Gigantes rurais: As cinco maiores fazendas do Brasil

O Brasil, conhecido mundialmente por sua vastidão geográfica e riqueza natural, possui uma história intrinsecamente ligada à agricultura e à pecuária. Nesse vasto território, encontramos fazendas gigantes, verdadeiras potências agrícolas que desempenham um papel fundamental na produção de alimentos e na economia do país. Neste artigo, embarcaremos em uma jornada fascinante através do coração rural do Brasil, explorando as cinco maiores fazendas nacionais.

Essas propriedades imensas não são apenas testemunhas da grandiosidade da agricultura brasileira, mas também abrigam histórias, desafios e conquistas que moldaram o panorama agrícola brasileiro ao longo dos anos.

De florestas tropicais a vastas extensões de pastagens, cada uma dessas belezuras possuem sua própria singularidade e desempenha um papel especial na produção de alimentos, na conservação ambiental e na geração de empregos. Vamos descobrir os números impressionantes por trás dessas gigantes rurais, mergulhar em suas atividades econômicas direcionadas e entender como essas fazendas são valiosas para a sustentabilidade e o desenvolvimento do Brasil.

Prepare-se para entrar no mundo das gigantes, as maiores fazendas do Brasil

Fazenda Nova Piratininga

A Fazenda Nova Piratininga, localizada nos estados de Goiás e Tocantins, é uma verdadeira gigante rural brasileira que ocupa uma extensão impressionante de 135 mil hectares. Para se ter uma ideia de sua dimensão, essa área equivale à área ocupada por metrópoles como o Rio de Janeiro ou Nova York, tudo registrado em uma única matrícula no cartório de imóveis local, o que é uma raridade no Brasil. Ao longo dos anos, essa propriedade passou por uma transformação notável, de uma fazenda em dificuldades para uma potência agropecuária.

A história da Nova Piratininga teve um marco importante em dezembro de 2010, quando trocou de proprietário. Antes pertencente ao empresário Wagner Canhedo, que se destacou por sua associação à falência da Vasp, uma das principais companhias de aviação comercial brasileira, a fazenda passou para as mãos de três empresários goianos. Entre eles, João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior, é o controlador do grupo Hypermarcas, um colosso que faturou impressionantes R$ 4,6 bilhões no ano anterior com produtos farmacêuticos, de higiene pessoal e de beleza.

A gestão da fazenda ficou a cargo de Igor Nogueira Alves de Melo, membro do Conselho de Administração da farmacêutica Teuto, que pertence a seu pai e hoje é controlado pela Pfizer. Os novos proprietários empreenderam uma jornada de transformação, revitalizando a Nova Piratininga em todos os aspectos. Segundo Alves de Melo, uma fazenda que antes enfrentava dificuldades financeiras se tornou um exemplo de produtividade, com cada metro quadrado de terra sendo utilizado de maneira produtiva.

A Nova Piratininga se destaca por abrigar um rebanho de 105 mil nelores puros ou cruzados com angus, que estão passando por um intenso processo de seleção e melhoramento genético. Essa iniciativa tem atraído a atenção do mercado, incluindo fundos de investimento, embora os proprietários reafirmem seu compromisso de longo prazo e a recusa em vender a propriedade. Eles visam produzir o melhor gado do Brasil, com foco na sustentabilidade.

Além da pecuária, a fazenda também se destaca na agricultura, com cultivo em larga escala de soja e milho. Investimentos substanciais em tecnologia agrícola têm impulsionado o crescimento constante dessa parte do empreendimento.

A Nova Piratininga é um exemplo de integração sustentável entre trabalho e pecuária, com práticas adequadas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a fazenda mantém extensas áreas de preservação ambiental e reserva legal, contribuindo para a conservação do meio ambiente.

Com uma equipe de colaboradores dedicados e envolvidos, a Nova Piratininga não apenas se destaca no cenário agropecuário brasileiro, mas também desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico das regiões circundantes. Seu compromisso com a qualidade, produtividade e sustentabilidade é colocado como uma referência no agronegócio do Brasil.

Fazenda Roncador

A Fazenda Roncador, localizada em Querência, Mato Grosso, é um exemplo notável de empreendimento agropecuário que se desenvolveu ao longo de décadas, moldando-se para se tornar um modelo de sucesso na produção de alimentos e preservação do meio ambiente. Fundada em 1978 por Pelerson Soares Penido, um engenheiro civil de sucesso, a fazenda surgiu como um desafio de criar um projeto pecuário moderno no Vale do Araguaia.

O compromisso de Seu Penido com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil levou a montar um empreendimento que, ao longo do tempo, passou por uma evolução notável. Há pouco mais de dez anos, a fazenda iniciou um novo ciclo, adotando a integração laboral-pecuária, novas práticas de gestão e uma compreensão mais profunda de sua relação com o meio ambiente.

Hoje, a Fazenda Roncador é um verdadeiro caso de sucesso, apresentando um modelo de produção que resultou em um aumento surpreendente de 41 vezes no volume de alimentos produzidos na mesma área, sem a derrubada de nenhuma árvore. Além disso, a fazenda se destaca por sua contribuição no combate ao aquecimento global, capturando carbono em vez de emitir gases de efeito estufa.

Com uma área total de 95,09 mil hectares, a fazenda abriga não apenas atividades pecuárias, mas também a produção de grãos, com um destaque notável para o ano de 2021, quando foram produzidas 5.040 toneladas de carne e 118.665 toneladas de grãos. Além disso, a fazenda é um local onde vivem 950 pessoas, distribuídas em 101 casas e 110 apartamentos, com 100 crianças, incluindo 70 em idade escolar, tornando-se um verdadeiro centro de comunidade.

A Fazenda Roncador não é apenas um local de produção agropecuária, mas também oferece infraestrutura e serviços que promovem a qualidade de vida de seus habitantes. Isso inclui uma escola, posto de saúde, igreja, posto de gasolina, estação de tratamento de esgoto e um viveiro de plantas para promover a preservação das matas nativas e áreas de proteção permanente que ocupam quase metade de toda a fazenda.

Além disso, a fazenda adota a convivência com a vida selvagem, permitindo a livre circulação de animais como onças, araras e antas em suas florestas nativas. Isso demonstra o compromisso com a conservação da biodiversidade local.

A Fazenda Roncador é um exemplo inspirador de como é possível conciliar produção agropecuária de alta qualidade, desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, tornando-se um farol de esperança para o setor agropecuário brasileiro. Além disso, a fazenda expandiu sua presença para uma segunda unidade na região da Mantiqueira, em São Paulo, aplicando o mesmo sistema produtivo e compartilhando conhecimentos entre ambas as fazendas.

