Como o excesso de turismo está mudando os destinos de férias na Europa

Como excesso turismo mudando destinos férias Europa

Assim que as restrições impostas pela pandemia foram levantadas, a Europa registrou um aumento do turismo, com milhões de pessoas a visitar alguns dos destinos mais atraentes, como Veneza, Amsterdã, Barcelona ou Paris.

Fartos da escassez de habitação, do trânsito, do ruído, da poluição e do lixo, muitos destinos populares na Europa estão a trocar as suas campanhas de turismo “Venha até nós” por estratégias do tipo “Por favor, não faça” – e algumas das medidas para desencorajar os visitantes são bastante graves.

Literalmente invadidos por turistas, vários dos destinos mais emblemáticos tornaram-se inabitáveis ​​para os residentes locais e superlotados, inseguros e desconfortáveis ​​para os visitantes. A beleza, a serenidade e a simplicidade de muitos dos destinos mais bucólicos e procurados da Europa não conseguem sobreviver a milhões de chegadas anuais.

Apesar de ainda não ter atingido o nível de uma questão oficial para o governo da União Europeia, medidas sobre como lidar com o excesso de turistas já se constituem realidade. Estas medidas incluem multas, tarifas de entrada e sistemas de horários para impor certas limitações.

Amsterdã, Holanda

Em meados deste ano, Amsterdã anunciou a proibição da entrada de navios de cruzeiro na cidade. Com mais de 100 navios de grande porte chegando diariamente ao destino, eles acabaram por se tornar um símbolo dos problemas causados ​​pelo turismo de massa.

A medida visa reduzir o número de turistas que entram em Amsterdã, que ultrapassa os 20 milhões anualmente, e alinhar-se com as ambições sustentáveis ​​da cidade, no que diz respeito à redução da poluição.

Algarve, Portugal

Apenas a costa do Algarve, em Portugal, recebe mais de um milhão de turistas, principalmente britânicos, durante a alta temporada. Isso levou a restrições como tocar música alta em muitas das praias mais populares, com multas que variam entre 200 e 4.000 euros para indivíduos e entre 2.000 e 36.000 euros para grupos.

A lista de proibições e restrições em Portugal que os viajantes podem enfrentar nas praias também inclui jogos de bola não autorizados, campismo fora dos parques autorizados para a prática, pesca em zonas balneares e sobrevoos de aeronaves abaixo dos 1.000 pés, exceto os destinados a operações de vigilância ou salvamento.

Barcelona, Espanha

Aninhada na costa do Mediterrâneo, Barcelona, a capital da região da Catalunha, tem um alto fluxo de turistas – em 2022, 9,7 milhões de turistas pernoitaram em hotéis e casas de férias em Barcelona – e não é para menos, sendo o lar das famosas joias arquitetônicas de Gaudi.

Ada Colau, a ex-ativista pelos direitos à moradia, que foi prefeita da cidade entre 2015 e junho de 2023, reprimiu os aluguéis por temporada, responsáveis por “expulsar” os moradores locais do mercado imobiliário. A cidade também proibiu grupos turísticos de entrar no histórico mercado de La Boqueria, nas Ramblas de Barcelona, durante os horários de pico de compras.

Veneza, Itália

Sobrecarregada com o número de visitantes, em 2022, as autoridades de Veneza anunciaram a introdução de um novo sistema de intervalos de tempo para controlar o excesso de turismo, obrigando os visitantes a registar-se antecipadamente e a pagar uma taxa para entrar na cidade. Porém, no final do ano, as autoridades anunciaram que a data de início do sistema foi adiada.

Anteriormente, a cidade já havia proibido que navios de cruzeiro navegassem pelos seus canais e lagoas. Recentemente, a UNESCO recomendou que Veneza fosse adicionada à lista de Sítios do Patrimônio Mundial em Perigo devido aos danos “irreversíveis” causados ​​pelo excesso de turismo, pela urbanização excessiva e pela subida do nível do mar.

Paris, França

O Ministério do Turismo de França anunciou uma campanha nacional para incentivar os visitantes a descobrir atrações menos populares no país, a fim de aliviar a pressão sobre os pontos turísticos mais famosos.

A capital francesa já enfrenta escassez de habitação, uma vez que os proprietários preferem aluguéis de curta duração com rendimentos elevados, no caso os contratados por turistas. As atrações naturais, como a famosa praia de Etretat, na Normandia, também esperam reduzir o número de visitantes, à medida que o fluxo põe em perigo estruturas naturais, como as falésias.

