Congonhas se prepara para um dos maiores eventos de fé e devoção: Semana Santa 2023

A Prefeitura de Congonhas, por meio da Seculte, já iniciou as montagens das estruturas para a realização das apresentações da Semana Santa que acontecerão durante a próxima semana.

Na sexta-feira Santa (07), em frente a Basílica do Senhor Bom Jesus, haverá a encenação bíblica dos Passos da Paixão de Cristo. O cenário está sendo estruturado em 03 palcos, com som, luzes e efeitos especiais.

O ator congonhense, Amaury Lorenzo, que se destaca em novelas das redes nacionais estará mais um ano interpretando o papel de Jesus.

O Coordenador e organizador da Semana Santa, Zezeca Junqueira, convida toda a população para fazer parte deste momento tão importante de fé. “Estamos organizando tudo para a realização do espetáculo, que contará com toda a estrutura necessária e segurança para a população”, explica.

Fotos e texto por Lílian Gonçalves

Ofício de Trevas – Um espetáculo de fé: dia 5 de abril na Igreja de São Sebastião

OFÍCIO DE TREVAS – UM ESPETÁCULO DE FÉ
05 de abril de 2023 – 20:00 horas – Ig. Matriz São Sebastião

A Paroquia São Sebastião, segue os preparativos para a Semana Santa. Após três anos de determinadas limitações impostas pelo árduo, todavia, indispensável isolamento social, as Matinas de quinta feira santa, estão de volta. A Paroquia, deu início a esse evento no ano de 2016. Foram quatro anos ininterruptos, com a participação do Madrigal Roda Viva e músicos convidados: O organista Wallace Moura, a Orquestra Sinfônica da PMMG, o violinista Léo Cassilhas, e os pianistas Juliana Marin e Paulo Borges.
Durante a Semana Santa, a Igreja realiza diversas celebrações para relembrar os últimos passos de Jesus. Um dos momentos marcantes é o “Ofício de Trevas”, que expressa de forma arrebatadora, os sofrimentos passados nos últimos dias de vida de Jesus Cristo, antes da crucificação. Evento que aos poucos alcança status de tradição em Conselheiro Lafaiete. A cerimônia é caracterizada pela liturgia, com reflexões sobre as dificuldades vividas por Jesus Cristo em seus últimos momentos, antes da prisão, no Monte das Oliveiras.

Padre Daniel

HISTÓRIA

O Ofício de Trevas (matutina tenebrarum) é uma liturgia cristã relacionada à Paixão de Cristo, que existe desde o século XIII. É o ofício das matinas e laudes de quarta, quinta e sexta-feira da semana santa. Embora o nome, Ofício de Trevas, possa dar a entender, não é um rito enigmático e obscuro, mas uma das orações mais belas da Semana Santa. Em alguns lugares ele é celebrado na Segunda Feira Santa, mas o dia mais correto para esta celebração é entre a noite de Quarta-Feira até antes do amanhecer da Quinta, marcando o início do Tríduo Pascal. Durante os séculos houve muitas formas musicadas, inclusive não apenas na forma gregoriana, mas também na forma de música clássica. Durante muito tempo este rito permaneceu guardado pela igreja, mas atualmente vem sendo retomado em diversas paróquias e dioceses do Brasil.

ESPETÁCULO

Nessa celebração, podemos conferir extraordinária densidade litúrgico-musical. No final de cada um dos Salmos que vão sendo cantados, o cerimoniário apaga uma das velas. Ao mesmo tempo, as luzes da igreja vão sendo apagadas também. As velas são apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. Esta vela não é apagada. Continua acesa e é levada para atrás do altar. As velas que vão se apagando representam os discípulos, que pouco a pouco se afastavam de Jesus Cristo, durante a sua Paixão. A vela branca escondida atrás do altar e, mais tarde, outra vez visível, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória.
No fim, apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu. O ruído de matracas no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos, e recordam a desordem que sucedeu na natureza com a morte de Nosso Senhor. São realizadas leituras dos salmos, lamentações e cantos em latim. Durante o cerimonial, os últimos passos de Cristo são simbolizados por velas que são apagadas aos poucos, até o momento derradeiro.
Após as luzes das velas serem apagadas, a única vela acesa é retirada e dá lugar aos sons de trovoadas, que se refere à morte de Jesus. No entanto, depois desse momento, a vela acesa, volta a ser colocada e todas as luzes da igreja são acesas. Para os fiéis, esse período representa à presença de Cristo.

