A semana foi intensa em Congonhas com movimentações em torno da barragem da Casa de Pedra, situada a menos de 150 metros de bairros. Com capacidade de 50 milhões de m³ ela é a maior da América Latina em área urbana.
Desde o rompimento da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, a tensão e o medo tomaram a “Cidade dos Profetas”. Ao longo dos últimos dias, reuniões, encontros e manifestações tomaram Congonhas. A imprensa mineira e brasileira invadiu a cidade para expor a situação de risco que os moradores são vítimas, apesar de laudos recentes atestarem estabilidade da barragem.
Na terça feira, dia 29, cerca de 1,5 moradores do Bairro Residencial tomaram a rua para a realização de uma assembleia da associação em que aprovaram um documento que exigia a suspensão das atividade da barragem. Um dia antes a Câmara levou ao promotor Vinicius Alcântara, proposta idêntica.
Insatisfeito com o resultado da reunião no residencial, o vereador Feliciano Duarte Monteiro (PSD) convocou um ato para este sábado, dia 2, na estrada que dá acesso a portaria da CS para protestar contra a mineradora e pressionar pelo fim da barragem. A proposta inicial era impedir a circulação de ônibus e de caminhões.
Liminar
Ontem, por volta das 5:00 horas, o oficial de Justiça oficializou o vereador Feliciano em que o Juiz deferiu uma Liminar da CSN suspendendo a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. “Mais uma vez a CSN usa de sacanagem para impedir um movimento que não é meu, mas de Congonhas pela vida. Infelizmente vamos ter que cancelar o evento”, desabafou Feliciano que já tinha organizado a paralisação e até com o transporte gratuito oferecido aos manifestantes. Nas redes sociais, moradores conclamam para diversos atos contra a CSN.
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