Atenas, Grécia

Recentemente, as autoridades gregas decidiram introduzir um sistema de intervalos de tempo para reduzir a superlotação em um dos seus pontos históricos mais famosos, a Acrópole. Com mais de 17 mil pessoas visitando o local diariamente, esta é considerada uma das atrações mais procuradas da Europa. Segundo o jornal Greek Reporter, o número anual de visitantes deverá ultrapassar os 30 milhões, mais de três vezes a população do país.

As novas medidas visam criar um sistema de visitas, acompanhado de pontos de entrada expressa para grandes grupos, venda eletrônica de ingressos e medidas para fornecer sombra e água aos turistas, já que as altas temperaturas do verão europeu também já estão se tornando um problema.

FONTE PRAGMATISMO POLÍTICO

Como o excesso de turismo está mudando os destinos de férias na Europa

Como excesso turismo mudando destinos férias Europa

Assim que as restrições impostas pela pandemia foram levantadas, a Europa registrou um aumento do turismo, com milhões de pessoas a visitar alguns dos destinos mais atraentes, como Veneza, Amsterdã, Barcelona ou Paris.

Fartos da escassez de habitação, do trânsito, do ruído, da poluição e do lixo, muitos destinos populares na Europa estão a trocar as suas campanhas de turismo “Venha até nós” por estratégias do tipo “Por favor, não faça” – e algumas das medidas para desencorajar os visitantes são bastante graves.

Literalmente invadidos por turistas, vários dos destinos mais emblemáticos tornaram-se inabitáveis ​​para os residentes locais e superlotados, inseguros e desconfortáveis ​​para os visitantes. A beleza, a serenidade e a simplicidade de muitos dos destinos mais bucólicos e procurados da Europa não conseguem sobreviver a milhões de chegadas anuais.

Apesar de ainda não ter atingido o nível de uma questão oficial para o governo da União Europeia, medidas sobre como lidar com o excesso de turistas já se constituem realidade. Estas medidas incluem multas, tarifas de entrada e sistemas de horários para impor certas limitações.

Amsterdã, Holanda

Em meados deste ano, Amsterdã anunciou a proibição da entrada de navios de cruzeiro na cidade. Com mais de 100 navios de grande porte chegando diariamente ao destino, eles acabaram por se tornar um símbolo dos problemas causados ​​pelo turismo de massa.

A medida visa reduzir o número de turistas que entram em Amsterdã, que ultrapassa os 20 milhões anualmente, e alinhar-se com as ambições sustentáveis ​​da cidade, no que diz respeito à redução da poluição.

Algarve, Portugal

Apenas a costa do Algarve, em Portugal, recebe mais de um milhão de turistas, principalmente britânicos, durante a alta temporada. Isso levou a restrições como tocar música alta em muitas das praias mais populares, com multas que variam entre 200 e 4.000 euros para indivíduos e entre 2.000 e 36.000 euros para grupos.

A lista de proibições e restrições em Portugal que os viajantes podem enfrentar nas praias também inclui jogos de bola não autorizados, campismo fora dos parques autorizados para a prática, pesca em zonas balneares e sobrevoos de aeronaves abaixo dos 1.000 pés, exceto os destinados a operações de vigilância ou salvamento.

Barcelona, Espanha

Aninhada na costa do Mediterrâneo, Barcelona, a capital da região da Catalunha, tem um alto fluxo de turistas – em 2022, 9,7 milhões de turistas pernoitaram em hotéis e casas de férias em Barcelona – e não é para menos, sendo o lar das famosas joias arquitetônicas de Gaudi.

Ada Colau, a ex-ativista pelos direitos à moradia, que foi prefeita da cidade entre 2015 e junho de 2023, reprimiu os aluguéis por temporada, responsáveis por “expulsar” os moradores locais do mercado imobiliário. A cidade também proibiu grupos turísticos de entrar no histórico mercado de La Boqueria, nas Ramblas de Barcelona, durante os horários de pico de compras.

Veneza, Itália

Sobrecarregada com o número de visitantes, em 2022, as autoridades de Veneza anunciaram a introdução de um novo sistema de intervalos de tempo para controlar o excesso de turismo, obrigando os visitantes a registar-se antecipadamente e a pagar uma taxa para entrar na cidade. Porém, no final do ano, as autoridades anunciaram que a data de início do sistema foi adiada.

Anteriormente, a cidade já havia proibido que navios de cruzeiro navegassem pelos seus canais e lagoas. Recentemente, a UNESCO recomendou que Veneza fosse adicionada à lista de Sítios do Patrimônio Mundial em Perigo devido aos danos “irreversíveis” causados ​​pelo excesso de turismo, pela urbanização excessiva e pela subida do nível do mar.

Paris, França

O Ministério do Turismo de França anunciou uma campanha nacional para incentivar os visitantes a descobrir atrações menos populares no país, a fim de aliviar a pressão sobre os pontos turísticos mais famosos.