AS OBRAS E OS PERSONAGENS

Quem está acompanhando os preparativos e ensaios do Roda Viva, às terças e sextas feiras, no Solar, assegura que será um dos mais belos espetáculos de fé. A Paroquia em comum acordo com Roda Viva, escolheu, do riquissímo acervo do Museu da Música de Mariana, “As Matinas de Quinta feira Santa”, do compositor mineiro, Jerônimo de Sousa Queirós – século XVIII. Composta para coro a quatro vozes; violino I e II; baixo; flautas I e II; trompas I e II.
De acordo com o Professor e Maestro Geraldo Vasconcelos, os elementos instrumentais, destacadamente o violino I – que será executado por Léo Cassilhas – são construídos com fino zelo, e se destacam na composição. Afora as entradas e codas instrumentais, clássicas no estilo, há a ocorrência de interlúdios bem expressivos, que parecem ter por finalidade explicar o texto. Conquanto a peça tenha sido escrita para as quatro vozes – SATB – é acentuada a ausência do soprano em algumas seções, versadas, assim, a três vozes. A composição proporciona multiplicidade tonal, possuindo relações, em vários Responsórios, entre tônica e tônica relativa. Para esse evento, os demais instrumentos foram ajustados em redução para piano, a cargo do instrumentista Paulo Borges, finaliza Vasconcelos.
É possível encontrar fragmentos dos ensaios, nas redes sociais (facebook, instagram, entre outras) que sugerem a magnitude dessa noite Santa.

MADRIGAL RODA VIVA – Bodas de Prata

Além do Madrigal Roda Viva, que está completando 25 anos de muita música e história, quem comparecer à Matriz de São Sebastião, dia 05 de abril, poderá contemplar o violino de Léo Cassilhas e o piano de Paulo Borges, adornando a estraordinária e renovada sonoridade do Madrigal.
Paulo Borges reside e trabalha em Belo Horizonte. É natural de Machado-MG, iniciou seus estudos com a professora Maria Thereza Garcia. Posteriormente, estudou piano com Jayme Guimarães, através do curso de música da UFSJ. Participou de diversos festivais de música, como Femusc, Música nas Montanhas (Poços de Caldas) e Semana da Música de Ouro Branco, tendo oportunidade de participar de master classes com renomados pianistas nacionais e internacionais. Se apresentou algumas vezes, como solista e camerista, pelos concursos Segunda Musical da ALMG, Música XXI da UFSJ e Jovem Músico BDMG.
Leonardo Cassilhas – Léo Cassilhas, como é conhecido em Lafaiete, é natural de Belo Horizonte. Iniciou seus estudos no SESI em 1989 na turma do professor Sérgio Arraes; Participou do primeiro festival de inverno da UFOP em 1992 no módulo Suzuki; Ingressou no conservatório de música da UFMG em 1995 na turma do professor Max Teppich; Oficinas de música erudita, e composição livre da professora Vera Maria Walter Luz – Orquestra jovem do SESI; Conservatório da UFMG; Orquestra jovem do palácio das artes, e orquestra experimental da PMMG, sob a regência do maestro Capitão Cigarra, além de várias apresentações no país, como a ópera, “a peste e o intrigante, ópera infantil em 1995, no palácio das artes, participações em shows com Marcus Vianna, banda Dogma e outros artistas. Mudou-se para Lafaiete em 2006.

