Violência urbana: morte cruel de comerciante revolta e comove amigos e familiares nas redes sociais

O principal assunto que mobilizou os lafaitenses estes dias foi o assassinato de Edson Rodrigues Pamplona, de 67 anos.  A crueldade e frieza dos bandidos revoltaram a cidade como elemento da espantosa e crescente violência urbana que varre não somente Lafaiete, mas os centros urbanos.

Sr. Edosn Pamplopona foi morto de forma cruel e fria por bandidos durante assalto/DIVULGAÇÃO

Nas redes sociais, os lafaienteses cobram justiça no assassinato carregado de requintes de crueldade extrema. “A vida está bem pesada pra nós. Que haja justiça!”, afirmou Hélder Rocha. “Que mundo é esse”, questionou Vaninha Souza. “Muito triste. Lafaiete esta ficando difícil”, desabafou Humberto Oliveira.

“Um mundo de pessoas cada vez menos humano”, relatou Jackeline Guedes. “Tá tão difícil de engolir a maldade que vem tomando conta do ser humano! Pra falar a verdade estou muito desanimada com a crueldade que vem dominando o mundo! É desolador”, comentou Edna Regina Godoy.

Estes relatos e opiniões dominaram as redes sociais e expressaram a dor, a barbárie e revolta pela perda do comerciante Edson.

Enterro

Edson será sepultado hoje às 14:00 horas no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, e o velório ocorre no Sagrado Coração de Jesus.

O fato

Eram por volta das 22:30 horas, desta quarta feira, dia 21, quando dois elementos, com toucas ninjas e armados, entraram em seu estabelecimento, mais conhecido como “Bar do Neném, situado na divisa entre os bairros Cachoeira e Siderúrgico, e ameaçaram seus clientes, obrigando-os a entregarem seus pertences.  Na ação criminosa, Edson foi alvejado com um tiro na nuca.  A principal motivação seria latrocínio (roubos seguido de morte).

Emoção e tristeza tomam sepultamento de motorista de Uber assassinado covardemente

A emoção, a dor e tristeza tomaram conta de Lamim, ontem, dia 4, quando mais de 500 pessoas participaram do sepultamento do motorista de Uber encontrado pela manhã no Rio Paraopeba. o Corpo de Luiz Gustavo de Assis, de 31 anos, chegou a cidade já no final da tarde e seguiu direto para o sepultamento.

Luiz estava desaparecido desde a noite de sexta-feira, quando aceitou sua segunda e última viagem. Ele foi morto de maneira cruel num assalto cometido, segundo as investigações, por três adolescentes – um de 14 e dois de 16 anos. Depois de ser torturado, ele foi amarrado e jogado dentro do rio, na cidade de Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O motivo: teria reconhecido um dos assaltantes. Desempregado, Luiz procurava serviço para deixar o trabalho no aplicativo.

Luiz foi assassinado covardemente

O último contato com a família foi às 22h10, quando mandou um áudio para a mulher dizendo que estava entre São Joaquim de Bicas e Igarapé, também na Grande BH, indo para sua segunda corrida. A chamada vinha do Bairro Miritis, em Igarapé, região onde ele morava. De acordo com a Polícia Civil, o trio teria entrado no carro e anunciado o assalto.

Policiais contaram à família que, em depoimento, um dos adolescentes disse que Luiz Gustavo falou que o conhecia e teria questionado o motivo de fazer aquilo – provavelmente acreditando que por conhecê-lo, desistiria do crime. “Foi a sentença de morte dele”, afirma a cunhada Elaine Cristina Sotero, de 36.

A mulher de Luiz tem um aplicativo por meio do qual ela conseguia ver em tempo real os deslocamentos do marido. “Ele dava notícia o tempo inteiro. À 1h30, ela acordou assustada, pois meu cunhado ainda não tinha chegado e verificou que, às 23h, o carro ainda estava no mesmo lugar. Os assaltantes desligaram o celular dele, numa corrida que durou, exatamente, 1 min40. Entraram e já finalizaram a corrida”, relata.

No sábado pela manhã, amigos da Uber e familiares começaram as buscas ao redor da última localização. “O carro foi encontrado por volta das 9h30, na Rua Cruzeiro, no local conhecido Retiro dos Padres.

Não havia sangue, apenas vestígio de pés no assoalho da parte traseira e do banco do passageiro. “Nessa hora, tivemos a certeza de que alguém o havia levado”, diz Elaine. “Fui a uma empresa de ônibus perto dali, pedi para ver as imagens da câmera, e a pessoa que me atendeu reconheceu meu cunhado, dizendo que ele tinha ido pedir emprego na semana passada. Ela queria muito sair da Uber”, lembra.

