Ausência da CSN em audiência para discutir impactos de mega investimentos de R$ 14 bi é repudiada por lideranças e deputado vai convocar mineradora

Com o salão nobre tomado por populares e lideranças, a Câmara de Congonhas (MG) promoveu na tarde de ontem (30) uma audiência pública, proposta pela Vereadora Patrícia Monteiro (PSB), para discutir os projetos de expansão da CSN e seus impactos sócio-ambientais. A mineradora já vem adquirindo áreas rurais principalmente na região da Joana Vieira, pertencente ao Distrito do Alto Maranhão, e em Santa Quitéria.  A estimativa é que os investimentos da CSN alcancem cerca de R$14 bi nos próximos anos.

A companhia prevê aumentar progressivamente a capacidade da Casa de Pedra, chegando a 39 milhões de toneladas no próximo ano, a 40 mt em 2024, 55 mt em 2026 e 68 mt em 2027.

Já a segunda etapa da expansão, a ser implantada entre 2027 e 2031, vai permitir à CSN Mineração alcançar uma capacidade de 116 milhões de toneladas a partir de 2032. A conclusão dos projetos vai permitir à empresa alcançar a quinta posição no ranking de produção de minério de ferro no mundo e assumir a liderança em teor de ferro com um portfólio de produtos premium.

A ausência

Logo no início da audiência, a vereador Patrícia leu um comunicado de justificativa de ausência da CSN na audiência. “É uma falta de respeito”, protestou. Ao longo da reunião, que durou mais de 3 horas, o posicionamento da mineradora foi duramente criticado.

O Deputado Estadual, Leleco Pimentel (PT), informou que vai apresentar requerimentos para a realização, ainda em setembro, de duas audiências, uma na Assembleia de Minas, e outra em Congonhas, nas quais a CSN será convocada a prestar esclarecimentos do projeto de expansão. “A gente sabe dos conluios entre os governos, seja municipal e estadual, em favor das mineradoras, mas ela será obrigada a esclarecer seu projeto, que seja no direito de pesquisa e lavra, a especulação imobiliária e a aquisição de terras. Vamos todos os órgãos envolvidos em todas as instâncias”, discorreu Leleco.

Críticas

O representante do Movimentos dos Atingidos Por Barragens (MAB), o ativista Padre Claret criticou a ausência da mineradora. “O povo está vivendo na poeira. Temos direito a informação”, pontou. Os vereadores repudiaram a postura da CSN. “Esta expansão nos apavora”, assinalou Robertinho (MDB).

Projetos

A Secretária Municipal de Meio Ambiente, Ana Gabriela, informou que não há processo de licenciamento ambiental da CSN em tramitação e análise na Prefeitura. Ela salientou que os produtores rurais não tem a obrigação de venda de suas terras.  “É lamentável a ausência da CSN. Até o momento não há nada de oficial de algum empreendimento da CSN junto a prefeitura, apenas boatos”, disse Antônio Mendes, Secretário Municipal de Planejamento.

Populares

Mais de 20 lideranças e populares usaram a tribuna para criticar os projetos minerários em Congonhas e cobraram transparência da CSN. “Estamos correndo risco de não ter água no futuro. Conforme estudos já aprovados a CSN está autorizada a usar 3,1 mil caixas d’água de 1 mil litros por hora. É um empreendimento jamais visto em Congonhas com impactos sem precedentes. Todos os governos serviram as mineradoras”, assinalou o ativista e liderança comunitária Sandoval de Souza.

Francisco Vitalino lembrou que em 2007, através de um decreto estadual, diversas propriedades rurais seriam desapropriadas para um projeto de expansão da CSN na região do Alto Maranhão e Santa Quitéria. À época, houve uma reação dos produtores rurais, mas o projeto não vingou. “Há mais de 15 anos vivemos sob o temor deste empreendimento que agora retorna e a comunidade está ameaçada como nosso patrimônio histórico”, comentou. “Em breve, nem Congonhas sobrará”, alertou Padre Paulo Barbosa.

Ameaças

Nossa reportagem conversou com o produtor rural, Fernando Lobo, que possuiu áreas produtivas na região de Santa Quitéria. Ele relatou que a CSN, através de advogados, vem mantendo contatos com produtores e até já adquiriu áreas perto da Plataforma. “Através de advogados, a empresa aborda os donos de terra e em tom de ameaças e intimidação pressiona os proprietários. A intenção é a compra de áreas para a expansão com o intuito de desvalorização dos terrenos. É um tremendo absurdo o que vem ocorrendo”, relatou.