O Ofício será presidido pelo Paroco, Padre Daniel Marcos de Lima. A regência será do Maestro Geraldo Vasconcelos.

Fé, cultura e devoção: Semana Santa em Congonhas 2023 é um dos maiores eventos religiosos de Minas

Após dois anos intensos de pandemia em que a Celebração Presencial da Semana Santa foi apresentada apenas por meio virtual, a Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo, Eventos e Lazer, irá realizar este grande evento religioso, cultural e turístico.

A partir do próximo domingo (10), Domingo de Ramos, a população poderá acompanhar as missas, procissões e encenações bíblicas. Para o Secretário de Cultura, Jean Ângelo, “este ano, a Prefeitura de Congonhas, além dos 250 atores e figurantes, envergando figurinos suntuosos e originais, a Semana Santa contará com uma mega estrutura de palco, som, luz e efeitos especiais e também a presença do ator congonhense, Amaury Lorenzo, que se destaca em novelas da Rede Globo e Rede Record”, afirma.

Segundo o ator, que também é servidor da Prefeitura, e responsável há anos pelos ensaios, vestimentas e organização de todas as figuras bíblicas, José Felix Junqueira – Zezeca, “a Semana Santa de Congonhas é um dos eventos preferidos da população e referência nacional. Estou muito feliz de poder contribuir mais um ano com as encenações e figurações. É um trabalho de equipe, que conta com a participação dos atores do Teatro Dez Prás Oito e população que tem orgulho em participar deste grande evento”, explica.

No sábado de Aleluia acontecerá, na Romaria, o grande Sermão da Montanha com diversos shows de grupos evangélicos atraindo um grande público.

Por Lílian Gonçalves – Comunicação – Prefeitura de Congonhas-

PROGRAMAÇÃO SEMANA SANTA PDF

Arte: Gustavo Porfírio

Fé, devoção e emoção vão marcar a Semana Santa em Congonhas

Fé, devoção e emoção. De 02 a 09 de abril, Congonhas será palco de umas das celebrações mais tradicionais do Brasil, a Semana Santa. Os fiéis são convidados a participar, revivendo o caminho de Cristo, da chegada a Jerusalém até o Calvário e a Ressurreição.
As tradicionais encenações e procissões, em meio às figuras bíblicas que compõem as cenas da Paixão e Ressurreição de Cristo, serão realizadas durante toda a semana em Congonhas. A Semana Santa atrai milhares de fiéis e turistas que acompanham as Passagens Bíblicas do Novo ao Velho Testamento, apresentadas no cenário que será montado no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, “Patrimônio Cultural da Humanidade”.
As celebrações, sermões e procissões se estendem também por todo o eixo histórico, que liga as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário, Matriz de N. Sra. da Conceição, Matriz de São José Operário e a Basílica. As demais comunidades destas paróquias participam, igualmente, deste período especial para os católicos.
O evento é realizado pela Igreja Católica, sob coordenação da Paróquia de N. Sra. da Conceição, com apoio da Prefeitura de Congonhas, por meio da SECULTE. Segundo José Félix Junqueira, Coordenador das encenações, “o evento por ser de grande importância cultural e por envolver boa parte da população, além de fomentar o turismo e consequentemente o comércio para nossa cidade, envolve mais de mil pessoas que contribuem para a realização da Semana Santa, entre voluntários, irmandades, festeiros, religiosos e servidores de diversas Secretarias”, explica.
Por Lílian Gonçalves Arte: Gustavo Porfírio

Fé e devoção: a 3ª peregrinação a casa da “Santa” Manoelina

Aconteceu no domingo (12)12, a 3ª peregrinação  à casa de “Santa” Manoelina dos Coqueiros, em Entre Rios de Minas. A partir das seis e meia da manhã os caminhantes e ciclistas peregrinaram por 20 km até a antiga morada de Manoelina dos Coqueiros. No local aconteceu a Missa Campal com o Pe. Ildeu da Cruz, pároco da paróquia Nossa Senhora das Brotas. Além dos 62 peregrinos participaram visitantes que se deslocaram de diversos lugares por veículos e ônibus. A organização do evento, @secult.erm e o Projeto Resgate Histórico de “Santa” Manoelina dos Coqueiros, estimam a presença de 832 pessoas participantes.

