Piscinão no centro de Lafaiete: uma alternativa viável e barata para minimizar as enchentes e inundações

As enchentes, são fatores decorrentes do acúmulo de águas das chuvas que escorrem superficialmente e acumulam em áreas mais baixas do relevo. Quando excede a capacidade de vazão, este termo denomina-se inundação, onde água acumulada transborda. O planejamento urbano, é fundamental no controle das enchentes, respeitando os limites de cheias dos córregos e rios, medidas que permitem infiltração das águas das chuvas, criação e manutenção de redes pluviais urbanas.

Exemplo:  imagina descarregar um balde com 40 litros de água na pia de sua casa de uma única vez, irá transbordar, mas se for descarregada de forma gradativa,  a vazão comportará o volume de água.

Muitos municípios acreditam, que criar e ampliam galerias subterrâneas de drenagem, que é uma medida estrutural e muitas vezes onerosas ao erário é a melhor solução.  Quando não observadas as muitas variáveis que envolvem projetos de drenagem, apenas com o objetivo de ampliar a vazão das águas de chuva, num volume de água muito elevado, são necessárias medidas cautelares, pois há risco de apenas mudar o problema de lugar, retirando a água de um local e lançando em outro.

É extremamente importante uma legislação que trate a taxa de permeabilizarão do solo, loteamentos com bacias de dissipação de energia, evitando que o escoamento destas águas seja simplesmente lançado em Áreas de Preservação Permanente (APP),  criação de Jardins de Chuvas, preservação de áreas verdes, a arquitetura urbanística tem muito a oferecer.

Considerando que a vazão é uma razão de tempo por volume do fluido hidráulico, é fundamental pensar na retenção de águas do escoamento superficial (bacias dissipadoras), permitindo que as calhas de drenagem suportem a água nos picos de chuvas mais intensas, que geralmente, duram curto tempo.

Reservatórios do tipo “piscinão” são opções bastante apropriadas para controle da vazão, onde a água retida seja liberada gradativamente. Estes reservatórios podem ser abertos ou subterrâneos. No caso de Conselheiro Lafaiete, que tem uma Geomorfologia muito características de Mares de Morro, com forte amplitude entre cristas e vales, favorecem maior velocidade no escoamento das águas superficiais, associado a pavimentação urbana. Se levarmos em conta uma análise temporal, os problemas com inundações se atenuaram pós anos 80, associado diretamente ao crescimento urbano da cidade. Importante salientar que é necessário estudo das micros e macros drenagens.

As figuras 1 e 2, representam a bacia hidrográfica do rio Bananeiras de sua nascente, em Buarque de Macedo, até o Ponto P1, onde se localiza o túnel de passagem subterrânea a malha ferroviária (região dos camelôs).

As cores mais escuras, representam as áreas de maior altitude do relevo e as mais claras de menor altitude, onde ás aguas escorrem e se acumulam nas partes mais baixas.

Na figura 3, é possível identificar que a pêra ferroviária situada na região do triângulo, em sua porção mais baixa, é uma área muito apropriada para se criar um reservatório destinado a controle de cheias do rio Bananeiras, desta forma, nos picos de fortes chuvas, a calha do rio terá condições de receber o grande volume de água oriundo da parte central.

Da mesma forma, pode-se criar reservatórios(caixas secas) desta natureza ao longo das grandes avenidas, como Telesforo Cândido de Rezende e Manoel Martins.

Figura 4: Bacia hidrográfica área central do município,

Na figura 4, local onde se encontra a rodoviária de Conselheiro Lafaiete, é ponto estratégico para retenção de água das vertentes centrais.

São trabalhos eficientes que podem receber um tratamento urbanístico dos profissionais de arquitetura. Importante os Poderes Públicos Municipal se atentarem para preservação das áreas citadas, pois são estratégicas para o controle das enchentes na área central da cidade.

