Carnaval com 61% menos assédio em MG, em dois dias. Crimes despencam

Nos dois primeiros dias do carnaval de 2023 foram 18 casos de importunação no estado, índice que caiu para sete registros em 2024. Crimes violentos baixaram 75% no estado segundo a PMMG

A importunação sexual e o assédio sofrido durante e ao largo dos blocos de carnaval caíram drasticamente em Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), na sexta-feira (09/02) e sábado (10/02) foram sete ocorrências, 61,11% menos do que em 2023, quando os dois dias de folia tiveram 18 casos. Um dos registros envolveu uma soldado da PMMG e um homem que foi ouvido e solto.

De acordo com a PMMG, a criminalidade em geral apresentou acentuado declínio neste carnaval, em relação ao ano de 2023, com queda de 75% dos crimes violentos, que são aqueles que apresentam componentes como agressão ou grave ameaça (uso de armas ou violência), como roubos, homicídios e estupros.

Outro crime que inferniza a vida do folião que quer registrar sua festa, combinar encontros nos blocos e chamar o transporte para se deslocar entre festejos é o furto de aparelhos celulares. Segundo a PMMG, a modalidade criminosa caiu 42% em 48 horas de carnaval no comparativo de 2023 para 2024.

Ao volante, mineiros e turistas que usaram as estradas estaduais ou federais sob concessão estadual também respeitaram mais os limites e a PMMG registra 8% menos acidentes com relação ao mesmo período de 2023.

Para a major Layla Brunnela, porta-voz da PMMG, um resultado das campanhas feitas com antecipação, planejamento e presença das forças policiais.

“Esse resultado muito positivo em todo estado perpassa por um planejamento policial muito efetivo e uma presença maciça dentro dos blocos e também nas rodovias. A operação de carnaval conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Rodoviária Estadual”.

Segundo a policial militar, a colaboração da população é fundamental para que o carnaval continue seguro em Minas Gerais. “A gente pede ao cidadão que para esses próximos dias de carnaval que mantenha as medidas de auto proteção, o cuidado com bens e valores, o cuidado com a questão da bebida alcoólica e o exagero de bebida alcoólica. Se beber, não vá dirigir, para que não tenhamos acidentes de trânsito”, frisou.

Nem mesmo o colete, a farda e o armamento impediram que uma policial de 31 anos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) fosse a primeira vítima notória de assédio no carnaval de Belo Horizonte, na madrugada de sábado (10/02). O suspeito, de 49 anos, foi apenas ouvido e liberado pela delegacia da Polícia Civil (PCMG), estando livre para pular o carnaval.

“Não houve prisão. A PCMG instaurou inquérito policial para completa elucidação do fato”, informou a instituição.

Segundo informações da PMMG, a testemunha da tentativa de beijar a policial durante o Bloco Fúnebre, na Praça da Bandeira, bairro Mangabeiras, centro-Sul de BH, uma ambulante de 19 anos que acusou o mesmo suspeito de ter tentado beijá-la antes não compareceu para depor por não ter com quem deixar as caixas térmicas com as bebidas que trazia e precisar continuar trabalhando com o comércio que é sua fonte de sustento.

A própria soldado de 31 anos que foi vítima de assédio não acompanhou a lavratura do procedimento na 3ª Delegacia Sul da PCMG, o que reforçaria o caso. “A PCMG informa que o suspeito, de 49 anos, foi conduzido (mas não foi preso) e as diligências necessárias foram realizadas”, informou a Polícia Civil.

FONTE ESTADO DE MINAS

Investigação de crimes contra crianças e adolescentes é priorizada por nova lei

Norma foi publicada no Diário Oficial, que também trouxe lei que estimula a contratação de mulheres vítimas de violência.

Diário Oficial Eletrônico Minas Gerais desta quinta-feira (11/1/24) traz a Lei 24.663, de 2024,  que prioriza no Estado a investigação de crimes hediondos, crimes contra a pessoa e crimes contra a dignidade sexual que tenham como vítimas crianças e adolescentes.

A nova lei é derivada do Projeto de Lei (PL) 53/23, de autoria do deputado Eduardo Azevedo (PL). A proposta foi aprovada de forma definitiva pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 18 de dezembro.

A norma estabelece que é prioritária a tramitação de inquéritos policiais que busquem apurar a autoria e a materialidade de crimes contra crianças e adolescentes previstos na Lei Federal 8.072, de 1990, que trata de crimes hediondos; e crimes contra a pessoa e crimes contra a dignidade sexual, previstos no Código Penal Brasileiro.

Além disso, esses inquéritos policiais deverão receber identificação padronizada que destaque sua tramitação prioritária, nos termos de regulamento a ser criado pelo Executivo.