Nos idos de 1930, Manoelina, então com 19 anos, apanhava água e benzia milhares de romeiros que vinham de toda parte do país e até do exterior, em busca de cura para os males físicos e “da alma”. Muitos saíam curados do encontro com ela. Atualmente, tramita na Igreja Católica processo para sua beatificação.
Dia 14 é dia de homenagem a “Santa” Manoelina dos Coqueiros em Entre Rios de Minas e em Crucilândia.

Fé e preservação: pela primeira vez, imagem do Bom Jesus passa por restauro na Santuário do Bom Jesus de Bacalhau

Após o restauro do forro da capela mor da Igreja de Bom Jesus de Matozinhos de Bacalhau, em Piranga (MG), pintura rococó de autoria do pintor Francisco Xavier Carneiro, trabalhos que duraram 9 meses, em parceria com a prefeitura e a mobilização da comunidade, em novembro de 2022, o santuário recebeu um grande presente: a empresa Práxis RestaurArte Conservação e Restauração, de Ouro Preto, continuou seu serviço e agora restaura a imagem milagrosa do Bom Jesus. Essa é a primeira vez, em mais de 200 anos que a Imagem passa por um processo de restauração, através de parceria com o Pároco loca, Padre Reginaldo. Ela é uma escultura de madeira entalhada, do século XVIII, da escola do mestre Piranga. A previsão é que o trabalho seja finalizado no mês de abril de 2023
Durante o trabalho no forro da Capela Mor do Santuário do Bom Jesus do Bacalhau, a empresa responsável percebeu a urgência da conservação e restauração da imagem do Bom Jesus, imagem tão importante para os devotos, já que apresentava diversas perdas e desprendimentos da camada pictórica (pintura), além de sujidades acumuladas e impregnadas.

Os procedimentos de restauração realizados foram a fixação da pintura em desprendimento, limpeza mecânica, limpeza química para a remoção das sujidades impregnadas, nivelamento das áreas de perdas da policromia, ou seja preenchimento com massa específica nas áreas de perdas e reintegração cromática, ou seja, realização da pintura somente nas áreas niveladas, empregando tintas próprias para o restauro e técnicas de pontilhismo e ou tracejado para distinguir o que é intervenção da pintura original.
“O trabalho minucioso dos restauradores resgata a originalidade e beleza da imagem”, comentou Padre Reginaldo, Pároco em Piranga.

Novos restauros

Após o término dos trabalhos na imagem do Bom Jesus, faltam a restauração do forro da nave, os retábulosmor e colaterais. Depois desses elementos, o Santuário terá todos os seus elementos artísticos integrados restaurados.

A história

Quando da construção da igreja, a imagem original do Bom Jesus foi colocada em uma capela atrás do altar, de forma a que ficasse mais acessível aos peregrinos, enquanto que o trono do altar-mor foi ornado com uma segunda imagem do Crucificado, provavelmente incluída quando do entalhamento do altar.
Uma curiosidade acerca da imagem original é que esta possui cada um de seus olhos voltado para uma direção diferente: o olho direito mira para baixo, para o fiel, e o olho esquerdo olha para o Céu, como se estivesse em oração. Essa característica peculiar parece não causar estranhamento nos devotos. Mas há pelo menos um relato no sentido de que, nas crianças, havia um receio de se aproximar do Crucificado por conta deste ‘ter um olho virado para cada lado‘.
Nessa igreja, as pinturas seguem uma lógica centrada na Paixão de Cristo, com destaque para as pinturas do forro da nave e da capela mor, bem como os quadros da Via Sacra e a pintura do camarim do Bom Jesus. A autoria de grande parte dessas pinturas é atribuída a Francisco Xavier Carneiro, que ali trabalhou de 1806 a 1840, ano em que foram enfim encerradas as intervenções artísticas para embelezamento do santuário.

