CSN prepara investimentos de R$13,8 bi em Casa de Pedra e moradores temem por impactos; audiência discute expansão

A Câmara Municipal de Congonhas (MG) convida a população para participarem da AUDIÊNCIA PÚBLICA a ser realizada no dia 30 de agosto, quarta-feira, às 14 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal. O objetivo é discutir os projetos de expansão das mineradoras instaladas no Município e seus impactos sócio-ambientais.

A iniciativa da realização da audiência partiu da Vereadora Patrícia Fernandes Monteiro, que apresentou o Requerimento nº CMC/238/2023 juntamente com o vereador Vanderlei Eustáquio Ferreira, aprovado em reunião ordinária no início de julho deste ano.

Segundo a Vereadora, que compreende a importância da mineração para Congonhas, o pedido se justifica em função de aditado processo de expansão das empresas mineradoras, em particular a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que já tem adiantadas negociações de áreas de terras, principalmente na região da Joana Vieira, pertencente ao Distrito do Alto Maranhão. “A expansão acarretaria também na estrutura do Município, em áreas da Educação, Trânsito, Meio Ambiente e Saúde, devido a migração de novas pessoas em nossa cidade”, frisou Patrícia Monteiro.

A expansão

A CSN Mineração, braço de operações minerárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), confirmou que vai investir R$ 13,8 bilhões no complexo de Casa de Pedra, em Congonhas (Campo das Vertentes). O capex foi anunciado ao mercado junto à atualização de outras projeções do grupo durante evento com investidores e prevê a elevação da capacidade de produção da planta entre 2023 e 2027.

Serão aportados, em média, R$ 2,76 bilhões por ano. O montante total é relativo à fase 1 do projeto de adição de 33 milhões de toneladas à sua capacidade atual de produção de minério de ferro e superior ao apresentado no encontro com acionistas do ano passado. Naquela época foram projetados R$ 12 bilhões para as mesmas intervenções. Procurada, a empresa não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre os motivos que levaram ao reajuste do projeto em quase R$ 2 bilhões.

O projeto de expansão permitirá à CSN atingir a 5ª posição no ranking de produção mundial de minério de ferro | Crédito: Divulgação

Essa primeira fase compreende os projetos de aumento de qualidade (CMAI 3, Rebritagem e Espirais), Expansão da Planta Central, Recuperação de Rejeitos das Barragens, Expansão do Tecar (Fase 60 Mtpa) e parte dos projetos de Itabirito, com o desenvolvimento da P4 e da P15. A companhia prevê aumentar progressivamente a capacidade da Casa de Pedra, chegando a 39 milhões de toneladas no próximo ano, a 40 mt em 2024, 55 mt em 2026 e 68 mt em 2027.

Já a segunda etapa da expansão, a ser implantada entre 2027 e 2031, vai permitir à CSN Mineração alcançar uma capacidade de 116 milhões de toneladas a partir de 2032. A conclusão dos projetos vai permitir à empresa alcançar a quinta posição no ranking de produção de minério de ferro no mundo e assumir a liderança em teor de ferro com um portfólio de produtos premium.

Siderúrgica prevê aportes de R$ 4,4 bi em 2023

Em fato relevante divulgado por ocasião do evento, a siderúrgica também projetou investimentos consolidados de R$ 4,4 bilhões para 2023. Já para o intervalo de 2024 a 2027, a expectativa é de R$ 5,5 bilhões a R$ 6,5 bilhões anualmente.

No mesmo documento, o grupo siderúrgico também comunicou que espera vender 4,670 milhões de toneladas de aço em 2023. O volume representaria alta de cerca de 4,2% ante o projetado para este ano, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

O número estimado para 2023 compara-se aos 4,48 milhões de toneladas agora esperados para este ano. A CSN havia projetado inicialmente vendas de 5,104 milhões de toneladas em 2022, mas executivos da companhia já haviam sinalizado um número menor.

