Audiência Pública sobre TEA na Câmara Municipal

Políticas públicas municipais voltadas para o Transtorno do Espectro Autista em debate

Amanhã, dia 9 de novembro, às 15h, no Plenário da Câmara Municipal, acontecerá Audiência Pública com o tema “Transtorno do Espectro Autista (TEA): políticas
públicas municipais”. A audiência foi um pedido de munícipes à Casa Legislativa.
Ouro Branco conta com a Lei Municipal nº 2495, de 19 de agosto de 2021, que institui sobre políticas públicas do município de Ouro Branco para garantia, proteção
e ampliação dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. O projeto que deu origem à lei foi uma iniciativa de um munícipe,
que teve sua ideia acolhida e aprovada por todos os vereadores.
Pela Lei Municipal nº 2495, é garantido no município de Ouro Branco a promoção de campanhas para conscientização sobre o TEA; atenção integral às necessidades de saúde deste público; estímulo à formação e à inserção no mercado de trabalho; promoção de um censo e de um cadastro para identificação das pessoas com o transtorno em Ouro Branco; garantia de acesso a diagnóstico precoce pelo município; direito a vagas exclusivas de estacionamento; passe livre para autistas carentes; carteira de identificação gratuita; instituição do uso do “colar do girassol” ou do “laço quebra-cabeça” como instrumento auxiliar de orientação de pessoas com deficiência não visível; entre outras.
O acesso a tratamentos adequados e políticas públicas eficientes podem fazer a diferença no desenvolvimento de quem possui o transtorno. Também é necessário
fazer valer as leis já existentes para uma melhor qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.
Estarão presentes na Audiência, conselheiros municipais da ONDA (Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas), representantes do TEAR (Grupo de pais e
de autistas de Ouro Branco), Dra. Débora Pereira, vice-presidente da OAB Seção Ouro Branco, os secretários municipais de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e o Procurador Municipal, além dos vereadores, anfitriões do evento.

FCDL e PROVE promovem debate com candidatos de Lafaiete e região; encontro na UNA apresentou propostas

Projeto Voto Ético (PROVE) e pela Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL) promovem hoje (22), a partir das 19:00 horas, o segundo bate papo com os candidatos a deputado federal e estadual com a presença dos postulantes locais e regionais.
O evento será dividido em dois blocos. No primeiro ocorre a apresentação das propostas dos candidatos estaduais e após os federais. Entre os blocos haverá um intervalo de 10 minutos.
Para o evento acontecerá um sorteio da ordem de apresentação dos candidatos que, conforme forem chamados farão suas apresentações e responderão à uma pergunta que também será sorteada.
Os candidatos terão o prazo de 6 minutos no total: para se apresentarem, responderem à pergunta e na sequência para o encerramento/considerações finais. Os prazos serão rigorosamente cumpridos.
O cronômetro aparecerá no projetor do palco e os microfones serão desligados ao final do tempo de cada apresentação.

Bate papo na UMA

Na noite de ontem (21), a Faculdade UNA promoveu um encontro com os pretendentes de Lafaiete. No primeiro bloco, eles se apresentaram e, no sorteio, a candidata a deputada federal, Elisa Lopes (PSDB), abriu o evento citando a reforma tributária e voto distrital como uma de suas bandeiras no Congresso.
A candidata a deputada estadual, Zilda Helena (PT), enumerou o social como sua principal proposta. De Paula, postulante a deputado estadual, citou o passe livre estadual e criação da região metropolitana do Alto Paraopeba como suas propostas de seu plano na Assembleia de Minas.
Aloísio de Rezende (PP) candidato a deputado estadual, classificou o desenvolvimento econômico com sua proposta e Neuza Mapa, candidata a deputada federal, citou o apoio a programas voltados às mulheres.
Marco Antônio, postulante a deputado estadual, comentou que uma de suas principais propostas será a criação do centro integral de saúde da mulher. Pastor Chrystian Dias (Avante), candidato a deputado estadual, comentou sobre seus projetos na área social e esportiva, citando o lema “Deus, pátria, família e liberdade”.
Giuseppe Laporte (MDB), candidato a deputado estadual, assinalou a saúde como sua principal causa. Marcello Mafuz (PTB), pretendente a uma cadeira no Congresso Nacional, enumerou a BR 040 como um dos principais desafios.
O petista Manoel Vespúcio, candidato a deputado federal, citou sua trajetória política e o candidato a deputado federal, Dr. Júlio Barros (REDE), a reforma psiquiátrica como uma de suas causas.

Semana decisiva: hoje (21) tem debate com candidatos a deputado federal e estadual na UNA Lafaiete

Acontece hoje (21) a partir das 19:00 horas o bate papo com os candidatos a deputado estadual e federal promovido na UNA Conselheiro Lafaiete. O evento acontece no auditório da faculdade com capacidade para 90 pessoas sentadas compostas apenas como alunos, professores e convidados. Haverá transmissão pelo canal da UNA.
O bate papo será conduzido por mediador responsável pela apresentação e leitura das regras, bem como a condução dos blocos. Um púlpito estará disponível um púlpito para as explanações.
O evento terá 3 blocos e o primeiro com 7,5 minutos onde os candidatos farão apresentações livres contando a sua trajetória política, plano de governo e demais informações que julgar pertinente. O mediador sorteará, no momento do bate papo, o candidato que fará a primeira apresentação e a sequência.
O segundo bloco terá 40 minutos com temas livres nos quais candidatos responderão as perguntas pré-sełecionadas pela comissão organizadora, feitas pelos professores da faculdade. Neste bloco os candidatos serão chamados individualmente para responder no púlpito, conforme sorteio feito pelo mediador. Os assessores não poderão realizar perguntas a seus candidatos e aos oponentes.
No 3º e último bloco com 32 minutos, será dedicado às considerações finais dos candidatos. O mediador chamará ao púlpito os candidatos, que terão 3 minutos para considerações finais.
O bate papo terá 5 minutos de intervalo entre o primeiro e o segundo bloco, e 3 minutos entre o segundo e o terceiro.
Pelas regras, o candidato que se sentir alvo de alguma ofensa pessoal ou de uma calúnia, pode pedir o direito de resposta que será encaminhado à comissão composta pela comissão jurídica,

