Doença do beijo e ISTs: como prevenir e se cuidar no Carnaval  

O Carnaval está chegando e, junto com a alegria e descontração, é crucial lembrar da importância de cuidar da saúde, especialmente quando se trata de prevenir doenças cuja transmissão costuma ser mais comum nesta época do ano. Uma das mais conhecidas é a chamada Doença do Beijo (mononucleose infecciosa), mas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também merecem atenção, tendo em vista o alto risco que algumas representam à saúde humana. Em ambos os casos, é importante estar bem-informado sobre as formas de prevenção, para aproveitar a festa sem preocupações.

Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose é transmitida pela saliva (daí o nome Doença do Beijo) ou por utensílios contaminados. A Organização Mundial da Saúde estima que o vírus Epstein-Barr está presente em 90% dos adultos de todo o mundo.

Em seu Guia de Doenças Infecciosas e Parasitárias, o Ministério da Saúde afirma que a condição é cosmopolita (típica de centros urbanos) e que a população em geral está suscetível à infecção. “Os sintomas da Doença do Beijo podem variar, mas geralmente incluem febre, dor de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos e fadiga intensa. Em alguns casos, pode ocorrer um aumento no baço, o que torna mais importante procurar atendimento médico”, afirma o infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Marcelo Cordeiro.

Segundo ele, é preciso levar a sério a prevenção à mononucleose, pois uma pessoa assintomática com o vírus pode transmitir a doença até um ano após a infecção. “As principais orientações são evitar compartilhar itens pessoais, como copos e talheres, ter uma boa higiene, o que inclui lavar as mãos corretamente, e, por último, ser transparente com a parceira ou parceiro. É importante conversar sobre histórico de saúde, garantindo a consciência de ambos”, orienta o médico.

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico para mononucleose é geralmente realizado por meio de exames de sangue, que detectam alterações sugestivas para a doença ou a presença de anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr. “No hemograma, a presença de grande quantidade de linfócitos atípicos, principalmente após a segunda semana da infecção, é sugestiva de mononucleose infecciosa”, afirma Marcelo Cordeiro. Já a confirmação da doença pode ser feita com testes sorológicos, que podem detectar a presença de anticorpos contra o EBV (IgM e IgG). Em casos específicos, pode-se confirmar a existência do EBV por meio de exames que utilizam técnica de biologia molecular. “Não existe um tratamento específico para a doença, mas podem ser indicados analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. A principal orientação é que o paciente sempre procure auxílio profissional, com um médico. Também é importante evitar exercícios físicos, descansar, hidratar-se bem e ingerir alimentos leves”, aconselha o especialista.

ISTs 

Além da Doença do Beijo, outras infecções que merecem atenção durante o Carnaval são aquelas transmitidas sexualmente. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), todos os dias há pelo menos um milhão de casos de ISTs curáveis. Dentre elas, estão: clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis.

Algumas infecções ainda não têm cura, mas possuem tratamento que pode amenizar possíveis efeitos e permitir ao paciente viver uma vida normal. A mais conhecida é a transmitida pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV – em inglês), que causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou Aids, também na sigla em inglês. Além dela, também podem ser citadas o Herpes e o Papiloma Vírus Humano (HPV). “Para as quais ainda não há vacinas, a principal dica de prevenção é a utilização de preservativo, seja interno ou externo, durante as relações sexuais. Da mesma forma, é importante fazer exames de ISTs antes de cair na folia, porque pode possibilitar não só um tratamento em tempo, mas também evitar a disseminação da infecção”, orienta o médico.

O Estado é para cuidar, não para matar! Parem de matar as negras e os negros

Você já percebeu como a comoção social muitas vezes é seletiva, guiada por narrativas específicas? Infelizmente, é notável a falta de comoção popular diante das tragédias que atingem os mais pobres e excluídos. De fato, o cérebro é capaz de se acostumar mesmo em momentos tão difíceis, a partir de um processo denominado neuroplasticidade, como explica a neurocientista Eliane Comoli, docente do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.  E, ainda segundo estudos, o cérebro tem dificuldade de elaborar grandes quantidades numéricas. Mas isto não nos abona de buscar, sempre, ressaltar a realidade, buscar florecer uns dos mais puros sentimentos humanos: a compaixão e o desejo por justiça. Não apenas pela passagem do “Dia da Consciência Negra”. Mas, sim, por necessidade de que esta consciência realmente se estabeleça.