Além disso, a empresa espera um custo caixa entre US$ 19 e US$ 21 por tonelada no próximo exercício, enquanto estima produção e compras de minério de ferro de terceiros de 39 milhões a 41 milhões de toneladas no mesmo período.

Já em energia, segmento em que a CSN vem elevando seu foco com a aquisição da CEEE-G neste ano e até planos para uma oferta inicial de ações (IPO) da CSN Energia no futuro, a estimativa da companhia é de um Ebitda de R$ 23 milhões em 2022.

Por fim, a empresa também comunicou que vai elevar os preços do aço no Brasil em 10% a partir de 1º de janeiro. O aumento servirá para manter a diferença de preços entre o aço importado e o nacional em cerca de 12%.

Vale destacar que os preços do aço no mercado internacional têm subido nas últimas semanas em meio à flexibilização de medidas de isolamento social na China e perspectiva de pacotes de apoio à economia pelo maior produtor e consumidor da liga no mundo. A perspectiva de maior consumo de aço no país asiático também tem puxado para cima os preços de insumos. (Com informações da Reuters)

CSN prepara investimentos de R$13,8 bi em Casa de Pedra e moradores temem por impactos; audiência discute expansão

A Câmara Municipal de Congonhas (MG) convida a população para participarem da AUDIÊNCIA PÚBLICA a ser realizada no dia 30 de agosto, quarta-feira, às 14 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal. O objetivo é discutir os projetos de expansão das mineradoras instaladas no Município e seus impactos sócio-ambientais.

A iniciativa da realização da audiência partiu da Vereadora Patrícia Fernandes Monteiro, que apresentou o Requerimento nº CMC/238/2023 juntamente com o vereador Vanderlei Eustáquio Ferreira, aprovado em reunião ordinária no início de julho deste ano.

Segundo a Vereadora, que compreende a importância da mineração para Congonhas, o pedido se justifica em função de aditado processo de expansão das empresas mineradoras, em particular a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que já tem adiantadas negociações de áreas de terras, principalmente na região da Joana Vieira, pertencente ao Distrito do Alto Maranhão. “A expansão acarretaria também na estrutura do Município, em áreas da Educação, Trânsito, Meio Ambiente e Saúde, devido a migração de novas pessoas em nossa cidade”, frisou Patrícia Monteiro.

A expansão

A CSN Mineração, braço de operações minerárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), confirmou que vai investir R$ 13,8 bilhões no complexo de Casa de Pedra, em Congonhas (Campo das Vertentes). O capex foi anunciado ao mercado junto à atualização de outras projeções do grupo durante evento com investidores e prevê a elevação da capacidade de produção da planta entre 2023 e 2027.

Serão aportados, em média, R$ 2,76 bilhões por ano. O montante total é relativo à fase 1 do projeto de adição de 33 milhões de toneladas à sua capacidade atual de produção de minério de ferro e superior ao apresentado no encontro com acionistas do ano passado. Naquela época foram projetados R$ 12 bilhões para as mesmas intervenções. Procurada, a empresa não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre os motivos que levaram ao reajuste do projeto em quase R$ 2 bilhões.

O projeto de expansão permitirá à CSN atingir a 5ª posição no ranking de produção mundial de minério de ferro | Crédito: Divulgação

Essa primeira fase compreende os projetos de aumento de qualidade (CMAI 3, Rebritagem e Espirais), Expansão da Planta Central, Recuperação de Rejeitos das Barragens, Expansão do Tecar (Fase 60 Mtpa) e parte dos projetos de Itabirito, com o desenvolvimento da P4 e da P15. A companhia prevê aumentar progressivamente a capacidade da Casa de Pedra, chegando a 39 milhões de toneladas no próximo ano, a 40 mt em 2024, 55 mt em 2026 e 68 mt em 2027.

Já a segunda etapa da expansão, a ser implantada entre 2027 e 2031, vai permitir à CSN Mineração alcançar uma capacidade de 116 milhões de toneladas a partir de 2032. A conclusão dos projetos vai permitir à empresa alcançar a quinta posição no ranking de produção de minério de ferro no mundo e assumir a liderança em teor de ferro com um portfólio de produtos premium.