Amanhã (22), acontece na FDCL um novo debate a partir das 19:00 horas.

Aumento da produção de minério de ferro em Congonhas será tema de debate

CSN conseguiu licença para expandir atividades, mas ainda não cumpriu recomendações do MPMG feitas em 2019

A autorização, concedida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) para a expansão da exploração mineral no complexo minerário Casa de Pedra, em Congonhas (Região Central), será tema de audiência pública nesta terça-feira (23/8/22). A reunião, a ser realizada pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), será às 14h30 no Auditório José Alencar.

A licença ambiental para a expansão foi concedida pelo Copam na reunião do dia 29 de abril, a mesma em que foi concedida licença para a mineração na Serra da Curral, que gerou ampla mobilização da sociedade civil e de parlamentares.

Segundo informações do gabinete da deputada Beatriz Cerqueira (PT), autora do requerimento para a audiência pública, na ocasião em que a licença foi concedida, membros da sociedade civil já questionaram a análise conjunta de dois pedidos complexos. 

Situação da Mina Casa de Pedra será debatida em audiência – Arquivo ALMG – Foto:Sarah Torres

Comunidade teme riscos

Em Congonhas, a empresa responsável pela planta minerária é a CSN. Ainda de acordo com o gabinete de Beatriz Cerqueira, as comunidades de Congonhas já estão em disputa com a mineradora pelo menos desde 2005. Abaixo da barragem da Mina Casa de Pedra, vivem cerca de 4.800 pessoas distribuídas por quatro bairros: Cristo Rei, Eldorado, Residencial Gualter Monteiro e Royal Park. 

Os moradores vêm denunciando problemas nessa barragem e falta de informações por parte da empresa. Em 2019, a promotoria de Congonhas chegou a recomendar a retirada dos moradores dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro e que eles tivessem seus alugueis custeados pela minerados.

Ainda, foi recomendada o remanejamento da Creche Municipal Dom Luciano e da Escola Municipal Conceição Lima, que estão na área que pode ser inundada caso a barragem se rompa.

Apesar disso, nenhuma das recomendações foi seguida, de forma que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma Ação Civil Pública, atualmente em tramitação no Tribunal de Justiça. De acordo com as informações do gabinete da deputada Beatriz Cerqueira, além de nenhuma família ter sido realocada, os alunos da creche foram enviados para instituições em munícios vizinhos.

Mobilização da população para ir a BH e participar da audiência
Vai acontecer Audiência Pública no dia 23 de agosto, terça-feira, 14:30, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (BH) sobre expansão da CSN em Congonhas. Aumentar a produção significa mais exploração e mais risco para as famílias atingidas. O MAB e seus parceiros ( UNACCON, IHGC, ACLAC e outras entidades) estão organizando ônibus, sem custo de passagem, para garantir nossa participação e mostra à CSN a insatisfação da população de Congonhas. Será uma grande mobilização! Saída do ônibus para BH:
. Dia 23 de agosto
. Saída 12h
. Local Poliesportivo Congonhas

COM INFORMAÇÕES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS

14º salário do INSS volta a ser debatido com a aprovação dos parlamentares

O Projeto de Lei que prevê o pagamento excepcional de um 14º salário do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) voltou a andar na Câmara dos Deputados. A proposta foi apresentada em 2020, devido ao estado de calamidade pública gerada pela pandemia.

O pagamento do 14º salário do INSS, quando foi apresentado pela primeira vez, tinha como objetivo ajudar os aposentados, pensionistas e demais segurados a pagar as despesas extras geradas pela pandemia de Covid-19.

Porém, devido ao pagamento do Auxílio emergencial, o Projeto de Lei do 14º salário do INSS não chegou a ser votado. No ano passado, ainda diante da pandemia, o tema voltou a ser discutido, porém, também não teve andamento.

Neste ano, a proposta começou a andar na Câmara dos Deputados. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) apresentou um parecer favorável. Com isso, a proposta será agora discutida por uma comissão especial sobre o tema.

Valor do 14º salário do INSS

A primeira sugestão, apresentada em 2020, era pagar duas parcelas extras do 13º do INSS, com um limite de até dois salários mínimos. Caso isso aconteça neste ano, os segurados poderão receber até R$ 2.224,00.

Com isso, os custos para os cofres públicos seriam entre R$ 76 bilhões e R$ 81,4 bilhões, de acordo com o relatório apresentado na Câmara. O pagamento deve ser custeado com aumento da alíquota sobre lucro dos setores bancário, de combustível e de energia. 

Quem tem direito ao 14º salário do INSS?

O pagamento do 14º salário do INSS, caso seja pago, irá contemplar cerca de 31 milhões de beneficiários que hoje recebem aposentadoria, pensão e auxílios. Os segurados que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e renda mensal vitalícia não têm direito ao 13º salário.

