Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas

Doze espécies recém-descobertas de trilobitas permaneceram escondidas durante 490 milhões de anos numa parte pouco estudada da Tailândia. Agora, cientistas acreditam que elas podem ser as peças que faltavam num intrincado quebra-cabeças da Terra antiga.

Os trilobitas eram criaturas marinhas com cabeças em forma de meia-lua que respiravam pelas pernas. Algumas espécies de trilobitas, que foram extintas a 490 milhões de anos, permaneceram escondidas durante todo esse tempo em uma região pouco estudada da Tailândia – isso é, até serem recentemente descobertas por cientistas.

Os fósseis foram descobertos na costa de uma ilha chamada Ko Tarutao, que fica a cerca de 40 minutos do continente e faz parte de um parque da UNESCO. Tratam-se de 12 tipos de trilobitas que já foram vistos em outras partes do mundo, mas nunca antes na Tailândia – E isso intrigou os cientistas.

Acontece que a descoberta, na prática, é uma maneira de traçar a fonte geográfica da Tailândia. Os trilobitas viveram nas margens externas de Gondwana, um antigo supercontinente que incluía a Austrália. Com a descoberta destes fósseis, os cientistas conseguem finalmente conectar o passado da Tailândia com a Austrália.

Como os fósseis foram descobertos?

Os trilobitas ficaram presos entre camadas de cinzas petrificadas em arenito, resultado de antigas erupções vulcânicas que se depositaram no fundo do mar e formaram uma camada verde chamada tufo. Ao contrário de alguns outros tipos de rochas ou sedimentos, os tufos contêm cristais de zircão.

Cristal de Zircão
O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. Com ele, cientistas são capazes de datar precisamente a idade de erupções e fósseis antigos.

O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. É duro como o aço e, graças a isso, resiste à erosão muito mais do que outras rochas e materiais. Dentro desses cristais resilientes de zircão, átomos individuais de urânio decaem gradualmente e se transformam em átomos de chumbo.

Poucos lugares ao redor do mundo têm fósseis do final do período Cambriano. É um dos intervalos de tempo mais mal datados na história do planeta – Nigel Hughes, UC Riverside.

Graças à esse fenômeno, os cientistas são capazes de usar técnicas de radioisótopos para datar quando o zircão se formou, encontrando a idade da erupção e do fóssil. Neste caso, os cientistas descobriram que os fósseis eram do final do período Cambriano, entre 497 e 485 milhões de anos atrás – algo extremamente raro.

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas
Os trilobitas são uma das peças que faltava no quebra-cabeças da geografia do mundo antigo. Agora, os cientistas serão capazes de traçar as origens da Tailândia, e possivelmente também de outros locais com fósseis similares.

A descoberta é um marco porque não só permite determinar a idade dos fósseis encontrados na Tailândia, mas também outros fósseis semelhantes encontrados em outros locais do mundo, porém em materiais que não podem ser datados da mesma maneira que o Zircão.

Na prática, descobertas desse tipo permitem aos cientistas traçar a evolução dos continentes do planeta ao longo do tempo, conforme eles mudaram em geografia e localização. Neste caso específico, será finalmente possível descobrir onde a região que hoje é a Tailândia estava no passado, na época do supercontinente Gondwana – conectada à Austrália.

Descobertas desse tipo são como crônicas das mudanças evolutivas e das grandes extinções que o planeta deixou escritas para nós. Temos a sorte e o privilégio de tê-las para aprender sobre o passado do planeta e, dessa maneira, nos prepararmos para o futuro.

FONTE METEORED TEMPO

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas

Doze espécies recém-descobertas de trilobitas permaneceram escondidas durante 490 milhões de anos numa parte pouco estudada da Tailândia. Agora, cientistas acreditam que elas podem ser as peças que faltavam num intrincado quebra-cabeças da Terra antiga.

Os trilobitas eram criaturas marinhas com cabeças em forma de meia-lua que respiravam pelas pernas. Algumas espécies de trilobitas, que foram extintas a 490 milhões de anos, permaneceram escondidas durante todo esse tempo em uma região pouco estudada da Tailândia – isso é, até serem recentemente descobertas por cientistas.