 Os materiais cartográficos, podem ser obtidos gratuitamente pela internet, nos sites da Embrapa,  IBGE, Google, CRPM. Desta maneira, o projeto pode reduzir custos expressivos ao erário municipal. Outro fator importante é uma revisão nas redes de drenagem pluviais da cidade  que em muitos casos, estão inativas pelo assoreamento(entupidas) onde a água corre superficialmente.

Além das medidas estruturantes, é necessário realizar um trabalho educativo e de sensibilização da comunidade, consideradas não estruturantes.

  • Leandro Magno Lopes Da Silva-
  • Professor
  • GEÓGRAFO
  • Pós Graduado em Gestão Ambiental/
  • Pós Graduado/ Especialização em Geoprocessamento
  • Pós Graduação/Mestre em Sustentabilidade.

Plano de drenagem e contenção de enchentes seguem em ritmo acelerado em Congonhas

Máquinas e trabalhadores à serviço da Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Obras e Infraestrutura, trabalham nas obras do muro de gabião no estacionamento da UPA, localizada no bairro da Praia. Os muros de gabião, que são gaiolas de ferro preenchidas com pedras, visam conter as margens, evitar erosão e garantir estabilidade do solo (barranco do rio).

A construção de muros de contenção em áreas de risco e nas margens do rio tem sido uma constante, para tornar a cidade mais segura. Foram realizadas as construções dos muros gabião na região do Terminal Rodoviário, na Rua São Jorge, Rua Dom Pedro II, Rua Major Sabino, Rua Nossa Senhora da Ajuda, Avenida Tenente Horácio Cordeiro, Rua São João, Rua São Thiago, na Divisa da Escola Dom João Muniz e a Igreja do Bairro Jardim Profeta, além de muros atirantados na Avenida Bento Alves e Avenida Bias Fortes.

As obras integram o plano de drenagem que ajuda na contenção de enchentes. Além da construção destes muros, a Prefeitura de Congonhas já realizou este ano a limpeza de todo o Rio Maranhão.
A despoluição de rios é um processo delicado, complexo e que exige empenho. Mais importante do que despoluir o rio, é identificar e evitar as causas da poluição. O enorme desafio de cuidar, preservar, recuperar rios e seus afluentes requer múltiplas ações de todos.

Segundo Roberto Francisco da Silva, Secretário Adjunto de Obras, “realizamos a limpeza de todo o leito do Rio Maranhão, mas para mantermos limpo, precisamos da conscientização da população de não jogar resíduos, lixos, restos de construção nos rios. Fizemos a limpeza em todo o curso para conservar em condições adequada, mas precisamos da colaboração de todos”, afirma.

Por Lílian Gonçalves – Comunicação – Prefeitura de Congonhas
Foto: Raphael Dias
Arte: Gustavo Porfírio

Obra no Rio Bananeiras vai por fim nas enchentes na região da Barreira

Obra no Rio Bananeiras vai por fim nas enchentes na região da Barreira / DIVULGAÇÃO

A Via 040 iniciou hoje (17)as obras de recuperação profunda da drenagem localizada no km 628 da BR-040, em Conselheiro Lafaiete (MG). O serviço irá contribuir para melhorar a segurança no trecho, mitigando o risco de alagamento da pista em função de sobrecargas hídricas no ribeirão Bananeiras, região da Barreira.

As atividades incluem a execução de um “tunnel liner”, técnica de engenharia para construção de túneis de forma mais eficiente e menos destrutiva. Além disso, serão executados elementos complementares como bocas-de-lobo, bueiros, caixas de passagem, entre outros. Ao todo, cerca de 12 trabalhadores foram

Vereador Darcy da Barreira foi um dos que mais se empenharam para execução da obra/CORREIO DE MINAS

mobilizados, além de retroescavadeira, escavadeira e caminhões.

 

Com previsão de duração de 120 dias, os trabalhos serão executados de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O local está sinalizado e a Via 040 solicita atenção dos usuários ao movimento de máquinas e funcionários da obra.