A origem dos tapetes de Corpus Christi

(Por Arnaldo Silva) A festa de Corpus Christi, que significa Corpo de Cristo, acontece 60 dias depois a páscoa. A Igreja comemora essa festa desde o ano de 1264, com a instituição desse festejo pelo Papa Urbano IV com a Bula “Transiturus”. (na foto acima, de Elvira Nascimento, tapetes de Corpus Christi em Ouro Preto MG)

Os tapetes de Corpus Christi que encantam a todos nesse período religioso vem de uma tradição muito antiga.  A prática surgiu em na região dos Açores em Portugal no século XIII e foi introduzida no Brasil no período colonial, sendo rapidamente difundida por toda a colônia e hoje é uma prática dos católicos em todos os Estados Brasileiros. É uma tradição rica, de enorme valor para os católicos e preservada até hoje pelos dois países. Em Minas Gerais, Estado que durante o Ciclo do Ouro recebeu milhares de portugueses, a tradição foi amplamente difundida e se enraizou na sociedade cristã mineira, fazendo parte da tradição religiosa mineira. 

Em Portugal a procissão do Corpus Christi sempre foi tradição. No século 13 fiéis observavam o Sacerdote que caminhava á frente da procissão carregando o Ostensório, um objeto que armazena a hóstia sagrada, que para os católicos significa a presença do corpo de Cristo. ( na foto ao lado, o sacerdote com o Ostensório, em Ouro Preto MG, fotografado pelo Wellington Diniz) É o Sacramento da Eucaristia que somente nesse dia, deixa o altar e vai para as ruas. Para os católicos, a passagem do ostensório com a hóstia representa Jesus está andando pelas ruas da cidade.          

Por acreditarem que Jesus estaria andando pelas ruas de sua cidade e para os católicos, Jesus é o Rei dos Reis, o Salvador, o Messias prometido, merecia uma recepção digna da fé de seu povo. 

Foi lembrada então uma passagem bíblica na parte que narra Jesus entrando em Jerusalém e o povo feliz com sua presença. Numa demonstração de carinho, jogavam no chão ramos de oliveiras para que ele passasse por cima. O ato do povo colocar ramos de oliveiras no chão, foi inspiração para para que no dia de Corpus Christi fosse feito algo mais bonito, digno de Jesus Cristo, o Rei dos Reis. (na foto acima, a arte do artista plástico Reinaldo de Paula em frente a Igreja de Jaboticatubas.Um verdadeiro show de fé, criatividade e talento do artista )         

Não tem nada a ver com a procissão de Ramos, no período da Semana Santa, foi apenas uma ideia inspirada nessa passagem e que se popularizou e teve a aprovação da Igreja. Assim, inspirando-se nessa ideia, surgiu a decoração das ruas das cidades, no século 13, em Portugal e introduzida no Brasil, durante o período colonial. Até hoje decorar ruas com tapetes nesse dia é praticada nos dois países.  

Com o passar dos séculos a ideia foi se desenvolvendo até chegar aos moldes atuais, onde os fiéis decoram as ruas fazendo desenhos que representam cenas bíblicas com o rosto de Cristo, cálices, cordeiros, pão e outros desenhos sobre as ruas onde a procissão passará. Usam serragens, borra de café, farinha, casca de ovos, areia, folhas, flores, sal coloridos, entre outros materiais. (a foto mostra acima de Giselle Oliveria mostra um dia de Corpus Christi em Diamantina. )         

Esses trabalhos chegam a ser considerados verdadeiras obras de arte, pela beleza, magia e encantos que proporcionam. O trabalho é feito pela comunidade e não tem caráter de promessa ou penitência. É somente amor à Eucaristia e adoração a Cristo.Começam no dia anterior ao feriado e muitos passam a noite inteira decorando as ruas.         