Os fósseis foram descobertos na costa de uma ilha chamada Ko Tarutao, que fica a cerca de 40 minutos do continente e faz parte de um parque da UNESCO. Tratam-se de 12 tipos de trilobitas que já foram vistos em outras partes do mundo, mas nunca antes na Tailândia – E isso intrigou os cientistas.

Acontece que a descoberta, na prática, é uma maneira de traçar a fonte geográfica da Tailândia. Os trilobitas viveram nas margens externas de Gondwana, um antigo supercontinente que incluía a Austrália. Com a descoberta destes fósseis, os cientistas conseguem finalmente conectar o passado da Tailândia com a Austrália.

Como os fósseis foram descobertos?

Os trilobitas ficaram presos entre camadas de cinzas petrificadas em arenito, resultado de antigas erupções vulcânicas que se depositaram no fundo do mar e formaram uma camada verde chamada tufo. Ao contrário de alguns outros tipos de rochas ou sedimentos, os tufos contêm cristais de zircão.

Cristal de Zircão
O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. Com ele, cientistas são capazes de datar precisamente a idade de erupções e fósseis antigos.

O zircão é um material quimicamente estável, além de ser resistente ao calor e às intempéries. É duro como o aço e, graças a isso, resiste à erosão muito mais do que outras rochas e materiais. Dentro desses cristais resilientes de zircão, átomos individuais de urânio decaem gradualmente e se transformam em átomos de chumbo.

Poucos lugares ao redor do mundo têm fósseis do final do período Cambriano. É um dos intervalos de tempo mais mal datados na história do planeta – Nigel Hughes, UC Riverside.

Graças à esse fenômeno, os cientistas são capazes de usar técnicas de radioisótopos para datar quando o zircão se formou, encontrando a idade da erupção e do fóssil. Neste caso, os cientistas descobriram que os fósseis eram do final do período Cambriano, entre 497 e 485 milhões de anos atrás – algo extremamente raro.

Descoberta de criaturas extintas escondidas na Tailândia intriga cientistas
Os trilobitas são uma das peças que faltava no quebra-cabeças da geografia do mundo antigo. Agora, os cientistas serão capazes de traçar as origens da Tailândia, e possivelmente também de outros locais com fósseis similares.

A descoberta é um marco porque não só permite determinar a idade dos fósseis encontrados na Tailândia, mas também outros fósseis semelhantes encontrados em outros locais do mundo, porém em materiais que não podem ser datados da mesma maneira que o Zircão.

Na prática, descobertas desse tipo permitem aos cientistas traçar a evolução dos continentes do planeta ao longo do tempo, conforme eles mudaram em geografia e localização. Neste caso específico, será finalmente possível descobrir onde a região que hoje é a Tailândia estava no passado, na época do supercontinente Gondwana – conectada à Austrália.

Descobertas desse tipo são como crônicas das mudanças evolutivas e das grandes extinções que o planeta deixou escritas para nós. Temos a sorte e o privilégio de tê-las para aprender sobre o passado do planeta e, dessa maneira, nos prepararmos para o futuro.

FONTE METEORED TEMPO

Cinco mentiras sobre a história do Brasil

Do descobrimento à abolição da escravatura, especialista relembra momentos que não aconteceram exatamente como são contados

As caravelas portuguesas realmente erraram o caminho das Índias? A abolição da escravatura foi simplesmente um ato de bondade da Princesa Isabel? Dom Pedro I foi mesmo um libertador do Brasil?

A história é contada ao longo dos anos a partir de interesses, expectativas e pontos de vista diversos. “Porém, é importante considerar que a história se forma por um conhecimento vivo, em construção, e que se modifica a partir de novas compreensões, documentos, interpretações e fatos que antes eram desconhecidos”, aponta o especialista em Educação Internacional e professor de História do Colégio Positivo – Água Verde, em Curitiba (PR), Enzo Kalinke.