Portanto, não devem receber o pagamento extra. A quantia seria para minimizar as despesas que a pandemia trouxe aos segurados, principalmente os gastos com saúde.

Porém, a proposta divide opiniões e quem é contra afirma que ao aumentar os tributos para bancar o pagamento extra fará com que o brasileiro acabe pagando a conta de outra forma. Assim, a economia familiar, já fragilizada pela inflaçao, seria ainda mais afetada, colando o brasileiro em risco.

FONTE FDR

Audiência sobre agrotóxicos pulverizáveis atualiza o debate sobre o problema de saúde pública provocado pelos venenos em uso nas lavouras

Por Padre João – Deputado Federal (PT)

Na tarde de quarta-feira (11/05) uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, requerida pelo nosso mandato, comprovou que o tema dos agrotóxicos, no caso dos pulverizáveis, mobiliza fortemente a sociedade civil. A audiência de ontem disponibilizou informações e análises que evidenciam que o debate acerca dos agrotóxicos prossegue vivo, mesmo depois da aprovação do Pacote de Veneno, expresso pelo Projeto de Lei 6299, ter sido aprovado na Câmara (segue em tramitação no Senado).

O assunto dos agrotóxicos foi levado ao debate em audiência pública motivado pela contaminação de lavouras e agricultores familiares no município de Pompéu, na região Central de Minas Gerais. A tragédia dos venenos pulverizados pelo agronegócio foi lembrada em outros casos de impacto na saúde de trabalhadores e na produção agrícola familiar como no Rio Grande do Sul e Ceará.


Wilton de Almeida, representante da Comunidade Quilombola Saco Barreiro, contou que lutam há muito tempo com os agrotóxicos pulverizáveis e o problema está cada vez mais grave. “Um médico que fazia atendimento na comunidade, Dr. Onofre, estava presente quando bateram a pulverização e passou mal. Ele perguntou como a gente estava aguentando isso…”. Wilton contou que os animais da mata como as cobras estão invadindo as casas dos moradores da comunidade, fugindo do mato e da pulverização de veneno.

Nosso mandato pôde comprovar as denúncias de Wilton em três visitas que fizemos ao quilombo, a mais recente há 15 dias. Verificamos a perda de hortaliças, especialmente folhosas, sensíveis aos venenos e a morte de peixes. Também podemos ouvir o relato de um agricultor de um assentamento de reforma agrária próximo dali que perdeu toda a lavoura de melancia por causa da pulverização de agrotóxico. No quilombo Saco do Barreiro, onde vive Wilton, a área total é de sete hectares para 17 famílias.

Jadir Oliveira, assessor ambiental da empresa Agroindustrial de Pompeu, Agropeu, esteve presente na audiência e disse que iria falar da importância da empresa para o município de Pompéu. “A Agropeu tem raízes locais, de 1981, tem 40 anos, concentra geração de empregos e tributos no município, possui atividades ambientais e outorgas regularizadas”, defendeu. Prosseguiu dizendo que a empresa apoia a Apae, a Santa Casa, o asilo, a PM e instituições religiosas de Pompéu. “É a maior empregadora da região, com mil empregos diretos”, detalhou o técnico da empresa, destacando que o negócio usa as melhores práticas de manejo do solo e busca parcerias com as comunidades próximas. Disse que empresa não faz aplicação aérea de agrotóxicos e que está aberta ao diálogo com as comunidades locais. Jadir Oliveira não respondeu às denúncias de contaminação por pulverização de agrotóxicos no Quilombo Saco do Barreiro feitas pelo agricultor Wilton que o antecedeu na fala na audiência.

Ana Paula Carvalho de Medeiros, procuradora federal, Coordenadora Adjunta do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos de Agrotóxicos, confirmou os problemas com os pulverizáveis que chegam ao Ministério Público. “Não é de hoje que a pulverização aérea de agrotóxicos vem causando significativos danos à saúde, ao meio ambiente e econômicos também”, disse referindo-se às contaminações em Chapada do Apodi, no Ceará e em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, no assentamento Santa Rita de Cássia, que impôs grandes perdas aos pequenos produtores agroecológicos do assentamento, além, segundo ela, das perdas relacionadas à mortandade de abelhas e desaparecimento de colmeias. Ela lembrou que decisão judicial – movida por várias entidades – suspende novas pulverizações de veneno na fazenda vizinha ao assentamento gaúcho até que sejam estabelecidas normas específicas para controle da atividade.

A procuradora continuou. “Segundo a Embrapa, a deriva (escape de veneno pulverizado nas plantações), no caso das pulverizações aéreas, chega a 19% do volume de agrotóxico pulverizado, isso se observados os cuidados com equipamentos e adequações ambientais”, frisou, dizendo que há comprovações de que a deriva pode chegar a até 32 km da área onde foi aplicado o agrotóxico. Ela repassou a informação do Ibama, de que 20% dos agrotóxicos são aplicados por avião no Brasil. Há dois anos foram vendidas 685 mil toneladas de ingredientes ativos de agrotóxicos químicos e bioquímicos sendo que mais de 20 mil toneladas desse total foram levadas a outras áreas por meio da pulverização aérea.

Conforme Ana Paula, a pulverização de veneno nas fazendas é autorizada por diversos órgãos governamentais. “Mas faltam equipes, equipes são reduzidas e equipamentos para fiscalização, planos de voos, relatórios operacionais em papel, além de que não existe sistema de monitoramento informatizado. Isso contribui para situações irregulares e danos à população”, avaliou. Segunda ela, para manter a pulverização permitida por lei, é indispensável fiscalização eficiente e sistema de monitoramento.