A morte de jovens como Guilherme Gomes da Silva, de 17 anos, na Bahia, e Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, no Rio de Janeiro, ambos vítimas de ações violentas da polícia, passa despercebida por grande parte da sociedade. Em 2022, 83% das vítimas de intervenções policiais eram negras, e 52,9% tinham entre 12 e 24 anos, uma verdadeira tragédia que parece não gerar a indignação devida.

A letra da música “80 tiros – Guadalupe chorou”, de Vinny Santa Fé, encapsula de maneira impactante a realidade de um Brasil marcado pela violência: “Você confunde o cidadão trabalhador. Aponta a mira e depois faz o que quer. E na sequência mais um pai deixa seu filho. Mais um filho sem seu pai. E mais luto de mulher. O mundo sangra todo dia. Pela falta de amor”.

Enquanto mais de 5 mil crianças palestinas perdem a vida e jovens negros sucumbem diariamente em operações policiais, as balas no Brasil parecem ter um alvo definido: pessoas negras, predominantemente jovens e, cada vez mais, crianças.

No ambiente no qual a prevalência deveria ser a educação, os dados são alarmantes. Sete em cada dez educadores(as) brasileiros(as) dizem ter escutado piadas racistas em seu espaço de trabalho, seja por parte de estudantes, professores(as) ou funcionários(as). O dado foi apresentado na pesquisa “Sua Escola É (Anti)racista?”, realizada pela ONG Quero na Escola, de fevereiro a maio deste ano. Questionados(as) sobre sofrer racismo no espaço escolar, 23% dos(as) professores(as) apontam já ter sofrido algum tipo de discriminação racial. Entre as pessoas declaradas pretas, a situação é assustadora, cerca de 90% já enfrentaram uma situação de intolerância, enquanto pessoas pardas apontam um índice de 39%.

Em Minas Gerais, nos últimos dez anos, quase 1.300 vidas foram ceifadas devido a intervenções policiais. Em 90% dos casos, PMs foram os responsáveis, vitimando homens (97%), com idades entre 12 e 29 anos (67%), predominantemente pretos ou pardos (68,4%).

O sangue continua sendo derramado, e a impunidade persiste. Os culpados são protegidos, enquanto as vítimas são estigmatizadas como criminosas, como se merecessem tal destino. As vítimas negras não são meros acidentes, mas alvos premeditados.

Diante desse cenário, surge a pergunta: o que estamos fazendo é realmente suficiente? A resposta é não. Não podemos nos calar, não devemos ter medo. É hora de denunciar, cobrar cada órgão responsável para que cada culpado seja julgado e punido.

Em 2023, o governo federal deu um passo importante para enfrentar a questão histórica do racismo no país com a criação do Ministério da Igualdade Racial. Apoiamos plenamente a ministra Anielle Franco em sua missão monumental à frente desta pasta.

O Brasil é de todos, e o projeto “Juntos para Servir” é construído na base popular para defender todos os mineiros e mineiras. Estamos ao lado dos companheiros e companheiras negras e não descansaremos até que todas essas violências diárias sejam reconhecidas e combatidas. Saibam que podem contar conosco para o que for necessário nessa pauta. Embora não tenhamos o lugar de fala, sempre cederemos o nosso espaço para somar nessa luta.

