura já oficialmente observada em uma capital brasileira, apenas 0,6ºC abaixo do recorde nacional oficial de calor.

No Sudeste, Belo Horizonte anotou temperatura mínima média em outubro de 21,3ºC, assim 2,5ºC da média mínima histórica mensal de 18,8ºC. A temperatura máxima média se situou em 30,9ºC, 2,2ºC acima da média histórica de 28,7ºC. Em setembro, Belo Horizonte teve o dia mais quente de sua história, desde o início das medições em 1910, com 38,6ºC.

A cidade de São Paulo também experimentou um outubro mais quente do que o padrão histórico. Com média de 27,2°C, as temperaturas máximas fecharam o mês com 0,7°C acima da normal climatológica, que é de 26,5°C. Em setembro, as máximas na capital paulista chegaram a ficar 5°C acima da média. Já a média das temperaturas mínimas no último mês na cidade de São Paulo ficou 2,0 °C acima da climatologia de 16,5°C.

O Instituto Nacional de Meteorologia concluiu que o Brasil teve o outubro mais quente registrado na média do país ao menos desde 1961. A temperatura média nacional no último mês foi de 26,4ºC, ou 1,2ºC acima da média nacional do período 1991-2020. O desvio positivo somente não foi maior porque muitas áreas do Sul tiveram temperatura perto ou abaixo da média, o que foi resultado de chuva excessiva a extrema com marcas acima de 500 mm, e que causaram enchentes e mortes.

O pior. Outubro de 2023 foi o quarto mês seguido em que o Brasil teve recorde mensal de temperatura média. Julho teve uma temperatura média no país de 23,0ºC, logo 1,1ºC acima da média nacional pela série climatológica 1991-2020. Agosto acabou com uma média nacional de 24,3ºC ou 1,4ºC superior à climatologia de 22,9ºC. Setembro foi o mês em que a temperatura mais ficou acima da média no país com o Brasil terminando o mês com 25,8ºC de média contra uma climatologia de 24,2ºC, um desvio de 1,6ºC.

O Brasil é um país de dimensões continentais, com sua área cobrindo grande parte da América do Sul, assim um mês de temperatura recorde no país já seria um fato notável, mas quatro meses seguidos de temperatura alta recorde é um dado espantoso e que deveria ser motivo de preocupação.

Quatro meses consecutivos de temperatura recorde no Brasil não podem ser explicados apenas por variabilidade natural do clima ou a influência do fenômeno El Niño. O que está se testemunhando no nosso país se insere em um contexto muito maior em que os mesmos quatro meses também foram de temperatura recorde no planeta.

O Brasil, assim, está apenas acompanhando uma tendência de aquecimento acelerado da Terra nos últimos meses que não apenas está alarmando a comunidade científica como desencadeou uma enorme discussão entre os maiores especialistas em clima do planeta que buscam respostas para a Terra ter entrado em um ritmo de aquecimento muito mais rápido que o projetado nos últimos meses, o que passa pelo efeito estufa dos gases antropogênicos, mas poderia ter outros fatores contribuindo.

SISTEMA COPERNICUS

O último mês foi o outubro mais quente já registrado globalmente, de acordo com os dados do Sistema Copernicus da União Europeia. A temperatura média do ar na superfície no planeta foi de 15,30°C, ou 0,85°C acima da média de outubro de 1991-2020 e 0,40°C acima da temperatura do outubro mais quente anterior, em 2019. Outubro de 2023 no mundo não foi apenas o mês quente já registrado, mas por uma larga margem, tal como já havia ocorrido em setembro.

A anomalia de temperatura para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses no conjunto de dados ERA5, atrás apenas de setembro de 2023. O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial. O Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima do período pré-industrial.

SISTEMA COPERNICUS

De janeiro a outubro de 2023, a temperatura média global é a mais alta já registrada no planeta no período, 1,43°C acima da média pré-industrial de 1850-1900 e 0,10°C acima da média de dez meses do ano de 2016, até então o ano mais quente já registrado no planeta na era observacional. Com isso, os cientistas estimam mais de 99% de probabilidade que 2023 supere 2016 e se torne o ano mais quente já registrado na Terra desde que se iniciaram as medições.