Fazenda São Marcelo

A Fazenda São Marcelo, localizada nos municípios de Tangará da Serra e Juruena, em Mato Grosso, se destaca como a quarta maior fazenda de gado de corte do Brasil. A história desta propriedade teve um novo capítulo quando foi adquirida pela Agropecuária Jacarezinho, empresa de propriedade de Marcos Molina, controlador do grupo Marfrig. A fazenda possui uma área impressionante de 35 mil hectares e abriga aproximadamente 40 mil cabeças de gado. O valor exato da transação não foi divulgado, uma vez que ambas as empresas envolvidas são de capital fechado.

Um dos aspectos notáveis ​​​​que contribuíram para a decisão de compra da Fazenda São Marcelo foi o fato de ter se tornado a primeira propriedade pecuária do mundo a conquistar a certificação da ONG Rainforest Alliance. Essa certificação é um reconhecimento significativo das práticas seguras adotadas na fazenda, destacando seu compromisso com o meio ambiente, responsabilidade social e governança (ESG). O desempenho ESG tem um papel central na decisão de investimento, refletindo a crescente importância das questões ambientais, sociais e de governança nos negócios.

A Fazenda São Marcelo é um exemplo de como é possível integrar uma produção agropecuária com práticas sustentáveis ​​e ambientalmente responsáveis. Sua área abriga uma grande extensão de florestas nativas e áreas de proteção permanente, demonstrando um compromisso com a preservação do ecossistema local. Além disso, a fazenda permite a livre circulação de animais silvestres, como onças-pintadas, araras e antas, contribuindo para a conservação da biodiversidade.

A AgroJacarezinho, que agora incorpora a Fazenda São Marcelo, é conhecida pela seleção de gado Nelore, que é focada no ganho de peso em condições naturais de pastagens rústicas. Além disso, a empresa oferece informações genéticas de alta qualidade aos seus clientes e possui pontos de vendas em diversas fazendas em diferentes estados do Brasil, incluindo Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O gado Nelore da Jacarezinho é reconhecido por sua força superior e alta qualidade genética, com ênfase em resultados e altos índices zootécnicos.

A aquisição da Fazenda São Marcelo pela empresa representa um passo importante no setor agropecuário brasileiro, unindo uma fazenda de grande porte com práticas de sustentabilidade e excelência em genética de touros. Isso reflete a importância crescente da agricultura sustentável e do compromisso com o ESG no cenário agrícola do país.

Fazenda Conforto

A Fazenda Conforto, em Nova Crixás-Go, tem uma história sólida que começou em 1996, inicialmente focada em atividades de recreação e engorda de bois. No entanto, em 2006, em resposta ao crescimento da procura e em busca de maior eficiência no negócio, a fazenda deu início ao sistema de confinamento, um marco importante na sua trajetória.

A introdução do sistema de confinamento impulsionou a produtividade da Fazenda e estabeleceu uma relação comercial de integração sustentável entre a indústria, o confinamento e seus parceiros. Este modelo de gestão baseia-se em uma visão abrangente e estratégica, que busca otimizar a produção agropecuária de forma responsável e eficiente.

A Fazenda Conforto é hoje uma referência na gestão do agronegócio brasileiro, tendo sido premiada como o maior confinamento do Brasil pela Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) em 2011. Esse reconhecimento é o resultado de um trabalho pautado pela transparência, respeito ao meio ambiente, colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes.

A estrutura da Fazenda Conforto é impressionante e demonstra seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção agropecuária. A fazenda abrange uma área total de mais de 12.000 hectares, dos quais mais de 1.800 hectares são dedicados à administração, com o uso de 12 pivôs. Além disso, possui uma área modulada de mais de 4.430 hectares e uma capacidade de confinamento estática que supera 62.000 cabeças de gado.

A fazenda oferece diversas opções de parcerias para rebanhos, incluindo boitel, parceria e arroba produzida. A gestão é realizada de forma rigorosa, acompanhando a nutrição diária de cada animal e curral por curral, utilizando aplicativos e sistemas de controle avançados.

Além disso, a Fazenda Conforto investe em práticas sustentáveis, como a produção de adubo orgânico de alta qualidade por meio de processos inovadores e tecnologia avançada. Esse adubo é enriquecido com fosfato de rocha, que melhora a estrutura do solo e fornece nutrição contínua ao longo do tempo.

A fazenda mantém uma área irrigada de 1.483 hectares, com 12 pivôs, garantindo pastagens verdes durante todo o ano. Também possui 4.121 hectares de área de sequeiro, onde o gado é alimentado com pastejo rotacionado e recebe suplementação mineral protéica.

Além da produção pecuária, a Fazenda Conforto cultiva mais de 3 mil hectares de soja, investindo em tecnologias para garantir a qualidade dos grãos. A capacidade de estocagem na fazenda é de 460 mil sacos, demonstrando um compromisso com a produção sustentável de grãos.

O local é um exemplo de sucesso na gestão do agronegócio brasileiro, combinando eficiência, sustentabilidade e inovação para alcançar alto desempenho na produção agropecuária, enquanto mantém o equilíbrio com o meio ambiente. Seu compromisso com a transparência e a qualidade a coloca como uma referência no setor.

Grupo Amaggi

O Grupo Amaggi é uma corporação renomada no setor de agronegócio, com sua sede principal situada no município de Rondonópolis, localizado no estado do Mato Grosso. Fundado há quase quatro décadas, o grupo é reconhecido como um dos maiores produtores individuais de soja do mundo, destacando-se no cenário agroindustrial global.

O Grupo Amaggi opera quatro divisões de empresas relacionadas ao agronegócio, abrangendo uma ampla gama de atividades dentro desse setor. Seu portfólio de negócios engloba áreas como agricultura, pecuária e reflorestamento, refletindo sua abordagem voltada e sustentável para a agroindústria.

Uma das características mais notáveis ​​do Grupo Amaggi é a extensão significativa de terras sob sua gestão. A empresa detém mais de 252,3 mil hectares de terras no solo mato-grossense, com múltiplas propriedades distribuídas por diferentes regiões desse estado brasileiro. Essas áreas de terra são destinadas a atividades diversas, incluindo agricultura, pecuária e projetos de reflorestamento.

No estado do Mato Grosso, o grupo mantém um total de 20 fazendas. Dessas, 18 fazem parte do bioma do Cerrado, uma está situada na região do Pantanal e outra se encontra no bioma da Amazônia. Essa distribuição demonstra a amplitude da atuação do grupo no que diz respeito à conservação e utilização sustentável de diferentes ecossistemas.