Ainda segundo a procuradora, estudo da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), de 2017: indica que a adoção do sistema proposto, de rastreamento eletrônico de aeronaves agrícolas, pode possibilitar uso racional e queda substancial dos custos de fiscalização, aumento da produtividade das equipes de fiscalização, o aumento da segurança das operações de fiscalização e uma diminuição da concorrência desleal beneficiando os operadores regulares da atividade. A Diretoria da Anac não encampou a proposta que foi encaminhada e está em pauta no Ministério da Agricultura e Agropecuária (MAPA).

Já Myriam Coelho, Conselheira Nacional de Saúde, Coordenadora da Comissão Intersetorial Alimentação e Nutrição, comemorou que a discussão sobre os agrotóxicos pulverizáveis esteja sendo feita na audiência pública, após aprovação do Pacote do Veneno (PL 6299) na Câmara dos Deputados. Segundo Míriam, o tema dos agrotóxicos esteve presente nos três eixos de discussão da 16ª Conferência Nacional de Saúde cujos relatórios expressam a reflexão sobre saúde dos 5.568 municípios brasileiros e criticou: “ a produção agrícola do agronegócio repercute pouco na alimentação e saúde dos brasileiros já que 70% da nossa alimentação vêm da agricultura familiar”. A conselheira ponderou que os venenos dos agrotóxicos mais prejudicam do que contribuem com a saúde da população.

Uellen Lisoski Collato, da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA admitiu que é um desafio muito grande para o Ministério da Agricultura obter sucesso na fiscalização da aviação agrícola. Segundo a servidora, 90% dos produtos oriundos da agricultura brasileira estariam dentro da conformidade: “estamos cientes de que precisamos aprimorar. A legislação da aviação agrícola está sendo revista e procuramos agilizar as denúncias”, disse. Uellen disse que só estava sabendo das denúncias sobre as pulverizações em Pompéu agora e que por isso não teria como se pronunciar sobre elas. Nosso mandato informou à servidora do MAPA que vai formalizar a denúncia ao Ministério uma vez que tínhamos presenciado os problemas com a pulverização no Quilombo Saco do Barreiro e em assentamento próximo dali.

Marcela Ferreira Rocha, da Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), explicou que o órgão trabalha com fiscalização uso e comércio de agrotóxico e que ela fora servidora do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Em Minas, são 54 prestadores de serviço de aplicação aérea. Fiscalizamos se produto (agrotóxico pulverizável) é autorizado, se tem receituário agronômico e a comercialização. Ela disse que o Estado se pauta pela legislação federal sobre o assunto e também disse que não chegou denúncia das contaminações em Pompéu e admitiu quadro reduzido de pessoal para fiscalização.

O Coordenador Técnico de Agroecologia da Emater, Fernando Tinoco, observou que é possível ter produtividade e redução de custos sem usar veneno nas lavouras. “Temos produção extensiva da cana no Triângulo com produtividade muito superior à produção de cana sem veneno. Números bastante interessantes tanto na produtividade quanto aos custos com o uso de pó de rocha e micro-organismos associados a compostos orgânicos”, disse, reiterando que as práticas limpas de veneno exigem estudo e capacitação e que as tecnologias em teste existem há menos de cinco anos.
Gabriel Colle, Sindag, Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola, reforçou a necessidade de capacitação dos pilotos para o trabalho de pulverização agrícola. “Trabalhar na aviação agrícola exige altíssimo nível de capacitação. Só quando chega a 370 horas de voo, o piloto pode fazer o curso de aviação agrícola. E cada aeronave tem que ter um técnico agrícola junto. Há gestão de segurança que precisa ser feita”, indicou, citando que atualmente existem 2434 aeronaves agrícolas no país.

Luis Cláudio Meirelles, pesquisador, representante da Fundação Osvaldo Cruz e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e membro do Fórum Nacional de Combate aos Impactos de Agrotóxicos e Transgênicos mencionou que “é muito oportuno discutir o tema nessa Comissão dada à violação que se apresenta. Assistimos o uso crescente dos agrotóxicos e de substâncias perigosas; volume de agrotóxicos em território nacional, 67% dele, é constituído de substâncias cancerígenas ou disruptoras endócrinas”. “Essa contaminação é invisível, se dá a longo prazo; não existe dose segura para substâncias que causam efeitos crônicos à saúde humana”, frisou.

Luis Cláudio denunciou que o país está avançando em terreno perigoso para a saúde humana no agronegócio: “estamos usando 40% dos produtos autorizados recentemente, sem avaliação técnica e científica devidas, proibidas na União Europeia. Estamos aumentando exposição da população. Houve aceleração de 5 vezes no registro destes produtos, sendo que, de 85% a 90%, têm perfil indesejado para a saúde pública.

“Estamos assistindo a uma erosão na estratégia de reavaliação de agrotóxicos, monitoramento de resíduos e fiscalização de agrotóxicos. Para quem trabalha na área científica está difícil obter esses dados, existe lentidão tremenda para garantir resultados na saúde pública”. Ele contestou a informação do MAPA de que os produtos da agricultura estão em conformidade. “60% dos alimentos estão com resíduos de agrotóxico, sendo 30% na faixa da irregularidade. O que mudou foi o método para aferir a presença desses agrotóxicos (no Ministério da Agricultura). O pesquisador da Fiocruz concluiu que o uso dos agrotóxicos é grave problema de saúde pública que a sociedade brasileira precisa enfrentar.

