Professora da rede estadual é reconhecida como uma das melhores no ensino de matemática do país

Destaque entre dez medalhistas de ouro da Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr), servidora participará de intercâmbio técnico e cultural na China 

O resultado da Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr) foi recebido com muita alegria pela professora Silmara Silva e pela comunidade da Escola Estadual David Campista, em Poços de Caldas, onde leciona.

Ela foi reconhecida como uma das melhores professoras de matemática do país e conquistou uma das dez medalhas de ouro na competição, mostrando que o ensino vai além da mera excelência técnica.

Com 36 anos e lecionando para estudantes do ensino médio, Silmara expressa alegria e surpresa diante desse reconhecimento. “Ainda estou eufórica com a premiação. Nunca recebi tantas mensagens de parabéns. Tem sido incrível”, afirma a professora premiada.

Os dez medalhistas de ouro foram premiados com intercâmbio técnico e cultural de 15 dias em Xangai, na China, país que ocupa o primeiro lugar no ranking de desempenho em matemática no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

Os vencedores terão a oportunidade de visitar o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco), na Universidade Normal da China. Após o intercâmbio, haverá 50 workshops em 50 cidades, nos quais cada premiado ministrará cinco, compartilhando experiências e conhecimentos para aprimorar o ensino da matemática em todo o país.

Ambiente acolhedor 

O processo de avaliação para a premiação envolveu três etapas, incluindo prova, apresentação em vídeo do trabalho desenvolvido em sala de aula e entrevista analisada pelos membros do Conselho Acadêmico da competição.

O destaque não foi apenas para a resolução de problemas e raciocínio lógico, mas também para a maneira como a professora trata os estudantes, criando um ambiente propício para o aprendizado.

“Os avaliadores disseram que fui selecionada pela maneira que trato os estudantes. Durante minha apresentação mostrei o que realmente faço dentro e fora da sala de aula, que é promover um ambiente de ensino-aprendizagem seguro e acolhedor”, detalha.

A professora também aponta como principal ferramenta acolher as dúvidas dos estudantes para que eles percam a vergonha e o medo da matemática.

Segundo Silmara, a metodologia usada pelos seus pais, ao sanar suas dúvidas e indagações da infância e adolescência, é a que ela aplica hoje em sala de aula, com os estudantes.

“Meus pais me olhavam com muita empatia, sabendo que eu estava descobrindo o mundo e tinha muitas curiosidades. Eles realmente dedicavam seu tempo para me explicar sobre as coisas. Hoje, faço exatamente assim com os meus estudantes”.

Ela diz que procura proporcionar ambiente leve, acolhedor, empático e democrático para que todos os alunos se sintam confortáveis em explanar e sanar sdúvidas em sala de aula”.

Durante a cerimônia virtual de premiação, em 27/3,  Silmara estava cercada de estudantes e colegas, compartilhando sua conquista com a comunidade escolar. Além da atenção aos alunos, a professora comenta sobre a afinidade com os estudos e a busca por mais conhecimento.

“A matemática abriu portas em outras áreas. Após começar a dar aula também me interessei e me formei em engenharia elétrica. Trabalhei em empresa de automação, mas escolhi pela sala de aula. Atualmente, faço duas pós-graduações diferentes”, conta a vencedora que conheceu a olimpíada no dia em que apresentou a sua defesa da tese de mestrado.

Sobre a OPMBr 

Já na primeira edição, a OPMBr recebeu mais de 600 inscrições. Dos 20 finalistas selecionados para a cerimônia de premiação, duas professoras são da rede estadual. Além de Silmara Silva, a servidora Rita Nogueira, da Escola Estadual

Professor Fábregas, em Luminárias, também representou a rede estadual de Minas Gerais e foi reconhecida com a medalha de prata.

A competição, criada por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tem foco na valorização da docência e pesquisa da matemática no Brasil.

O conselho acadêmico da OPMBr conta com agentes da Secretaria de Educação Superior e da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), da Associação Nacional dos Professores de Matemática da Educação Básica, além de especialistas em olimpíadas do conhecimento.

 

FONTE AGÊNCIA MINAS

Mais de 7 mil alunos da rede municipal de ensino de Congonhas recebem uniformes

Os mais de 7 mil alunos da rede municipal de ensino, desde os anos iniciais até a Educação de Jovens e Adultos (EJA) recebem os uniformes escolares de verão. Eles são parte importante da cultura escolar e desempenham um papel significativo no ambiente educacional. Vale ressaltar que também são confeccionados uniformes em tamanhos especiais, caso seja necessário.

Os kits distribuídos contemplam:

Berçário: 3 bodys mangas curtas; 1 calção mijão 100% algodão e 1 bermuda 100% algodão unissex.
Maternal I, II e III: 3 camisetas mangas curtas infantil e 1 bermuda helanca unissex infantil.
1° período ao 5° ano: 2 camisetas mangas curtas, 1 camiseta sem manga; 1 shorts-saia helanca para as meninas ou 1 bermuda tactel para os meninos.
6° ano ao 9° ano: 2 camisetas mangas curtas, 1 camiseta sem manga, 1 bermuda ciclista feminina (meninas) ou 1 bermuda tactel masculina (meninos).

Uniformes de inverno

No fim de 2023, o Governo Municipal fez a entrega de uniformes de inverno que também contemplou, de forma inédita, tênis e meias. De acordo com o secretário de Educação, Rodrigo Mendes, “o uso do uniforme desperta a sensação de pertencimento, sendo de igualdade, aumento da autoestima e confiança dos alunos. Também promove mais organização e segurança devido à identificação e possibilidade de melhor gestão do ambiente escolar. Para os pais traz tranquilidade e praticidade no cotidiano, além da certeza de que os filhos estão confortáveis e com maior possibilidade de concentração nos estudos”.

Por Letícia Tomaino / Fotos: SEMED

8 profissões cheias de vagas e que não exigem ensino médio

Existem algumas profissões que não exigem ensino médio completo, do qual, o ensino fundamental é suficiente para conseguir a ocupação

Muitas pessoas se perguntam sobre quais são as profissões que são sobrando vagas de emprego para quem não tem nem mesmo o ensino médio completo. Isso porque, normalmente, quando vemos essa informação, está relacionada a pessoas que possuem diploma de ensino superior nas áreas de tecnologia.