Depois de acionar o registro da última viagem, a polícia localizou aos suspeitos. O adolescente de 14 anos levou a polícia até o local onde o carro foi encontrado, onde matou e onde deixou o corpo, que foi avistado na manhã de ontem boiando no Paraopeba, em Juatuba, numa barreira de contenção de rejeitos instalada pela Vale. O Corpo de Bombeiros suspeitou de que, pelas caraterísticas e circunstâncias, não havia relação com o acidente da barragem, e deveria ser decorrente de crime violento já em investigação. O corpo de Luiz tinha perfuração e suas mãos estavam amarradas. A perícia constatou, inicialmente, lesões no pescoço e sinais de espancamento.

Emocionada, Mãe de jovem assassinado pede justiça, narra abusos e extorsão à família

“Nossa família está destruída. O que mais desejamos é justiça e que os autores sejam julgados pelo crime cruel. Meu filho foi morto de maneira covarde, foi agredido, espancado, atacado com pá, pedaços de pau e freio de cavalo. Ele ficou todo destruído por dentro com as mãos quebradas”. Este foi o desabafo de Neide Cândida Pinto Paulino, mãe de Josef Michael Pinto Paulino (27), assassinado com requintes de crueldade no dia 3 de dezembro do ano passado.

Mãe de Josef pede Justiça o caso de assassinato cruel

A vítima foi encontrado ainda com vida por um morador em Gagé, em Lafaiete, quando acionou a família, bombeiros, polícia e Samu. Ele foi levado ao Hospital e Maternidade São José, mas não resistiu aos inúmeros ferimentos espalhados pelo corpo. “Quando um filho morre em um acidente ou vítima de doença a gente ainda tenta aceitar, mas da maneira que foi com Josef não podemos tolerar”, expressou Niede se contendo entre lágrimas.

A mãe, que mora em Congonhas, relatou que antes da morte, o filho contou quem seriam os assassinos, citando um pastor diretamente envolvido o crime. Dos 4 supostos, autores dois estão presos.

Neide conta que Josef se envolveu na comercialização de carros e principalmente cavalos caros. O pastor tinha livre acesso a casa da família. Ela conta que Josef, aos 19 amos, sofreu um acidente e desde então não mais trabalhava e adiantou que o filho ficou com um distúrbio.

Porém as pessoas aproveitavam da situação frágil do jovem para extorquir dinheiro da família. “Através da amizade com este pastor eles compravam e vendiam cavalos e meu filho assinava as notas de compra. Em seguida vendia-se este cavalo e vinham cobrar a família por suposto mau negócio de meu filho. Isso aconteceu inúmeras vezes. Era extorsão mesmo que acontecia e agente não sabendo da situação pagávamos as dívidas”, afirmou Neide. A situação vinha acontecendo ao menos há 10 anos.

A mãe relatou que estava limpando a casa o bairro Zé Arigó, quando ouviu uma mensagem no celular em que os autores afirmaram, após desentendimentos com o filho, que iriam matar Josef. “O celular dele foi encontrado no carro do pastor sem o chip juntamente com os materiais usados no crime. Porém o áudio da intimidação ficou gravado no celular. È a prova do crime. Ainda antes de morrer Josef contou que teria sido o pastor um dos autores do crime”, disse Neide que hoje faz tratamento psiquiátrico. “A moto que eu comprei para o Josef não foi ainda encontrada. Até a moto os autores roubaram. Hoje temos uma família destruída. Era o Josef que diariamente cuidava de mim e dava remédios. Era um filho exemplar sem vícios, mas aproveitaram a fraqueza dele para cometer abusos contra ele e nossa família. Esperamos justiça”, encerrou Neide.

A Polícia Civil investiga o assassinato.

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Igreja se despede de Dom José em meio a tristeza e emoção

“Que a morte seja inevitável todos sabemos. Que seja doída também é fato. Mas, quando cercada de carinho, tudo ganha novo colorido. Não encontro palavra melhor para falar do velório de Dom Belvino, Bispo Emérito de Divinópolis”. A Cidade de Entre Rios queria que seu corpo fosse sepultado lá. Divinópolis tinha o mesmo desejo. Todos queriam ter por perto, os restos mortais de uma pessoa muito amada. Mas, em sintonia com a Família, a Diocese tomou a decisão mais acertada: Sepultá-lo na Casa da Mãe que ele sempre amou.

Emoção tomou conta do sepultamento do religioso

O Santuário Diocesano de Conceição do Pará, hoje, foi, literalmente, abraçado pela Diocese. Ao final da missa de despedida, que aconteceu às 10h, Dom José Carlos pediu à multidão que contornasse  o pequeno templo que receberia o corpo de um grande homem. O povo atendeu. Foi emocionante ver que a multidão rodeou todo o templo enquanto os bispos e padres, no interior do Santuário, faziam as últimas orações antes de depositar o corpo de Dom Belvino na sepultura.

