jovem assassinato cruelmente em São Paulo recebe homenagem emocionada em Lafaiete

Foi marcada de forte emoção, dor e tristeza a celebração religiosa ocorrida na noite de domingo (8), na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, em Lafaiete, pela passagem do 7º dia da morte de João Vítor de Souza Teixeira, de 23 anos. conhecido como João Esipe. Dezenas de amigos lembram a trajetória do jovem vestidos com camisa em que estampavam sua foto. Após a missa, eles fizeram uma breve homenagem e rezaram por João Vítor.

Amigos prestaram homenagem a João Vitor durante missa de 7º dia

“Eu sei que Deus tem planos para nossas vidas e Ele tinha um grande quando mandou você pra cá pra lafaiete para que pudéssemos ter você nas nossas vidas !! Ele sabia que você seria capaz de nos ensinar a amar imensamente,nos ensinar o valor de uma verdadeira amizade,nos ensinar que sempre podemos dar nosso jeitinho pra ajudar uns aos outros,nos ensinar a ter alegria porque a sua nós contagiava e principalmente nos ensinar que a vida é um sopro! Deus quis você com ele pra que pudesse levar a sua alegria lá pro céu !! Nos seus amigos e familiares conhecíamos você e principalmente seu coração,sabíamos do seu caráter ! Então descansa em paz ESIPE vamos sempre lembra desse apelido carinhoso que colocamos em você !! Até um dia Parça amamos muito você”. Esta foi a mensagem deixada pela amiga pessoal e organizadora do evento, Angélica Rosa.

A morte

João Vitor (foto) foi morto de forma misteriosa, em Suzano (SP), por volta das 5:30 horas, a segunda feira, dia 1º, sendo sepultado dois dias depois onde morava com sua família. Ele morava em São Paulo, mas sua família é originária de Lafaiete quando aqui viveu com sua avô, no bairro Sagrado Coração de Jesus entre 2013 a 2019. Há cerca de 4 meses voltou a residir em Suzano com os pais. Em Lafaiete, ele conquistou uma infinidade e carinho de inúmeros que lamentaram seu assassinato, ainda não esclarecido.

Segundo colegas lafaietenses, ele estava em uma boate e teria saído saído com um amigo em uma moto, quando bandidos tentaram levar seu veículo, no Distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, nos limites com a cidade de Suzano. Os autores foram surpreendidos pela PM, quando a João morreu em uma troca de tiros. Amigos lafaietense prestaram homenagens nas redes sociais.

https://www.youtube.com/watch?v=j52VCifkv-Q&feature=youtu.be

 

 

Leia também:

José Odilon será sepultado às 16:00 horas. Vai com Deus e mande notícias do mundo de lá!

“Mande notícias do mundo de lá/Diz quem fica/Me dê um abraço, venha me apertar/Tô chegando/Coisa que gosto é poder partir/Sem ter planos/Melhor ainda é poder voltar/Quando quero/Todos os dias é um vai-e-vem/A vida se repete na estação/Tem gente que chega pra ficar/Tem gente que vai pra nunca mais/Tem gente que vem e quer voltar/Tem gente que vai e quer ficar/Tem gente que veio só olhar/Tem gente a sorrir e a chorar/E assim, chegar e partir
São só dois lados/Da mesma viagem/O trem que chega/ o mesmo trem da partida/A hora do encontro/É também de despedida/ plataforma dessa estação/É a vida desse meu lugar/É a vida desse meu lugar/É a vida”
A letra acima tenta expressar o momento em que Lafaiete perdeu um de seus ícones.  A perda supera a saudade e vice e versa. José Odilon Rodrigues será velado hoje a partir das 15:00 hora so velório São Jorge e às 16:00 hroas será sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição. Mande notícias de lá, meu amigo Odilon! Um breve retorno.