Projeto “Juntos para Servir”

Deputado Estadual Leleco Pimentel

Deputado Federal Padre João

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O Estado é para cuidar, não para matar! Parem de matar as negras e os negros

Você já percebeu como a comoção social muitas vezes é seletiva, guiada por narrativas específicas? Infelizmente, é notável a falta de comoção popular diante das tragédias que atingem os mais pobres e excluídos. De fato, o cérebro é capaz de se acostumar mesmo em momentos tão difíceis, a partir de um processo denominado neuroplasticidade, como explica a neurocientista Eliane Comoli, docente do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.  E, ainda segundo estudos, o cérebro tem dificuldade de elaborar grandes quantidades numéricas. Mas isto não nos abona de buscar, sempre, ressaltar a realidade, buscar florecer uns dos mais puros sentimentos humanos: a compaixão e o desejo por justiça. Não apenas pela passagem do “Dia da Consciência Negra”. Mas, sim, por necessidade de que esta consciência realmente se estabeleça.


A morte de jovens como Guilherme Gomes da Silva, de 17 anos, na Bahia, e Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, no Rio de Janeiro, ambos vítimas de ações violentas da polícia, passa despercebida por grande parte da sociedade. Em 2022, 83% das vítimas de intervenções policiais eram negras, e 52,9% tinham entre 12 e 24 anos, uma verdadeira tragédia que parece não gerar a indignação devida.

A letra da música “80 tiros – Guadalupe chorou”, de Vinny Santa Fé, encapsula de maneira impactante a realidade de um Brasil marcado pela violência: “Você confunde o cidadão trabalhador. Aponta a mira e depois faz o que quer. E na sequência mais um pai deixa seu filho. Mais um filho sem seu pai. E mais luto de mulher. O mundo sangra todo dia. Pela falta de amor”.

Enquanto mais de 5 mil crianças palestinas perdem a vida e jovens negros sucumbem diariamente em operações policiais, as balas no Brasil parecem ter um alvo definido: pessoas negras, predominantemente jovens e, cada vez mais, crianças.

No ambiente no qual a prevalência deveria ser a educação, os dados são alarmantes. Sete em cada dez educadores(as) brasileiros(as) dizem ter escutado piadas racistas em seu espaço de trabalho, seja por parte de estudantes, professores(as) ou funcionários(as). O dado foi apresentado na pesquisa “Sua Escola É (Anti)racista?”, realizada pela ONG Quero na Escola, de fevereiro a maio deste ano. Questionados(as) sobre sofrer racismo no espaço escolar, 23% dos(as) professores(as) apontam já ter sofrido algum tipo de discriminação racial. Entre as pessoas declaradas pretas, a situação é assustadora, cerca de 90% já enfrentaram uma situação de intolerância, enquanto pessoas pardas apontam um índice de 39%.

Em Minas Gerais, nos últimos dez anos, quase 1.300 vidas foram ceifadas devido a intervenções policiais. Em 90% dos casos, PMs foram os responsáveis, vitimando homens (97%), com idades entre 12 e 29 anos (67%), predominantemente pretos ou pardos (68,4%).

O sangue continua sendo derramado, e a impunidade persiste. Os culpados são protegidos, enquanto as vítimas são estigmatizadas como criminosas, como se merecessem tal destino. As vítimas negras não são meros acidentes, mas alvos premeditados.

Diante desse cenário, surge a pergunta: o que estamos fazendo é realmente suficiente? A resposta é não. Não podemos nos calar, não devemos ter medo. É hora de denunciar, cobrar cada órgão responsável para que cada culpado seja julgado e punido.

Em 2023, o governo federal deu um passo importante para enfrentar a questão histórica do racismo no país com a criação do Ministério da Igualdade Racial. Apoiamos plenamente a ministra Anielle Franco em sua missão monumental à frente desta pasta.

O Brasil é de todos, e o projeto “Juntos para Servir” é construído na base popular para defender todos os mineiros e mineiras. Estamos ao lado dos companheiros e companheiras negras e não descansaremos até que todas essas violências diárias sejam reconhecidas e combatidas. Saibam que podem contar conosco para o que for necessário nessa pauta. Embora não tenhamos o lugar de fala, sempre cederemos o nosso espaço para somar nessa luta.

Projeto “Juntos para Servir”

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