FOTOS: acervo Via 040

De novo: inundações chegam a Fazenda Paraopeba e colocam em dúvida obra de contenção de enchentes

Inundações chegaram a Fazenda mas não causou prejuízos materiais/CORREIO DE MINAS

Os temporais que atingiram cidades da região inundaram imóveis, ruas e grandes áreas rurais. Esta semana, de novo, a histórica Fazenda do Paraopeba, em Lafaiete, às margens da MG 383, também foi alvo das cheias do Rio Paraopeba. Desta vez, as águas alagaram a frente do exemplar do século XVIII, chegando até a entrada do imóvel. Não houve prejuízos materiais, mas a inudações tomaram conta do área ao entorno da fazenda que ficou ilhada no meio da enchente.

Em menos de 45 dias, esta foi a segunda vez que as enchentes chegaram na fazenda, reaberta em 22 de julho de 2017, após restauração financiada pela mineradora Ferrous, cujo valor chegou a mais de R$2,5 milhões, através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Outra cheia

No final de janeiro, as chuvas invadiram e alagaram por completo a histórica Fazenda. As águas chegaram bem próximo das janelas do primeiro pavimento da fazenda.  À época, era possível somente chegar a rodovia a pé por uma trilha que fica em uma fazenda localizada na parte mais alta que não foi atingida pela enchente.

Não passou pelo teste

Obra de vazão das águas do Paraopeba não passaram no teste para prevenção das enchentes/ARQUIVO CORREIO DE MINAS

Após a restauro, a fazenda, pertencente ao Inconfidente Alvarenga Peixoto, passou por obras complementares previstas no Termo de Ajustamento de Conduta  que visaram eliminar o risco de inundações comuns ao patrimônio histórico, como em 2012.

As obras foram implementadas pela Ferrous entre as quais o redimensionando o bueiro de travessia da estrada de acesso ao bem. Além disso, a obra previu o aumento da área da seção da antiga ponte sobre o Rio Paraopeba.

O objetivo das obras era corrigir a vazão do Rio Paraopeba, que foi reduzida com a construção da ponte como a melhoria da drenagem do pátio interno da Fazenda. A previsão é de que as obras estejam concluídas até o próximo mês de fevereiro.

Ao que parece, as obras de prevenção de enchentes não resistiram a sobrecarga da chuvas. Já logo após a entrega da fazenda a gestão da prefeitura, foi levantado um alerta do temor da possibilidade das enchentes já que a obra não eliminaria por completo as enchentes.

As águas já baixaram mas o temor de novas enchentes permanecem e colocam risco a integridade do bem de grade valor histórico para a região e para Minas gerais

 

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Pela segurança, Prefeitura de Congonhas interdita casas; temor pelas chuvas faz Defesa Civil intensificar atuação

Cidade registrou diversas quedas de barrancos/REPRODUÇÃO

A Defesa Civil de Congonhas realizou 4 interdições de residências nas últimas horas em decorrência das chuvas frequentes. Uma delas na rua Santa Cecília , no bairro Vila Marques, onde uma casa teve desabamento parcial. Outra ocorreu na rua Luiz Jorge, no Novo Rosário, onde havia risco de desabamento. Mais duas interdições de casas ocorreram na rua São Bento, na Fonte dos Moinhos, provocadas por queda de talude.
Além disso, o órgão municipal fez ainda vários atendimentos à população para controle do pânico, gerado pela situação de temor causada pelas chuvas.
Moradores de encostas, ruas íngremes e população ribeirinha devem redobrar a atenção e procurar local seguro, caso necessário. A Defesa civil está atenta aos fenômenos meteorológicos e alerta para atender solicitações de atendimento. Em caso de necessidade, ligue 3731-4133 ou 199 durante o horário comercial e 9.9898-6914 a qualquer dia ou hora.
De acordo com o Climatempo, o volume acumulado de chuvas para esta terça-feira, 3 de março, é de 20 mm e para estas quarta e quinta-feira, 15 mm.