A prioridade na tramitação dos procedimentos investigatórios se dará:

  • Nas investigações policiais, nas quais poderá haver formação de equipes especializadas;
  • Na realização de exames periciais e na confecção dos respectivos laudos;
  • Em outras etapas do procedimento investigatório, a critério da autoridade competente.

Ela também determina que a autoridade policial deverá providenciar a comunicação dos pais ou responsáveis por criança ou adolescente a respeito de três situações:

  • Cumprimento de ordem judicial de prisão do investigado;
  • Decisão judicial que coloque o investigado em liberdade;
  • Conclusão das investigações.

Emprego para vítimas de violência

Na mesma edição desta quinta-feira do Diário Oficial Eletrônico Minas Gerais foi publicada a Lei 24.670, de 2024, sancionada a partir do PL 49/23, e que tem o objetivo de facilitar a inserção de mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho. O projeto, de autoria do deputado Charles Santos (Republicanos), foi aprovado pela Assembleia no dia 14 de dezembro.

A nova lei acrescenta inciso ao artigo 4º da Lei 22.256, de 2016, que institui a política de atendimento à mulher vítima de violência no Estado. Desta forma, é incluída mais uma ação na implementação dessa política pública: a criação de mecanismos destinados a estimular a oferta de vagas de emprego a mulheres vítimas de violência por empresas prestadoras de serviços contratadas pelo Estado, inclusive por meio da contratação de mulheres cadastradas no banco de empregos a ser criado por essa política.

Rolezinho do grau: PM lança força-tarefa contra infrações e crimes com motos

No Natal, as ações dos motociclistas infratores geraram 2 mil ligações para a polícia. Ao todo, 1500 motos foram apreendidas e mais de 100 pessoas detidas

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou na manhã desta quarta-feira (27/12) a operação que vai prevenir e reprimir as perturbações do sossego e perigos com a direção perigosa em motos nos chamados “rolezinhos do grau”.

As infrações e crimes que infernizaram o Natal dos mineiros serão monitoradas até o ano-novo. A ação foi antecipada pela reportagem do Estado de Minas.

O lançamento em Belo Horizonte ocorreu no 5º Batalhão da Polícia Militar, de onde viaturas, bases comunitárias e motocicletas, somando 300 militares, partiram para ruas, avenidas e rodovias. O foco das patrulhas será reforçado durante a noite, pois se trata de horário em que os infratores conseguem espaços para suas manobras arriscadas.

“O serviço de inteligência está trabalhando com as placas dos veículos identificados. As aeronaves patrulharão as vias e os locais onde ocorrem as infrações. Nossas viaturas vão ocupar os espaços e procurar pelas placas”, disse o o diretor de operações da PMMG, coronel Flávio Godinho.

Entre a véspera do Natal (24/12) e a data do feriado (25/12), a PMMG informou ter recebido 12 mil ligações em todo o estado, sendo 2 mil referentes a perturbação do sossego e direção perigosa relacionados aos rolezinhos do grau. O volume corresponde a cerca do dobro esperado. “O que era para ser um Natal muito tranquilo deixou de ser em função da irresponsabilidade de criminosos que se uniram para fazer baderna. Mas a PMMG agiu rapidamente”, afirma o diretor de operações da PMMG, coronel Flávio Godinho.

De acordo com o militar, a resposta em todo estado contra os rolezinhos resultou em 1.500 apreensões de motocicletas, sendo que mais de 100 pessoas foram detidas.

FONTE ESTADO DE MINAS

Não aprendemos nada com os crimes ocorridos em Mariana, Brumadinho, Maceió?

Somos reféns da mineração e do capital

Mariana, Brumadinho, Maceió – nomes que ecoam como alertas sobre a devastação provocada pela mineração degradante e predatória, indiferente aos danos que pode causar. Nos dois primeiros casos, o rastro de lama ceifou centenas de vidas e destruiu ecossistemas inteiros. Em todos esses crimes, a avidez corporativa conduziu ao colapso. Até que ponto é justificável essa exploração? Estamos mesmo reféns da mineração.

O sentimento de indignação é inevitável ao abrir as páginas dos jornais e testemunhar mais de 50 mil pessoas perdendo seus lares devido à negligência/selvageria capitalista e ação predatória de uma empresa. Há mais de cinco anos, denúncias evidenciam que o solo da região de Maceió estava cedendo, somando-se a alegações de vazamento de cloro no ar, falta de indenizações aos atingidos e descumprimento de obrigações de fechamento de minas.

O que mais será preciso para que essas empresas sejam responsabilizadas pelos crimes que cometem rotineiramente? Interesse político, falta de lei, falta de cumprimento da lei, impunidade?