O professor acredita que alguns fatos são apresentados como coincidências históricas bastante curiosas, como a versão de que as caravelas portuguesas tinham as Índias como destino e encontraram o Brasil por engano. “Seria muita sorte dos portugueses, afinal, exatamente as três caravelas mais importantes de toda a caravana – as quais continham representantes dos reis, patrocinadores das navegações, padres e navegadores experientes – se perderem, enquanto as que continham os viajantes menos importantes na hierarquia seguiram o rumo previsto”, ressalta o historiador, lembrando que o Tratado de Tordesilhas havia sido assinado em 1494, seis anos antes do suposto descobrimento. “Isso nos leva a questionar se teria sido a viagem de Cabral uma descoberta ou uma tomada de posse”, completa.

Getúlio Vargas
Crédito: Biblioteca Nacional/Imagens

Mais de 300 anos depois, já na Proclamação da Independência, a obra de Pedro Américo fez acreditar que Dom Pedro I, em um ato de bravura, levantou sua espada e bradou “Independência ou morte!”, às margens do Rio Ipiranga, sendo reconhecido como um herói libertador da história do Brasil. Contudo, Kalinke não acredita que a coragem do Rei Soldado tenha sido inspirada em ideais liberais para fazer do Brasil um país independente. “A história nos faz levar em conta que Dom Pedro I era apenas mais um português que decidiu a independência, sem participação das camadas mais pobres da população, em um processo formado e apoiado pelas elites, apenas dando continuidade ao controle de Portugal em terras tupiniquins. Não existiu a menor participação da população na Proclamação da Independência”, destaca o professor.

Avançando mais de 60 anos, a abolição da escravatura no Brasil é vista como um ato heroico e bondoso de Princesa Isabel, que usou seu poder para sancionar a Lei Áurea. Kalinke defende que o ato de Isabel foi muito mais influenciado por outras questões do que, de fato, sua bondade. “Certamente, temos relatos que a mostram mais engajada em causas sociais, quando comparada com outros que ocuparam seu cargo. No entanto, tal bondade não seria suficiente para uma decisão de tal calibre”, justifica o professor, destacando que a princesa era, acima de tudo, uma política, que estava enfrentando três fatores de extrema importância. “Naquele momento, Isabel sofria pressão por conta de uma série de revoltas dos escravizados, os quais buscavam lutar pela liberdade com as armas que tinham; a pressão externa, realizada por outras nações, as quais já haviam declarado o fim da escravidão, e as ideias iluministas presentes nas sociedades europeias, que chegaram ao Brasil com a Maçonaria, um grupo com grande influência política na época”, detalha.

Princesa Isabel
Crédito: Biblioteca Nacional

Já no século XX, o líder da Revolução de 1930, que acabou com a República Velha, Getúlio Vargas, é frequentemente lembrado como “pai dos pobres”. O professor reconhece que Vargas merece a alcunha por algumas de suas realizações, como a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a qual garantiu direitos que, hoje, são considerados básicos aos trabalhadores. Contudo, o ex-presidente estava longe de ser simplesmente um benfeitor. “Poucos sabem que nosso então presidente era chamado também de ‘mãe dos ricos’ e tornou-se um ditador civil, aplicando medidas como a censura aos meios de comunicação, além de especulações de envolvimento em atos violentos contra a oposição”, relembra Kalinke, dando ênfase ao Estado Novo, regime político instaurado por Vargas por meio de um golpe de estado, que tinha como características a centralização do poder e o autoritarismo.

O especialista explica que é normal escolher a versão das história que fortaleça o sentimento nacionalista, deixando a narrativa mais bonita do que realmente é. Como a figura de Tiradentes, por exemplo, que foi uma pessoa “montada” pelo governo brasileiro para a imagem do herói nacional. “Ao serem confrontadas, algumas dessas versões parecem cercadas por fatos pouco explicados ou coincidências que nos levam a questionamentos. Mas, os fatos que discutimos não visam diminuir ou menosprezar nossa história. Pelo contrário, objetivam mostrar que talvez ela seja ainda mais que aquela que nos foi contada por muito tempo”, finaliza Kalinke.

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo – Água Verde e o Colégio Positivo – Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR). Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, com a aquisição da St. James’, em Londrina (PR), o Colégio Positivo passa a contar com 16 unidades de ensino, em sete cidades, no Sul do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 16 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

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