Renato Roseno, deputado cearense e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de seu Estado, citou a criação da Lei Zé Maria do Tomé, em homenagem a agricultor que lutou contra o uso dos agrotóxicos e foi assassinado por empresários do agronegócio. A norma bane o uso de pulverização de agrotóxicos no Ceará e gerou contestação no STF, mas segue em vigor. Roseno conclui que “o pacote tecnológico do agronegócio, baseado no uso intensivo de agrotóxicos para a fruticultura de exportação em todo o país se repete no Ceará, no Rio Grande do Norte” Segundo ele, a história se repete com os venenos pulverizados em Pompéu, em Minas Gerais ou no assentamento de reforma agrária em Santa Rita, no Rio Grande do Sul.

Audiência pública vai debater abandono do parque de exposições; local virou depósito de escória, mato e sujeira

É de longa data a situação do melhor aproveitamento do parque de Exposições Tancredo Neves. Sem eventos, em função da pandemia a estrutura vem se deteriorando aos longos dos anos, principalmente com as intensas chuvas deste ano.

O tema veio a baila na semana passada quando os vereadores apresentam um requerimento cobrando um plano de modernização e estruturação do equipamento.
Em uma área privilegiada, à beira da BR 040, o parque tem um potencial de alavancar o setor de eventos. Os vereadores defenderam o uso permanente da estrutura em especial para valorização da classe artística local e dos movimentos culturais.

A situação de abandono gerou um requerimento que será aprovado na reunião desta terça-feira (22) quando será debatida a utilização do Parque de Exposições “Presidente Tancredo Neves”.

Para esta Audiência serão convidados Rafael Castro Lana, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico; Daniel Coelho, Secretário Municipal de Obras e Meio Ambiente; Geraldo Lafayette, Secretário Municipal de Cultura.

Situação precária

Nossa reportagem esteve hoje no Parque de Exposições e deparou como o local usado como depósito de escória e alguns pontos tomados pelo mato e sujeira, ruas tomadas por buracos e entrada abandonada. Um local detomado.

Um cenário de desolação. Alguns caminhantes relataram muita poeira no local pela pavimentação de caminhões e tratores. “Muitas pessoas desistiram de fazer suas caminhadas pela total precariedade do parque. Ele foi totalmente abandonado”, disse um casal a nossa reportagem.

Leia mais

Cenário de guerra: lafaietense denuncia cenário de depredação do parque de exposições

https://www.youtube.com/watch?v=oeVP0LvQRik

Professor Luiz Dendê debate Capoeira de Angola e racismo com ativistas

No Dia Nacional da Consciência Negra, o o professor Luiz Dendê promoveu um debate com o setorial de combate ao racismo do PT de Lafaiete.

O Encontro frisou que a Capoeira de Angola joga na construção de um papel coletivo importante na identidade cultural afrodescendente em busca de direitos e deveres iguais para todas as raças que compõem a sociedade.

Para o professor , Luiz Dendê,” o racismo contra os negros é comprovado no dia a dia e a capoeira não é o fim e sim, um meio para combater a intolerância, a discriminação e fortalecer o espírito humano em busca da solidariedade e da fraternidade entre as raças”. Os participantes do evento, discutiram e conheceram um pouco da história da capoeira no Brasil, cantaram e tocaram as músicas e os instrumentos da capoeira.

No encerramento, o casal Mouton recitou um belo poema de autoria da Elizabtety Mouton em homenagem a luta dos negros contra a intolerância racial no Brasil e no mundo.

https://youtu.be/chNRENk0-FE

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL

Segundo a Vale, foi assinado um contrato de venda dos ativos de ferroligas de Manganês nos municípios Barbacena, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, para o grupo VDL.

A Câmara Municipal de Ouro Preto realizou uma Audiência Pública para tratar dos impactos socioeconômicos e ambientais da venda da Vale Manganês S.A para o grupo VDL Siderúrgica de Itabirito. Foram convidados para compor a mesa secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco de Assis, e o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Habilitação e Cidadania, Edvaldo César Rocha. Como convidados estavam Roberto Carvalho e Luís Reis, do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, Valdeci Coelho, do sindicato dos metalúrgico de Barbacena, e Valério Vieira, da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP).

Um representante da VDL e outro da Vale Manganês também foram convidados para participar da Audiência Pública, porém não estiveram presentes. Referente à VDL, a funcionária da Câmara Elizabeth Chades Pinheiro, produziu uma certidão dizendo que os representantes da empresa negaram receber o convite dizendo que não existia nenhuma compra da Vale Manganês pelo grupo VDL. Sobre a Vale, foi dito que a empresa assinou em 28 de setembro deste ano um contrato de venda dos ativos de ferroligas de Manganês nos municípios Barbacena, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, para o grupo VDL, um conglomerado empresarial que atua nos segmentos de transporte, mineração e siderurgia.

Ainda de acordo com a Vale, a conclusão da transação ainda está sujeita a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Cerca de 500 empregados próprios e terceirizados que trabalham nas unidades serão transferidos para o grupo VDL, que dará continuidade às operações nós referidos municípios. “Prestaremos esclarecimentos após o anúncio oficial da aquisição, ressaltando que se trata de uma transação de caráter privado, com a existência de aspectos comerciais de caráter confidencial”, finalizou o comunicado da Vale, lido pelo vereador Wanderley Kuruzu (PT), que presidiu a Audiência Pública.