As mineradoras em larga escala invadem localidades sem consultar seus habitantes, propagandeando megaprojetos que prometem prosperidade, emprego e renda. Essa narrativa já se repetiu diversas vezes em Minas Gerais, mas os moradores de Mariana e Brumadinho compreenderam e sentiram na pele a farsa e os danos que essa mentira trouxe para a região. Agora se soma a essas falácias a propaganda do próprio governador de Minas, que negocia o Vale do Jequitinhonha como o “Vale do Lítio”.

A alegação de que a mineração traz desenvolvimento e riqueza é posta à prova em Ouro Preto, onde, após mais de 300 anos de extração mineral, a cidade abriga mais de 12 mil habitantes vivendo na pobreza. Pode-se afirmar que este foi o município mais explorado em todo o país.

O modelo de mineração revela-se um desastre humano nos territórios, ceifando vidas e modos de vida diversos, culturas e tradições, trabalho e renda, todos completamente ignorados. Recentemente, por meio de muita luta de movimentos sociais, atingidos e atingidas e de mandatos parlamentares, aprovamos no Senado o “Projeto Nacional de Atingidos por Barragens”, uma iniciativa crucial para proteger os direitos daqueles que sofrem diariamente com as consequências da mineração.

Está avançando no Congresso, o projeto de lei que criminaliza o ecocídio. É uma resposta necessária. Crimes contra a natureza devem ser punidos.

Até o final do ano, divulgaremos relatórios na Comissão Externa de Brumadinho e Mariana na Câmara dos Deputados, reforçando nosso compromisso de fiscalização incansável. Na Assembleia de Minas Gerais, o Projeto “Juntos para Servir”,o deputado estadual Leleco Pimentel fortalece nossa defesa dos atingidos e do meio ambiente. Leleco assumiu a vice-presidência e coordenação em MG da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe do Rio Doce), um importante mecanismo de Minas e Espírito Santo de fiscalização e de apoio às pautas dos atingidos.

Não cessaremos de denunciar a falta de responsabilidade ou omissão da justiça. Na Câmara dos Deputados, com o deputado federal Padre João, e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com o deputado estadual Leleco Pimentel, o Projeto “Juntos para Servir” continua a luta diária em defesa de cada mineiro impactado pelos males da mineração.

As feridas abertas pela lama ainda sangram, as sirenes de auto salvamento deixam marcas irreparáveis, e os tremores em Maceió deixaram muitos sem teto. A cada dia que passa, mais um capítulo trágico se soma à história da mineração no Brasil. Quem será a próxima vítima, senão os mais pobres e vulneráveis, mas também o equilíbrio ecossistêmico que garante a vida no planeta?

17 cidades da Zona da Mata estão sem crimes violentos em 2023

Levantamento da Sejusp aponta que 99 municípios mineiros apresentam criminalidade violenta zero; Serranos, no Sul de Minas, é destaque desde 2017

serranos está sem crimes violentos desde 2017
A cidade de Serranos, no Sul de Minas, não registra crimes violentos desde 2017 (Foto: Bernardo Carneiro/Imprensa MG)

Dezessete cidades mineiras da Zona da Mata não registraram qualquer crime violento em 2023. O levantamento do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), divulgado nesta quinta-feira (16), chegou ao total de 99 municípios com índice de criminalidade violenta zero em Minas Gerais nesse mesmo período. Serranos, próximo a Aiuruoca, no Sul de Minas, é o único local que consegue manter a paz de seus pouco mais de 2 mil habitantes há quase nove anos, já que desde 2017 não contabiliza casos de homicídios, roubos, estupros, sequestros, extorsões ou cárceres privados, sejam eles nas modalidades tentadas ou consumadas.

Na Zona da Mata o destaque é Pedro Teixeira. Situado a apenas 60 quilômetros de Juiz de Fora, o município não é cenário dessas ocorrências consideradas mais graves desde 2021. Paiva e Caiana seguem o mesmo caminho desde o ano passado. Já em 2023, mais 14 cidades pequenas da região despontaram no quesito segurança: Piau, Goianá, Bias Fortes, Olaria, Aracitaba, Santa Rita do Ibitipoca, Rochedo de Minas, Santana do Deserto, Senador Cortes, Laranjal, Volta Grande, Itamarati de Minas, Lamim e Senhora de Oliveira.

“O levantamento mostra que, em todo o estado, a criminalidade violenta reduziu 14,6%, entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Minas registrou 26.251 ocorrências em 2023, contra 30.737 em 2022 (janeiro a outubro)”, aponta a Sejusp.