Diligências

Uma comissão de deputados, juntamente com órgãos fiscalizadores, realiza amanhã (1º), diligências nas minas de Forquilha, Fábricas, ambas da Vale, e na Casa de Pedra, da CSN.

O outro lado

Em correspondência a Câmara, a CSN informou que informou a impossibilidade de comparecimento a audiência. “A CSN esclarece que deixou de usar barragens em seu processo de produção, investindo em tecnologias de processamento a seco. Assim, estão sendo realizados investimentos na modernização e na expansão da atividade de mineração, considerando o desenvolvimento econômico e social do Estado com aumento de arrecadação tributária e contratação de mão de obra na região”. Na nota, a mineradora disse apresentará detalhes dos projetos de expansão.

Ausência da CSN em audiência para discutir impactos de mega investimentos de R$ 14 bi é repudiada por lideranças e deputado vai convocar mineradora

Com o salão nobre tomado por populares e lideranças, a Câmara de Congonhas (MG) promoveu na tarde de ontem (30) uma audiência pública, proposta pela Vereadora Patrícia Monteiro (PSB), para discutir os projetos de expansão da CSN e seus impactos sócio-ambientais. A mineradora já vem adquirindo áreas rurais principalmente na região da Joana Vieira, pertencente ao Distrito do Alto Maranhão, e em Santa Quitéria.  A estimativa é que os investimentos da CSN alcancem cerca de R$14 bi nos próximos anos.

A companhia prevê aumentar progressivamente a capacidade da Casa de Pedra, chegando a 39 milhões de toneladas no próximo ano, a 40 mt em 2024, 55 mt em 2026 e 68 mt em 2027.

Já a segunda etapa da expansão, a ser implantada entre 2027 e 2031, vai permitir à CSN Mineração alcançar uma capacidade de 116 milhões de toneladas a partir de 2032. A conclusão dos projetos vai permitir à empresa alcançar a quinta posição no ranking de produção de minério de ferro no mundo e assumir a liderança em teor de ferro com um portfólio de produtos premium.

A ausência

Logo no início da audiência, a vereador Patrícia leu um comunicado de justificativa de ausência da CSN na audiência. “É uma falta de respeito”, protestou. Ao longo da reunião, que durou mais de 3 horas, o posicionamento da mineradora foi duramente criticado.

O Deputado Estadual, Leleco Pimentel (PT), informou que vai apresentar requerimentos para a realização, ainda em setembro, de duas audiências, uma na Assembleia de Minas, e outra em Congonhas, nas quais a CSN será convocada a prestar esclarecimentos do projeto de expansão. “A gente sabe dos conluios entre os governos, seja municipal e estadual, em favor das mineradoras, mas ela será obrigada a esclarecer seu projeto, que seja no direito de pesquisa e lavra, a especulação imobiliária e a aquisição de terras. Vamos todos os órgãos envolvidos em todas as instâncias”, discorreu Leleco.

Críticas

O representante do Movimentos dos Atingidos Por Barragens (MAB), o ativista Padre Claret criticou a ausência da mineradora. “O povo está vivendo na poeira. Temos direito a informação”, pontou. Os vereadores repudiaram a postura da CSN. “Esta expansão nos apavora”, assinalou Robertinho (MDB).

Projetos

A Secretária Municipal de Meio Ambiente, Ana Gabriela, informou que não há processo de licenciamento ambiental da CSN em tramitação e análise na Prefeitura. Ela salientou que os produtores rurais não tem a obrigação de venda de suas terras.  “É lamentável a ausência da CSN. Até o momento não há nada de oficial de algum empreendimento da CSN junto a prefeitura, apenas boatos”, disse Antônio Mendes, Secretário Municipal de Planejamento.

Populares

Mais de 20 lideranças e populares usaram a tribuna para criticar os projetos minerários em Congonhas e cobraram transparência da CSN. “Estamos correndo risco de não ter água no futuro. Conforme estudos já aprovados a CSN está autorizada a usar 3,1 mil caixas d’água de 1 mil litros por hora. É um empreendimento jamais visto em Congonhas com impactos sem precedentes. Todos os governos serviram as mineradoras”, assinalou o ativista e liderança comunitária Sandoval de Souza.

Francisco Vitalino lembrou que em 2007, através de um decreto estadual, diversas propriedades rurais seriam desapropriadas para um projeto de expansão da CSN na região do Alto Maranhão e Santa Quitéria. À época, houve uma reação dos produtores rurais, mas o projeto não vingou. “Há mais de 15 anos vivemos sob o temor deste empreendimento que agora retorna e a comunidade está ameaçada como nosso patrimônio histórico”, comentou. “Em breve, nem Congonhas sobrará”, alertou Padre Paulo Barbosa.