Essa foi a segunda Audiência Pública para tratar do assunto, porém, por falha de comunicação por parte da Câmara Municipal, as empresas não haviam sido convidadas na primeira reunião. Representando o Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, Roberto Carvalho manifestou sua insatisfação com a ausência das duas empresas na Audiência Pública. Ele revelou ainda que a transação já houve aprovação do CADE, contrariando o que a Vale manifestou à Casa Legislativa de Ouro Preto.

“É um total desrespeito a essa Casa e ao próprio Município, que só foi avisado dessa possível transferência após a primeira audiência. Já está aprovado pelo CADE, sem restrição. Ficamos indignados com a ausência das empresas, uma ainda se recusou a receber o convite. O que é isso? Audiência Pública é para tratar das discussões das preocupações dos trabalhadores. Até então, o que existe de encontros entre empresa e sindicato é de esquiva da discussão por parte da empresa, dos interesses e preocupações dos trabalhadores. Imagina o trabalhador que não quer ser contratado, ele terá direito de ser demitido pela empresa primeira? Isso deveria ser discutido antes da transferência dos ativos da Vale Manganês para o grupo VDL. Então, uma total indignação pelo desrespeito das duas empresas, que deveriam estar presentes para tratar do assunto”, disse Roberto Carvalho.

O representante do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto relatou em sua fala que a Vale tem mostrado falta de interesse em manter todos os ativos dela que não sejam relacionados com a mineração. A Vale Manganês, portanto, é uma empresa siderúrgica que está nessa relação de descarte para a venda. Várias empresas participaram do trâmite, de acordo com Roberto, e duas foram selecionadas: o grupo Maringá e o grupo VDL, sendo a segunda a escolhida para negociar.

“Em momento algum nós fomos chamados nesse processo para colocar a demanda dos trabalhadores. A gente entende que é um assunto privado, mas tudo que é de interesse dos trabalhadores, o sindicato tem que correr atrás e buscar atender as preocupações. A Vale nunca colocou nada formal da manutenção das conquistas e dos empregos. O que ela tentou foi desviar o foco, discutindo uma questão de insalubridade”, relatou Roberto Carvalho.

Se não houver mais nenhum órgão refutando a ação e o CAD já tiver autorizado a transação, a venda pode acontecer na próxima quinta-feira, 18 de novembro, segundo Roberto.

A união dos três sindicatos — de Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto — se deu porque o problema era comum em todas as unidades, e foi montado um plano de ação, que tem ações de cunho político, que, de acordo com Roberto Carvalho, já estão acontecendo, e jurídico, que estão em processo de elaboração.

“Tivemos uma reunião com o prefeito (de Ouro Preto) que se mostrou sensibilizado com a demanda dos trabalhadores, se comprometeu a chamar a VDL para conversar para a manutenção das nossas conquistas. Teve a segunda Audiência Pública e estamos estudando junto com políticos na esfera estadual e federal para essa continuidade das discussões, caso a gente não evolua no atendimento dos interesses da classe trabalhadora”, finalizou Roberto Carvalho.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Facebook / CMOP

Os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto explanaram dados indicando os impactos socioeconômicos dos benefícios conquistados pelos trabalhadores da Vale Manganês. Veja:

  1. Cartão-alimentação de R$ 715, que perfaz, com o número total de trabalhadores, o valor de R$ 53.625, que é movimentado mensalmente na economia local. Isso é uma estimativa de produção com dois fornos, mas existe a estimativa de um cenário da reativação de um antigo forno, que é o maior da produção, chamado R1. Assim, haveria cerca de mais 300 trabalhadores e o valor gasto mensalmente na cidade passaria a ser R$ 214.500.
  2. Participação em lucros e resultados, que movimenta em média R$ 630 mil na economia local durante o ano. Com o terceiro forno, o valor passaria a ser R$ 2,52 milhões.
  3. Plano de saúde, com auxílio de aquisição de medicamentos que faz uma movimentação no setor farmacológico da região de aproximadamente R$ 150 mil, com o terceiro forno passaria para R$ 600 mil.
  4. Auxílio em cursos técnicos e superiores, auxílio creche, movimentando valores significativos nos empreendimentos de ensino particulares da região.

Além disso, ainda há os impostos que envolvem todos esses benefícios que também vão para os cofres públicos.

“Nossa preocupação é que na transferência dos ativos, a gente perca isso, não queremos nada além da manutenção das conquistas e do salário”, Luís Reis.

Com isso, o Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto fez os seguintes encaminhamentos na Audiência Pública:

