Alerta vermelho do TCE: Prefeituras de Lafaiete e Congonhas estão no limite de gastos com funcionalismo

Lafaiete fechou o ano de 2018 no limite de gastos com pessoal/Reprodução

A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) determinou, no dia 31/1/2019, a intimação de cinco prefeitos que extrapolaram o limite de 54% da Receita Corrente Líquida (RCL) com despesas de pessoal no segundo quadrimestre do ano passado. Esse teto foi estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao Poder Executivo dos municípios. A deliberação sobre o Processo nº 1.054.277 (um Assunto Administrativo), relatado pelo conselheiro Wanderley Ávila, inclui 18 municípios que extrapolaram o limite de gasto global com pessoal (60% da Receita Corrente Líquida), incluindo as folhas de pagamento dos poderes Executivo e Legislativo, também serão intimados, entre os quais José Elcio, de Cristiano Otoni.

De acordo com a decisão, caso os gestores não retornem aos limites legais, previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101/2000, eles estão sujeitos a não receber transferências voluntárias e a não obter garantia, direta e indireta, de outro ente. Além disso, eles não estão autorizados a contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida imobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.

Gestores que estão prestes a atingir o limite dos gastos recebem alertas

Prefeitura de Congonhas também trabalha no limite de gastos com pessoal/Reprodução

O Tribunal de Contas também emitirá alertas administrativos a 78 gestores que estão no limite “pré-prudencial” e “prudencial”, quanto à verificação dos limites para a despesa total com pessoal no segundo quadrimestre de 2018. São eles estão Congonhas ( Jose de Freitas Cordeiro), Conselheiro Lafaiete (Mario Marcus Leão Dutra).

Os 35 gestores que gastaram entre 90,01% e 95% do limite de 54% e 6% da Receita Corrente Líquida (RCL), chamado “limite pré-prudencial”, também receberão alertas, como é o caso de Caranaíba.

O voto do relator ressalta, ainda, que a Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal prevê em seu artigo 59 que o “Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da Lei”.

Alerta vermelho do TCE: Prefeituras de Lafaiete, Ouro Branco e Congonhas estão no limite de gastos com funcionalismo  

 

Capela Nova, Carandaí, Casa Grande, Jeceaba, Queluzito e São Brás do Suaçuí (53,76%)

ultrapassaram o limite prudencial

As Prefeituras de Lafaiete e Congonhas gastam respectivamente 53,66% e 53,65% de tudo que arrecadam para pagar funcionários, ficando bem próximos do limite máximo previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e extrapolando o chamado limite prudencial tendo com data base 2017. A prefeitura de Ouro Branco vive situação bem similar gastando com pessoal 52,58%.

Prefeitura de Lafaiete teve uma queda em torno R$3 milhões na receita/mês/DIVULGAÇÃO

O alerta veio do Tribunal de Conta do Estado (TCE) publicado ontem, dia 23, no Diário Oficial Eletrônico em que exortam os prefeitos sobre o teto de gastos com pessoal.

Pela LRF, as prefeituras podem gastar, no máximo, 54% da receita corrente líquida com pessoal. A mesma lei prevê que, quando o município atinge o chamado limite prudencial, de 51,3%, fica impedido de conceder aumentos, reajustes ou adequações de remuneração.

Nestes casos, a LRF também prevê que a Prefeitura não pode criar cargos ou fazer contratações, ou repor pessoal por força de aposentadoria, exceto para as áreas de educação, saúde e segurança.

Repercussão

Das 3 maiores cidades do Alto Paraopeba, Ouro Branco é menos comprometida no orçamento com a folha de pagamento/DIVULGAÇÃO

Durante a sessão da Câmara de Lafaiete, ontem a noite, dia 24, os vereadores alertaram o limite de gastos. O vereador Pedro Américo (PT) apresentou requerimento cobrando informações sobre os motivos pelos quais a prefeitura está contratando dentistas quando há um concurso em vigor. “Se há um concurso para que as contratações?”, questionou. “Se o prefeito for seguir as recomendações do Ministério Público ele tem de convocar todos os que foram aprovados nos concursos. Mas como ele vai pagar?”, indagou.

Já o líder do Governo, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM), culpou a queda na arrecadação como fator principal para que a prefeitura estivesse no limite de gastos com funcionários previstos na LRF. Segundo ele, o Município perdeu cerca de R$3 milhões/mês. “isso sem contar com a falta de repasses constitucionais que o Governo do Estado não cumpre”, justificou.

Outros Municípios

Além de Lafaiete e Congonhas, O TCE emitiu um alerta de que os municípios de Capela Nova (52,59%), Carandaí (53,73%), Casa Grande (53,84%), Jeceaba (53,85%), Queluzito (52,54%) e São Brás do Suaçuí (53,76%) ultrapassaram o limite prudencial.

Além do teto

Prefeitura de Congonhas está acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal/DIVULGAÇÃO

Os Municípios de Caranaíba e Cristiano Otoni ultrapassaram o limite de gastos de 54% com funcionalismo com 54,17% e Cristiano Otoni 55,02%. Além de multas os prefeitos devem sofrer sanções mais drásticas.

Câmaras

O alerta do TCE de gastos além dos limites prudenciais não foi somente para o Executivo. As Câmaras de Catas Altas da Noruega, Lamim e Queluzito gastam respectivamente 5,60%,5,42% e 5,66% respectivamente com funcionários. O limite é de 6%.

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