Duas das fazendas mais notáveis ​​do Grupo Amaggi são a Fazenda Tanguro e a Fazenda Tucunaré. A Fazenda Tanguro, com seus impressionantes 80,8 mil hectares, está localizada no município de Querência, no Mato Grosso. Por sua vez, a Fazenda Tucunaré ocupa uma área extensa de 44,5 mil hectares e está situada no município de Sapezal. É relevante mencionar que a Sapezal foi fundada por André Maggi na década de 1990, evidenciando o impacto significativo do grupo no desenvolvimento regional.

Além de suas operações agropecuárias, o Grupo também se dedica ao cultivo de seringueiras, com aproximadamente 11 mil hectares de terras dedicadas a essa atividade. Essa diversificação reflete a visão estratégica do grupo em relação ao uso sustentável da terra e à expansão de suas operações.

Em relação à pecuária, o grupo mantém um rebanho de cerca de 4 mil cabeças de gado, demonstrando seu compromisso com a produção agropecuária de alta qualidade.

A empresa é líder no agronegócio brasileiro e global, conhecida por seu compromisso com a sustentabilidade, diversificação de atividades e gestão responsável de terras. Seu impacto abrange múltiplos biomas e regiões, contribuindo para o desenvolvimento econômico e agropecuário do Brasil.

Conclusão

As 5 maiores fazendas do Brasil não apenas impressionam com sua magnitude geográfica, mas também desempenham um papel vital na economia e na história do país. Ao contemplar a vastidão das planícies, os campos férteis, a pecuária inovadora e as imensas extensões de terras, fica claro que essas gigantes são pilares da produção agrícola brasileira.

Cada uma dessas propriedades e corporações demonstram o compromisso com a inovação tecnológica, a pecuária de alta qualidade, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico regional. Esses empreendimentos refletem a importância do Brasil no cenário mundial do agronegócio e seu papel fundamental na produção de alimentos e materiais-primas.

Essas inspirações nos mostram que a busca por soluções inovadoras e sustentáveis no setor agrícola é essencial para garantir que o agro continue a prosperar, ao mesmo tempo em que preserva o valioso patrimônio natural do Brasil para as gerações futuras.

FONTE DIÁRO DO ACRE

Gigantes rurais: As cinco maiores fazendas do Brasil

O Brasil, conhecido mundialmente por sua vastidão geográfica e riqueza natural, possui uma história intrinsecamente ligada à agricultura e à pecuária. Nesse vasto território, encontramos fazendas gigantes, verdadeiras potências agrícolas que desempenham um papel fundamental na produção de alimentos e na economia do país. Neste artigo, embarcaremos em uma jornada fascinante através do coração rural do Brasil, explorando as cinco maiores fazendas nacionais.

Essas propriedades imensas não são apenas testemunhas da grandiosidade da agricultura brasileira, mas também abrigam histórias, desafios e conquistas que moldaram o panorama agrícola brasileiro ao longo dos anos.

De florestas tropicais a vastas extensões de pastagens, cada uma dessas belezuras possuem sua própria singularidade e desempenha um papel especial na produção de alimentos, na conservação ambiental e na geração de empregos. Vamos descobrir os números impressionantes por trás dessas gigantes rurais, mergulhar em suas atividades econômicas direcionadas e entender como essas fazendas são valiosas para a sustentabilidade e o desenvolvimento do Brasil.

Prepare-se para entrar no mundo das gigantes, as maiores fazendas do Brasil

Fazenda Nova Piratininga

A Fazenda Nova Piratininga, localizada nos estados de Goiás e Tocantins, é uma verdadeira gigante rural brasileira que ocupa uma extensão impressionante de 135 mil hectares. Para se ter uma ideia de sua dimensão, essa área equivale à área ocupada por metrópoles como o Rio de Janeiro ou Nova York, tudo registrado em uma única matrícula no cartório de imóveis local, o que é uma raridade no Brasil. Ao longo dos anos, essa propriedade passou por uma transformação notável, de uma fazenda em dificuldades para uma potência agropecuária.

A história da Nova Piratininga teve um marco importante em dezembro de 2010, quando trocou de proprietário. Antes pertencente ao empresário Wagner Canhedo, que se destacou por sua associação à falência da Vasp, uma das principais companhias de aviação comercial brasileira, a fazenda passou para as mãos de três empresários goianos. Entre eles, João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior, é o controlador do grupo Hypermarcas, um colosso que faturou impressionantes R$ 4,6 bilhões no ano anterior com produtos farmacêuticos, de higiene pessoal e de beleza.

A gestão da fazenda ficou a cargo de Igor Nogueira Alves de Melo, membro do Conselho de Administração da farmacêutica Teuto, que pertence a seu pai e hoje é controlado pela Pfizer. Os novos proprietários empreenderam uma jornada de transformação, revitalizando a Nova Piratininga em todos os aspectos. Segundo Alves de Melo, uma fazenda que antes enfrentava dificuldades financeiras se tornou um exemplo de produtividade, com cada metro quadrado de terra sendo utilizado de maneira produtiva.

A Nova Piratininga se destaca por abrigar um rebanho de 105 mil nelores puros ou cruzados com angus, que estão passando por um intenso processo de seleção e melhoramento genético. Essa iniciativa tem atraído a atenção do mercado, incluindo fundos de investimento, embora os proprietários reafirmem seu compromisso de longo prazo e a recusa em vender a propriedade. Eles visam produzir o melhor gado do Brasil, com foco na sustentabilidade.

Além da pecuária, a fazenda também se destaca na agricultura, com cultivo em larga escala de soja e milho. Investimentos substanciais em tecnologia agrícola têm impulsionado o crescimento constante dessa parte do empreendimento.

A Nova Piratininga é um exemplo de integração sustentável entre trabalho e pecuária, com práticas adequadas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a fazenda mantém extensas áreas de preservação ambiental e reserva legal, contribuindo para a conservação do meio ambiente.

Com uma equipe de colaboradores dedicados e envolvidos, a Nova Piratininga não apenas se destaca no cenário agropecuário brasileiro, mas também desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico das regiões circundantes. Seu compromisso com a qualidade, produtividade e sustentabilidade é colocado como uma referência no agronegócio do Brasil.

Fazenda Roncador

A Fazenda Roncador, localizada em Querência, Mato Grosso, é um exemplo notável de empreendimento agropecuário que se desenvolveu ao longo de décadas, moldando-se para se tornar um modelo de sucesso na produção de alimentos e preservação do meio ambiente. Fundada em 1978 por Pelerson Soares Penido, um engenheiro civil de sucesso, a fazenda surgiu como um desafio de criar um projeto pecuário moderno no Vale do Araguaia.

O compromisso de Seu Penido com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil levou a montar um empreendimento que, ao longo do tempo, passou por uma evolução notável. Há pouco mais de dez anos, a fazenda iniciou um novo ciclo, adotando a integração laboral-pecuária, novas práticas de gestão e uma compreensão mais profunda de sua relação com o meio ambiente.