Contudo, existem algumas profissões que estão com alta demanda de profissionais, mas que, infelizmente acabam não sendo todas ocupadas, e muito provavelmente aí na sua cidade estão precisando de novas pessoas para ocuparem determinadas posições.

Sabemos que, muitas vezes, as pessoas buscam áreas específicas para conseguir um emprego, como, por exemplo, algo relacionado a última atividade que exerceu, contudo, existem outras opções que podemos considerar e que podem ser mais fáceis de conseguir uma oportunidade de trabalho.

Caso você tenha apenas o básico do estudo e não se importa de mudar de área, mas sim de conseguir um bom emprego, estável e com uma remuneração mais justa, vamos conhecer 8 profissões que estão sobrando vagas de emprego e não exigem altos níveis de especialização.

Profissões sobrando vagas

Em um mercado de trabalho em constante evolução, diversas profissões se destacam pela alta demanda por profissionais, abrindo portas para oportunidades em várias áreas. Aqui vamos olhar mais detalhadamente sobre algumas dessas profissões, o que elas envolvem e o que é necessário para começar a exercê-las:

1. Camareira

Responsável pela limpeza e organização de quartos e áreas comuns em hotéis, pousadas e estabelecimentos similares. Para iniciar nesta profissão, é importante ter atenção aos detalhes, habilidades organizacionais e capacidade de trabalhar de forma independente. Treinamentos específicos ou cursos de hospitalidade podem ser um diferencial.

2. Estoquista

Gerencia o estoque de mercadorias em lojas, armazéns, e outros estabelecimentos comerciais, garantindo que os produtos estejam bem organizados e facilmente acessíveis. Geralmente, requer habilidades organizacionais e físicas, pois pode envolver o manuseio de cargas pesadas. Cursos técnicos em logística podem ser úteis, mas não são sempre necessários.

3. Ajudante geral

Atua em diversas funções, oferecendo suporte em tarefas variadas em construções, fábricas, oficinas, entre outros. A flexibilidade e a disposição para aprender são essenciais, e a capacitação pode variar de acordo com o setor específico de atuação.

4. Garçom

Profissional que serve alimentos e bebidas aos clientes em restaurantes, bares e eventos. É essencial ter boas habilidades de comunicação, um bom entendimento de serviço ao cliente e capacidade de trabalhar sob pressão. Cursos de atendimento ao cliente e técnicas de serviço podem enriquecer o currículo.

5. Atendente

Trabalha no atendimento ao cliente em diversos ambientes, como lojas, supermercados e call centers. Habilidades de comunicação e paciência são fundamentais, assim como a capacidade de resolver problemas. Embora muitas vezes não se exija formação específica, cursos de atendimento ao cliente podem ser um diferencial.

6. Cozinheiro

Prepara refeições em restaurantes, lanchonetes e outros estabelecimentos de alimentação. Exige habilidades culinárias, criatividade e capacidade de trabalhar em equipe. A formação pode variar de cursos livres em culinária a graduações em Gastronomia.

7. Pizzaiolo

Especializado no preparo de pizzas, essa profissão combina habilidades culinárias com criatividade no uso de ingredientes. Cursos de curta duração em culinária italiana ou especificamente em pizzaria podem ser úteis.

8. Padeiro

Responsável pelo preparo de pães e outros produtos de panificação. Requer conhecimento das técnicas de panificação, habilidades manuais e capacidade de madrugar, já que muitas padarias começam a produção antes do amanhecer. Cursos profissionalizantes em panificação são recomendados para quem deseja entrar na área.

Para todas essas profissões, além das habilidades técnicas e formações específicas, a dedicação, a paixão pelo que se faz e a vontade de aprender são fundamentais para o sucesso e satisfação profissional.

O mercado de trabalho

Frequentemente, as empresas abrem oportunidades para os cargos mencionados anteriormente com a exigência mínima do ensino fundamental. No entanto, para realmente se sobressair e abrir portas para avanços profissionais, seja na mesma empresa ou em outras, é recomendável investir em cursos profissionalizantes. Essa qualificação adicional não apenas enriquece seu conhecimento prático e teórico na área, mas também mostra aos empregadores seu comprometimento e desejo de crescimento.

Características como dedicação, disciplina, capacidade de organização, boa comunicação e uma mente aberta ao aprendizado contínuo são fundamentais em qualquer uma dessas áreas. O dom natural pode ser o ponto de partida para muitos desses caminhos profissionais, mas a vontade de aprender e a aplicação prática desses conhecimentos são igualmente importantes para quem busca excelência e reconhecimento no trabalho.

A iniciativa e a determinação também são cruciais para se destacar e alcançar uma posição de destaque e segurança no emprego. Mesmo aqueles que não completaram seus estudos têm a possibilidade de construir uma carreira promissora, desde que identifiquem suas paixões e habilidades e escolham a profissão que melhor se alinhe com seus interesses e talentos. Avaliar cuidadosamente suas aptidões e interesses é o primeiro passo para trilhar um caminho de sucesso na carreira escolhida.

FONTE MEU VALOR DIGITAL

6 profissões com ensino superior que pagam os salários mais baixos do Brasil

De acordo com pesquisa divulgada, carreiras com ensino superior estão frequentemente associadas às piores remunerações do país

Existem algumas profissões que mesmo a pessoa com ensino superior ainda assim pagam os salários mais baixos do Brasil.

Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), identificou quais são as profissões que possuem uma remuneração considerada abaixo do nível satisfatório de trabalho no território nacional.

Assim, a análise fez um compilado de ganhos mensais durante o segundo trimestre de 2023 e as carreiras que mais receberam valores considerados ruins de remunerações.

6 profissões com ensino superior que pagam os salários mais baixos do Brasil

1 – Professores do Ensino Pré-Escolar – R$ 2.285

São conhecidos como educadores infantis e desempenham um papel crucial no desenvolvimento inicial das crianças. Assim, ficaram em 1° lugar na pesquisa. O salário da categoria é de R$ 2.285.

2. Professores de Artes e Físicos – R$ 2.629 e R$ 3.000

O segundo lugar do estudo vai para os profissionais da história das artes. Contudo, eles promovem a apreciação e a expressão artística. O salário analisado foi de R$ 2.629.