Os fieis se reúnem e começam a preparar os tapetes para o dia seguinte, de Corpus Christi. Não tem tamanho, formato ou extensão exatas. Pode ser de algumas centenas de metros ou dependendo dos fiéis, quilômetros até. Na tradição antiga, principalmente nas cidades históricas onde existiam muitas igrejas, a procissão saia de uma igreja para a outra, assim os tapetes ligavam as igrejas. Durante o cortejo, os fiéis exibiam e ainda exibem panos vermelhos nas janelas (como podemos ver na foto abaixo, de Ane Souz, em Ouro Preto).

Em Minas Gerais essa tradição, vem desde o início do século XVII e hoje em todos os 853 municípios mineiros, distritos e povoados, é preservada.          

O mineiro sempre foi um povo conservador e muito religioso. As manifestações de fé do nosso povo atrai a atenção de todos do Brasil e do mundo. Vem para ver, fotografar, sentir, se emocionar e participar desse momento de fé, confraternização e alegria do povo católico mineiro que coloca toda sua emoção e sentimento na arte dos tapetes de Corpus Christi. E o turista sente essa emoção.         

Nosso Estado é muito grande e não dá para ir em todas as cidades mineiras para admirar a beleza dos tapetes e participar da alegria dos fiéis, mas sugerimos algumas cidades onde você turista poderá acompanhar o dia de Corpus Christi e conhecer cidades lindas, com história, museus, arquitetura colonial, e outros atrativos. Veja os roteiros que sugerimos.

Ouro Preto, Mariana e Congonhas

São cidades próximas. Começando por Ouro Preto (na foto acima de Ane Souz), o visitante ficará deslumbrado com os tapetes coloridos em frente as igrejas do período barroco. É deslumbrante. A cidade é perto de Belo Horizonte, apenas 100 km de distância a capital.         

A 20 km de Ouro Preto está Mariana, a primeira cidade e capital de Minas Gerais. Os fiéis saem pelas ruas repletas de tapetes e os que não estão na procissão, estendem colchas e toalhas de rendas nas janelas de suas casas.         

E a 56 km de Ouro Preto está Congonhas, a famosa cidade dos 12 profetas do Aleijadinho, expostos no Santuário do Bom Jesus do Matosinhos que é Patrimônio da Humanidade. Os tapetes coloridos nesse de Corpus Christi são verdadeiros espetáculos.

São João del Rei, Tiradentes e Prados

As cidades são vizinhas. Tiradentes fica apenas 16 km de São João Del Rei que está a 188 km distante da capital Belo Horizonte.   

Nas três cidades ocorre procissões com suas principais ruas, próximas as igrejas cobertas pelos tapetes. Em Tiradentes, é comum nesse dia apresentações de teatrais, recitais de poemas e canções, no Largo das Forras.(na foto, missa de Corpus Christi na Igreja de Santo Antônio em Tiradentes fotografada pelo César Reis)

A 17 km de Tiradentes está a cidade de Prados, que também é cidade histórica, com um casario colonial preservado. É nessa cidade que está o Bichinho, distrito famoso por sua beleza e artesanato. A missa e procissão de Corpus Christi em Prados mostra a fé e carinho de seu povo por esse dia.

Diamantina e Serro

Diamantina está a 300 km de Belo Horizonte na região do Alto Jequitinhonha. A 90 km de Diamantina está a cidade do Serro.(na foto acima, tapetes de Corpus Christi nas ruas de Diamantina. Fotografia de Giselle Oliveira)          Essas duas cidades são especiais por valorizarem as tradições e preservarem a memória e história de seus antepassados. Pelas ruas de Diamantina e do Serro, após a missa de Corpus Christi, o colorido dos tapetes e a alegria dos fiéis emociona os visitantes.