Hoje, a Fazenda Roncador é um verdadeiro caso de sucesso, apresentando um modelo de produção que resultou em um aumento surpreendente de 41 vezes no volume de alimentos produzidos na mesma área, sem a derrubada de nenhuma árvore. Além disso, a fazenda se destaca por sua contribuição no combate ao aquecimento global, capturando carbono em vez de emitir gases de efeito estufa.

Com uma área total de 95,09 mil hectares, a fazenda abriga não apenas atividades pecuárias, mas também a produção de grãos, com um destaque notável para o ano de 2021, quando foram produzidas 5.040 toneladas de carne e 118.665 toneladas de grãos. Além disso, a fazenda é um local onde vivem 950 pessoas, distribuídas em 101 casas e 110 apartamentos, com 100 crianças, incluindo 70 em idade escolar, tornando-se um verdadeiro centro de comunidade.

A Fazenda Roncador não é apenas um local de produção agropecuária, mas também oferece infraestrutura e serviços que promovem a qualidade de vida de seus habitantes. Isso inclui uma escola, posto de saúde, igreja, posto de gasolina, estação de tratamento de esgoto e um viveiro de plantas para promover a preservação das matas nativas e áreas de proteção permanente que ocupam quase metade de toda a fazenda.

Além disso, a fazenda adota a convivência com a vida selvagem, permitindo a livre circulação de animais como onças, araras e antas em suas florestas nativas. Isso demonstra o compromisso com a conservação da biodiversidade local.

A Fazenda Roncador é um exemplo inspirador de como é possível conciliar produção agropecuária de alta qualidade, desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, tornando-se um farol de esperança para o setor agropecuário brasileiro. Além disso, a fazenda expandiu sua presença para uma segunda unidade na região da Mantiqueira, em São Paulo, aplicando o mesmo sistema produtivo e compartilhando conhecimentos entre ambas as fazendas.

Fazenda São Marcelo

A Fazenda São Marcelo, localizada nos municípios de Tangará da Serra e Juruena, em Mato Grosso, se destaca como a quarta maior fazenda de gado de corte do Brasil. A história desta propriedade teve um novo capítulo quando foi adquirida pela Agropecuária Jacarezinho, empresa de propriedade de Marcos Molina, controlador do grupo Marfrig. A fazenda possui uma área impressionante de 35 mil hectares e abriga aproximadamente 40 mil cabeças de gado. O valor exato da transação não foi divulgado, uma vez que ambas as empresas envolvidas são de capital fechado.

Um dos aspectos notáveis ​​​​que contribuíram para a decisão de compra da Fazenda São Marcelo foi o fato de ter se tornado a primeira propriedade pecuária do mundo a conquistar a certificação da ONG Rainforest Alliance. Essa certificação é um reconhecimento significativo das práticas seguras adotadas na fazenda, destacando seu compromisso com o meio ambiente, responsabilidade social e governança (ESG). O desempenho ESG tem um papel central na decisão de investimento, refletindo a crescente importância das questões ambientais, sociais e de governança nos negócios.

A Fazenda São Marcelo é um exemplo de como é possível integrar uma produção agropecuária com práticas sustentáveis ​​e ambientalmente responsáveis. Sua área abriga uma grande extensão de florestas nativas e áreas de proteção permanente, demonstrando um compromisso com a preservação do ecossistema local. Além disso, a fazenda permite a livre circulação de animais silvestres, como onças-pintadas, araras e antas, contribuindo para a conservação da biodiversidade.

A AgroJacarezinho, que agora incorpora a Fazenda São Marcelo, é conhecida pela seleção de gado Nelore, que é focada no ganho de peso em condições naturais de pastagens rústicas. Além disso, a empresa oferece informações genéticas de alta qualidade aos seus clientes e possui pontos de vendas em diversas fazendas em diferentes estados do Brasil, incluindo Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O gado Nelore da Jacarezinho é reconhecido por sua força superior e alta qualidade genética, com ênfase em resultados e altos índices zootécnicos.

A aquisição da Fazenda São Marcelo pela empresa representa um passo importante no setor agropecuário brasileiro, unindo uma fazenda de grande porte com práticas de sustentabilidade e excelência em genética de touros. Isso reflete a importância crescente da agricultura sustentável e do compromisso com o ESG no cenário agrícola do país.

Fazenda Conforto

A Fazenda Conforto, em Nova Crixás-Go, tem uma história sólida que começou em 1996, inicialmente focada em atividades de recreação e engorda de bois. No entanto, em 2006, em resposta ao crescimento da procura e em busca de maior eficiência no negócio, a fazenda deu início ao sistema de confinamento, um marco importante na sua trajetória.

A introdução do sistema de confinamento impulsionou a produtividade da Fazenda e estabeleceu uma relação comercial de integração sustentável entre a indústria, o confinamento e seus parceiros. Este modelo de gestão baseia-se em uma visão abrangente e estratégica, que busca otimizar a produção agropecuária de forma responsável e eficiente.

A Fazenda Conforto é hoje uma referência na gestão do agronegócio brasileiro, tendo sido premiada como o maior confinamento do Brasil pela Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) em 2011. Esse reconhecimento é o resultado de um trabalho pautado pela transparência, respeito ao meio ambiente, colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes.

A estrutura da Fazenda Conforto é impressionante e demonstra seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção agropecuária. A fazenda abrange uma área total de mais de 12.000 hectares, dos quais mais de 1.800 hectares são dedicados à administração, com o uso de 12 pivôs. Além disso, possui uma área modulada de mais de 4.430 hectares e uma capacidade de confinamento estática que supera 62.000 cabeças de gado.

A fazenda oferece diversas opções de parcerias para rebanhos, incluindo boitel, parceria e arroba produzida. A gestão é realizada de forma rigorosa, acompanhando a nutrição diária de cada animal e curral por curral, utilizando aplicativos e sistemas de controle avançados.

Além disso, a Fazenda Conforto investe em práticas sustentáveis, como a produção de adubo orgânico de alta qualidade por meio de processos inovadores e tecnologia avançada. Esse adubo é enriquecido com fosfato de rocha, que melhora a estrutura do solo e fornece nutrição contínua ao longo do tempo.

A fazenda mantém uma área irrigada de 1.483 hectares, com 12 pivôs, garantindo pastagens verdes durante todo o ano. Também possui 4.121 hectares de área de sequeiro, onde o gado é alimentado com pastejo rotacionado e recebe suplementação mineral protéica.

Além da produção pecuária, a Fazenda Conforto cultiva mais de 3 mil hectares de soja, investindo em tecnologias para garantir a qualidade dos grãos. A capacidade de estocagem na fazenda é de 460 mil sacos, demonstrando um compromisso com a produção sustentável de grãos.