Assim, a outra categoria é dos físicos e astrônomos. Lidam com ensino, pesquisa e atenção à sociedade para pautas do mundo da Física. Rendimento mensal de R$ 3.000

3. Assistentes Sociais – R$ 3.078

Carreira essencial para a sociedade, desempenham um papel importante no suporte e assistência a indivíduos e comunidades em situações de vulnerabilidade social. O salário captado é o mais baixo de R$ 3.078 e injusto para o tanto que a profissão faz.

4. Bibliotecários, documentaristas e afins – R$ 3.135

Responsáveis pela organização, preservação, catalogação, atendimento ao público e disseminação da informação em bibliotecas e outros ambientes de informação e comunicação. O salário catalogado na análise foi de R$ 3.135.

5. Profissionais de Relações Públicas – R$ 3.426

Especialistas em gerenciar a comunicação e as relações entre uma organização e seu público-alvo. Lidam com gestão de crise, comunicação estratégica, eventos, entre outros. Remuneração de R$ 3.426.

6. Fonoaudiólogos e Logopedistas – R$ 3.485

Por fim, o especialista da área da saúde que lida com a prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento de distúrbios relacionados à comunicação humana. De acordo com a pesquisa, o salário percebido é de R$ 3.485.

FONTE PORTAL 6

Governo de Minas já investiu R$ 4,5 bi para fortalecer a infraestrutura da rede estadual de ensino 

Recursos foram aplicados em obras em 1,7 mil escolas, além de alimentação escolar, transporte, inovação e outras melhorias

Educação pública de qualidade é resultado também de investimentos em infraestrutura. Com o propósito de transformar a rede pública estadual de Minas Gerais em unidades mais modernas, acessíveis e bem cuidadas, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), realizou investimentos recordes nos últimos anos. 

Em cinco anos de gestão, foram aplicados R$ 4,5 bilhões na melhoria da infraestrutura da rede estadual de ensino.

Entre as novidades foram realizados investimentos importantes para garantir mais segurança à comunidade escolar e ao patrimônio público, com R$ 70 milhões, em 2022 e 2023, para monitoramento e vigilância eletrônica. E para levar conectividade às unidades, foram investidos R$ 68 milhões no projeto Wi-Fi nas Escolas. 

Grande parte das escolas não passava por obras de reformas ou ampliação há anos e para transformar o que era um sonho da maioria dos estudantes e servidores foi necessário ousadia, muito trabalho e coragem para fazer. O subsecretário de Administração da SEE, José Roberto Avelar, faz um balanço das ações e considera que foram investimentos importantes e necessários. 

“Vivemos uma nova realidade. Existe um antes e um depois da rede estadual. A partir destes investimentos robustos que fizemos em diversos programas, como Mãos à Obra, por exemplo, conseguimos com muita responsabilidade e comprometimento fazer obras por todo o estado e transformar essa rede. Esse trabalho é resultado de uma gestão séria e que se preocupa com um ensino público de qualidade para atender aos nossos estudantes”, afirma. 

Mãos à obra  

O programa Mãos à Obra chegou à nona etapa neste ano. Realizou mais de 3 mil obras em cerca de 1,7 mil escolas da rede estadual. Essas obras foram executadas em  mais de 600 municípios. Para essas conquistas, a SEE/MG investiu quase R$ 1 bilhão em 2023.

O Mãos à Obra é um marco na educação de Minas. Responde pelo maior montante feito por uma gestão do Estado em infraestrutura de escolas, desde 2019, quando foi realizado o primeiro Diagnóstico de Infraestrutura de Rede, para levantar dados importantes na identificação das principais e mais urgentes reformas necessárias em cada prédio escolar. Ele proporcionou uma melhoria visível das condições dos prédios escolares. 

Manutenção e custeio 

E não parou por aí. Nestes cinco anos de governo, por meio do Programa de Manutenção e Custeio, 3,5 mil escolas foram atendidas, com investimentos de aproximadamente 1,4 bilhão para intervenções, reparos e manutenção dos prédios escolares. Só em 2023, aproximadamente R$ 368 milhões foram utilizados para a manutenção. 

Outra iniciativa que merece destaque é o valor mínimo para manutenção e custeio.  Criado em 2023,  estipulou uma média de recursos para que nenhuma escola recebesse menos de R$ 51 mil para manutenção, custeio e conservação. Esse é o valor para unidades com 300 alunos, ou seja, toda escola com menos de 300 alunos passou a receber, a partir deste novo critério, compensando o valor reduzido que resultaria do cálculo por per capita.

Este programa tem como finalidade garantir que as unidades tenham recursos em caixa para realizar pequenos reparos como a troca de torneira, porta, fazer a poda de árvore, capina do terreno, compra de gás de cozinha, pagamento de telefone, material de escritório e de informática, dentre outros. 

Itens obrigatórios

Além de cuidar da parte física, foi necessário trabalhar para levar às unidades da rede uma série de itens que são considerados de uso obrigatório, mas que grande parte das escolas ainda não contavam com eles. Para a aquisição foi realizado um levantamento que permitiu conhecer a necessidade de cada escola e definir que elas deveriam  ter,  no mínimo, uma unidade de cada item. 

Nesta ação, o Estado investiu mais de R$ 72 milhões, beneficiando cerca de 3.262 escolas. Os itens adquiridos foram balança antropométrica, bebedouro, cadeira de rodas, quadro branco, quadro de vidro, maca de transporte de paciente, mesa acessível para cadeirante e tanquinho para lavar cortinas e toda rouparia das escolas. 

Além disso, desde 2019 foi investido R$ 1,1 bilhão na compra de equipamentos diversos e na aquisição de mobiliário para sala de aula – conjuntos de carteiras escolares para alunos e professores, que estavam há muitos anos sem serem renovados.

Manual de Prédios Escolares 

A fim de orientar os gestores escolares e dar-lhes mais autonomia na gestão escolar, a SEE/MG criou e repassou às escolas estaduais o Manual de Prédios Escolares. O documento contém dicas importantes sobre manutenção preventiva e corretiva, vida útil de um imóvel, prazo de garantia,  o que compreende o período em que o construtor e/ou incorporador responde pela adequação do produto, quanto ao seu desempenho, dentro do uso que normalmente dele se espera. 

Instruções para elaboração do plano de manutenção preventiva, para que fossem feitos  reparos importantes nos equipamentos prediais, resolvendo possíveis defeitos e proporcionando, assim, uma durabilidade muito maior. O manual foi disponibilizado para as 3,5 mil unidades da rede estadual.  