Sabará, Santa Luzia e Caeté         

Apenas 20 km de Belo Horizonte está Sabará, a terceira vila e cidade mineira. Possui um rico patrimônio histórico, com igrejas e casario do tempo do Brasil Colônia. Aleijadinho e o Meste Ataíde deixaram suas obras na cidade, que fica mais linda ainda com os tapetes coloridos, preparados com carinho pelos fiéis.         

A 21 km de Sabará está Santa Luzia, também cidade histórica. Nesse dia especial de Corpus Christi, as principais ruas do centro histórico de Santa Luzia ficam lindas com os tapetes coloridos, bem como em Caeté, que está a 35 km de Sabará. Cidade histórica, fiel às tradições religiosas. Além disso, ir à Serra da Piedade, que faz parte do município, é um passeio quase que obrigatório.

Capitólio e São João Batista do Gloria

          Capitólio está a 281 km da capital Belo Horizonte. É hoje um dos pontos turísticos mais badalados do Brasil. Banhada pelo Lago de Furnas, que é seu maior atrativo, junto com os cânions e suas belas cachoeiras, a cidade vive e preserva a tradições religiosas, bem como a vizinha São João Batista do Glória, a 61 km de Capitólio. (a foto ao lado mostra uma rua de São João Batista do Glória decorada para o dia de Corpus Christi. Foto da Paróquia local, enviada por Aline Marques).Cidade com forte  respeito às tradições religiosas e fé do seu povo.
          Em São João Batista do Glória está o Paraíso Perdido, a Lagoa Azul e tantas outras belezas e cachoeiras da região da Serra da Canastra. A fé vem de geração em geração e as cerimônias religiosas são seguidas à rica e feitas com muito carinho. O turista se impressiona com a beleza dos tapetes que ornamentam as ruas dessas duas badaladas cidades turísticas de Minas Gerais.

Além das cidades históricas, turistas do Brasil inteiro vem a Lambari (na foto ao de autoria de Joseane Astério) Caxambu, São Lourenço, Extrema, Camanducaia, Santana do Riacho, Alfenas, Poços de Caldas, Baependi, Aiuruoca, Campos Altos, Romaria e Araxá para participarem das celebrações de Corpus Christi, porque são cidades que tem atividades voltadas para o turismo religioso.         

Seja qual for o roteiro que você escolher, Minas Gerais tem 853 municípios e em todos eles, a fé católica é mostrada com fervor e alegria não só no dia de Corpus Christi, mas em todos os dias de eventos religiosos. Seja em qual cidade mineira você estiver, encontrará as tradições religiosas católicas mineiras valorizadas e preservadas em sua forma original. O mineiro conserva e preserva suas tradições. 

FONTE CONHEÇA MINAS

Petrópolis: imagem de Nossa Senhora das Graças, intacta após deslizamentos, vira símbolo de fé

Moradores encontram força e esperança em histórias de fé registradas na cidade pós-tragédia, que matou 152 pessoas e deixou outras centenas desabrigadas

No sexto dia de buscas aos desaparecidos da tragédia da Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio, uma cena chama a atenção em meio ao trabalho de bombeiros e a circulação de máquinas pesadas que reviram os escombros em busca de sobreviventes no BNH (Banco Nacional da Habitação), como é conhecido o conjunto habitacional do bairo Alto da Serra. Uma imagem de Nossa Senhora das Graças colocada em um dos muros do condomínio ficou intacta mesmo após parte da estrutura ser derrubada pela força dos deslizamentos.

Após as fortes chuvas que atingiram a Cidade Imperial na última terça-feira (15), o cenário no município é de destruição. Casas, comércios e veículos foram encobertos por lama que desceu das montanhas. Histórias de vida foram arrastadas pela enchente. Porém, moradores encontraram força e esperança em histórias de fé que estão sendo registradas na cidade pós-tragédia, que matou 152 pessoas e deixou outras centenas desabrigadas.

Nas redes sociais internautas se emocionam com as imagens: “Maria sempre de pé, como esteve ao lado de Jesus na cruz”, diz um. “Mãezinha, cuide dos seus filhos aqui na terra”, diz outro.

