Influenciador que cometeu estupros em Minas é preso por novos abusos no Ceará

Suspeito teria abusado de ao menos sete vítimas, com idades entre 15 a 40 anos, no estado do Ceará

Um influenciador digital mineiro, de 35 anos, foi preso suspeito de estuprar ao menos sete mulheres, com idades entre 15 a 40 anos, na região metropolitana de Fortaleza e em cidades do interior do Ceará. Ele foi detido no último sábado (24), mas os detalhes do caso foram divulgados pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), nesta terça-feira (27). As investigações apontam ainda que o homem também teria cometido crimes sexuais em Minas Gerais. 

Conforme as investigações, o suspeito seria autor de crimes de estupros em série, nos bairros Barra do Ceará, Montese e Itaoca, em Fortaleza, na cidade de Tauá, no interior do Ceará, e no Cumbuco, no município de Caucaia. O último crime foi comunicado à polícia no dia 18 de fevereiro. Na ocasião, mãe e filha foram estupradas pelo suspeito. A partir daí, os investigadores iniciaram as diligências ininterruptas para identificá-lo e prendê-lo

O suspeito foi localizado e preso no bairro Centro de Fortaleza no sábado (24). Com ele, a polícia encontrou ainda veículos, roupas, celulares e um simulacro de pistola que eram utilizados nos crimes. Segundo a PCCE, o homem possui antecedentes pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro, crime contra a dignidade sexual, violação de domicílio e furto. 

Crime era cometido na frente de familiares

Segundo a PCCE, o investigado, que é empreendedor e se intitula como influenciador digital, possui em suas redes sociais mais de 90 mil seguidores. Conforme apuração, ele observava a vítima, obrigava-a entrar na sua própria casa e cometia o crime, na maioria deles, na frente de familiares. As vítimas possuem idades entre 15 a 40 anos.

A investigação aponta ainda que o suspeito usava uma balaclava, um simulacro de pistola e alegava pertencer a um grupo criminoso. Ele praticava o mesmo “modus operandi” em todos os crimes sexuais. O homem também registrava fotos das vítimas e coagia para realizarem Pix, além de levar os aparelhos celulares das vítimas. 

Conforme a PCCE, o indivíduo também usava diversos transportes, como automóvel, motocicleta e bicicleta para realizar os crimes e, após isso, se desfazia dos veículos. Na tarde desse sábado, os investigadores capturaram o homem em um imóvel situado no bairro Centro. 

O suspeito é natural de Minas Gerais. A PCCE afirma que ele também praticou outros crimes no estado mineiro. O homem foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro, roubo e extorsão. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça. 

As investigações seguem e a Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas procurem a delegacia mais próxima para relatar o fato.

FONTE O TEMPO

Meninas de 10 a 14 anos de idade são maioria das vítimas de estupros

Maioria dos casos aconteceu na casa das vítimas

No Brasil, a maioria (67%) dos 69.418 estupros cometidos entre 2015 e 2019 tiveram como vítimas meninas com idade entre 10 e 14 anos. É o que destaca o estudo Sem deixar ninguém para trás – gravidez, maternidade e violência sexual na adolescência, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz Bahia (Fiocruz). Também assinam a pesquisa o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O que subsidiou o levantamento foram dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Datasus), do Ministério da Saúde. No período de análise, adolescentes com idade entre 15 e 19 anos representam 33% do total de vítimas de estupro.

Ainda sobre o perfil das vítimas, o que se constata é que prevalecem as meninas pardas (54,75%). Logo depois, aparecem garotas brancas (34,3%), pretas (9,43%) e, por fim, indígenas (1,2%).

Outro dado que se consolida mais uma vez, como em outros estudos, é o que diz respeito à relação entre as vítimas e os agressores. De acordo com a pesquisa, 62,41% dos autores do crime eram conhecidos das vítimas, contra apenas 17,22% de desconhecidos.

Por meio das notificações reunidas pelo governo federal, observam-se, ainda, três dados de relevância. O primeiro é o fato de que o estupro costuma acontecer na casa das vítimas. No total, 63,16% dos episódios se deram nesse contexto. Em 24,8% das vezes, o local era público e, em 1,39% dos casos, o estupro ocorreu em uma escola.

“Evidencia-se que adolescentes nem sempre encontram na família um lugar de proteção”, mostra o estudo.