Alimentação escolar 

Em cinco anos de gestão, a pasta investiu R$ 1,5 bilhão na melhoria da merenda escolar, e neste ano, foram mais de R$ 464 milhões. 

Em 2023, foi reestruturado o repasse da verba para aquisição dos alimentos nas escolas. A mudança passou a garantir mais recursos  para a merenda. Com isso, os estudantes passaram a ter acesso a uma alimentação saudável, equilibrada, com nutrientes importantes para o aprendizado. 

Essa melhoria é fruto também do valor mínimo de R$ 51,2 mil, instituído pela pasta, para o repasse de recursos às escolas estaduais para a aquisição de gêneros alimentícios, no âmbito do Programa Estadual de Alimentação Escolar.

Desta forma, independente da quantidade de estudantes matriculados e do cálculo que é feito seguindo o critério per capita/aluno, este passou a ser o valor mínimo destinado a cada escola.  

A partir da reestruturação, o valor per capita médio ano/aluno saltou de R$ 162,76 para R$ 189,60, representando um aumento de 16,49%. Isso gerou um impacto de R$ 65  milhões no orçamento da pasta, além dos recursos do Pnae, que é apenas um complemento, já que Minas Gerais investe duas vezes mais do que o Governo Federal no Programa de Alimentação Escolar. 

Transporte escolar

Para garantir o acesso e permanência dos estudantes da rede pública estadual, algo que é bem mais complexo para quem mora na zona rural, o Governo de Minas implementou em 2023 um novo modelo do Programa Estadual de Transporte Escolar e aumentou em cerca de 60% o valor de repasse aos municípios que fazem a gestão do serviço. O montante investido no transporte escolar, em 2023, ultrapassou R$ 800 milhões, representando aumento de 60% na comparação com 2022. 

Neste ano, cerca de 281 mil estudantes da rede estadual, residentes da área rural, foram  atendidos com o transporte escolar. O número tem como base os dados oficiais do Censo Escolar de 2022, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Governo Federal. 

FONTE AGÊNCIA MINAS

Reforma do Ensino Médio: um crime a ser barrado

Acelerada em São Paulo, ela fez da vida de 330 mil jovens um experimento cruel. Deixou de prepará-los para a universidade, sem oferecer formação técnica real. Um engodo – com cor e classe social. Só a revogação pode ser um começo de saída

O antropólogo, educador e político Darcy Ribeiro costumava dizer que, no Brasil, a educação básica pública de qualidade duvidosa não é propriamente um desvio de rota, uma disfunção, mas um projeto da elite nacional. Em diferentes momentos da nossa história, esse intento das camadas abastadas desvela-se sem filtro, revelando uma verdadeira arquitetura da destruição, boicote à nação.

A Reforma do Ensino Médio, apresentada como Medida Provisória 746/16 e aprovada como projeto de lei n.º 13.415/17, foi, já em seu nascedouro, apontada como um instrumento oficial de Estado que resultaria, necessariamente, no aumento das desigualdades educacionais, pois priva, em sua concepção, milhões de estudantes de acessarem os conhecimentos historicamente sistematizados pela humanidade e exigidos nos vestibulares das universidades brasileiras, públicas e privadas.

Escondidos atrás de estandartes que estampavam: flexibilização curricular, protagonismo estudantil com a possibilidade de escolher o que gostaria de cursar, aproximação entre o conhecimento e a realidade dos estudantes, modernização curricular, expansão do ensino técnico-profissional, etc., os adeptos da reforma saíram vencedores. Decidiu-se que o Novo Ensino Médio, denominado de NEM, entraria em vigor a partir de 2022; com a adequação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – principal porta de entrada para as universidades públicas – às novas determinações trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – parte da engrenagem que movimentou a Reforma do Ensino Médio – a partir de 2024.

Alheios às manifestações de rua de profissionais da educação e estudantes, além de centenas de pesquisas frisando que o NEM resultaria, inevitavelmente, num aumento das desigualdades educacionais, colocando em risco o direito à aprendizagem de mais de 7 milhões de estudantes da rede pública, secretários estaduais de educação, capsulados no Conselho Nacional de Secretários de Educação, o CONSED, “indumentaram-se” da vestidura de que “lei não se discute, lei se cumpre”, e programaram-se para a implantação do NEM a partir de 2022.

Para deleite da elite bandeirante, o então governador de São Paulo, João Dória Jr., anunciou, em 2020, que o Estado, protagonista em diferentes momentos da história do país, assumiria a vanguarda do atraso e se adiantaria na implementação do NEM, com a aprovação do Currículo Paulista e a indicação de 11 itinerários formativos de aprofundamento.

Experimentações curriculares questionáveis adotadas em 2019 e 2020, como o Programa Novotec, anunciavam o desastre da arquitetura do NEM. O Novotec ventilou a tese de que o estudante do Ensino Médio sairia com dupla formação, curso regular e técnico-profissional, o último com a grife das Escolas Técnicas Estaduais, as Etecs. Na prática, verificou-se que as diminutas horas destinadas à formação técnica eram insuficientes para habilitar um estudante a desenvolver atividade profissional em qualquer área. Cilada pedagógica anunciada por diferentes críticos. Consequência: frustração de milhares de estudantes.

Desarrumado desde a concepção, o NEM iniciou nas escolas paulistas em fevereiro de 2021. Com incertezas múltiplas, justificava-se “que todo período de transição é complicado”, “que a comunidade escolar deveria estar aberta ao novo, e não ser resistente à mudança”. Rapidamente, as críticas difundidas no contexto da aprovação da Reforma voltaram a fazer eco: as escolas não conseguiram ofertar os itinerários indicados pelos estudantes; houve quantidade interminável de disciplinas; impossibilidade de docentes prepararem material para tantas disciplinas; falta de material didático para os componentes curriculares da formação geral e dos itinerários formativos; disciplinas eletivas sem sustentação acadêmica; falta de professores para as diferentes disciplinas; docentes sem formação específica sendo obrigados a assumir determinados componentes curriculares; etc.

No final do primeiro semestre de 2022, o movimento estudantil organizado evidenciou as inúmeras incongruências do NEM na prática e passou a reivindicar a revogação da Reforma do Ensino Médio. Pipocaram pela imprensa convencional denúncias sobre disciplinas sem lastro acadêmico e a quantidade inadministrável de componentes curriculares, atingindo o surpreende número de 1.526 disciplinas diferentes país afora, colocando em risco o direito da educação básica para todos os estudantes, institucionalizando a fragmentação curricular na última etapa de ensino obrigatório.