Serranos: sem crimes violentos desde 2017

Entre os quase cem municípios mineiros que não tiveram ocorrência de crime violento em 2023, Serranos lidera a lista, por ser aquele há mais tempo sem registro de delitos com emprego de violência. O levantamento da Sejusp indica uma escalada da paz, porque nos anos seguintes o número de cidades consideradas pacatas foi aumentando gradativamente, chegando a seis em 2020, nove em 2021 e 27 em 2022. Se as estatísticas permanecerem da mesma forma até 31 de dezembro, este ano terminará com mais do triplo de municípios considerados mais seguros.

O último caso violento registrado em Serranos foi uma tentativa de estupro, ocorrida em fevereiro de 2016. “Caminhar pelas ruas de Serranos e conversar com os moradores é fundamental para entender os zeros nas várias tabelas de ocorrências criminais. Rapidamente dá para sentir como a paz, a solidariedade, o respeito e a religiosidade estão presentes na alma dos serranenses de nascimento e nos serranenses de coração. Os que saem de Serranos, seja para estudar ou trabalhar, costumam voltar, sempre movidos pela saudade e a intenção de fazer algo pelos que ficaram”, analisa reportagem da Sejusp.

Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, as estatísticas permitem uma análise mais clara da criminalidade em todo o estado: “Com base nisso conseguimos traçar, de forma integrada com as demais forças de segurança, as melhores estratégias para aumentar a segurança de toda a nossa população”, afirma, por meio da assessoria. “Queremos, e vamos, melhorar ainda mais esse ranking”, garante ele, sobre as 99 cidades mineiras sem criminalidade violenta em 2023.

FONTE TRIBUNA DE MINAS

17 cidades da Zona da Mata estão sem crimes violentos em 2023

Levantamento da Sejusp aponta que 99 municípios mineiros apresentam criminalidade violenta zero; Serranos, no Sul de Minas, é destaque desde 2017

serranos está sem crimes violentos desde 2017
A cidade de Serranos, no Sul de Minas, não registra crimes violentos desde 2017 (Foto: Bernardo Carneiro/Imprensa MG)

Dezessete cidades mineiras da Zona da Mata não registraram qualquer crime violento em 2023. O levantamento do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), divulgado nesta quinta-feira (16), chegou ao total de 99 municípios com índice de criminalidade violenta zero em Minas Gerais nesse mesmo período. Serranos, próximo a Aiuruoca, no Sul de Minas, é o único local que consegue manter a paz de seus pouco mais de 2 mil habitantes há quase nove anos, já que desde 2017 não contabiliza casos de homicídios, roubos, estupros, sequestros, extorsões ou cárceres privados, sejam eles nas modalidades tentadas ou consumadas.

Na Zona da Mata o destaque é Pedro Teixeira. Situado a apenas 60 quilômetros de Juiz de Fora, o município não é cenário dessas ocorrências consideradas mais graves desde 2021. Paiva e Caiana seguem o mesmo caminho desde o ano passado. Já em 2023, mais 14 cidades pequenas da região despontaram no quesito segurança: Piau, Goianá, Bias Fortes, Olaria, Aracitaba, Santa Rita do Ibitipoca, Rochedo de Minas, Santana do Deserto, Senador Cortes, Laranjal, Volta Grande, Itamarati de Minas, Lamim e Senhora de Oliveira.

“O levantamento mostra que, em todo o estado, a criminalidade violenta reduziu 14,6%, entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Minas registrou 26.251 ocorrências em 2023, contra 30.737 em 2022 (janeiro a outubro)”, aponta a Sejusp.

Serranos: sem crimes violentos desde 2017

Entre os quase cem municípios mineiros que não tiveram ocorrência de crime violento em 2023, Serranos lidera a lista, por ser aquele há mais tempo sem registro de delitos com emprego de violência. O levantamento da Sejusp indica uma escalada da paz, porque nos anos seguintes o número de cidades consideradas pacatas foi aumentando gradativamente, chegando a seis em 2020, nove em 2021 e 27 em 2022. Se as estatísticas permanecerem da mesma forma até 31 de dezembro, este ano terminará com mais do triplo de municípios considerados mais seguros.

O último caso violento registrado em Serranos foi uma tentativa de estupro, ocorrida em fevereiro de 2016. “Caminhar pelas ruas de Serranos e conversar com os moradores é fundamental para entender os zeros nas várias tabelas de ocorrências criminais. Rapidamente dá para sentir como a paz, a solidariedade, o respeito e a religiosidade estão presentes na alma dos serranenses de nascimento e nos serranenses de coração. Os que saem de Serranos, seja para estudar ou trabalhar, costumam voltar, sempre movidos pela saudade e a intenção de fazer algo pelos que ficaram”, analisa reportagem da Sejusp.

Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, as estatísticas permitem uma análise mais clara da criminalidade em todo o estado: “Com base nisso conseguimos traçar, de forma integrada com as demais forças de segurança, as melhores estratégias para aumentar a segurança de toda a nossa população”, afirma, por meio da assessoria. “Queremos, e vamos, melhorar ainda mais esse ranking”, garante ele, sobre as 99 cidades mineiras sem criminalidade violenta em 2023.

FONTE TRIBUNA DE MINAS

99 municípios mineiros não registraram nenhum crime violento em 2023; Queluzito, Senhora de Oliveira, Lamim, Desterro e Lagoa estão na lista

Levantamento da Sejusp aponta cidades sem ocorrências até outubro deste ano; Serranos, no Sul de Minas, está há quase nove anos com índice zero de violência

Do alto da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso, moradores contemplam mais um fim de tarde tranquilo na pequena e pacata Serranos, no Sul de Minas. Em meio às tradições e montanhas mineiras, o município vive uma verdadeira cultura de paz, que os números corroboram: já são quase nove anos sem registro de nenhum crime violento na cidade. Serranos é destaque entre os quase 100 municípios mineiros que não tiveram nenhuma ocorrência de criminalidade violenta em 2023. 

Luana Tamara / Crédito: Bernardo Carneiro

Divulgado nesta quinta-feira (16/11), o levantamento do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), aponta as cidades que estão no topo do ranking quando o assunto é criminalidade zero. De janeiro a outubro deste ano, 99 municípios, espalhados por todo o estado, não registraram nenhum roubo, homicídio, estupro ou qualquer outra ocorrência violenta. Quando o recorte é feito desde 2022, são 27 as cidades na lista.  

Com uma população de aproximadamente 2 mil pessoas, Serranos é o município mineiro que está há mais tempo sem registro de crimes com o emprego de violência: o último caso foi uma tentativa de estupro em fevereiro de 2016. Desde então, já são 92 meses sem qualquer crime com uso de violência. 

Caminhar pelas ruas de Serranos e conversar com os moradores é fundamental para entender os zeros nas várias tabelas de ocorrências criminais. Rapidamente, dá para sentir como a paz, a solidariedade, o respeito e a religiosidade estão presentes na alma dos serranenses de nascimento e nos serranenses de coração. Os que saem de Serranos, seja para estudar ou trabalhar, costumam voltar, sempre movidos pela saudade e a intenção de fazer algo pelos que ficaram. 

Luana Tamara Oliveira tem 28 anos e ficou seis anos fora, em Valença, um município do estado do Rio de Janeiro. Voltou de lá formada em Medicina Veterinária. “Estou realizando meu sonho de trabalhar aqui como veterinária. Tenho muitos pacientes em Serranos e em outros municípios da região. Tinha a vontade de ajudar os animais e a população como um todo”, conta. “São vários os motivos para estar aqui: a minha família, essa tranquilidade, as pessoas se conhecem, se cumprimentam e conversam. Os problemas são resolvidos com uma boa conversa e temos, também, o apoio dos militares do Destacamento da Polícia Militar, sempre presentes na área”, relata a jovem serranense de coração.  

A professora aposentada Zélia de Azevedo Carvalho tem 77 anos e também saiu da cidade para estudar, mas voltou para trabalhar como professora concursada do Estado. Ela abriu as portas de sua casa, na Avenida Afonso Pena, a principal do município, para contar um pouco de sua história de vida e do seu amor pela cidade.

Com apenas 11 anos de idade foi para Aiuruoca e depois continuou os estudos em Baependi, Passa Quatro e Belo Horizonte. Ela diz ter dedicado todos os seus anos nos bancos escolares sempre pensando em levar o melhor da educação para Serranos. “Cultivamos o amor à terra. Meu avô foi o primeiro prefeito. Vem dos primórdios os valores morais e da família, o respeito e a religiosidade. Tudo isso explica a tranquilidade e segurança de Serranos. Aqui, a fé sempre foi predominante, nascemos e vivemos aos pés de Nossa Senhora do Bom Sucesso”. 

Zélia de Azevedo / Crédito: Bernardo Carneiro

Monitoramento constante 

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública monitora e publica mensalmente, na página Dados Abertos de seu site, os índices de criminalidade de Serranos e de todos os 853 municípios mineiros.

O levantamento divulgado nesta quinta-feira mostra que, em todo o estado, a criminalidade violenta reduziu 14,6%, entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Minas registrou 26.251 ocorrências em 2023, contra 30.737 em 2022 (janeiro a outubro).  