O local é um exemplo de sucesso na gestão do agronegócio brasileiro, combinando eficiência, sustentabilidade e inovação para alcançar alto desempenho na produção agropecuária, enquanto mantém o equilíbrio com o meio ambiente. Seu compromisso com a transparência e a qualidade a coloca como uma referência no setor.

Grupo Amaggi

O Grupo Amaggi é uma corporação renomada no setor de agronegócio, com sua sede principal situada no município de Rondonópolis, localizado no estado do Mato Grosso. Fundado há quase quatro décadas, o grupo é reconhecido como um dos maiores produtores individuais de soja do mundo, destacando-se no cenário agroindustrial global.

O Grupo Amaggi opera quatro divisões de empresas relacionadas ao agronegócio, abrangendo uma ampla gama de atividades dentro desse setor. Seu portfólio de negócios engloba áreas como agricultura, pecuária e reflorestamento, refletindo sua abordagem voltada e sustentável para a agroindústria.

Uma das características mais notáveis ​​do Grupo Amaggi é a extensão significativa de terras sob sua gestão. A empresa detém mais de 252,3 mil hectares de terras no solo mato-grossense, com múltiplas propriedades distribuídas por diferentes regiões desse estado brasileiro. Essas áreas de terra são destinadas a atividades diversas, incluindo agricultura, pecuária e projetos de reflorestamento.

No estado do Mato Grosso, o grupo mantém um total de 20 fazendas. Dessas, 18 fazem parte do bioma do Cerrado, uma está situada na região do Pantanal e outra se encontra no bioma da Amazônia. Essa distribuição demonstra a amplitude da atuação do grupo no que diz respeito à conservação e utilização sustentável de diferentes ecossistemas.

Duas das fazendas mais notáveis ​​do Grupo Amaggi são a Fazenda Tanguro e a Fazenda Tucunaré. A Fazenda Tanguro, com seus impressionantes 80,8 mil hectares, está localizada no município de Querência, no Mato Grosso. Por sua vez, a Fazenda Tucunaré ocupa uma área extensa de 44,5 mil hectares e está situada no município de Sapezal. É relevante mencionar que a Sapezal foi fundada por André Maggi na década de 1990, evidenciando o impacto significativo do grupo no desenvolvimento regional.

Além de suas operações agropecuárias, o Grupo também se dedica ao cultivo de seringueiras, com aproximadamente 11 mil hectares de terras dedicadas a essa atividade. Essa diversificação reflete a visão estratégica do grupo em relação ao uso sustentável da terra e à expansão de suas operações.

Em relação à pecuária, o grupo mantém um rebanho de cerca de 4 mil cabeças de gado, demonstrando seu compromisso com a produção agropecuária de alta qualidade.

A empresa é líder no agronegócio brasileiro e global, conhecida por seu compromisso com a sustentabilidade, diversificação de atividades e gestão responsável de terras. Seu impacto abrange múltiplos biomas e regiões, contribuindo para o desenvolvimento econômico e agropecuário do Brasil.

Conclusão

As 5 maiores fazendas do Brasil não apenas impressionam com sua magnitude geográfica, mas também desempenham um papel vital na economia e na história do país. Ao contemplar a vastidão das planícies, os campos férteis, a pecuária inovadora e as imensas extensões de terras, fica claro que essas gigantes são pilares da produção agrícola brasileira.

Cada uma dessas propriedades e corporações demonstram o compromisso com a inovação tecnológica, a pecuária de alta qualidade, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico regional. Esses empreendimentos refletem a importância do Brasil no cenário mundial do agronegócio e seu papel fundamental na produção de alimentos e materiais-primas.

Essas inspirações nos mostram que a busca por soluções inovadoras e sustentáveis no setor agrícola é essencial para garantir que o agro continue a prosperar, ao mesmo tempo em que preserva o valioso patrimônio natural do Brasil para as gerações futuras.

FONTE DIÁRO DO ACRE

Olivais oferecem experiências diferenciadas para os turistas no Sul de Minas

Em época de colheita, fazendas que produzem o azeite de oliva na região programam visitas guiadas e degustações

Pouca gente desconfia, mas o azeite de oliva tem propriedades milagrosas: serve como anti-inflamatório, fortalece os ossos, auxilia na prevenção de doenças cardíacas e diabetes e atenua os sintomas da artrite. Mais recentemente, o “ouro líquido”, como foi batizado pelos mediterrâneos, também tem feito muito bem ao turismo na serra da Mantiqueira. 

Em uma extensa faixa de terra de cerca de 3.000 hectares, localizada entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, proliferam desde 2018 oliveiras de diversas espécies. Segundo estimativas da Empresa de Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), são mais de 200 pequenos produtores espalhados por 80 municípios, 60% deles em Minas Gerais. 

Dados da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), que reúne cerca de 35 agroindústrias, mostram que a produção estimada para este ano é de cerca de 100 mil litros, batendo o recorde de 80 mil litros alcançado em 2018. “A cada dia surgem novos produtores”, afirma Moacir Nascimento, presidente da entidade. 

Oliveira e turismo 

A produção é recente porque apenas em fevereiro 2008 foi realizada a primeira extração de azeite de oliva extravirgem na serra da Mantiqueira, abrindo caminho para seu cultivo e expansão. Dois anos depois, a produção saltou de 40 litros para 500 mil litros, com investimentos em pesquisas, melhoramentos de mudas e tecnologia por parte da Epamig. 

“Hoje, tem retorno quem está aliando a olivicultura ao turismo”, afirma Pedro Moura, pesquisador da Epamig. Muitos dos olivais se dotaram de infraestrutura para receber os turistas, oferecendo visitas guiadas e degustações. Outros abriram empórios para venda de produtos e restaurantes. Todos, no entanto, sentem os benefícios do turismo. 

Maria da Fé 

Para florescer, as oliveiras necessitam aliar condições climáticas (mais de 300 horas de frio e temperaturas abaixo de 12°C) e altitudes acima de 1.000 m. Para produzir frutos, demoram um pouco mais: cerca de quatro anos. Segundo Pedro Moura, é uma cultura de custo alto, que exige muitos cuidados e investimentos. A colheita também acontece uma única vez por ano, de janeiro a março. 

Por reunir todas essas características, o centro da produção de azeite na Mantiqueira é Maria da Fé, notoriamente a cidade mais fria de Minas. Na região, existem pelo menos 13 fazendas com olivais em municípios como Aiuruoca, Pedralva, Baependi e Poços de Caldas. Há cerca de 90 marcas de azeite registradas que abastecem o mercado local e são vendidas aos turistas. 

