Plano ecológico prevê cidades mais resilientes e sustentáveis

Brasil terá políticas para cidades mais sustentáveis

Além dos esforços na contribuição para não ultrapassar o aumento da temperatura global em 1,5ºC, o Brasil também tem como desafio enfrentar os impactos causados pelo que já mudou e é irreversível. O Plano de Transformação Ecológica, estratégia do governo federal lançada em 2023 para a transição de baixo carbono, reúne políticas públicas preventivas, que prometem cidades mais sustentáveis e resilientes.

Entre os seis eixos em que o plano foi estruturado, a infraestrutura e adaptação prevê o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos de mais de R$ 557 bilhões até 2026. “Mais de 80% da nossa população vivem em cidades. Precisamos de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, criando cidades resilientes.”, reforçou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva, em fala ao G20, no fim de fevereiro.

Na estrutura, estão previstas políticas públicas como o programa Periferia Viva, para urbanização de favelas, medidas de drenagem urbana e contenção de encostas e obras de esgotamento sanitário. Nesse último caso, estão previstos investimentos de R$ 24 bilhões até 2026, no entanto, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil, em 2022, aponta que para atingir a universalização desse serviço público, são necessários investimentos de R$ 667 bilhões, para que a meta seja alcançada até 2040, prazo limite previsto pelo Marco Legal do Saneamento.

A estratégia do governo para ampliar essa capacidade de investimento é atrair capital estrangeiro por meio da oferta de crédito viabilizada pelo Fundo Clima. “Antes a gente queria dinheiro catalisador, agora teremos dinheiro alavancador, que pode entrar para fazer a diferença. A agenda de infraestrutura, a agenda de transição energética, o processo de reindustrialização de base sustentável são agendas pesadas. Vão precisar de muitos recursos” destacou Marina Silva, ao reforçar a importância do aporte de R$10 bilhões destinados à iniciativa.

Transformação tecnológica

A resiliência das cidades também está na capacidade de elas funcionarem menos dependentes de fontes limitadas, como o petróleo, por exemplo. Por isso, as políticas públicas que exigem novas tecnologias, como soluções energéticas para mobilidade urbana, integram mais um eixo do plano de transformação ecológica.

Nesse grupo, além das medidas como a renovação de frota de ônibus e caminhões e o estímulo à indústria de veículos elétricos no país, figuram políticas públicas como a Nova Indústria Brasil, com previsão de investimentos de R$ 300 bilhões. Esses recursos financiarão, até 2026, iniciativas como a oferta de crédito para projetos de descarbonização da indústria, a mecanização da agricultura familiar e outras ações para tornar as cadeias agroindustriais mais sustentáveis e digitais.

“Precisamos aumentar a produção por ganho de produtividade e não mais por expansão predatória da fronteira agrícola, ou de qualquer que seja o meio que impacta os recursos naturais” enfatiza Marina Silva.

Outros investimento para adensar tecnologicamente iniciativas sustentáveis são o fortalecimento da Política de Desenvolvimento de Biotecnologia, por meio do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), criado para desenvolver produtos e negócios que fortaleçam as cadeias produtivas de ativos ambientais e também do direcionamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para pesquisa e inovação em sustentabilidade.

 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Governo de Minas institui criação do Corredor Ecológico Serra da Moeda-Arêdes

Objetivo da área, que possui mais de 460 hectares, é conectar ambientes campestres e florestais, além de conservar e recuperar áreas de preservação permanente da região

Governo de Minas publicou neste mês de fevereiro, no Diário Oficial, o decreto que institui a criação do Corredor Ecológico Serra da Moeda-Arêdes, interligando o Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda e a Estação Ecológica Estadual de Arêdes, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

A área, que possui 464,70 hectares, será administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Isso é o equivalente a 464 campos de futebol, que agora estarão protegidos para preservação do meio ambiente.

O corredor foi criado com o objetivo da conexão entre os ambientes campestre e florestais do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda e a Estação Ecológica Estadual de Arêdes, favorecendo o fluxo gênico entre populações da fauna e da flora. Além disso, a instituição da proteção da área irá beneficiar a conservação e a recuperação das áreas de preservação permanente da região.

Outra ação que será desenvolvida na área será junto à população local, com a promoção da regularização ambiental das propriedades rurais da região. De acordo com o diretor-geral do IEF, Breno Lasmar, as medidas irão agregar valor à área, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos.

“Traz para essa região um valor significativo de atuação do Estado de Minas Gerais, para que a gente possa, cada vez mais, ampliar as áreas de conservação, fazer com que haja melhoria da qualidade ambiental e entregar à sociedade de melhores condições de vida”, afirmou Breno, que detalhou as características do novo corredor ecológico.

“Nós estamos falando de uma área que tem uma grande importância para a região, principalmente por ser uma área de valor ambiental rica em biodiversidade”, concluiu.

O que é um corredor ecológico?

Os corredores referem-se a extensões significativas de ecossistemas biologicamente prioritários, nos quais o planejamento responsável do uso da terra facilita o fluxo de indivíduos e genes, além de contribuir para a regulação do ciclo hidrológico. Nesse intuito, o IEF iniciou a implantação de corredores ecológicos nos biomas do Estado.

De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, os corredores ecológicos regionais vêm fomentando, junto aos atores locais, visões de território que passam pelo orgulho e pertencimento a um espaço; pela valoração de produtos por meio de certificação de origem; pelo trabalho em cadeias produtivas de produtos oriundos deste território; pelos serviços ambientais, com ênfase em ecoturismo de base conservacionista (MMA, 2005; 2007).

Mais informações sobre corredores ecológicos podem ser obtidas aqui.

FONTE AGÊNCIA MINAS

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.