Os últimos dois meses de 2016 foram relativamente mais frios, reduzindo a anomalia média anual, enquanto o restante de 2023 deverá ser relativamente quente, à medida que o atual evento El Niño continua e persistem temperaturas altas da superfície do mar. Por isso, a estimativa que 2023 superará 2016 como o ano mais quente já observado na Terra. As temperaturas médias globais para novembro e dezembro de 2023 na faixa de 0,3ºC-0,7°C acima dos níveis de 1991-2020, por exemplo, resultariam em valores anuais para 2023 na faixa de 0,51ºC-0,58°C acima da média de 1991-2020, equivalente a 1,39ºC-1,46°C acima de 1850-1900.

FONTE: MET SUL https://metsul.com/o-mapa-do-clima-no-brasil-que-espanta-os-cientistas-no-mundo/ .

O mapa do clima no Brasil que espanta os cinetistas no mundo

Brasil enfrenta sequência sem precedentes de quatro meses consecutivos de temperatura recorde no país com sucessivas ondas de calor históricas

O Brasil enfrenta uma sequência de meses de temperatura muito acima da média recordes e está na iminência de uma poderosa e histórica onda de calor com potencial de derrubar recordes de temperatura máxima em vários estados, fazendo de novembro outro mês excepcionalmente quente no território brasileiro.  O que está ocorrendo no clima do Brasil não é normal e se insere em um contexto global de aquecimento acelerado do planeta, que ao mesmo tempo causa alarme entre os maiores experts do mundo em clima.

UNIVERSIDADE DO MAINE

O mapa acima, com base em reanálise, mostra as anomalias de temperatura no Brasil no mês de outubro recém terminado. As temperaturas ficaram muitíssimo acima dos padrões históricos em uma enorme área do território brasileiro, compreendo milhares de municípios do Norte, Nordeste, Centro e o Sudeste. O aquecimento foi muitíssimo acima do normal principalmente entre o Pantanal e o Cerrado. O aquecimento muitíssimo atípico chamou atenção de especialistas em clima no exterior que destaracam a excpcionalidade do que se enxerga no território brasileiro.

O que se vê no mapa deveria preocupar a todos os brasileiros. Não é normal que um mês registre temperatura tão acima do média numa área tão imensa do Brasil e muito menos normal que o mês termine com temperaturas 2ºC a 6ºC acima da média histórica em quase metade do país. Os impactos de temperaturas tão fora da curva histórica por longos períodos têm efeitos nocivos para a saúde humana, flora e fauna, e ainda para a economia, sobretudo a agricultura.

Os dados das capitais ilustram quão fora do normal foi outubro em grande parte do Brasil. No Centro-Oeste, Campo Grande terminou outubro com temperatura mínima média de 23,2ºC ou 3,2ºC acima da normal climatológica. Já a média máxima de outubro foi de 34,9ºC, portanto 3,6ºC acima da climatologia, o que é um grande desvio. O outubro muito seco, com só 18,6 mm na estação da capital do Mato Grosso do Sul, que tem média histórica de precipitação de 150,6 mm no mês, explica o outubro muito mais quente que o normal.

Cuiabá, no estado do Mato Grosso, registrou temperatura máxima média em outubro de espantosos 39,4ºC. O valor está muito acima da média máxima histórica mensal de 35,1ºC. Foram nada menos que 14 dias com temperatura acima de 40ºC em Cuiabá no último mês. Um deles, teve 44,2ºC, a maior temperatura já observada na cidade desde o começo das medições em 1911 (recorde mensal e absoluto) e a mais alta temperatura já oficialmente observada em uma capital brasileira, apenas 0,6ºC abaixo do recorde nacional oficial de calor.

No Sudeste, Belo Horizonte anotou temperatura mínima média em outubro de 21,3ºC, assim 2,5ºC da média mínima histórica mensal de 18,8ºC. A temperatura máxima média se situou em 30,9ºC, 2,2ºC acima da média histórica de 28,7ºC. Em setembro, Belo Horizonte teve o dia mais quente de sua história, desde o início das medições em 1910, com 38,6ºC.

A cidade de São Paulo também experimentou um outubro mais quente do que o padrão histórico. Com média de 27,2°C, as temperaturas máximas fecharam o mês com 0,7°C acima da normal climatológica, que é de 26,5°C. Em setembro, as máximas na capital paulista chegaram a ficar 5°C acima da média. Já a média das temperaturas mínimas no último mês na cidade de São Paulo ficou 2,0 °C acima da climatologia de 16,5°C.

O Instituto Nacional de Meteorologia concluiu que o Brasil teve o outubro mais quente registrado na média do país ao menos desde 1961. A temperatura média nacional no último mês foi de 26,4ºC, ou 1,2ºC acima da média nacional do período 1991-2020. O desvio positivo somente não foi maior porque muitas áreas do Sul tiveram temperatura perto ou abaixo da média, o que foi resultado de chuva excessiva a extrema com marcas acima de 500 mm, e que causaram enchentes e mortes.