Poços de Caldas 

O olivicultor Moacir Carvalho Dias, proprietário da fazenda Irarema, tem uma das melhores estruturas para receber os visitantes. Em 2017, por questões de custos, ele substituiu a cultura do café pela do azeite, utilizando 86 hectares da área para cultivar oliveiras. “Nós produzimos azeite, mas o turismo é responsável pela grande fatia de nosso lucro”, afirma. 

Ele aproveitou a vocação turística de Poços de Caldas, município localizado a 15 minutos da fazenda, para abrir a propriedade à visitação. No feriado de Carnaval, por exemplo, recebeu 1.480 turistas, mas a média é 500 de pessoas por final de semana. Na programação, ele oferece um pacote fechado com almoço ao custo a partir de R$ 80 ou visitas guiadas com degustação. 

“Faço uma visita ao olival, dou uma aula sobre azeite, mostro o processo de produção e termino o passeio com uma degustação”, conta Dias. No local, ele montou uma lojinha com produtos feitos à base de azeite, como sabonetes e hidratantes. Há, ainda, o sorvete, em que a gordura hidrogenada é substituída pelo azeite, o que ele define como “gelato mais elaborado”. 

A família toda colabora nos processos: o pai Maurício cuida das árvores; a irmã Gabriela, do restaurante e da cafeteria; a mãe Mônica, da produção dos cosméticos. O negócio já tem um pé na sustentabilidade: o azeite é produzido com a ajuda da energia solar. Nada é desperdiçado: o bagaço vira adubo; o caroço, lenha; a folha da oliveira, chá e tintura. O azeite que sobra na máquina é reaproveitado para a produção de sabonete. 

A fama da Irarema não vem do azeite, mas dos antepassados. O avô de Dias, Moacyr de Carvalho Dias – seu homônimo “só que com y”, enfatiza ele – foi o inventor da fórmula do requeijão cremoso em flocos na década de 1950. “Xixo”, como era mais conhecido, morreu em 2017, mas deixou como herança a veia gastronômica da família. 

Catas Altas da Noruega 

Outro Moacir, o Nascimento, engenheiro florestal, comprou em 2008 uma propriedade em Catas Altas da Noruega, ao lado de uma área de preservação ambiental, e, para torná-la produtiva, plantou 600 mudas de oliveiras. Atualmente, são 3.000 pés de diversas idades e uma produção pequena de 1.200 litros, mas com expectativa de triplicar esse volume até 2024. 

Enquanto desenvolve seu projeto em longo prazo, ele e a mulher, Maria de Lourdes, recebem os turistas na Estância do Pinheiro para um passeio de três horas nos olivais, com palestra sobre azeite e degustação. O custo é de R$ 50 a R$ 70 por pessoa. Para quem se interessa em pernoitar, ele montou duas suítes na propriedade, ao custo de R$ 300 a diária. 

Nascimento, que também é presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), explica que o azeite produzido na Mantiqueira é o suco natural da azeitona sem adição de conservantes. O fruto é moído, e o líquido sai fresco, pronto para ser consumido. A produção em Minas Gerais é pequena e ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno. 

Baependi 

O período que mais se consume azeite no Brasil e no mundo é a Semana Santa. “A colheita em Minas é em fevereiro e março, o que faz nosso azeite ter mais frescor do que o europeu, cuja colheita é em setembro e outubro”, afirma Pedro Moura. A recomendação, segundo o pesquisador da Epamig, é que o azeite seja consumido rápido, porque é um produto que, quanto mais novo, melhor. 

“Quanto mais novo, mais expressivas são as características de aroma e sabor, além das propriedades benéficas à saúde. O ideal é consumir o azeite no primeiro ano em que ele é produzido”, ressalta Moura. 

Procurar os sabores mais intensos do azeite é a proposta de Vanessa Bianco, sócia-proprietária do Olivais Gamarra, no santuário do Vale do Gamarra, em Baependi. Vizinhos do Parque Estadual da Serra do Papagaio, dois sítios têm uma área plantada de cerca de nove hectares. A colheita se encerrou antecipadamente no início deste mês, em 3 de março. 

A olivicultora conta que prefere os colher as azeitonas mais verdes por causa dos sabores mais intensos. Pedro Moura corrobora a afirmação de Vanessa: “Azeitonas mais verdes proporcionam um azeite com mais amargor e picância, mas o rendimento também é menor. Já azeitonas mais maduras rendem mais e resultam em um azeite bem mais suave”. 

Vanessa oferece visita guiada ao olival e ao lagar (local da produção) para que o visitante possa comparar os diferentes tipos de azeites. As visitas para grupos de até 30 pessoas custam entre R$ 40 e R$ 100 e devem ser agendadas com antecedência. Uma das atrações da fazenda é a extração feita como era antigamente, por uma prensa mecânica, a única existente no Brasil. 

A Olivais Gamarra também realiza eventos pontuais durante o ano, como concertos de músicas nos olivais e jantares harmonizados. Nos dias 2 e 13 de abril, estão agendadas duas apresentações do projeto Azeite com Arte no Vale do Gamarra e em Caxambu, respectivamente. Na fazenda, ela ainda improvisou um show-room para receber os visitantes. 

Pedralva 

Em Pedralva, Alícia Gonçalves, da Fazenda Fio de Ouro, perpetua a tradição da família. O pai, Armando, ainda cuida do olival e do lagar. Para aproveitar a onda turística de Maria da Fé, o restaurante Casa Grappolo foi inaugurado em maio do ano passado, todo em vidro e com vista para o olival, permitindo ao turista acompanhar a colheita enquanto degusta o azeite. A previsão da colheita deste ano é de produção de 30 mil litros de azeite.

Na visita guiada à fazenda de 75 hectares, o turista conhece sete variedades de azeites e seus processos de extração. Se a viagem ocorrer em época de colheita, ele pode experimentar o azeite logo que é extraído. Caso a visitação aconteça em outra época do ano, a novidade é o azeite de abacate, produzido desde o ano passado, porém mais ácido e adocicado do que o de oliva. 

Morangos orgânicos 

Na mesma linha de unir turismo e azeite, a fazenda Maria da Fé deve produzir 10 mil litros neste ano. Para queimar etapas, Mirta Bonifácio adquiriu a propriedade com as oliveiras já plantadas. As visitas guiadas levam ao olival, ao lagar e a degustações sensoriais. O passeio custa R$ 30 por pessoa e dura uma hora, mas é necessário pré-agendamento por telefone. 

O azeite tem levado olivicultoras como Mirta a aproveitar a fama do “ouro líquido” da serra da Mantiqueira para oferecer aos visitantes outros produtos típicos da região, como o doce de leite e o morango orgânico. Ela reconhece que as pesquisas da Epamig com o azeite não só atraíram empreendedores, como ela, para a região, mas também está movimento a economia e o turismo. 