O silêncio do velório só foi cortado por alguns soluços inevitáveis. Pe. Vicente Ferreira, responsável pelo Santuário Nossa Sra. da Conceição, em Conceição do Pará, cuidou, com carinho, para que tudo acontecesse da melhor forma possível. E assim, o corpo de nosso querido bispo e pastor foi depositado à direita da entrada do Santuário onde, sob uma ampla janela, pode ser acariciado pelo sol da manhã e beijado pelo perfume das matas que margeiam o Rio Pará.  Descanse em paz, Dom Belvino! Nós continuaremos rezando pelo senhor. E esse que escreve o presente texto também não consegue esconder as lágrimas. Como eu gostava do senhor!!!  Peço desculpas por não conseguir ser imparcial, nesse caso…  Pe. Gabriel

Mãe chora desaparecimento do filho e clama pela sua volta: “tenho esperança de reencontrá-lo”, desabafa Maria Aparecida

Uma mãe em agonia. Desde o dia 2 de outubro que a lafaietense Maria Aparecida Gomes Vieira, 44 anos, moradora do Bairro São Sebastião, quase não dorme e sua vida se transformou por completo quando seu filho, Juliano Calixto Gomes Morais, de 20 anos, desapareceu sem deixar rastro de seu paradeiro.

Mãe chora desaparecimento do filho e clama pela sua volta: “tenho esperança de reencontrá-lo”, desabafa Maria Aparecida/CORREIO DE MINAS

Ela conta que era por volta das 10:30 do fatídico dia quando viu seu filho caçula pela última vez na Alameda Juca Maia, próxima da prefeitura. “Nós fomos ao advogado para ver a questão da guarda da filha dele e depois eu o deixei na rua quando ele me disse que iria buscar um celular no Real de Queluz. Depois disso não o vi mais. Pedi as filmagens no prédio e ainda o identificamos no local pegando uma moto como também passando por um posto no bairro Rochedo. Minha vida mudou. Durmo pouco e por um tempo perdi a vontade de trabalhar. Tenho fé que vamos encontrá-lo, se Deus quiser”, relatou Maria Aparecida que é uma micro empresária no Bairro São Sebastião onde aluga vestidos para noivas e festas em geral. O abatimento pelo sumiço do filho fez com que Aparecida abandonasse os estudos e já iria se formar no ensino médio.

Ela conta que já procurou pelo filho por Lafaiete e cidades onde ele tinha o costume de frequentar, como também espalhou cartazes com a foto de Juliano por toda a região na esperança de ver o filho de volta ao seio familiar. “Não tivemos mais nenhuma notícia dele. Já fomos em todos os lugares e ligamos para cidades de outros estados onde temos parentes, mas infelizmente não fomos felizes em encontrar alguma informação. As informações estão desencontradas. Mas não perdemos a esperança de reencontrá-lo. Sinto que ele está por perto e a qualquer hora ele vai aparecer”, relatou emocionada com os olhos cheios de lágrimas.

O jovem foi visto pela última vez na descida da Alameda Juca Maia/Reprodução

Juliano trabalhava como motoboy em um disque cerveja no Bairro São João e tem um filho de 1 ano e 7 meses. “Ele chama pelo pai direto quando chega aqui em casa. È uma dor tremenda”, assinalou a mãe. Ela acredita que o filho não está morto. “Meu coração diz que ele está vivo”, comentou.

Aparecida contou que Juliano era muito ligado a ela, como também descarta o suposto envolvimento dele com na morte Jaislane Rosa, de 14 anos, localizada há mais de 60 dias. “Ele tinha uma paquera com uma das moças que está envolvida no caso. Mas meu filho não faria mal a ninguém. Ele era muito amável e de um coração grande, muito caridoso. Depois que uma pessoa some tudo o que acontece de errado jogam a culpa nela. Se ele deve algo a justiça que ele volte e pague. O mais importante neste momento é termos o Juliano de volta”, lamentou.

Ela fez um desabafo pedindo que as pessoas que souberem de alguma informação que acionem a Polícia ou informe pelo telefone: 31-98512-6342. “Peço a todos que nos ajudem nesta corrente de paz e amor em busca do meu filho. Queremos o Juliano de volta ao nosso convívio”, solicitou Maria Aparecida.

Outro desaparecido

Além de Juliano, Lafaiete tem outro jovem desaparecido em circunstâncias mal esclarecidas.

Madson Roger está desaparecido/Reprodução

Há quase 20 dias a família de Madson Roger vive momentos de tensão e angústia. Conhecido como “Pezão”, de 22 anos, foi visto pela última vez entrando em carro preto. Desde então ele desapareceu sem deixar qualquer informação ou pistas de seu paradeiro. Pezão morava com seus pais na rua Santa Terezinha, no Bairro Carijós.

Quem tiver alguma informação poderá entrar em contato com a família pelos telefones: (31) 98732-7745 / 99543-3473 ou ligue para o 190 da Polícia Militar.

 

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