A metodologia da Sejusp considera criminalidade violenta a soma dos registros de 13 naturezas criminais: homicídio tentado e consumado, roubo tentado e consumado, estupro tentado e consumado, estupro de vulnerável tentado e consumado, extorsão tentada e consumada, extorsão mediante sequestro consumada e sequestro e cárcere privado tentado e consumado. 

Além dos 13 crimes violentos acompanhados, outros dados também são divulgados todos os meses, como os números de furto e lesão corporal, o Painel de Crimes com Causa Presumida LGBTQIA+Fobia, as estatísticas de violência doméstica e familiar contra a mulher e vítimas de feminicídio, entre outros. 

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, explica que, em breve, novos bancos de dados também estarão disponíveis para consulta da população. “A transparência é uma premissa importantíssima para nossa gestão e estamos trabalhando para ampliar cada vez mais o leque de dados divulgados todos os meses. As estatísticas permitem uma análise mais clara da criminalidade em todo o estado e com base nisso conseguimos traçar, de forma integrada com as demais forças de segurança, as melhores estratégias para aumentar a segurança de toda a nossa população”, afirma. O secretário ressalta ainda que o índice zero de criminalidade nos 99 municípios é motivo de orgulho para a Sejusp. “Mas queremos, e vamos, melhorar ainda mais esse ranking”.  

Sem trancas ou acerto de contas

Serranense de nascimento não se encontra com facilidade em Serranos, pois não há hospital na cidade. Os nascidos no local tiveram ajuda de parteira, uma prática em desuso há muitos anos no município. O mais fácil é encontrar serranenses de coração, os nascidos em maternidades de Aiuruoca ou Cruzília, por exemplo, municípios próximos. “Sou serranense, apenas não nasci aqui. Minha mãe saiu para o parto e voltou”, é a explicação de vários moradores apaixonados, os serranenses de coração. Há, ainda, os que chegaram adultos e são, também, serranenses de coração. 

Maria do Carmo Azevedo Carvalho, 59 anos, chamada carinhosamente de Kaká, faz parte deste grande grupo de moradores. “Sou uma serranense de coração. Conheço a cidade há 43 anos e moro aqui há 32. Serranos é acolhedora, solidária e tranquila. É um povo que tem Deus no coração, por isso, a paz reina sempre entre todos nós”, explica Kaká. 

Rogério Marques / Crédito: Bernardo Carneiro

As taxas de criminalidade em Serranos vão sendo compreendidas a cada nova conversa, seja no banco da praça, no sofá de uma residência ou mesmo na porta de uma loja, dessas com quase tudo para a cozinha, jardim ou pequenos reparos. 

Foi no conforto de uma outra residência serranense que veio mais uma explicação para as janelas abertas para as ruas e portas destrancadas, de um serranense experiente em segurança pública. Rogério Marques, 46 anos, mora há 23 anos em Serranos, e é sargento da Polícia Militar. Foi transferido para a cidade e não saiu mais de lá.

Já trabalhou no destacamento local, mas hoje está lotado em Aiuruoca. “Aqui, um cuida do outro, todos se conhecem. Vivemos a cultura da paz”. Rogério destaca a boa relação existente entre vizinhos, e a veterinária Luana reforça a análise: “Aqui, não existe esta coisa de vou matar para acertar contas. Todo mundo senta, conversa e resolve”. 

Um serranense de nascimento é José Pimenta Filho, 67 anos, cheio de um amor declarado pela cidade. “Não troco aqui por lugar nenhum nesse mundo. Já tentei, mas não deu certo, voltei pra cá. Tentei em Barra Mansa, Volta Redonda, São José e Jacareí. No fim das contas, lugar mesmo é aqui, muito bom de morar. Não tem grandes confortos, recursos, mas dá para buscar lá fora. Estamos perto de cidades que têm. Com a tranquilidade daqui tudo se torna fácil”. 

Veja a lista dos municípios que não registraram crimes violentos:
 

                                                                                                                                                              Sejusp / Divulgação (clique para ampliar a imagem)

FONTE AGÊNCIA MINAS

99 municípios mineiros não registraram nenhum crime violento em 2023; Queluzito, Senhora de Oliveira, Lamim, Desterro e Lagoa estão na lista

Levantamento da Sejusp aponta cidades sem ocorrências até outubro deste ano; Serranos, no Sul de Minas, está há quase nove anos com índice zero de violência

Do alto da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso, moradores contemplam mais um fim de tarde tranquilo na pequena e pacata Serranos, no Sul de Minas. Em meio às tradições e montanhas mineiras, o município vive uma verdadeira cultura de paz, que os números corroboram: já são quase nove anos sem registro de nenhum crime violento na cidade. Serranos é destaque entre os quase 100 municípios mineiros que não tiveram nenhuma ocorrência de criminalidade violenta em 2023. 