Para a gestora do Projeto Bem Me Quer, do Hospital da Mulher, psicóloga Daniela Pedroso, é preciso ter em vista que, assim como em relacionamentos entre mulher e companheiro, em que ele a agride, as emoções das vítimas menores de idade se misturam, quando o agressor é alguém de seu círculo. Em muitos casos, o agressor causa confusão de sentimentos na vítima, inclusive por propor que ela guarde para si o ocorrido, como se se tratasse de um acordo de confiança que não pode ser rompido, já que a consequência seria perder o afeto do agressor.

“Estamos falando de agressores conhecidos, pessoas que muitas vezes também provêm coisas boas, positivas para essas crianças. Por isso é que é tão importante cuidar disso, porque a gente está falando de algo que é tratado pelo agressor sexual como um segredo, algo que não pode ser contado”, alerta.

“O abuso sexual da criança é crônico e recorrente. A gente está falando da pessoa que devia protegê-la. Esse é um dado que sempre surge e que ainda choca muito, porque é a ambivalência não só do sentimento da criança, mas também da ambivalência do comportamento do agressor”, complementa Daniela, que hoje coordena o Ambulatório de Violência Sexual na unidade e que trabalha no local há 26 anos.

Na avaliação da psicóloga, a qualidade no atendimento é um fator capaz de definir a permanência das vítimas no hospital, conforme as recomendações. Segundo ela, além de oferecer o tratamento de profilaxia, que as protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e tem maior efeito em uma janela de 72 horas após o estupro, o Hospital da Mulher também oferece cuidados em outras áreas importantes. São eles o encaminhamento a assistentes sociais, que orientam e acolhem, e as consultas com pediatras ou ginecologistas da equipe do ambulatório e com psicólogos. As vítimas têm direito a ter atendimento mesmo sem apresentar boletim de ocorrência, ou seja, basta que se dirijam à unidade.

“A maneira como elas são recebidas pelo serviço vai impactar não só na adesão ao tratamento como também em todo o processo que passam com a gente”, ressalta Daniela.

Sobre a contribuição dos psicólogos, a gestora avalia que se encontra em atenuar o sofrimento psíquico, a partir da transformação da memória em torno do estupro que se vivenciou. “As pessoas perguntam, a minha filha vai esquecer? A gente não consegue fazer com que se apague isso da memória dessa criança, dessa adolescente, mas a gente precisa trabalhar da melhor forma possível para que isso não se torne uma lembrança recorrente, cotidiana. Acho que isso é bem importante. E também que ela possa ressignificar esse trauma”.

Edição: Fernando Fraga

FONTE AGENCIA BRASIL EBC

Homem é denunciado por série de estupros por 23 anos

Suspeito fez ao menos nove vítimas, entre meninos e meninas, de 1998 até este ano. Vítimas foram acusadas de mentirem e de terem “provocado os estupros”

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou um homem, de 49 anos, por estupros em série de nove vítimas, entre meninos e meninas, por 23 anos, no município de Arinos, no Noroeste de Minas Gerais. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do órgão, nesta quarta-feira (1). 

De acordo com o MPMG, os estupros começaram a ocorrer em 1998 e até este ano houve registro do crime. O denunciado era foragido do Rio de Janeiro e, com uma identidade falsa, foi morar em Arinos. Na zona rural da cidade ele fez amizade com vários moradores e passou a ter acesso livre à casa deles e contato com as vítimas.

O homem atraia as crianças e adolescentes com balas e dinheiro para locais ermos, onde as ameaçava de morte e ameaçava também a família delas. Assim ele conseguia cometer os abusos sexuais. Ele ainda mantinha fortes laços de amizade com os parentes das vítimas para fazer com que eles não acreditassem em qualquer denúncia. 

Muitas vítimas além de serem estupradas por mais de uma vez, ainda foram acusadas de serem mentirosas e de terem “sido as causadoras do estupro”. Muitas delas sofrem com depressão e outras doenças psiquiátricas por causa da violência sexual vivida. 

A Promotoria de Justiça de Arinos pede à Justiça que condene o homem por estupro, tendo em vista que uma das vítimas tinha entre 14 e 18 anos na época dos crimes e por estupro de vulnerável por as outras vítimas serem menores de 14 anos. Esses crimes geram penas de 8 a 20 anos de prisão. 

O homem também foi denunciado por apresentar identidade falsa e, se for condenado, pode pegar de três meses a um ano de prisão ou multa. O homem está preso em uma unidade prisional de Unaí, também no Noroeste de Minas. A promotoria pediu a prisão preventiva dele. Se for condenado ele pode pegar até 70 anos de prisão. 

FONTE O TEMPO

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