Pais e moradores exigem construção de nova escola e creche após infestação de morcegos e relatam riscos a saúde de alunos

Enquanto a prefeitura prepara para os próximos dia uma licitação milionária para reforma e ampliação da Escola Municipal Doriol Beato, pais, mães e alunos ocuparam a Câmara na noite de ontem (13) para cobrar um novo prédio e uma creche no Bairro Santa Cruz em Lafaiete. A Escola Alfredo Laporte, onde estavam os alunos, era um ambiente escolar improvisado, sem acessibilidade, estrutura precária. E pior: eles conviviam com uma infestação de morcegos, um perigo eminente de proliferação doenças e em condições anti-sanitárias.

Depois de muitas denúncias e protestos, os estudantes foram transferidos há 15 dias para a Escola Profissional na área central de Lafaiete e a prefeitura oferece um transporte. Caracterizados de morcegos e com cartazes em punho, os pais e alunos usaram o recinto da Câmara para buscar apoio e ecoar suas reivindicações legítimas. “Fizemos este protesto de forma espontânea para chamar a atenção para o drama que vivemos mais de 15 anos convivendo com morcegos, riscos à saúde. Nossa intenção é lutar por uma nova escola e uma nova creche no nosso bairro. Isso é um direito nosso”, afirmou Maria do Carmo, uma das organizadoras do movimento.

Mães fizeram um relato da falta de estrutura e de higiene da antiga escola com presença de colônias de morcegos. Elas contaram que muitos alunos ficaram doentes neste período e temiam pela saúde de seus filhos diante da infestação “Viemos aqui cobrar e vocês têm a obrigação de estar juntos conosco nesta luta. Queremos que os vereadores façam o possível e impossível para construção de nossa escola”, citou uma mãe durante a sessão.

“Vocês já conseguiram uma vitória que foi a transferência da escola, agora partimos para outras demandas da comunidade”, disse a Vereadora Damires Rinarlly (PV). Após a sessão foi formada uma comissão de moradores que reunirão com o Prefeito Mário Marcus. Uma pauta de reivindicações será levada ao gestor.

Reação

Durante a votação de um requerimento de Damires, cobrando informações sobre os problemas enfrentados pelos alunos no antigo prédio, como goteiras, acessibilidade e problemas estruturais, como também acesso ao relatórios de vistoria do Centro do Zoonoses na escola, os vereadores detonaram a situação vivenciada pela comunidader. “Não é uma escola e sim uma casa. Os moradores desejam escola digna”, pontou Damires.

“Para mim isso é uma vergonha. É também a creche sem condições, em um ambiente inadequado. O bairro está abandonado”, pontou Erivelton Jayme (Patriotas).  “Mesmo reformada a escola não tem condições. Eles precisam de uma nova escola”, assinalou Pedro Américo (PT). “É inadmissível a situação”, protestou Pastor Angelino (PP).

“Este é um dia em que senti mais envergonhado. Não dá mais para ficar empurrando o problema com a barriga e quantos tiveram doenças e não sabem as causas?”, analisou João Paulo Pé Quente.

“Não custa construir uma nova escola”, ponderou André Menezes (PL). “Infelizmente é o eu avô que empresta o nome a esta escola e agora manchando uma história”, pontou Giuseppe Laporte (MDB). “A situação na escola era de pânico”, comparou Sandro José (PROS). Fernando Bandeira e Vado Silva (DC) também cobraram efetividade e celeridades para uma solução que se arrasta há mais de uma década.

Obras na Escola Meridional estão a pleno vapor e Vale reafirma compromisso de conclusão no final de 2022

Após substituição da empreiteira, as obras seguem a todo vapor na construção da nova escola Meridional, no Morro da Minas, em Lafaiete. A Vale retomou os contratos com as empresas sublocados pela Klar Construtora, contratada inicialmente pela mineradora, mas por desacordos, a mineradora rompeu o contrato.

Na terça-feira (5), a comunidade tomada de surpresa pela saída da empresa no canteiro de obras. A Vale explicou que não houve paralização da obra e reafirmou seu compromisso em entregar até dezembro de 2022 a nova escola.

Ela será construída em um terreno de aproximadamente 17 mil m² doado pela empresa, fora da área de interferência da operação, no mesmo bairro da antiga estrutura, conforme demanda da comunidade.

 A escola atenderá cerca de 840 alunos com total infra estrutura, com acessibilidade, 20 salas de aulas, berçário, refeitório, 2 playground, parte administrativa, quadra poliesportiva com palco, cozinha, laboratório, biblioteca, enfermaria, etc.

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