Feiras 

Os interessados em conhecer mais sobre o azeite produzido na serra da Mantiqueira terão oportunidade em dois momentos. No dia 25 de março, a Epamig realiza o 17º Dia de Campo de Olivicultura, integrando a programação do Azeitech na comemoração do Dia do Campo. Em abril, o município de Maria da Fé promove mais uma edição da tradicional Festa do Azeite Novo. 

História do azeite 

As oliveiras, árvores seculares citadas inclusive na Bíblia, foram trazidas para o Brasil pelos portugueses por volta do século XIX, embora seja uma planta originária do Sri Lanka e do Oriente Médio. Como o azeite era dos principais produtos comerciais de Portugal, a Coroa determinou a erradicação de todas as plantações de oliveiras no Brasil. 

O cultivo, no entanto, retornou em 1935, quando o português Emílio Ferreira dos Santos adquiriu um terreno em Maria da Fé, em 1933. Ele achou as condições climáticas muito parecidas com as de Portugal e convenceu a esposa e os filhos a se mudarem para o Brasil, trazendo seis mudas de oliveira. Na década de 1940, o agrônomo Washington Alvarenga Viglioni pegou mudas para estudar e as plantou onde hoje fica a estação de pesquisa da Epamig em Maria da Fé. 

As primeiras azeitonas foram colhidas em 1960, e 14 anos depois, em 1974, foi criada a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que assumiu a estação de pesquisa em 1975. Desse então, os pesquisadores se debruçam na missão de fazer o cultivo da planta em maior escala. Eles também trouxeram mudas da Espanha, Grécia e Itália para entender qual delas se adaptaria melhor ao nosso clima. 

Espécies de azeitonas 

Vários tipos de azeitonas, os chamados “cultivares”, adaptaram-se ao Sul de Minas. Entre eles estão Arbequina (de origem espanhola, mais suave e frutado); Grappolo 541 (oriundo da Itália, frutado, herbáceo e com moderado amargor), Koroneiki (originário da Grécia, que produz um óleo mais picante), Maria da Fé (nacional, desenvolvido pela Epamig, tem características de azeite encorpado, com picância e amargor moderado) e o Blend (referência à mistura de dois ou mais azeites, resultando desde um mais suave até um mais forte). 

Serviço

Conceitos que indicam qualidade em azeites

Frutado: Pode ser sentido no aroma e no sabor e está diretamente ligado ao frescor. Pode ser mais ou menos intenso, remeter a fruta verde ou madura, pode lembrar campo (verde), tomate, amêndoas. 

Amargor: É sentido sobre a língua e pode ser mais ou menos intenso.  

Picância: É sentida quase na garganta. Pode ser muito ou quase nada picante.  

Herbáceo: Azeite com sabor semelhante ao de ervas, com notas de grama cortada. 

Saiba mais sobre as visitas

Epamig: Conheça um pouco mais o trabalho da Epamig

Fazenda Irarema: Acesse Fazenda Irarema e conheça os produtos. Visita guiada aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h. Pacote de tour guiado com almoço a partir de R$ 80. 

Olivais Gamarra: Saiba mais sobre a fazenda e sua produção de azeite em Olivais Gamarra. Visitas guiadas custam entre R$ 30 e R$ 100. 

Estância do Pinheiro: Visitas guiadas entre R$ 50 e R$ 70 por pessoa. Acesse Instagram / @oliveiscatassaltasdanoruega ou Facebook / Estância Pinheiro ou confira pacotes no site d agência de ecoturismo Andarilhos da Luz. Hospedagem na fazenda a R$ 300 a diária para o casal.

Fazenda Maria da Fé: Confira os produtos em Fazenda Maria da Fé e agende visita pelo telefone (35) 99221-8607. Visitas guiadas a R$ 30 por pessoa. 

Fazenda Fio de Ouro: Conheça sobre a fazenda e sua produção de azeite em Azeite Fio de Ouro. Visita guiada + degustação a R$ 30 por pessoa.

FONTE O TEMPO

Circuito sobre o Festival Sabores das Villas será adiado

Por meio de reunião da Comissão Organizadora do Circuito Gastronômico “Sabores das Villas”, a qual foi realizada hoje dia 17 de Março de 2020 pela manhã, o Circuito Turístico Villas e Fazendas comunica através do documento em anexo que a 3a. Edição do Festival, prevista para acontecer nos meses de Maio e Junho de 2020 será ADIADA, em obediência às recomendações expedidas pelo Ministério da Saúde e Governo de Minas, em razão do novo Coronavirus COVID-19.
Esclarecemos que no momento oportuno será designada nova data para a realização do evento. E ainda, que no prazo de 20 (vinte) dias, a Comissão Organizadora dará um novo posicionamento sobre o assunto.
Veja a portaria no link abaixo:

Circuito Villas e Fazendas participa do Festival de Turismo de Ouro Preto

Entre os dias 07 a 10/08/2019, aconteceu em Ouro Preto, no Centro de Artes e Convenções da UFOP, a Edição do Festival de Turismo de Ouro Preto 2019 e teve como foco empoderar pessoas e segmentos da economia por meio da difusão de um programa de desenvolvimento econômico regional, relacionando o Turismo com as áreas de negócios e educação.

O Circuito Villas e Fazendas marcou presença, através de parceria com o Sebrae. Para a Presidente Tatiana Rezende, essa foi mais uma grande oportunidade do público conhecer os municípios que compõem correspondem o Circuito Villas e Fazendas,  mostrando cada pedacinho da região, através de roteiros, folheteria e produtos como a cachaça.

Os espaços do Festival de Turismo de Ouro Preto foram dedicados à gastronomia, cultura, eventos e entretenimento, inovação e tecnologia, sustentabilidade, exposição de produtos, roteiros e serviços, além de rodadas de negócios, palestras e oficinas. O evento buscou fomentar o desenvolvimento do turismo entre governos, pessoas, empresas e setores de investidores, de modo a promover a troca de conhecimento e o crescimento econômico no estado de Minas Gerais.

Veja as fotos a seguir:

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Pé da Serra vence o II Circuito Gastronômico Sabores das Villas

É de Itaverava o grande campeão do 2º Circuito Gastronômico  promovido pelo Villas e Fazendas de Minas e parceiros.  O restaurante”Pé  da  Serra”, situado na BR 482,  venceu com o prato  “combinado da serra”.  Em segundo lugar ficou o “Sallum Culinária  árabe brasileira e em 3º lugar  ficou por conta do prato  “galinhada do tanque”, de Santana dos Montes.