Crônica: 30 dias da tragédia de Brumadinho

Nossa Senhora, a barragem do Feijão rompeu em Brumadinho. Deu no rádio. Notícia que ninguém queria ouvir. Vem a  TV com imagens de  chocar e  chorar. É difícil acreditar.  Ler,  nem pensar.  Até o tempo fechou.  Coisa de louco.  Só cabem orações. A  nossa Gerais  é terra de  minas,  minas sem fim. A atividade minerária  é coisa bruta, pesada, e perigosa.  É preciso cuidado, muito cuidado com o andar da carruagem no segmento. A prevenção e segurança urgem de ser tão ou mais pesada que se possa imaginar.  É,  a barragem do Feijão depois de décadas “vomitou”.  A força da lama que desceu morro abaixo é igual  a  de  um vulcão em erupção, só que sem ronco e fumaça. A lama é escura, lúgubre e poluente. É um maciço que passa sem dó  e compaixão, sem qualquer receio do  que bater de frente.  É de uma força descomunal, capaz de tombar coluna maior que o lendário Colosso de Rhodes.  Tem o poder de arrastar e engolir instalações gigantes, prédios, vagões de ferrovia, veículos de todo porte como se fossem miniaturas de brinquedo.  Uma coisa fora do  comum. O salve-se quem puder é intempestivo, vidas humanas tragadas, sem qualquer chance de se salvarem.  Muito triste.  É gente operária de primeira linha levadas precocemente, e  que  só conseguiram  deixar rastro de um tempo futuro para a lembrança. De um momento para o outro, a vida de muitos sucumbiu, deixando os vivos órfãos agasalhados de saudade. O sentimento de perda e o desastre são sem explicação. Estradas,  pontes, pousadas, sítios, animais, hortas, jardins,  pomares, campos verdejantes, casas e pessoas  deixaram de existir. Viraram lenda.  O rastro legado é desolador, um verdadeiro vale de lágrimas.  Nem efemérides nascem.  Nunca mais o sol  e o orvalho  das  manhãs serão sentidos pelos moradores, o mugido da vaca, o trato dos porquinhos, o relinchar e trote  do animal de montaria, os ovos frescos, o gorjear dos pássaros, o brilho do sol e o silêncio da noite paramentada  pela  lua  e estrelas;  nunca mais.  Felizmente,  no meio de toda a tragédia, surge  uma legião de verdadeiros heróis. Se trata de gente abnegada e corajosa que são os bombeiros, militares, voluntários, religiosos, filantropos, gente de fora e pessoal de apoio em todo norte,  agasalhados de fé, empatia e  tristeza. Muita tristeza.  O lamaçal  da destruição só encontra fim quando desagua no rio e finalmente é diluído deixando marcas profundas. Segredos vão junto.  A causa do desastre é um verdadeiro imbróglio  e  vem lá de trás,  de  priscas  eras.  A formação da barragem é material que cresce imperceptivelmente a cada segundo por anos e anos.  O tempo passa e os que convivem acostumam com uma visão padrão que impede de enxergar o perigo  iminente  submerso.  Silenciam ou mesmo inadmitem  que a natureza move, quando algo inexoravelmente vive e mexe, nem que seja microbiana. As montanhas são eternas, mas, com certeza a solidez aumenta ou diminui com o passar dos séculos. A natureza quando molestada dá o seu grito de dor e depois permanece silenciosa e fria. Mas, algo jamais  padece, e sempre paira a expectativa de a qualquer momento despertar e mostrar a sua fúria.  E quando acontece é  indomável e serve de alerta. Há um ditado que diz: todo alimento ceifa vida. A barragem por décadas  e  décadas foi alimentada  e  permaneceu inerte e acomodada. Mas algo a  fez  despertar.  Talvez pela ausência de cuidados, ou mesmo de ter ocorrido de ficar  nervosa com o sufoco do ínfimo espaço que ocupava e bateu nela a vontade de se ver livre das amarras e encostas, e,  foi quando então surtou, e se auto destruiu.

A tragédia se imortalizou nos anais da história mineira, assim como a dor na alma de cada parente e amigo que perdeu entes queridos, o que, permanecerá por gerações, acalentado no berço da eternidade.  Mas, a vida inapelavelmente desperta para um novo amanhã cheio de  esperanças.  A força  de bravos mineiros forjados de fé e força de trabalho são  o  ponto  de  partida  para seguir adiante, pois, sabem  que o mundo é um lugar que vale à pena lutar.  O sinal de alerta permanece latente de que a natureza necessita de comprometimento e respeito, muito respeito, de toda a humanidade.  A terra, a vida e o homem, são tudo uma coisa só.  Mariana e Feijão mereciam como outras barragens merecem, cuidado especial, muito especial, mesmo porque, um desastre não escolhe mortos e feridos.  E, nesse patamar vem à lume que todos somos iguais, que todos somos mortais.  As tragédias jamais poderiam acontecer, ninguém queria, mas  aconteceram.  Nossa Senhora que ilumine a força de trabalho dos homens  e proteja a todos nós.