Inundações atingem Casa Grande

Todos os anos, entre dezembro e começo de março, as chuvas não dão trégua em Minas Gerais. Em Casa Grande, não só a área urbana sofre, mas também a rural, com a modificação do terreno das estradas vicinais e aumento do volume de água de córregos e rios.

Pontes fora danificas por enchentes em Casa Grande / REPRODUÇÃO

Estamos nesse ano de 2020 em estado de alerta, priorizado por pessoas que moram em áreas de riscos, ou seja, às margens dos rios ou córregos, ou que transitam pela pelas estradas rurais.
Assim, emitimos um alerta para as pessoas que transitam pelas estradas rurais. Evitem transitar sob forte chuva, pois há risco de desmoronamento de barrancos. Não passem em pontes cobertas pelo aumento do volume da água dos rios e córregos, pois não sabemos quantificar a força da corrente, a qual pode levar inclusive o veículo.
Pedimos a compreensão dos munícipes no que tange a manutenção dos estragos causados pelas chuvas; estamos priorizando o retorno à normalidade.

Enchentes das goiabas fecham verão, mas chuvas prosseguem até final de março

A data de hoje, dia 19, segundo a cultura popular é conhecida como as “enchentes das goiabas”.  A data tem relação nas áreas rurais onde são comuns os pés de goiabas estarem carregados nesta época do ano e as frutas caírem por conta da chuva forte, o período ficou assim conhecido como “enchente das goiabas”.

Enchentes das goiabas fecham o verão e marcam a cultura popular/DIVULGAÇÃO

Com as mudanças climáticas, as chuvas reduziram e o fenômeno natural ficou apenas na crendice popular. Para os mais religiosos, a fruta é deixada de lado e o fenômeno batizado de “enchente de São José”. Para os católicos se comemora nesta segunda feira o Dia de São José.

Amanhã, dia 20, exatamente às 21:58 horas, quando tem início o outono quando os dias têm temperaturas mais amenas. Segundo a Defesa Civil, em março de 2019 choveu 47 % do esperado para todo o mês de acordo com a média histórica.

Para os próximos dias há previsão de chuvas de intensidade moderada podendo alcançar a pluviometria histórica de 206 mm em todo o mês de março.

“São as águas de março fechando o verão”. Diz a letra de Antônio Carlos Jobim, mas conhecido como Tom Jobim.

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Se a canoa não virar, olê, olê, olá…