Ameaças

Nossa reportagem conversou com o produtor rural, Fernando Lobo, que possuiu áreas produtivas na região de Santa Quitéria. Ele relatou que a CSN, através de advogados, vem mantendo contatos com produtores e até já adquiriu áreas perto da Plataforma. “Através de advogados, a empresa aborda os donos de terra e em tom de ameaças e intimidação pressiona os proprietários. A intenção é a compra de áreas para a expansão com o intuito de desvalorização dos terrenos. É um tremendo absurdo o que vem ocorrendo”, relatou.

Diligências

Uma comissão de deputados, juntamente com órgãos fiscalizadores, realiza amanhã (1º), diligências nas minas de Forquilha, Fábricas, ambas da Vale, e na Casa de Pedra, da CSN.

O outro lado

Em correspondência a Câmara, a CSN informou que informou a impossibilidade de comparecimento a audiência. “A CSN esclarece que deixou de usar barragens em seu processo de produção, investindo em tecnologias de processamento a seco. Assim, estão sendo realizados investimentos na modernização e na expansão da atividade de mineração, considerando o desenvolvimento econômico e social do Estado com aumento de arrecadação tributária e contratação de mão de obra na região”. Na nota, a mineradora disse apresentará detalhes dos projetos de expansão.

Mineradora projeta criação de 200 empregos com ampliação da produção e pretende construir uma alça de acesso na rodovia

A semana foi marcada pela audiência pública para discutir a expansão de mais um empreendimento minerário na região do Alto Paraopeba (MG). Situada na tríplice fronteira, na localidade de Lobo Leite, divisa entre Congonhas, Lafaiete e Ouro Branco, região central de Minas, a LGA Mineração e Siderurgia prepara investimentos milionários que vão impactar diretamente na economia regional com quase 200 empregos diretos e indiretos no mercado de trabalho. A empresa já está em fase de aprovação do licenciamento junto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a audiência pública do empreendimento ou atividades sujeitas a EIA e RIMA foram realizadas no noite do dia 25 de maio, na Quadra Municipal de Esportes de Lobo Leite, em Congonhas com a apresentação do parecer técnico final.

O local ficou tomado por populares, funcionários e lideranças para discutir os impactos do empreendimento. Pelo projeto de expansão da capacidade operacional do site de Lobo Leite consiste em ampliar sua capacidade de processamento para 4,5 milhões de toneladas de ROM por ano. Para tanto, a LGA desenvolveu um projeto da expansão das operações de beneficiamento de minério de ferro do site de Lobo Leite, denominado Projeto 4M.

Atualmente as operações estão dimensionadas para o processamento de cerca de 3,0 milhões de toneladas por ano e são constituídas por britagem, planta de concentração magnética, filtragem, pilha de disposição de rejeito filtrado e infraestrutura logística para movimentação rodoviária.

A LGA é especialista em beneficiamento de minério de ferro e fornece produtos de alta qualidade para o setor siderúrgico. A área de localização do Projeto 4M da LGA está localizada em uma área privilegiada considerando os terminais ferroviários da SCO e Murtinho, e as minerações localizadas em Ouro Preto e Itabirito

Debates

O acesso à área do empreendimento pode ser feito partindo de Belo Horizonte, pela BR040 sentido Rio de Janeiro, percorrendo-se 80 km até o trevo para as cidades de Ouro Branco e Ouro Preto, pela MG-030. Segue-se por 6 km na MG-030 até o local conhecido como Ponte de Arcos até chegar ao empreendimento da LGA. A área do Projeto 4M em âmbito federal está situada na Bacia do rio São Francisco, a nível estadual, está nos domínios da bacia do Rio Paraopeba, sub-bacia do rio Maranhão.

Durante as discussões e debates foi apresentado o projeto para o licenciamento da obra na planta industrial da mineradora. Houve diversos questionamentos em torno da poluição, poeira e impactos no meio ambiente.

A Vereadora de Ouro Branco, Valério Melo, questionou sobre o tráfego de caminhões na rodovia MG 030, já bastante deteriorada, da qual Ouro Branco depende totalmente para acesso.A empresa apresentou a proposta de construção de uma alça para que as carretas deixem de cruzar a rodovia e façam o retorno através de viaduto a ser construído.

Membro do CODEMA de Congonhas, Marcelo Armando sugeriu a duplicação do trecho, já que o empreendimento acrescentará pelo menos 25 carretas por hora no trecho.


about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.