A capital francesa já enfrenta escassez de habitação, uma vez que os proprietários preferem aluguéis de curta duração com rendimentos elevados, no caso os contratados por turistas. As atrações naturais, como a famosa praia de Etretat, na Normandia, também esperam reduzir o número de visitantes, à medida que o fluxo põe em perigo estruturas naturais, como as falésias.

Atenas, Grécia

Recentemente, as autoridades gregas decidiram introduzir um sistema de intervalos de tempo para reduzir a superlotação em um dos seus pontos históricos mais famosos, a Acrópole. Com mais de 17 mil pessoas visitando o local diariamente, esta é considerada uma das atrações mais procuradas da Europa. Segundo o jornal Greek Reporter, o número anual de visitantes deverá ultrapassar os 30 milhões, mais de três vezes a população do país.

As novas medidas visam criar um sistema de visitas, acompanhado de pontos de entrada expressa para grandes grupos, venda eletrônica de ingressos e medidas para fornecer sombra e água aos turistas, já que as altas temperaturas do verão europeu também já estão se tornando um problema.

FONTE PRAGMATISMO POLÍTICO

Jovem lafaietense relata os momentos dramáticos que passou na Europa ao contrair o vírus e retorno ao Brasil

O jovem lafaietense, Guilherme igor Oliveira Correa, de 27 anos, passou por apuros e viveu um drama quando foi infectado por COVID-19 em abril. Radicado em Sorocaba (SP), há mais de 5 anos, onde estuda engenharia civil, ele conseguiu um estágio na área “West Pomeranian University of Technology” uma universidade federal na cidade de “Estetino”, com mais de 400 mil habitantes, situada na Polônia.

Guilherme relata os momentos dramáticos que passou na Europa ao contrair o vírus e retornar ao Brasil / Divulgação

No início de fevereiro ele voou para a país europeu com o sonho de qualificar ainda mais o seu currículo e ganhar experiência profissional. Em 2019, Guilherme já havia feito um estágio na Turquia, onde executou um projeto para o Governo local.
Chegando em Estetino, o vírus iniciava sua rota de contágio, mas ainda incipiente no continente, mas eis que veio a contaminação geral e atacou diversos países da Europa, espalhando pânico e medo.
Depois de um mês de trabalho, isto em abril, o seu estágio foi interrompido já que recebera a notícia de que a Polônia suspenderia todas as atividades em função da pandemia. O país iria entrar em quarentena.
Mas Guilherme contraiu a doença no edifício onde vivia, quando iniciou seu drama. “Morando fora do meu país, entendendo pouco a língua deles, passei por momentos difíceis. Longe de casa, da família, da minha namorada, foi duro, mas venci. Lá a maioria dos consultórios médicos não falam inglês, mas contei com o apoio fundamental do meu orientador do trabalho. Entrei em quarentena e não tive o apoio das autoridades médicas, o que dificultou a recuperação” narrou a nossa reportagem.
Seus colegas também testaram positivo para a doença e viviam no mesmo prédio onde morav. “Fiquei 14 dias trancado no apartamento, sem ver ninguém. Momentos que sofri com a solidão”, contou.
Assim que superou o drama do coronavírus iniciou outra batalha: A volta do Brasil, já que os voos estavam cancelados. E como retornar?
Foi uma maratona. “Fui comprando voo para voltar, comprei um voo, comprei dois voos, três voos e não conseguia voltar. Isso porque iam sendo cancelados, não conseguia reembolso”, assinalou o jovem, citando que a volta foi mais difícil do que a superação do vírus. “A parte mais difícil foi a da passagem mesmo. Eu comprava a passagem e cancelavam o voo. Não era nem o fato de não conseguir voo pra voltar, mas como o reembolso era de 12 meses, você comprava a passagem e se cancelasse, você teria que ter dinheiro ou cartão pra comprar outra. Até hoje eu não tive reembolso de nenhuma das passagens que eu não utilizei e as companhias fazem de tudo para não te devolver o dinheiro. Na minha quarta tentativa de compra de passagem que eu consegui retornar”, contou. “Nem voo de repatriação eu conseguia”, comentou.
Isso já era 28 de maio e doença tomava a Europa. Foram 2 dias de viagem para voltar ao Brasil, o que aumentava o sofrimento, quando passou por países onde o coronavírus atingia a população. “Eu saí de Estetino, peguei um ônibus até Berlim, de lá eu peguei meu primeiro voo pra Amsterdam, na Holanda. De lá vim para São Paulo. Graças a Deus tudo bem”, comemorou.
Hoje já estabelecido no Brasil, Guilherme retomou sua vida profissional e acadêmica. Ele concluirá ao fim deste 2º semestre de 2020.

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