Vereadores recarregam munição e cobram promessas do Executivo

O tom de críticas em relação a administração do prefeito Mário Marcus (DEM) voltou a ecoar na Câmara Municipal. Durante a sessão dessa terça-feira, dia 2, vereadores recarregaram a munição contra o prefeito e também fizeram cobranças antigas.

Vereadores cobram promessas do executivo/COREIO DE MINAS

O vereador Carlos Nem (SD) fez um dos discursos mais críticos. “A cidade está tomando um rumo que não sei onde vamos parar. Tem buraco para todo lado e falta manutenção em diversas ruas. Não sabemos mais como anda o serviço de limpeza na cidade. Esta tudo descontrolado”, criticou. O edil relembrou a promessa do Executivo de trocar o piso do PSF do bairro Museu. “Tem dois anos que essa situação está crítica com pessoas tropeçando nos tacos”, reclamou, afirmando estar revoltado. “A credibilidade do prefeito está só caindo e vai chegar a um ponto que não terá mais solução para nada”, avaliou.

Cisap

De volta à tribuna, o vereador José Lúcio (PSDB) novamente comentou os serviços realizados pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Paraopeba (Cisap). “Nos enviaram resposta a um ofício em que parece que a saúde de Lafaiete está uma maravilha. Pelo que eles dizem, não há fila de espera para nada e as especialidades atendem rápido. Podem ficar certos que eles terão a oportunidade de explicar isso diretamente aos vereadores e a população. Eu como presidente da Comissão de Saúde desta casa pretendo convocar os responsáveis pelo consórcio para que possamos confrontá-los em relação às reclamações que chegam aos nossos gabinetes”, afirmou.

Lúcio também repercutiu uma entrevista do Ministro da Saúde sobre a importância de investir na atenção primária. “É isso que venho cobrando desde o início do meu mandato”, alfinetou, comentando que é desnecessário o clima de revanchismo entre vereadores e prefeito. Nem por isso ele deixou de cobrar promessas do Executivo como melhoria nas vias de acesso ao Rancho Novo. Não estou falando para aparecer, mas porque fui eleito pedindo votos também para o prefeito e preciso me posicionar e fazer as cobranças devidas”, disparou.

Iluminação Pública

Vereador Sandro José /CORREIO DE MINAS

Outra cobrança foi em relação aos investimentos em Iluminação Pública. O vereador Sandro José (PSDB) alertou para que não se repita o que ocorreu na administração anterior. Ele recordou que o Executivo da época acumulou recursos da contribuição de iluminação pública e só no final do mandato, houve maiores investimentos. O vereador André Menezes ponderou que muitas pessoas estão se sacrificando para pagar tarifas e não vê resultado. “Sabemos que o município tem dinheiro no caixa da Iluminação Pública e é preciso fazer os investimentos. Nossa cidade já está muito escura”, completou, afirmando que o município tem R$ 12 milhões guardados para investir. Sandro ainda complementou a fala do colega, informando que é possível o remanejamento de até 30% desse recurso em caixa para outros setores. “Não podemos esperar dois anos e meio para que se faça uma licitação visando a melhoria da iluminação pública”, cobrou, advertindo que é preciso licitar o projeto e também a execução do serviço.

Cresce a insatisfação com a policlínica e vereadores fazem visita relâmpago após denúncia; Sandro José fala em caça ás bruxas

Após a sessão, 6 vereadores visitaram a policlínica com meio de uma denúncia que chegou a um dos parlamentares sobre a falta de médicos. Eles foram ao local e constataram que a escala de plantão estava completa.

A sessão

Nas 3 primeiras sessões de 2019 a saúde a policlínica foram os 2 alvos preferenciais de críticas e insatisfação dos vereadores. Ontem a noite, os discursos demonstram um inconformismos dos vereadores na área, citada no ano passado como a principal carência do lafaietense.

Vereador Sandro José voltou a insinuar que o ambiente no setor de saúde é de insatisfação / CORREIO DE MINAS

Ao que parece os vereadores estão ecoando no plenário, as reclamações das ruas. “O que vem percebendo que houve cortes de funcionários a policlínica e quando um vereador vai ao local tem de ser acompanhado por um funcionário. Quem muito teme é porque esconde algo”, observou o Vereador Sandro José (PSDB).

Ele reclamou que os lençóis da policlínica são menores que as camas e funcionários são obrigados a usar espaladrapos para afixá-los no colchão. “Ao que parece está havendo uma caça às bruxas contra médicos e funcionários. O problema está nos PSF’s. No Santo Antônio faz um ano que não tem médico no PSF. No São Dimas são meses. O que a gente ouve percebe que os funcionários estão trabalhando com medo. O problema está o modo como estão conduzindo as mudanças sem respeitar o funcionário”, denunciou. Na semana passada, o vereador também criticou o clima de pressão por que os funcionários estão passando na policlínica.

O vereador Pedro Américo pediu formação de comissão para apurar o serviço da Policlínica / CORREIO DE MINAS

O Vereador Pedro Américo (PT) também criticou o comando do pronto socorro. “Mexem e mexem, mas as coisas só pioram. Vamos pedir para se criar uma comissão para apurar o que está errado pois o povo que paga”, assinalou, citando que esteve a tarde na policlínica e constatou a demora no atendimento pois somente um médico estava no plantão. “Falam que trocam de plantão, mas demora até duas horas para troca de médicos?”, questionou.

Refém dos médicos

O Vereador e líder do Governo,João Paulo Pé Quente (DEM)culpou a classe médica pela situação da policlínica. “Lá sempre foi assim. O sistema é refém dos médicos. Vejam nos PSF’s eles não cumprem horário. Se atrasou o plantão na policlínica eles não cortam os salários deles”, disparou.

O Vereador Carlos Nem cobrou reforma do piso do PSF do Museu / CORREIO DE MINAS

Inadmissível

Na ladainha de críticas, o vereador Carlos em (SD) lamentou a reforma do piso da sede do PSF do Museu e classificou a situação como inadmissível. “já fazem mais de 2 anos que solicitei a reforma dos tacos do piso do PSF do Museu e até agora nenhuma ação. Coisa de se fazer em poucos dias. Infelizmente, esta situação é inadmissível”. “Nada contra o executivo, mas há muitas cobranças na área da saúde”, apontou Lúcio Barbosa (PSDB).

Exames e CAPS

Foram aprovados dois requerimentos que renderam mais de 20 minutos de uma longa discussão. O vereador Fernando Bandeira (PTB) cobrou informações sobre a redução de médicos para atender aos usuários do CAPS. Ele pediu o número de usuários atendidos e o número de servidores que trabalham no local com seus respectivos cargos. “Estou preocupado com a condução da política do setor. O nosso CAPS era excelência, mas as coisas não andam bem”, lamentou o vereador Lúcio.

O Vereador Fernando Bandeira apresentou dois requerimentos de cobrança sobre o Caps e filas de exames e consultas

Em outro requerimento, Bandeira solicitou ao Secretário Municipal de Saúde, informações sobre a demanda reprimida de cirurgias eletivas e algumas sequer possuem previsão de agendamento. Os vereadores citaram diversos casos em que lafaietenses aguardam na fila há vários a espera uma consulta ou exames. “Precisamos exigir respeito aos nossos pacientes”, afirmou Sandro. “Em alguns casos há mais de 1 mil pessoas a frente do paciente esperado por um exame”, lamentou Pedro Américo.

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