O pior. Outubro de 2023 foi o quarto mês seguido em que o Brasil teve recorde mensal de temperatura média. Julho teve uma temperatura média no país de 23,0ºC, logo 1,1ºC acima da média nacional pela série climatológica 1991-2020. Agosto acabou com uma média nacional de 24,3ºC ou 1,4ºC superior à climatologia de 22,9ºC. Setembro foi o mês em que a temperatura mais ficou acima da média no país com o Brasil terminando o mês com 25,8ºC de média contra uma climatologia de 24,2ºC, um desvio de 1,6ºC.

O Brasil é um país de dimensões continentais, com sua área cobrindo grande parte da América do Sul, assim um mês de temperatura recorde no país já seria um fato notável, mas quatro meses seguidos de temperatura alta recorde é um dado espantoso e que deveria ser motivo de preocupação.

Quatro meses consecutivos de temperatura recorde no Brasil não podem ser explicados apenas por variabilidade natural do clima ou a influência do fenômeno El Niño. O que está se testemunhando no nosso país se insere em um contexto muito maior em que os mesmos quatro meses também foram de temperatura recorde no planeta.

O Brasil, assim, está apenas acompanhando uma tendência de aquecimento acelerado da Terra nos últimos meses que não apenas está alarmando a comunidade científica como desencadeou uma enorme discussão entre os maiores especialistas em clima do planeta que buscam respostas para a Terra ter entrado em um ritmo de aquecimento muito mais rápido que o projetado nos últimos meses, o que passa pelo efeito estufa dos gases antropogênicos, mas poderia ter outros fatores contribuindo.

SISTEMA COPERNICUS

O último mês foi o outubro mais quente já registrado globalmente, de acordo com os dados do Sistema Copernicus da União Europeia. A temperatura média do ar na superfície no planeta foi de 15,30°C, ou 0,85°C acima da média de outubro de 1991-2020 e 0,40°C acima da temperatura do outubro mais quente anterior, em 2019. Outubro de 2023 no mundo não foi apenas o mês quente já registrado, mas por uma larga margem, tal como já havia ocorrido em setembro.

A anomalia de temperatura para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses no conjunto de dados ERA5, atrás apenas de setembro de 2023. O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial. O Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima do período pré-industrial.

SISTEMA COPERNICUS

De janeiro a outubro de 2023, a temperatura média global é a mais alta já registrada no planeta no período, 1,43°C acima da média pré-industrial de 1850-1900 e 0,10°C acima da média de dez meses do ano de 2016, até então o ano mais quente já registrado no planeta na era observacional. Com isso, os cientistas estimam mais de 99% de probabilidade que 2023 supere 2016 e se torne o ano mais quente já registrado na Terra desde que se iniciaram as medições.

Os últimos dois meses de 2016 foram relativamente mais frios, reduzindo a anomalia média anual, enquanto o restante de 2023 deverá ser relativamente quente, à medida que o atual evento El Niño continua e persistem temperaturas altas da superfície do mar. Por isso, a estimativa que 2023 superará 2016 como o ano mais quente já observado na Terra. As temperaturas médias globais para novembro e dezembro de 2023 na faixa de 0,3ºC-0,7°C acima dos níveis de 1991-2020, por exemplo, resultariam em valores anuais para 2023 na faixa de 0,51ºC-0,58°C acima da média de 1991-2020, equivalente a 1,39ºC-1,46°C acima de 1850-1900.

FONTE: MET SUL https://metsul.com/o-mapa-do-clima-no-brasil-que-espanta-os-cientistas-no-mundo/ .

Quinze mil cientistas assinam relatório em que alertam sobre colapso ambiental: “Infelizmente, o tempo acabou”

Publicado na revista acadêmica BioScience, o relatórioo afirma que “a vida no planeta Terra está sitiada, à medida que continuamos a caminhar cada vez mais rapidamente em direção ao colapso ambiental”

Em mais um alerta sobre os efeitos das alterações climáticas no planeta, 15 mil cientistas de 161 países assinaram um relatório que destaca os efeitos devastadores do aquecimento global. Publicado na revista acadêmica BioScience, o artigo afirma que “a vida no planeta Terra está sitiada, à medida que continuamos a caminhar cada vez mais rapidamente em direção ao colapso ambiental”.