Siderúrgica prevê aportes de R$ 4,4 bi em 2023

Em fato relevante divulgado por ocasião do evento, a siderúrgica também projetou investimentos consolidados de R$ 4,4 bilhões para 2023. Já para o intervalo de 2024 a 2027, a expectativa é de R$ 5,5 bilhões a R$ 6,5 bilhões anualmente.

No mesmo documento, o grupo siderúrgico também comunicou que espera vender 4,670 milhões de toneladas de aço em 2023. O volume representaria alta de cerca de 4,2% ante o projetado para este ano, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

O número estimado para 2023 compara-se aos 4,48 milhões de toneladas agora esperados para este ano. A CSN havia projetado inicialmente vendas de 5,104 milhões de toneladas em 2022, mas executivos da companhia já haviam sinalizado um número menor.

Além disso, a empresa espera um custo caixa entre US$ 19 e US$ 21 por tonelada no próximo exercício, enquanto estima produção e compras de minério de ferro de terceiros de 39 milhões a 41 milhões de toneladas no mesmo período.

Já em energia, segmento em que a CSN vem elevando seu foco com a aquisição da CEEE-G neste ano e até planos para uma oferta inicial de ações (IPO) da CSN Energia no futuro, a estimativa da companhia é de um Ebitda de R$ 23 milhões em 2022.

Por fim, a empresa também comunicou que vai elevar os preços do aço no Brasil em 10% a partir de 1º de janeiro. O aumento servirá para manter a diferença de preços entre o aço importado e o nacional em cerca de 12%.

Vale destacar que os preços do aço no mercado internacional têm subido nas últimas semanas em meio à flexibilização de medidas de isolamento social na China e perspectiva de pacotes de apoio à economia pelo maior produtor e consumidor da liga no mundo. A perspectiva de maior consumo de aço no país asiático também tem puxado para cima os preços de insumos. (Com informações da Reuters)

Nuvem de poluição volta a invadir a cidade de Congonhas

Os moradores de Congonhas, na região Central de Minas, foram surpreendidos hoje (23) por uma nuvem de poeira que tomou conta da cidade durante todo o dia. Novamente o fenômeno se repete no início da estiagem provado pelas mineradores.

As empresas já foram notificadas do crime ambiental em outras ocasiões. Há menos de 15 dias, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) alertou sobre que a situação situação do ar em reunião com a representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e de mineradoras.

Qualidade do ar

O monitoramento do ar, que é exigido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), é feito diariamente e de forma contínua e automática por meio de uma rede instalada desde 2017 em diversos pontos da cidade. Um encontro ocorreu na Romaria, com o objetivo de propor ações conjuntas com os empreendimentos da região para diminuir os efeitos negativos das emissões de materiais particulados que provocam danos à saúde da população de Congonhas. 

“Conseguimos visualizar muitas ultrapassagens acima do padrão com a confirmação de um comportamento distinto entre os períodos secos e chuvosos”., salientou a representante da FEAM, Priscila Koach, em sua explicação sobre o diagnóstico, reforçou a necessidade de ações mais eficazes, principalmente nos períodos mais secos, que são os mais críticos em Congonhas. 

A equipe técnica da SEMAD em visita às empresas concluiu que o sistema atual de “Lava Rodas” não tem eficiência no controle da sujeira dos veículos. De acordo com Ana Gabriela, os veículos sujos são um dos principais disseminadores de partículas que contribuem para a piora da qualidade do ar.  Na oportunidade, a Prefeitura de Congonhas apresentou para as empresas um protótipo com melhorias para o sistema de “Lava Rodas”.

Fotos: Sandoval Souza

Leia mais:

https://correiodeminas.com.br/2022/04/13/a-qualidade-do-ar-e-critica-em-congonhas-alerta-feam-e-critica-sistema-lava-rodas-de-carretas-de-minerio/

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