Luana Tamara / Crédito: Bernardo Carneiro

Divulgado nesta quinta-feira (16/11), o levantamento do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), aponta as cidades que estão no topo do ranking quando o assunto é criminalidade zero. De janeiro a outubro deste ano, 99 municípios, espalhados por todo o estado, não registraram nenhum roubo, homicídio, estupro ou qualquer outra ocorrência violenta. Quando o recorte é feito desde 2022, são 27 as cidades na lista.  

Com uma população de aproximadamente 2 mil pessoas, Serranos é o município mineiro que está há mais tempo sem registro de crimes com o emprego de violência: o último caso foi uma tentativa de estupro em fevereiro de 2016. Desde então, já são 92 meses sem qualquer crime com uso de violência. 

Caminhar pelas ruas de Serranos e conversar com os moradores é fundamental para entender os zeros nas várias tabelas de ocorrências criminais. Rapidamente, dá para sentir como a paz, a solidariedade, o respeito e a religiosidade estão presentes na alma dos serranenses de nascimento e nos serranenses de coração. Os que saem de Serranos, seja para estudar ou trabalhar, costumam voltar, sempre movidos pela saudade e a intenção de fazer algo pelos que ficaram. 

Luana Tamara Oliveira tem 28 anos e ficou seis anos fora, em Valença, um município do estado do Rio de Janeiro. Voltou de lá formada em Medicina Veterinária. “Estou realizando meu sonho de trabalhar aqui como veterinária. Tenho muitos pacientes em Serranos e em outros municípios da região. Tinha a vontade de ajudar os animais e a população como um todo”, conta. “São vários os motivos para estar aqui: a minha família, essa tranquilidade, as pessoas se conhecem, se cumprimentam e conversam. Os problemas são resolvidos com uma boa conversa e temos, também, o apoio dos militares do Destacamento da Polícia Militar, sempre presentes na área”, relata a jovem serranense de coração.  

A professora aposentada Zélia de Azevedo Carvalho tem 77 anos e também saiu da cidade para estudar, mas voltou para trabalhar como professora concursada do Estado. Ela abriu as portas de sua casa, na Avenida Afonso Pena, a principal do município, para contar um pouco de sua história de vida e do seu amor pela cidade.

Com apenas 11 anos de idade foi para Aiuruoca e depois continuou os estudos em Baependi, Passa Quatro e Belo Horizonte. Ela diz ter dedicado todos os seus anos nos bancos escolares sempre pensando em levar o melhor da educação para Serranos. “Cultivamos o amor à terra. Meu avô foi o primeiro prefeito. Vem dos primórdios os valores morais e da família, o respeito e a religiosidade. Tudo isso explica a tranquilidade e segurança de Serranos. Aqui, a fé sempre foi predominante, nascemos e vivemos aos pés de Nossa Senhora do Bom Sucesso”. 

Zélia de Azevedo / Crédito: Bernardo Carneiro

Monitoramento constante 

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública monitora e publica mensalmente, na página Dados Abertos de seu site, os índices de criminalidade de Serranos e de todos os 853 municípios mineiros.

O levantamento divulgado nesta quinta-feira mostra que, em todo o estado, a criminalidade violenta reduziu 14,6%, entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Minas registrou 26.251 ocorrências em 2023, contra 30.737 em 2022 (janeiro a outubro).  

A metodologia da Sejusp considera criminalidade violenta a soma dos registros de 13 naturezas criminais: homicídio tentado e consumado, roubo tentado e consumado, estupro tentado e consumado, estupro de vulnerável tentado e consumado, extorsão tentada e consumada, extorsão mediante sequestro consumada e sequestro e cárcere privado tentado e consumado. 

Além dos 13 crimes violentos acompanhados, outros dados também são divulgados todos os meses, como os números de furto e lesão corporal, o Painel de Crimes com Causa Presumida LGBTQIA+Fobia, as estatísticas de violência doméstica e familiar contra a mulher e vítimas de feminicídio, entre outros. 

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, explica que, em breve, novos bancos de dados também estarão disponíveis para consulta da população. “A transparência é uma premissa importantíssima para nossa gestão e estamos trabalhando para ampliar cada vez mais o leque de dados divulgados todos os meses. As estatísticas permitem uma análise mais clara da criminalidade em todo o estado e com base nisso conseguimos traçar, de forma integrada com as demais forças de segurança, as melhores estratégias para aumentar a segurança de toda a nossa população”, afirma. O secretário ressalta ainda que o índice zero de criminalidade nos 99 municípios é motivo de orgulho para a Sejusp. “Mas queremos, e vamos, melhorar ainda mais esse ranking”.  