  • Entrega do Acordo Coletivo de Trabalho para o período de 2021/2022.
  • Que a comissão a ser criada busque junto ao Executivo municipal a mediação entre sindicato, trabalhadores e o grupo VDL para debate das preocupações e demandas dos trabalhadores.
  • Criação de uma comissão, com a participação de representantes dos sindicatos, do Legislativo e Executivo municipal, com o objetivo de garantir o cumprimento dos encaminhamentos extraídos desta audiência, bem como a promoção de ações no âmbito municipal, estadual, federal e judicial através do Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho.
  • Representação encaminhada à empresa com a solicitação do pedido de manutenção dos acordos de trabalho e seus aditivos oriundos dos acordos anteriores firmados com a empresa Vale Manganês para a adquirente VDL Siderúrgica Itabirito.
  • Representação à Vale Manganês encaminhando as reivindicações apresentadas pelo Sindicato do Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Barbacena e Sindicato dos Trabalhadores de Conselheiro Lafaiete às empresas Vale Manganês e a VDL Siderúrgica Itabirito, para saber:
    – Garantia de demissão pela Vale Manganês com todos os direitos trabalhistas para todos os empregados que não quiserem ser transferidos;
    – Estabilidade de emprego para todos os trabalhadores transferidos no período mínimo de 12 meses, exceto para os trabalhadores em via de aposentadoria, nos próximos 24 meses, estes deverão ter garantia de emprego até a efetivação de sua aposentadoria;
    – Manutenção do processo de negociação nos moldes de hoje, via acordo coletivo de trabalho com o sindicato da classe;
    – Manutenção de todas as conquistas adquiridas ao longo dos acordos coletivos, previstos no acordo coletivo pactuado em 11/12/2020, inclusive os termos aditivos;
    – Manutenção do plano de saúde AMS para todos os trabalhadores e dependentes em tratamento de saúde em qualquer especialidade e em tratamento prescrito pelo profissional responsável;
    – Manutenção de plano de saúde AMS para todos os aposentados por invalidez e seus dependentes;
    – Em relação a disparidade existente sobre os planos de saúde no mercado nas regiões de Ouro Preto, Mariana Barbacena e Conselheiro Lafaiete, solicitamos a migração do atual plano de saúde AMS para o plano Pasa Plus;
    – Garantia pela Vale Manganês do pagamento integral da PLR (participação nós lucros) do ano de 2021 a todos os trabalhadores, inclusive os que optarem pela demissão;
    – Garantia de estabilidade de emprego dos dirigentes sindicais do grupo Vale Manganês;
  • Requerimento direcionado à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal – Deputado Federal Padre João e encaminhados à Vale, solicitando as informações:
    a) Quais os passivos trabalhistas da antiga CPFL (Companhia Paulista de Ferro Ligas), hoje Vale Manganês, e quais as garantias serão transmitidas aos trabalhadores da ativa;
    b) Quais os ativos e passivos ambientais – se forem sanados ou se estão em andamento, bem como os termos de ajustamento firmados com o município de Ouro Preto com os órgãos ambientais.
  • Direcionar junto ao requerimento de abertura da CPI de pedido de desapropriação da área de aproximadamente 243 hectares nas proximidades da Rancharia, no bairro Saramenha em Ouro Preto, considerando que a Vale já possui um grande passivo ambiental.

CSP

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

O representante da CSP, Valério Vieira, vê uma tendência mundial dentro do mercado industrial a retirada de benefícios dos trabalhadores, bem como a redução da fiscalização da produção das empresas, visando a maior taxa de lucro. Valério ainda disse que vê a venda da Vale Manganês para o grupo VDL como uma ação “às escuras”, o que pode representar uma ameaça para os trabalhadores.

“Falta transparência na negociação para os trabalhadores de Ouro Preto, o que, para mim, sinaliza um golpe da Vale junto da VDL, para realmente abaixar as conquistas dos metalúrgicos e tenha uma taxa de lucro maior. Eu não vejo uma outra situação, da maneira que está sendo feita, as escuras. Se as empresas têm o interesse de manter a qualidade de vida dos trabalhadores, que estivesse aqui desde o início para conversar abertamente”, opinou Valério.

Meio Ambiente

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

O secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco de Assis, se pronunciou com acolhimento às demandas dos sindicatos, assim como o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Habitação e Cidadania, Edvaldo César Rocha. Francisco, ainda, chamou a atenção para os impactos ambientais contidos nessa transação, pois os ativos estão sendo vendidos, porém não se sabe qual será o futuro dos passivos da Vale Manganês.

“A gente percebe níveis de contaminação do lençol freático. Temos um aterro municipal que de um lado tem a Vale e do outro a Hindalco. Conto com a ajuda do sindicato para levantar todos os passivos ambientais, porque isso é uma página importante da sociedade de Ouro Preto, do nosso chão, que é constantemente explorado e, de repente, muda-se o CNPJ, o dono da empresa e o passivo fica com o nosso povo. Acho que devemos envolver a Bacia do Piranga, órgãos de proteção ambiental e vamos pensar possibilidades futuras de todos hectares que eram propriedade do nosso povo e que foi repassado a esses empreendimentos em nome da geração de emprego e renda”, disse Francisco de Assis.

Informações conflitantes

Francisco de Assis chamou a atenção sobre os conflitos nas informações contidas nos comunicados das empresas. No da Vale, fala-se da aprovação do CADE para a realização da transação, mas há uma documentação apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto que a venda já foi aprovada pelo conselho no dia 29 de outubro. “Falta comunicação ou é má intenção. Então, não vamos deixar barato de forma alguma”, complementou o secretário de Meio Ambiente.

Outro conflito de informações que chamou a atenção dos presentes na Câmara foi o fato de Sérgio Santos, representante da VDL, ter se recusado a pegar o convite para a audiência, dizendo que não existia nenhuma compra da Vale Manganês por parte do grupo VDL.

Ao mesmo tempo, em comunicado enviado à Câmara de Ouro Preto, a Vale confirma que assinou no dia 28 de setembro deste ano um contrato de venda dos ativos da ferroliga manganês dos municípios de Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto, em Minas Gerais, para o grupo VDL. “Alguém está mentindo aqui, mas para quê?”, questionou o vereador.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

Posicionamento da VDL

Após a Audiência Pública, o grupo VDL fez um posicionamento oficial em que confirma a compra da Vale Manganês, ainda sujeito à aprovação do CADE. Segundo a empresa, essa informação, bem como o posicionamento abaixo, foi encaminhado à Assessoria das Comissões da Câmara de Ouro Preto, na última quinta-feira, 11 de novembro, no mesmo dia da audiência.