Outra chuva forte e mais uma vez, o caos, com novos estragos e velhos problemas. Como sempre, o escoamento da água pluvial pela avenida Telésforo Cândido continua sendo uma grande dor de cabeça e certeza de prejuízos, para os comerciantes locais.
No Cachorrão, o proprietário, um tal “Lenon” disse que tinha estoque para fazer, durante dois dias, uma promoção de pão “molhado”. Ao entrevistá-lo, ele afirmou: Quando cheguei e vi o que tinha acontecido, só consegui dar um grito: “Mother”. Depois pensei, se isso está acontecendo comigo, “Imagine all the people, living for today”, finalizou ele. 
Na igreja evangélica vizinha, fiéis entraram em êxtase ao ver o pastor “caminhando sobre as águas”. Numa lanchonete, entrou tanta sujeira, que para funcionar não havia outra alternativa: “Lava a York”. 
No rotor, a onda da enxurrada invadiu uma franquia de sanduíches, que um cliente sugeriu a mudança do nome para “Subwayve”, pois a água cobriu quase tudo. Mais abaixo, o dono de outra lanchonete prometia recuperar os prejuízos, aos poucos, “Digão” em grão, disse ele!
Em frente a outra lanchonete, um cidadão ficou de “Bob’s” vendo a enxurrada e teve que se segurar no galho de uma árvore, para não ser arrastado pela força da água. Na loja de peças de veículos, o dono lamentava o acontecido e disse não ter noção dos prejuízos. Em frente à minha loja, parece que se forma um redemoinho e é aqui que a água da enxurrada “Rode Mais”, disse ele.
No varejão, a água invadiu o estabelecimento, batia na parede do fundo e voltava como uma forte onda, arrastando legumes e frutas. O dono disse ter sido a primeira vez que a enxurrada formava as temidas tsu“inhames”. A onda levava tudo e para amenizar o prejuízo vou fazer uma promoção com a pêra d’água, a banana d’água e a abobrinha d’água, que sobraram. Afinal, quem não gosta de uma abobrinha re“afogada”, perguntou ele? Para finalizar, disse estar contabilizando as perdas: o prejuízo foi grande pra “chuchu”, tomei no “jiló” e não sei nem a hora “Quiabo” o varejão, amanhã.
Numa loja de acabamentos para construção, quem comprasse uma banheira, já levava o produto “cheio d’água”. Alguns sacos de cal do estoque foram levados pela enxurrada e foram parar dentro da ótica, mais abaixo. O dono da ótica disse que devido ao fato, todas as lentes em estoque passaram a ser Bifo“cal”. Na lanchonete ao lado, a proprietária garantia que nada invadiu a sua loja, e para provar, mostrava que seu adoçante continuava Zero “Cal” e todos os produtos mantinham a sua baixa “Cal”oria. Ela afirmou que quando chove é o caos, pois são tantas coisas arrastadas na enxurrada, que até está pensando em mudar o nome da lanchonete para “Ava Lanches”. Próximo dali, num consultório médico, um oftalmologista foi obrigado a colocar um aviso na porta do consultório: Devido ao forte temporal e à inundação, hoje só estamos tratando de “cataratas”.
O gerente de uma farmácia lamentava o prejuízo, mas disse que nem tudo estava perdido, pois determinados remédios, poderiam ser tomados “com água”. Do setor de perfumaria, o único que sobrou na prateleira foi o “Kaiak”, que segundo a vendedora é fabricado pelo “Bote”cário. Na loja de roupas, a água que invadiu o local acabou com a “queima” de preços, o que poderia alterar as vendas nos próximos dias. Teve uma Casa de Tintas que iria fazer uma promoção: qualquer tinta à base de “água” comprada, levaria grátis um “Agua”rás.
Cada comerciante tinha uma reação diferente ao fato, pois enquanto uns lamentavam, o dono da pastela“ria”, pois não teve nenhum prejuízo, não sendo necessário pôr a mão na “massa” para contabilizar perdas, somente ganhos. Nas Casas da Bahia, para minimizar o prejuízo e aumentar as vendas, quem comprasse um dormitório, iria ganhar um colchão “d’água”.
A água descia e ia causando problemas, por onde passava. Na rodoviária, teve um ônibus que não conseguiu sair e ficou preso no alagamento. Só depois que água baixou, foi que o motorista seguiu viagem e tinha como destino “Rio Espera”. 
Na loja de empadas, quando a água subiu, as empadas de “camarão” aproveitaram para fugir. Ao lado, numa loja de eletrodomésticos, numa promoção relâmpago, só para quem estivesse “molhado”, dava desconto de 30%, à vista, nas “secadoras”.