Pesquisas na Rede Estadual de Ensino de São Paulo demonstram, já no final de 2022, grande desânimo por parte dos estudantes no que diz respeito à continuação dos estudos. Segundo o artigo 35º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/EN n.º 9.394/96), uma das finalidades do Ensino Médio é “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos” (grifos nossos). O NEM, com a determinação de que a Formação Geral Básica compreende, no máximo, 1.800 horas das 3.000 dessa etapa de ensino, arquitetou que os secundaristas teriam contato com os conhecimentos historicamente consolidados pela humanidade e exigidos nos principais vestibulares, com destaque para o Enem, somente na 1ª série e primeiro semestre da 2ª série. Ou seja, durante o restante do curso, compreendendo 18 meses, discentes acessarão os conteúdos diversos por meio dos Itinerários Formativos, esses sem, até o momento, referências nítidas e material didático de apoio, resultando, quase sempre, num esforço homérico de docentes para que os seus estudantes não fiquem sem os conteúdos essenciais para a vida em sociedade e continuação dos estudos.

A lei que versa sobre improbidade administrativa indica, no seu artigo 11º, que “constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade…” (grifo nosso). Entende-se que o governador e a Secretaria Estadual da Educação (SEDUC) estavam cientes que os estudantes concluintes do Ensino Médio neste final de 2023 no Estado de São Paulo não estudariam, neste novo modelo adotado, os conhecimentos básicos aplicados no Enem. Sabiam, certamente, que é praticamente impossível cumprir conhecimentos desenvolvidos em 2.400 horas durante 3 anos em 1.800 horas dentro de 1 ano e meio. Por conseguinte, verifica-se em diferentes escolas que muitos estudantes do 3º ano do Ensino Médio paulista, um universo de mais ou menos 330 mil, abdicaram de fazer a principal prova que permite acesso ao ensino superior brasileiro por intuir que não adiantava fazer o exame, pois estavam há mais de um ano sem ver Biologia, Física ou Química; ou Filosofia, Geografia, História e Sociologia. E que o estudante do terceiro ano do ensino particular continuava a estudar todas essas disciplinas. Que a universidade não era para ele. Que estava se organizando para trabalhar.

No rigor técnico-jurídico, apesar de ter punição, a improbidade não é um crime, é um ilícito administrativo com sanção. Portanto, ímprobo e não criminoso. Recorre-se aqui, entretanto, ao conceito social de crime, que não é o mesmo do conceito jurídico, transcende a simples violação de norma legal. Associa-se muito mais ao reflexo de expectativas, valores e ética de determinada sociedade em um período histórico específico. Diferentes estudos revelaram um aumento significativo dos estudantes egressos da rede pública da Educação Básica nas principais universidades brasileiras, todas públicas. Quase 70% da totalidade e mais de 50% de negros. O estudante pobre brasileiro, que tem cor, é preto, é preta, é pardo, é parda, estava entrando na universidade pública. Os sistemas de políticas de ações afirmativas contribuíram para esta mudança. Estabeleceu-se, mesmo eivados de contradições, horizontes diferentes para esses estudantes secundários: cursar o ensino superior. Agora estão frustrados, enganados e humilhados no Estado de São Paulo. Assim, pode-se afirmar que a ação dos responsáveis pela educação paulista da época é possivelmente criminosa, na medida em que frustrou centenas de milhares de estudantes à viabilidade de acesso ao ensino superior. No mínimo, caracteriza-se como desonestidade com um contingente de 330 mil concluintes do Ensino Médio.

O atual governo, na contramão daquilo que já se concluiu no restante do mundo, que a tecnologia é um importante instrumento de apoio pedagógico, mas não substitui a interação presencial e o livro impresso, disponibilizou, agora no segundo semestre, uma plataforma denominada “Prepara São Paulo”, espécie de cursinho pré-vestibular on-line, com assiduidade semelhante à aula em emenda de feriado. Servindo mais para atacar um problema do ensino superior brasileiro do que atender a demanda e o dolo cometido contra os sonhos de 330 mil jovens, o governo do Estado tirou da cartola, feito mágico da Caravana Rolidei do filme “Bye bye Brasil”, 15 mil vagas para o chamado “Enem Paulista” ou Provão Paulista – antigo SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que ganha agora status de selecionar para as grandes universidades paulistas. Serão ofertadas 1.500 vagas para a USP, 934 para a Unesp, 325 para a Unicamp, 2.620 para a Univesp (on-line) e 10 mil para as Fatecs. Não é objeto do presente texto, mas as instituições de ensino superior brasileiras vivem crise estrutural de falta de estudantes, especialmente nos cursos presenciais. Há tempos registramos o mesmo número de alunos nesse nível de ensino: cerca de 8 milhões. Não conseguimos aumentar, apesar do quase imensurável universo de brasileiros sem um diploma de graduação. Ao mesmo tempo, nota-se que aqueles que decidem cursar uma faculdade escolhem o EaD, hoje com mais de 50% dos matriculados nesse nível de ensino. Cursos superiores presenciais correm, velozmente, o risco de desaparecerem. O “Enem Paulista”, além de ser uma afronta à política pública bem-sucedida do Enem, é um suspiro às universidades e às faculdades paulistas.

Pretendesse de fato corrigir o dolo cometido pelos gestores anteriores, o atual governo paulista deveria garantir vagas nas melhores universidades do Brasil (“com casa, comida e roupa lavada”) a todos os 330 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino que se viram confundidos, frustrados, enganados, humilhados e excluídos pela decisão dos antigos administradores do Ensino Médio do Estado de São Paulo. Não se pode caracterizar essa arquitetura de destruição como desvio de rota ou mera disfunção. Soa como intencional. Darcy Ribeiro já nos ensinou isso. Projeto da elite para precarizar a Educação Básica, frustrando a perspectiva de vida, de futuro, de país. Um crime!