Apesar do enorme quantitativo de doações e do esforço incansável das equipes de ajuda, voluntários, jipeiros e motoqueiros, ainda há moradores em Petrópolis sofrendo com a falta de alimentos e, principalmente, produtos de higiene básica e pessoal. Em áreas altas e com difícil acesso, como Chácara Flora, Rua 24 de Maio e partes do Caxambu, a população sofre e cada cesta básica que chega é disputada por quem precisa.

Ações para tentar suprir as necessidades mais básicas têm se multiplicado, através de grupos e de empreendimentos da própria região. Ainda assim, há momentos em que a quantidade de itens não é o suficiente para todos. Na sexta-feira (18), a reportagem de O GLOBO flagrou a correria e o empurra-empurra de moradores da Chácara Flora, BNH, Eucalipto e Caminho do Paraíso após a chegada de um caminhão com cestas básicas, água e quentinhas em uma igreja que serve como ponto de apoio. Nesse sábado, moradores que não conseguiram pegar as cestas no dia anterior, retornaram ao local, mas saíram de mãos vazias.

FONTE FOLHA DE PERNAMBUCO

Cultura e fé: sem presença de fieis e devotos, Alto Maranhão celebra a Festa de Nossa Senhora da Ajuda

Iniciou no dia 1º a tradicional festa em louvor a padroeira do Distrito do Alto Maranhão, a Nossa Senhora da Ajuda, situada em Congonhas.
Neste ano, em que a comunidade comemora 302 de fundação, a festa e devoção serão realizadas de formas de diferentes de todos os  anos, a qual atrai milhares de turistas e devotos.
Na programação somente que será permitida a participação dos fieis pelas redes sociais, quando haverá orações pelo alto falante da histórica capela. No dia 15, ponto alto da festa, o templo permanecerá aberto para visitação dos devotos e de todos aqueles que desejam realizar suas promessas. A Festa de Nossa Senhora da Ajuda é organizada pelo Pároco da Igreja de São José Operário, em Congonhas, juntamente como os membros do CCP (Conselho Comunitário de Pastorais).

https://youtu.be/al1kn0KBpDw

A história

É uma manifestação de fé e devoção que remonta ao século 

XVIII, quando nessa localidade os irmãos  portugueses Antonio e  João da Silva Redondo encontram uma pequena imagem, a qual atribuiu a dedicação como “Nossa Senhora da Ajuda”. Os irmãos procuravam água para manter sua agricultura e como em Portugal e em solo Baiano, aqui no Brasil, a devoção à Santa já se fazia presente, os irmãos devotos logo arranjaram um jeito de abrigar a Santa, construindo uma pequena capela para então, se reunirem e ali, poder fazer a veneração com preces e celebrações, manifestadas na fé que professavam.
Com o passar do tempo, a capela foi se deteriorando, sem condição de uso, construíram um novo templo, em arquitetura barroca e ornada com belíssimos elementos artísticos.
Depois de passar por uma reforma e restauração dos altares, nela existente, a igreja ainda permanece fechada às celebrações, aguardando a sagração do Bispo Arquidiocesano, para a liberação de celebrações em seu interior. O ato ainda não aconteceu, devido a pandemia que afronta o país desde fevereiro do corrente ano.

Confira a programação completa

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Moradores enfeitam suas ruas e vão rezar o terço em frente suas casas

Moradores enfeitam suas ruas  / DIVULGAÇÃO

Mesmo em tempo de isolamento social, os católicos vão comemorar hoje (13), o Dia de Nossa Senhora de Fátima. No Bairro Museu, em Lafaiete, neste ano não haverá missa, tríduo nem novena, como tradicionalmente é celebrada da data.
Os devotos enfeitaram a rua Quincas Alves e partir das 15:00 vão rezar o terço em frente suas residênmcias em louvor da Santa que padroeira do Bairros Museu e Arcádia.

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