 

 

O Circuito Gastronômico “Sabores das Villas” 2ª Edição é sucesso em mais um final de semana!

Pemiação Cristiano Otoni

No sábado, dia 25, Cristiano Otoni recebeu o Festival, na Rua Vitalino Rosa de Carvalho, às 17h00, no estabelecimento do Cantinho da Bola Bar, participante desta edição e serviu a delícia “A roça no prato”, com preço único de R$15,00. A música boa ficou por conta de Débora Joycer e Giuliano Agiles. O estabelecimento Cantinho da Bola Bar levou para casa a quantia de R$300,00 + troféu.

Na Edição Municipal de Lamim, o Hotel e Restaurante Ladim foi o estabelecimento participante e serviu um prato pra lá de saboroso, o “Casal Perfeito” pelo preço de R$10,00. O evento aconteceu às 18h00 na Rua Souza Rêgo. O show foi de Fabiano Vieira, que animou o público presente. O Hotel e Restaurante Ladim garantiu a quantia de R$300,00 + troféu.

Já na Edição de Itaverava no domingo dia 26/05, que aconteceu no Estádio Municipal Waldemar Nogueira, o público pôde conferir de perto a 2ª Mostra de Produtos Agropecuários, além de mini cursos de Caipirinha e Gin. A criançada também se divertiu com a aula show infantil de rosquinha de nata! E os shows que fizeram todo mundo dançar foi de Giovana Rezende e Mago Zen. Dos cinco estabelecimentos participantes, três foram premiados, através de voto popular e jurados. O Estabelecimento Parada João Neto Lanchonete e Restaurante ganhou o prêmio de terceiro melhor prato, servindo “Mineirinho do João Neto, levando o troféu + capacitação; o segundo lugar foi para o estabelecimento Recanto dos Amigos, com o prato “Tradições da Dona Maria” garantindo a quantia de R$100,00 e troféu. O título de Campeão Municipal foi  para o RESTAURANTE PÉ DA SERRA, com o prato “COMBINADO DA SERA”, garantindo o valor de R$300,00 mais troféu. Os demais estabelecimentos Recanto Larissuel e Parada do Lanche levaram o troféu de participação.

Premiação na cidade de Lamin

O talento musicai de Giovana Rezende marcou presença em Itaverava

Os campeões municipais estarão em Catas Altas da Noruega na grande final regional, no dia 16 de junho de 2019.

Em todos os eventos do Circuito Gastronômico “Sabores das Villas” a entrada é franca. E não podemos nos esquecer dos copos personalizados, que também serão vendidos nos eventos a R$5,00 em que a pessoa poderá adquirir o copo e depois, caso queira devolver, receberá seu dinheiro de volta. Isso que é diversão com sustentabilidade!!

O Circuito Gastronômico “Sabores das Villas” 2ª Edição é realizado pelo Circuito Villas e Fazendas de Minas, parceiros Uma Lafaiete, rádios 89,9 fm e 92,3 fm, Senac e Prefeituras Municipais.

Villas e Fazendas promove parceria com Associação Comercial de Lafaiete

Uma grande parceria entre duas Associações de “peso” para Lafaiete e Região, a ACIAS – Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de Conselheiro Lafaiete e o Circuito Villas e Fazendas foi concretizada essa semana. O Circuito Villas e Fazendas possui agora um novo espaço de atendimento aos seus associados, localizado na Rua Melo Viana, 224 – 3º andar, Centro, Conselheiro Lafaiete – Prédio sede da ACIAS.

Para a Presidente do Circuito, Tatiana Rezende, a ideia foi de “casar” as duas Associações para fortalecerem juntas a economia e o turismo nas empresas e nos municípios do Alto Paraopeba e Vale do Piranga, que são associados do Circuito.  Segundo Tatiana, o Turismo gera oportunidade de renda e desenvolvimento a economia.  Nós do Circuito realizamos ações em prol do desenvolvimento do Turismo na região e a ACIAS zela pelo desenvolvimento econômico, social e empresarial. Essa parceria só tende a somar e vai dar certo.

Sabores das  Villas: vem aí o maior evento da gastronomia regional

Em outubro e novembro do ano passado, o Circuito Villas e Fazendas realizou a primeira edição do Circuito Gastronômico “Sabores das  Villas” na região do Alto Paraopeba e Vale do Piranga, com um público presente de 10mil pessoas, movimentando a economia em R$150 mil, gerando cerca de 60 postos de trabalho.

Este ano,  o Festival percorrerá 10 cidades associadas, com cerca de 40 estabelecimentos participantes, em cinco finais de semana entre os meses de maio e junho.  A final regional acontecerá em Catas Altas da Noruega, local escolhido devido ao estabelecimento campeão de 2018 pertencer ao Município.

O Festival nem bem começou e as ações já estão em pleno vapor! Neste mês de abril, os estabelecimentos já participaram de palestras e estão sendo visitados e orientados pelo Chef para elaboração dos pratos que concorrerão as edições municipais e à final regional.

O Circuito Gastronômico inicia-se dia 18/05 em Rio Espera, seguindo de C.Lafaiete no dia 19/05, Lamim dia 25/05, Itaverava dia 26/05, Casa Grande e Santana dos Montes dia 01/06, Queluzito e Piranga dia 08/06 e Catas Altas da Noruega nos dias 20 e 22/06/2019. Para a presidente Tatiana Rezende, a expectativa é imensa, devido ao grande sucesso de 2018.  “O Circuito Gastronômico Sabores das Villas foi pensado e elaborado para fomentar o Turismo Gastronômico na região e a gente acredita muito nessa ideia porque temos potencial para isso! Nossa culinária regional é excelente e é isso que temos que valorizar a cada ano de festival!”.

Para saber tudo e acompanhar o Circuito Gastronômico “Sabores das Villas” 2019, fique ligado nas redes sociais instagram @saboresdasvillas e na página www.facebook.com/saboresdasvillas.

Circuito Villas e Fazendas promovem eleição de nova diretoria

Acontece nesse momento, na Sede da Associação dos Municípios do Circuito Turístico Villas e Fazendas de Minas, a Eleição da Diretoria da entidade, Gestão 2019-2021.

A votação destina-se a eleger chapa mínima de Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente, Diretor Executivo, Diretor Financeiro, Secretário Executivo, além de Conselheiro Fiscal 01 e Conselheiro Fiscal 02.

As inscrições das chapas serão feitas junto à Sede do Circuito, até as 17h00 do dia 21/02/2019 impreterivelmente.

Segue edital de convocação dos associados

Leia Mais:

http://correio.local/?s=villas+e+fazenda

http://correio.local/municipios-do-circuito-villas-e-fazendas-recebem-nota-maxima-no-icms-turistico-para-2019/

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