FONTE OUTRAS PALAVRAS

Reforma do Ensino Médio: um crime a ser barrado

Acelerada em São Paulo, ela fez da vida de 330 mil jovens um experimento cruel. Deixou de prepará-los para a universidade, sem oferecer formação técnica real. Um engodo – com cor e classe social. Só a revogação pode ser um começo de saída

O antropólogo, educador e político Darcy Ribeiro costumava dizer que, no Brasil, a educação básica pública de qualidade duvidosa não é propriamente um desvio de rota, uma disfunção, mas um projeto da elite nacional. Em diferentes momentos da nossa história, esse intento das camadas abastadas desvela-se sem filtro, revelando uma verdadeira arquitetura da destruição, boicote à nação.

A Reforma do Ensino Médio, apresentada como Medida Provisória 746/16 e aprovada como projeto de lei n.º 13.415/17, foi, já em seu nascedouro, apontada como um instrumento oficial de Estado que resultaria, necessariamente, no aumento das desigualdades educacionais, pois priva, em sua concepção, milhões de estudantes de acessarem os conhecimentos historicamente sistematizados pela humanidade e exigidos nos vestibulares das universidades brasileiras, públicas e privadas.

Escondidos atrás de estandartes que estampavam: flexibilização curricular, protagonismo estudantil com a possibilidade de escolher o que gostaria de cursar, aproximação entre o conhecimento e a realidade dos estudantes, modernização curricular, expansão do ensino técnico-profissional, etc., os adeptos da reforma saíram vencedores. Decidiu-se que o Novo Ensino Médio, denominado de NEM, entraria em vigor a partir de 2022; com a adequação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – principal porta de entrada para as universidades públicas – às novas determinações trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – parte da engrenagem que movimentou a Reforma do Ensino Médio – a partir de 2024.

Alheios às manifestações de rua de profissionais da educação e estudantes, além de centenas de pesquisas frisando que o NEM resultaria, inevitavelmente, num aumento das desigualdades educacionais, colocando em risco o direito à aprendizagem de mais de 7 milhões de estudantes da rede pública, secretários estaduais de educação, capsulados no Conselho Nacional de Secretários de Educação, o CONSED, “indumentaram-se” da vestidura de que “lei não se discute, lei se cumpre”, e programaram-se para a implantação do NEM a partir de 2022.

Para deleite da elite bandeirante, o então governador de São Paulo, João Dória Jr., anunciou, em 2020, que o Estado, protagonista em diferentes momentos da história do país, assumiria a vanguarda do atraso e se adiantaria na implementação do NEM, com a aprovação do Currículo Paulista e a indicação de 11 itinerários formativos de aprofundamento.

Experimentações curriculares questionáveis adotadas em 2019 e 2020, como o Programa Novotec, anunciavam o desastre da arquitetura do NEM. O Novotec ventilou a tese de que o estudante do Ensino Médio sairia com dupla formação, curso regular e técnico-profissional, o último com a grife das Escolas Técnicas Estaduais, as Etecs. Na prática, verificou-se que as diminutas horas destinadas à formação técnica eram insuficientes para habilitar um estudante a desenvolver atividade profissional em qualquer área. Cilada pedagógica anunciada por diferentes críticos. Consequência: frustração de milhares de estudantes.

Desarrumado desde a concepção, o NEM iniciou nas escolas paulistas em fevereiro de 2021. Com incertezas múltiplas, justificava-se “que todo período de transição é complicado”, “que a comunidade escolar deveria estar aberta ao novo, e não ser resistente à mudança”. Rapidamente, as críticas difundidas no contexto da aprovação da Reforma voltaram a fazer eco: as escolas não conseguiram ofertar os itinerários indicados pelos estudantes; houve quantidade interminável de disciplinas; impossibilidade de docentes prepararem material para tantas disciplinas; falta de material didático para os componentes curriculares da formação geral e dos itinerários formativos; disciplinas eletivas sem sustentação acadêmica; falta de professores para as diferentes disciplinas; docentes sem formação específica sendo obrigados a assumir determinados componentes curriculares; etc.

No final do primeiro semestre de 2022, o movimento estudantil organizado evidenciou as inúmeras incongruências do NEM na prática e passou a reivindicar a revogação da Reforma do Ensino Médio. Pipocaram pela imprensa convencional denúncias sobre disciplinas sem lastro acadêmico e a quantidade inadministrável de componentes curriculares, atingindo o surpreende número de 1.526 disciplinas diferentes país afora, colocando em risco o direito da educação básica para todos os estudantes, institucionalizando a fragmentação curricular na última etapa de ensino obrigatório.

Pesquisas na Rede Estadual de Ensino de São Paulo demonstram, já no final de 2022, grande desânimo por parte dos estudantes no que diz respeito à continuação dos estudos. Segundo o artigo 35º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/EN n.º 9.394/96), uma das finalidades do Ensino Médio é “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos” (grifos nossos). O NEM, com a determinação de que a Formação Geral Básica compreende, no máximo, 1.800 horas das 3.000 dessa etapa de ensino, arquitetou que os secundaristas teriam contato com os conhecimentos historicamente consolidados pela humanidade e exigidos nos principais vestibulares, com destaque para o Enem, somente na 1ª série e primeiro semestre da 2ª série. Ou seja, durante o restante do curso, compreendendo 18 meses, discentes acessarão os conteúdos diversos por meio dos Itinerários Formativos, esses sem, até o momento, referências nítidas e material didático de apoio, resultando, quase sempre, num esforço homérico de docentes para que os seus estudantes não fiquem sem os conteúdos essenciais para a vida em sociedade e continuação dos estudos.

A lei que versa sobre improbidade administrativa indica, no seu artigo 11º, que “constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade…” (grifo nosso). Entende-se que o governador e a Secretaria Estadual da Educação (SEDUC) estavam cientes que os estudantes concluintes do Ensino Médio neste final de 2023 no Estado de São Paulo não estudariam, neste novo modelo adotado, os conhecimentos básicos aplicados no Enem. Sabiam, certamente, que é praticamente impossível cumprir conhecimentos desenvolvidos em 2.400 horas durante 3 anos em 1.800 horas dentro de 1 ano e meio. Por conseguinte, verifica-se em diferentes escolas que muitos estudantes do 3º ano do Ensino Médio paulista, um universo de mais ou menos 330 mil, abdicaram de fazer a principal prova que permite acesso ao ensino superior brasileiro por intuir que não adiantava fazer o exame, pois estavam há mais de um ano sem ver Biologia, Física ou Química; ou Filosofia, Geografia, História e Sociologia. E que o estudante do terceiro ano do ensino particular continuava a estudar todas essas disciplinas. Que a universidade não era para ele. Que estava se organizando para trabalhar.