Sem trancas ou acerto de contas

Serranense de nascimento não se encontra com facilidade em Serranos, pois não há hospital na cidade. Os nascidos no local tiveram ajuda de parteira, uma prática em desuso há muitos anos no município. O mais fácil é encontrar serranenses de coração, os nascidos em maternidades de Aiuruoca ou Cruzília, por exemplo, municípios próximos. “Sou serranense, apenas não nasci aqui. Minha mãe saiu para o parto e voltou”, é a explicação de vários moradores apaixonados, os serranenses de coração. Há, ainda, os que chegaram adultos e são, também, serranenses de coração. 

Maria do Carmo Azevedo Carvalho, 59 anos, chamada carinhosamente de Kaká, faz parte deste grande grupo de moradores. “Sou uma serranense de coração. Conheço a cidade há 43 anos e moro aqui há 32. Serranos é acolhedora, solidária e tranquila. É um povo que tem Deus no coração, por isso, a paz reina sempre entre todos nós”, explica Kaká. 

Rogério Marques / Crédito: Bernardo Carneiro

As taxas de criminalidade em Serranos vão sendo compreendidas a cada nova conversa, seja no banco da praça, no sofá de uma residência ou mesmo na porta de uma loja, dessas com quase tudo para a cozinha, jardim ou pequenos reparos. 

Foi no conforto de uma outra residência serranense que veio mais uma explicação para as janelas abertas para as ruas e portas destrancadas, de um serranense experiente em segurança pública. Rogério Marques, 46 anos, mora há 23 anos em Serranos, e é sargento da Polícia Militar. Foi transferido para a cidade e não saiu mais de lá.

Já trabalhou no destacamento local, mas hoje está lotado em Aiuruoca. “Aqui, um cuida do outro, todos se conhecem. Vivemos a cultura da paz”. Rogério destaca a boa relação existente entre vizinhos, e a veterinária Luana reforça a análise: “Aqui, não existe esta coisa de vou matar para acertar contas. Todo mundo senta, conversa e resolve”. 

Um serranense de nascimento é José Pimenta Filho, 67 anos, cheio de um amor declarado pela cidade. “Não troco aqui por lugar nenhum nesse mundo. Já tentei, mas não deu certo, voltei pra cá. Tentei em Barra Mansa, Volta Redonda, São José e Jacareí. No fim das contas, lugar mesmo é aqui, muito bom de morar. Não tem grandes confortos, recursos, mas dá para buscar lá fora. Estamos perto de cidades que têm. Com a tranquilidade daqui tudo se torna fácil”. 

Veja a lista dos municípios que não registraram crimes violentos:
 

                                                                                                                                                              Sejusp / Divulgação (clique para ampliar a imagem)

FONTE AGÊNCIA MINAS

Semana da Criança alerta para crimes contra menores, que aumentaram em Minas

Cada vez mais crianças são vítimas de abusos e agressões em Minas. Os crimes sexuais, as lesões corporais e as agressões contra menores de 11 anos aumentaram 13% neste ano, com média de 18 casos de violência por dia. A urgência para barrar a covardia ganha ainda mais força neste mês, com as comemorações do 12 de Outubro.

Chefe do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), a delegada-geral Carolina Bechelany lembra que 80% dos abusos contra crianças e adolescentes são praticados no ambiente familiar ou próximo. “O abusador não tem perfil, normalmente é alguém acima de qualquer suspeita. Precisamos atuar diretamente com as vítimas”, afirma a policial, ao se referir às ações organizadas pela instituição neste mês.

Crimes contra crianças menores de 11 anos em MG:
Lesão corporal
2022 (jan.jul): 835
2023 (jan.jul): 1.048
Aumento de 25%

Vias de fato/agressão
2022 (jan.jul): 721
2023 (jan.jul): 880
Aumento de 22%

Crimes contra a dignidade sexual
2022 (jan.jul): 1.970
2023 (jan.jul): 2.061
Aumento de 4%

Fonte: Observatório de Segurança Pública/Reds/Sejusp MG

Um projeto da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), pertencente ao Defam, tem como objetivo demonstrar que a internet, muitas vezes utilizada para consumar o crime de forma presencial, também é uma ferramenta para combater delitos.

FOTNE BARROSO EM DIA

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Vias de fato/agressão
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Aumento de 22%

Crimes contra a dignidade sexual
2022 (jan.jul): 1.970
2023 (jan.jul): 2.061
Aumento de 4%

Fonte: Observatório de Segurança Pública/Reds/Sejusp MG

Um projeto da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), pertencente ao Defam, tem como objetivo demonstrar que a internet, muitas vezes utilizada para consumar o crime de forma presencial, também é uma ferramenta para combater delitos.

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