Do outro lado, com a subida da água, seguranças de um supermercado tentavam evitar a fuga das latas de “sardinha” e de “atum”, enquanto outros funcionários tentavam impedir que a água molhasse o estoque de carne “seca”. Teve um vigia que viu latas de sardinha sendo arrastadas para uma loja próxima, que vendia produtos de higiene pessoal e gritou: Tem peixe na “Redes”…
Também encontrei pela rua, pessoas que afirmavam que dentro do banco, a água subiu além da “conta”, ficou depositada no “fundo”, “Itau”caos lá dentro. Teve cliente que garantiu que a água chegou a molhar a “poupança”, mas não derrubou os “juros”, que sempre estão lá nas alturas. Em nome da instituição, o gerente admitiu o problema e justificou dizendo que era culpa do dólar, que estava “flutuando”. Nos caixas eletrônicos, tinha tanta água, que algumas pessoas ofereciam ajuda, querendo te dar um “bote”, nos mais bobos.
Próximo ao “Viaduto da Ponte da Amizade”, na divisa de Lafaiete com o Paraguai, a enxurrada virou um rio, que eles chamaram de “Rio Paraná”, pois tudo que a força da água levava ia “Para ná” Marechal Floriano. Teve gente que se achou em Veneza, pois a água invadia as lojas e só se via “gôndolas” boiando.
Já na região do Paraguai, os problemas aumentaram. Teve uma rádio que teve a portaria inundada pela força da enxurrada, sendo obrigada a parar de operar em “ondas curtas”, passando a transmitir em “ondas médias”, e se a água subisse mais, seria obrigada a interromper as transmissões.
Quando a água começou a invadir uma sapataria, a preocupação de todos era salvar os calçados mais frágeis, que eram as “rasteirinhas”, enquanto outros foram salvos depois, pois tinham menos riscos, por serem de “salto alto” ou “cano longo”. Mas teve um tênis que naufragou na enxurrada, e alguém disse que parecia aquele filme chamado “TitaNike”.
Da banca de relógios de um camelô, só ficaram alguns “à prova d’água”. De outro camelô, a enxurrada arrastou uma bola e várias camisas de Brasil e Argentina, que foram parar dentro da farmácia, toda alagada. Lá dentro, mais parecia uma disputa de pólo aquático entre os dois países, e não demorou a se formar uma torcida de remédios nas prateleiras, que torcia euforicamente pelas camisas amarelas, aos gritos entusiasmados de: “Plasil, Plasil, Plasil”. O gerente da farmácia disse que a força da água só não arrastou as prateleiras, porque no meio daquele mundão de água, ele conseguiu jogar a Min“Âncora”, segurando e amarrando.
Na padaria, a enxurrada levou pedras para dentro, que para amenizar os prejuízos, o dono vai fazer durante uma semana, uma promoção de Marta “Rocha”. Ao lado, na papelaria, o dono disse que ia tentar vender o seu estoque de papel para a “Casa da Moeda”, pois todo o papel ficou com “Marca D’água”.
O dono de uma loja de tecidos disse que achou que choveria mais “Seda”, pois o tempo estava fechando. Disse querer ver se as autoridades “Algodão” de solução para eles. Uma chuva assim, leva toda a sua “Renda”, chega a “Tafetá” de um modo, que na hora de você “Lã”çar os prejuízos, vê que ficou na “Lona”. Durante a enchente, ele disse que sentou por cima de uma peça de tecido que boiava, e usando os pés, ele conseguia se mover dentro da loja, como se andasse de Peda“Linho”. Até a fiscalização ambiental esteve na loja, para ver se aconteceu alguma coisa com o “Chitão”. O chão de lá ficou tão sujo, que parecia que “Tricô” todo. Ele me disse ainda, que o que eu via naquele momento não era nada: “Cetim”nha que estar aqui na hora da chuva, para ver o horror. Para ele, as autoridades estão “Brim”cando de resolver os problemas, já que até agora, nada resolveu, pois foi só obra fa“Juta”. 
Da loja de doces, grande parte da mercadoria foi levada para o leito da linha férrea e uma aglomeração de formou por lá, já que a curiosidade da maioria, era ver o Trem “Bala”, pela primeira vez. 
Como em toda chuva forte, uma mistura de água e esgoto descia a escadaria do túnel, formando as famosas Cataratas da “Fossa do Iguasujo”. O fenômeno atraiu tanta gente para o local, que um bicheiro instalou um ponto de jogo, onde os apostadores poderiam fazer uma “fezinha”. Aproveitando a aglomeração de pessoas, uma cartomante também divulgava o seu trabalho, prometendo trazer de volta o amor perdido, e tirar qualquer um da “fossa”.
Diante dos fatos, penso que a solução não é fácil, e da para sair do caos, se a “canoa não virar”. Vamos resolver os problemas, pois é preciso ter “fé”, já que “fezes” não faltam…