No rigor técnico-jurídico, apesar de ter punição, a improbidade não é um crime, é um ilícito administrativo com sanção. Portanto, ímprobo e não criminoso. Recorre-se aqui, entretanto, ao conceito social de crime, que não é o mesmo do conceito jurídico, transcende a simples violação de norma legal. Associa-se muito mais ao reflexo de expectativas, valores e ética de determinada sociedade em um período histórico específico. Diferentes estudos revelaram um aumento significativo dos estudantes egressos da rede pública da Educação Básica nas principais universidades brasileiras, todas públicas. Quase 70% da totalidade e mais de 50% de negros. O estudante pobre brasileiro, que tem cor, é preto, é preta, é pardo, é parda, estava entrando na universidade pública. Os sistemas de políticas de ações afirmativas contribuíram para esta mudança. Estabeleceu-se, mesmo eivados de contradições, horizontes diferentes para esses estudantes secundários: cursar o ensino superior. Agora estão frustrados, enganados e humilhados no Estado de São Paulo. Assim, pode-se afirmar que a ação dos responsáveis pela educação paulista da época é possivelmente criminosa, na medida em que frustrou centenas de milhares de estudantes à viabilidade de acesso ao ensino superior. No mínimo, caracteriza-se como desonestidade com um contingente de 330 mil concluintes do Ensino Médio.

O atual governo, na contramão daquilo que já se concluiu no restante do mundo, que a tecnologia é um importante instrumento de apoio pedagógico, mas não substitui a interação presencial e o livro impresso, disponibilizou, agora no segundo semestre, uma plataforma denominada “Prepara São Paulo”, espécie de cursinho pré-vestibular on-line, com assiduidade semelhante à aula em emenda de feriado. Servindo mais para atacar um problema do ensino superior brasileiro do que atender a demanda e o dolo cometido contra os sonhos de 330 mil jovens, o governo do Estado tirou da cartola, feito mágico da Caravana Rolidei do filme “Bye bye Brasil”, 15 mil vagas para o chamado “Enem Paulista” ou Provão Paulista – antigo SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que ganha agora status de selecionar para as grandes universidades paulistas. Serão ofertadas 1.500 vagas para a USP, 934 para a Unesp, 325 para a Unicamp, 2.620 para a Univesp (on-line) e 10 mil para as Fatecs. Não é objeto do presente texto, mas as instituições de ensino superior brasileiras vivem crise estrutural de falta de estudantes, especialmente nos cursos presenciais. Há tempos registramos o mesmo número de alunos nesse nível de ensino: cerca de 8 milhões. Não conseguimos aumentar, apesar do quase imensurável universo de brasileiros sem um diploma de graduação. Ao mesmo tempo, nota-se que aqueles que decidem cursar uma faculdade escolhem o EaD, hoje com mais de 50% dos matriculados nesse nível de ensino. Cursos superiores presenciais correm, velozmente, o risco de desaparecerem. O “Enem Paulista”, além de ser uma afronta à política pública bem-sucedida do Enem, é um suspiro às universidades e às faculdades paulistas.

Pretendesse de fato corrigir o dolo cometido pelos gestores anteriores, o atual governo paulista deveria garantir vagas nas melhores universidades do Brasil (“com casa, comida e roupa lavada”) a todos os 330 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino que se viram confundidos, frustrados, enganados, humilhados e excluídos pela decisão dos antigos administradores do Ensino Médio do Estado de São Paulo. Não se pode caracterizar essa arquitetura de destruição como desvio de rota ou mera disfunção. Soa como intencional. Darcy Ribeiro já nos ensinou isso. Projeto da elite para precarizar a Educação Básica, frustrando a perspectiva de vida, de futuro, de país. Um crime!

FONTE OUTRAS PALAVRAS

Ensino e Educação: qual a importância do estágio curricular para o universitário?

Uma das maiores decisões e, por que não desafios, da vida de uma pessoa é a etapa onde é necessário optar e escolher uma área de atuação, algo para se fazer profissionalmente, uma carreira e uma trajetória profissional a se seguir.

Tudo isso tende a se iniciar por volta dos vinte anos, onde jovens realizam a prova do vestibular para atuar em curso superior, ou após se formarem no ensino médio, ingressam diretamente no mercado de trabalho.

Esta é a realidade de grande parte dos jovens do país, começar sua trajetória profissional e através do ingresso direto no mercado de trabalho após a formatura no ensino médio, ou o ingresso em alguma modalidade de curso superior, por exemplo.

No entanto, a grande razão pela qual muitos jovens optam pelo ingresso direto no mercado de trabalho, além da questão social e econômica, é não ver uma utilidade para estes anos a mais de estudo. Logo, por que fazer um curso superior, quando se pode trabalhar?

Com este conflito em mente, é essencial explicar alguns pontos essenciais sobre a universidade que podem ser capazes de capacitar um profissional em uma maneira extra-classe.

Especificamente, o estágio curricular necessário para a conclusão de um curso superior é um dos elementos mais importantes para capacitar o estudante a se tornar um profissional de ponta, com uma grande redes de contatos e maiores pretensões salariais.

Por isso, na reportagem de hoje iremos ver um pouco mais sobre o papel do estágio curricular, da importância do relatório de estágio supervisionado pronto para ser transformado em uma tese ou um projeto e até nos benefícios do estágio curricular.

O contato prático com uma área de especialização

O primeiro benefício e mais óbvio de um estágio curricular é o contato prático em uma área de especialização dentro do curso superior escolhido, seja ele na área de pedagogia, de administração ou de enfermagem.

O estágio curricular é essencial para a capacitação de um profissional que irá atuar na área, podendo ser um elemento que diferencia de maneira drástica um bom profissional de um profissional razoável.

Isso ocorre por uma série de razões, mas a principal delas é o contato prático na área, mas fora este contato podemos também elencar:

  1. Noção de processos da área
  2. Escolha de uma área de atuação
  3. Relacionamento profissional
  4. Trabalho em equipe
  5. Lidar com prazos

Além disso, o aluno que realiza um estágio obrigatório é responsável por desenvolver um relatório de atividades práticas enquanto estagiário, o que pode ser também importantíssimo para aprimorar a qualidade de escrita e comunicação profissional.