Dedicados aos afilhados e amigos de Brumadinho e Conceição do Brumado.

Por: Reuber Lana

Fev/19

Um desabafo: a dor de uma mãe que busca força para superar o assassinato do filho; júri não tem data definida

Breninho com seu irmão Carlos César: amizade profunda/Reprodução

Breno Henrique da Silva Catarino, vulgo Breninho, tinha 19 anos, quando foi assassinato brutalmente no Bairro Jk, em Lafaiete.

Vestidos de palhaços, homens armados chegaram em um carro e invadiram uma residência quando acertaram Breninho e Jean Jorge Coimbra, vulgo Cheiroso, 22 anos. Ambos morreram no local. Daniel, 22 anos, também ficou ferido, mas resistiu e permanece vivo. Um 4º jovem conseguiu escapar da emboscada quando viu os ataques. Os suspeitos da morte dos jovens foram presos pela polícia Civil durante a operação “Vendetta”, ocorrida no dia 9 de julho.

A dor

No dia 24 de janeiro, as mortes completam um ano. Na última terça feira, dia 18, três audiências de instrução e julgamento seriam no Fórum da Comarca envolvendo 5 presos na Operação Vendetta, quando são acusados de 3 homicídios e 4 mortos, entre os quais de Breninho e Cheiroso. Por falta de testemunhas as audiências foram canceladas. Os processos ainda aguardam o desfecho sobre a possibilidade de Júri Popular.

Ouvida por nossa reportagem a mãe de Breninho, Silmara Cristina, de 48 anos, relatou a dor pela perda do filho e reviravolta que o assassinato provocou na vida da família.

Silmara e seu filho Breninho: perda do filho trouxe um vazio à mãe/Reprodução

Após passar por um tratamento psiquiátrico, ela ainda encontra forças para superar a tragédia. Ela, o esposo e filho Carlos César, de 22 anos, ainda vivem o trauma da precoce morte de Breninho. “Se pudesse explicar diria que é uma dor de um vazio que se abre, é sentir um pedaço do coração faltar, é olhar para o horizonte e vê-lo triste, é olhar pra trás e viver de recordações de belas lembranças e sentir as lágrimas rolarem pelo rosto como uma torneira aberta e não ter como fechá-la. É sentir um nó se fazer na garganta que fica a sufocar… É ter milhões de motivos para continuar a viver mas nenhum deles ser suficientes para nos levantar. É sorrir, é entender, mas não conseguir aceitar. Para suportar a dor de perder um filho é viver pela fé, é não fazer perguntas para Deus, não exigir suas respostas e ver através de acontecimentos a presença do filho vivo… É viver em oração constante quando a dor da saudade apertar. É solidarizar com aqueles que vivem a mesma dor procurando através deles se confortar. É reaprender viver novamente de uma maneira diferente onde a alegria é temporária e o vazio é constante. Principalmente nos momentos em que a família se reúne em datas comemorativas, festivas, mas, é manter a paz pois mesmo na dor sinto a presença do filho a nos confortar. Já vão para 11 meses que meu Breninho partiu e hoje vivo só por causa do  meu outro filho e meu marido que precisam muito de mim. Agradeço a Deus primeiramente e a todos os meus amigos que me ajudou muito a continuar a caminhada”, desabafou Silmara.

Ela disse que não ficou sabendo da prisão dos supostos autores e nem das audiências que não aconteceram. “Ele estava no lugar errado e na hora errada. Fiquei muito doente com a perda do meu filho, passei por depressão e desmaio direto. Até hoje sofro com a partida do meu Breninho. Nos primeiros meses eu ia à delegacia para saber se tinha alguma novidade, mais todas as vezes eu não tinha notícias. Já tinha colocado o caso nas mãos de Deus. O que mais nos dói e saber que eles prenderam os culpados e não nos comunicou. Só espero que a justiça seja feita. Sei que não vai trazer meu filho de volta. Fico imaginando como vai ser o primeiro natal sem ele. Minha vida perdeu o sentido. Agora eu só espero que eles nos comuniquem o dia do júri, porque tenho o direito de saber”, finalizou.

Leia também:

Audiências definem sobre júri de envolvidos em 4 assassinatos em Lafaiete

Operação prendeu 16 envolvidos em homicídios e desmantela organização que disputava comando do tráfico em Lafaiete

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.