Em seu comunicado, a VDL enfatiza que prevê integrar às suas operações 100% da estrutura e dos cerca de 500 empregados próprios e terceirizados, que trabalham nas unidades da Vale Manganês.

Veja o posicionamento da VDL na íntegra:

Atento e acompanhando a movimentação da Câmara Municipal de Ouro Preto (CMOP) e suas comissões, da Prefeitura e sindicatos do setor, o Grupo VDL confirma assinatura de acordo de compra dos ativos da Vale Manganês, no dia 28 de setembro, ainda sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Essa informação, bem como o posicionamento abaixo, foi encaminhado à Assessoria das Comissões da CMOP, no dia 11/11/2021.   

Enfatizamos que a companhia prevê integrar às suas operações 100% da estrutura e dos cerca de 500 empregados próprios e terceirizados, que trabalham nas unidades da Vale Manganês.

A aquisição das operações de Ouro Preto, Barbacena e Conselheiro Lafaiete tem grande sinergia com o braço industrial do Grupo, integra nossa visão de futuro para nossos negócios em ferroligas no Brasil e é parte relevante e fundamental da nossa estratégia de expansão nos setores de siderurgia e mineração.

O Grupo VDL entende a importância de se construir um diálogo e um relacionamento aberto e transparente com a gestão pública, população e instituições representativas do setor. Dessa forma, prestaremos eventuais esclarecimentos após anúncio oficial de aprovação da aquisição pelo CADE.”

Vale

Em contato com a redação do Mais Minas, a Vale informou que a conclusão do desinvestimento encerrará a atuação da mineradora nas atividades de produção de ferroligas de manganês, simplificando as operações da empresa e permitindo maior foco em seus ativos estratégicos. De acordo com a empresa, a transação não envolve os ativos de minério de manganês da companhia em outros estados.

FONTE MAIS MINAS

Itaverava se transforma em polo gastronômico da cachaça

O I Seminário do Turismo de Itaverava aconteceu nesta semana apresentando os avanços da política regional do turismo do alto Paraopeba e Vale do Piranga desenvolvido pelo Circuito Villas e Fazendas que comemora no ano de 20 anos de sua fundação.

O evento teve como uma das principais atrações o debate em torno da criação da primeira Associação de Produtores de Cachaça que propõe uma parceria com o poder publico e o Circuito Vilas e Fazenda transformando a cachaça em um produto agregador do turismo regional.

Para os idealizadores do projeto, a união dos empresários no ramo da cachaça é fundamental para o fortalecimento da atividade econômica na região que tradicionalmente já é reconhecida a nível estadual e nacional pela qualidade.

Segundo Antônio Sérgio, proprietário da Cachaçaria Vale do Piranga e da cachaça D”Vale, que palestrou sobre à criação da Associação, ele revelou a nossa reportagem que o objetivo da Associação é reunir os produtores de cachaça da região visando produzir uma cachaça de altíssima qualidade de forma sustentável agregado ao turismo rural, proporcionando um desenvolvimento econômico, social com sustentabilidade em respeito ao meio-ambiente e a cultura local.

Para o empresário Arnaldo Ribeiro, proprietário da Cana Brasil, o projeto requer muito trabalho, dedicação e levará um tempo para ganhar musculatura e citou na sua apresentação experiências exitosa em Parati-RJ e em Pernambuco, onde as cachaçarias além produzir cachaça oferece outros serviços ligados a cadeia produtiva do turismo.

Aproveitando o evento, o anfitrião do Seminário, o Prefeito José Flavianoa (PR), mais conhecido “Nô”, assinou um decreto criando o Polo Gastronômico da Cachaça Mineira no Município de Itaverava, incentivando os produtores a investir na sustentabilidade da produção da cachaça, agregando a cadeia produtiva do turismo.

Ao mesmo tempo em que o Seminário estava acontecendo, o deputado Glaycon Franco protocolou o PL nº 3.321/2021 na ALMG, declarando o método da cachaça do Vale Piranga, patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais. Foi entregue ao Prefeito “Nô” e ao presidente da Câmara, Vinicius Rezende, 2 quadros do artista piranguense Felipe Rodrigues, sobre o mapa antigo da região do Alto Paraopeoba e Vale do Piranga onde estão inseridos os 12 municípios.

Outros pontos

O Seminário teve outros pontos importantes que foram apresentados pela Sidneia Martins que falou sobre a caminhada dos 20 anos do Circuito Villas e Fazendas e os projetos desenvolvidos e a serem desenvolvidos como a nova rota turístico e o festival gastronômico.

A Emater, através do servidor Luiz Carlos, destacou a importância da agricultura familiar no desenvolvimento sustentável do turismo rural. A servidora Mila Ribeiro do setor do turismo de Itaverava apresentou o diagnostico da gastronomia e turismo de Itaverava.

O Seminário contou com a presença de prefeitos, vereadores, agentes culturais, produtores de cachaça e representantes do programa Germinas do governo de Minas que após o termino do Seminário realizaram reunião com os produtores de cachaça da região visando criar à Associação dos Produtores de Cachaça e Agro Sustentáveis do Alto Paraopeba e Vale do Piranga.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.