Só por estes fatores o estágio curricular já seria importantíssimo para o desenvolvimento profissional, mas existe uma grande gama de pontos onde o estágio curricular, como dito anteriormente, pode ser responsável por formar um profissional qualificado.

A rede de contatos e o surgimento de oportunidades

Outro ponto onde o estágio curricular é um elemento diferencial na hora de ter oportunidades de emprego e possibilidades de trabalho na sua área de atuação é no estabelecimento de uma rede de contatos com outros pesquisadores.

Isso ocorre pois enquanto estagiário, a unidade onde o aluno está estagiando geralmente participa de congressos, palestras, seminários e outros eventos onde há a participação massiva de pesquisadores nacionais e internacionais que atuam na mesma área.

Isso pode representar o surgimento de diversas oportunidades presentes e futuras para o profissional, tanto de auxiliar em projetos de pesquisa quanto até uma possível atuação no exterior, que é o sonho de muitos.

Com isso, outro ponto extremamente atrativo por trás da realização de um estágio curricular enquanto aluno do ensino superior é justamente o estabelecimento desta rede de contatos com outros profissionais, pesquisadores e técnicos da área.

A realização de um relatório técnico de estágio

Por fim, como vimos juntos no início da reportagem, um dos grandes elementos de importância na participação de um estágio obrigatório é a realização do tão temido relatório de estágio curricular.

Isso ocorre pois, na realização deste relatório, o estagiário tem contato com o desenvolvimento de um documento que necessita de uma introdução, uma conclusão e dados pautados em um modelo de pesquisa adequado.

Desta maneira, o estágio e o departamento de atuação do estudante são o ambiente ideal para se desenvolver de maneira profissional.

Além disso, se o aluno desejar seguir na carreira acadêmica, ou seja, na pesquisa científica, os benefícios do estágio são imensuráveis, como por exemplo entender as normas da ABNT, compreender de forma adequada as citações para relatório, montar um projeto de estágio e escrever um resumo de suas atividades profissionais de forma técnica.

Desta forma, como viemos afirmando e constatando ao longo da reportagem, o estágio curricular obrigatório é um elemento extremamente responsável pela formação de um profissional que almeja maiores oportunidades.

IFMG oferece especialização gratuita em Ensino e Tecnologias Educacionais

Interessados podem se candidatar a uma das 40 vagas até 8 de fevereiro. O curso é ofertado pelo Campus São João Evangelista na modalidade a distância com aulas on-line às terças-feiras.

O Instituto Federal de Minas Gerais – Campus São João Evangelista realiza processo seletivo ingresso no curso de pós-graduação lato sensu em Ensino e Tecnologias Educacionais, ministrado na modalidade de Ensino a Distância (EaD). As inscrições vão até 8 de fevereiro, a uma taxa de R$20.

O curso – com ênfase em Ensino de Matemática, Biologia, Física, Química, em Alfabetização Científica, Educação em Humanidades ou Educação Profissional e Tecnológica – tem o objetivo de proporcionar, além de uma sólida formação conceitual, o aperfeiçoamento das práticas educativas, valendo-se dos conceitos de Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, bem como da Alfabetização Científica. As aulas ocorrerão por meio de plataformas on-line, às terças-feiras, das 18h40 às 22h40, com início previsto para 21 de março.

A especialização está organizada de maneira a preparar o egresso para o aprimoramento de sua prática profissional e para a continuidade dos seus estudos em outros níveis de pós-graduação (como mestrado e doutorado), em razão da ênfase na capacitação para a pesquisa científica.

Vagas
Neste processo seletivo, para ingresso no primeiro semestre de 2023, estão sendo ofertadas 40 vagas, distribuídas da seguinte forma:
• 8 vagas para candidatos de todo país autodeclarados negros ou pardos ou indígenas ou deficientes;
• 4 vagas para servidores efetivos de todos os campi do IFMG;
• 14 vagas para professores em exercício nas redes públicas de ensino (municipal, estadual ou federal), conforme critérios do edital;
• 14 vagas para graduados em diferentes áreas do conhecimento.

Para se candidatar, é preciso possuir curso de graduação, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), em qualquer área do conhecimento. A seleção se dará por avaliação de Memorial Acadêmico Profissional redigido pelo candidato.

Inscrições on-line (clique aqui) até 8 de fevereiro. Candidatos que atendam aos critérios estabelecidos no edital podem solicitar a isenção da taxa de inscrição até 9 de janeiro.

Antes de se inscrever, leia o edital.

Dúvidas:pos.ensino.tecnologias.sje@ifmg.edu.br ou cre.sje@ifmg.edu.br

Saiba mais: www.ifmg.edu.br

Governo de Minas avalia reabertura de academias, atividades de ensino esportivo e clubes

 Após passar por remodelação na semana passada, o plano Minas Consciente, que orienta as prefeituras em relação ao funcionamento do comércio e outros serviços na pandemia, fará reavaliações de algumas atividades, a partir de estudos pautados em critérios técnicos e epidemiológicos.
Em coletiva virtual desta quinta-feira (13/8), o secretário de Estado adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, explicou algumas reavaliações a serem propostas pela equipe de estudos do plano, formada por profissionais das secretarias de Estado de Saúde (SES-MG) e de Desenvolvimento Econômico (Sede).
“O grupo executivo que supervisiona o Minas Consciente fará uma reavaliação dos setores de academias, atividades de ensino esportivo e clubes, na próxima quarta-feira (19/8). O objetivo é que tenhamos propostas de enquadramento desses setores nas ondas atuais que estruturam o plano”, anunciou Cabral.
O secretário de Estado adjunto de Saúde também informou sobre a possível inclusão de leitos da rede de saúde suplementar nas avaliações realizadas pelo Minas Consciente, iniciativa que ainda depende de estudos técnicos da SES-MG.
“Sob a ótica do Sistema Único de Saúde (SUS), as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos integram a rede de saúde complementar. Atuando de maneira suplementar ao SUS, temos os planos e seguros privados. Diante desses conceitos, a deliberação 78 do Comitê Extraordinário passa a permitir a realização de um estudo para uma possível inclusão de leitos da saúde suplementar no Minas Consciente. Isso possibilitará uma retomada mais consistente das atividades econômicas”, explicou o secretário.

Leia mais:

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.