No relatório, os cientistas explicam que há décadas os alertas têm sido constantes, a fim de evitar um futuro marcado por condições climáticas extremas, devido à escalada das temperaturas globais causada pelas atividades humanas. No entanto, como destaca o Futurism, agora pode ser tarde demais.

“Infelizmente, o tempo acabou”, diz o documento. “Estamos entrando em um território inexplorado no que diz respeito à crise climática, uma situação que ninguém testemunhou antes na história da humanidade.”

Em uma declaração, Christopher Wolf, pesquisador de pós-doutorado da Oregon State University e principal co-autor do estudo, repetiu o tom sério do artigo, ao mesmo tempo em que ofereceu um pouco de esperança. “Sem ações que abordem o problema fundamental de a humanidade tirar mais da Terra do que pode dar com segurança, estamos a caminho do colapso potencial dos sistemas naturais e socioeconômicos e de um mundo com calor insuportável, além de escassez de energia, de comida e de água doce”, explica.

O artigo também traz dados que mostram que, em 2023, vários recordes climáticos foram quebrados por “margens enormes”. Os autores apontaram especificamente para a temporada de incêndios florestais no Canadá, e afirmam que o fenômeno “pode indicar um ponto de inflexão para um novo regime de incêndios”.

Os cientistas apontam a indústria de combustíveis fósseis como uma das grandes responsáveis pelo ‘caos’ do aquecimento global, além de representantes governamentais que subsidiam essas e outras indústrias. De acordo com o artigo, entre 2021 e 2022 os subsídios aos combustíveis fósseis duplicaram, passando de US$ 531 mil milhões para mais de US$ 1 bilhão, apenas nos Estados Unidos.

“Devemos mudar a nossa perspectiva sobre a emergência climática, fazendo com que ela deixe de ser apenas uma questão ambiental isolada para se tornar uma ameaça sistémica e existencial”.

Fonte: Um Só Planeta

Quinze mil cientistas assinam relatório em que alertam sobre colapso ambiental: “Infelizmente, o tempo acabou”

Publicado na revista acadêmica BioScience, o relatórioo afirma que “a vida no planeta Terra está sitiada, à medida que continuamos a caminhar cada vez mais rapidamente em direção ao colapso ambiental”

Em mais um alerta sobre os efeitos das alterações climáticas no planeta, 15 mil cientistas de 161 países assinaram um relatório que destaca os efeitos devastadores do aquecimento global. Publicado na revista acadêmica BioScience, o artigo afirma que “a vida no planeta Terra está sitiada, à medida que continuamos a caminhar cada vez mais rapidamente em direção ao colapso ambiental”.

No relatório, os cientistas explicam que há décadas os alertas têm sido constantes, a fim de evitar um futuro marcado por condições climáticas extremas, devido à escalada das temperaturas globais causada pelas atividades humanas. No entanto, como destaca o Futurism, agora pode ser tarde demais.

“Infelizmente, o tempo acabou”, diz o documento. “Estamos entrando em um território inexplorado no que diz respeito à crise climática, uma situação que ninguém testemunhou antes na história da humanidade.”

Em uma declaração, Christopher Wolf, pesquisador de pós-doutorado da Oregon State University e principal co-autor do estudo, repetiu o tom sério do artigo, ao mesmo tempo em que ofereceu um pouco de esperança. “Sem ações que abordem o problema fundamental de a humanidade tirar mais da Terra do que pode dar com segurança, estamos a caminho do colapso potencial dos sistemas naturais e socioeconômicos e de um mundo com calor insuportável, além de escassez de energia, de comida e de água doce”, explica.

O artigo também traz dados que mostram que, em 2023, vários recordes climáticos foram quebrados por “margens enormes”. Os autores apontaram especificamente para a temporada de incêndios florestais no Canadá, e afirmam que o fenômeno “pode indicar um ponto de inflexão para um novo regime de incêndios”.

Os cientistas apontam a indústria de combustíveis fósseis como uma das grandes responsáveis pelo ‘caos’ do aquecimento global, além de representantes governamentais que subsidiam essas e outras indústrias. De acordo com o artigo, entre 2021 e 2022 os subsídios aos combustíveis fósseis duplicaram, passando de US$ 531 mil milhões para mais de US$ 1 bilhão, apenas nos Estados Unidos.

“Devemos mudar a nossa perspectiva sobre a emergência climática, fazendo com que ela deixe de ser apenas uma questão ambiental isolada para se tornar uma ameaça sistémica e existencial”.

Fonte: Um Só Planeta

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