Por Ricardo da Rocha Vieira

Obs: Adaptada de outras crônicas já escritas e atualizada a cada dilúvio…

Enchentes das goiabas fecham verão, mas chuvas prosseguem até final de março

A data de hoje, segundo a cultura popular é conhecida como as “enchentes das goiabas”.  A data tem relação nas áreas rurais onde são comuns os pés de goiabas estarem carregados nesta época do ano e as frutas caírem por conta da chuva forte, o período ficou conhecido como “enchente das goiabas”.

Com as mudanças climáticas, as chuvas reduziram e o fenômeno natural ficou apenas na crendice popular.

Para os mais religiosos, a fruta é deixada de lado e o fenômeno batizado de “enchente de São José”. Para os católicos se comemora nesta segunda feira o Dia de São José. Na próxima quarta feira, dia 20 termina a estação do verão e inicia o outono.

Segundo a defesa civil de Lafaiete em março já choveu 241 mm, quando o previsto para todo o mês seria de 210mm.

As chuvas devem diminuir na intensidade, mas ainda prosseguem até o final o mês.

Cristiano Otoni: inundações no Paraopeba deixam 16 famílias atingidas e região se mobiliza para ajudar atingidos

Equipes da prefeitura de Cristiano Otoni estão se revezando para ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes provocadas por um forte temporal que caiu ontem sobre a cidade no início da noite. As duas horas de chuvas foram suficientes para que o rio Paraopeba, quem corta o perímetro urbano, transbordasse inundando casas nos bairros Pinheiros, Vila Ville e área central.

Durante toda a madrugada, uma força tarefa de voluntários, secretários, funcionários públicos ajudaram no resgate e retirada dos afetados. A defesa civil e o Corpo de Bombeiros estão na cidade em vistoria a inúmeras casas atingidas pelas enchentes e devem divulgar um relatório final da situação.

Limpeza de bairros atingidos pelas cheias do rio Paraopeba

Segundo a secretária municipal de assistência social, Valda Oliveira, o levantamento aponta que 16 famílias foram afetadas atingindo um total de 71 pessoas sedo que três casas tiveram perda total. Os bombeiros interditaram uma residência diante de risco de desabamento e prefeitura providencia o alguém social a família. Os atingidos estão em casas de familiares e abrigos, como igrejas e escolas.

No momento a situação é de tranquila apesar da previsão de chuvas. O rio Paraopeba já voltou o seu volume normal. Segundo o prefeito José Èlcio (PSB), que desde ontem está ajudado as famílias, afirmou que nas próximas horas as casas devem ser liberadas após a limpeza e vistoria do bombeiros para o retorno das famílias a seus lares. Máquinas estão limpando as ruas.

Diversos produtos, materiais de limpeza, roupas, fraldas, colchões e alimentação estão chegando a cidade para auxiliar os desabrigados. As famílias necessitam fogões, guarda roupas e outros mobiliários para equipar suas casas. “Foi um grande susto e temos que agradecer a todos que estão envolvidos neste momento ajudado os desabrigados. Foi um show de solidariedade que nossa cidade demonstrou nesse momento”, relatou o prefeito, agora mais tranquilo com a situação.

Mobilização

Alguns moradores perderam todo mobiliário de suas casas

Diversos caminhões de produtos chegam a Cristiano Otoni expressando que a solidariedade não tem fronteiras. A Máfia Azul Lafaiete está recolhendo donativos. O local de entrega é à rua Tavares de Mello com Deputado Antônio Franco Ribeiro,22, sala 301 ou na Ótica Evidência na rua Waldemar Pena, 26 B, Bairro Campo Alegre. Os materiais serão levados a sexta feira que vem aos desabrigados.

A entidade “Angel’s of Life” está recolhendo  roupas, colchões, cobertores e alimentos e produtos de limpeza e higiene para os necessitados.Contatos: 31 971428198 ou 983247481.

As doações também podem ser feitas diretamente no CRAS pelo telefone (31) 3724-1024.

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