Você sabe dos riscos de armazenar água em garrafinhas, squeezes e copos?

Má higienização ou armazenamento incorreto de água podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar

A má higienização ou o armazenamento incorreto de água em garrafinhas, squeezes e copos podem servir de fonte de contaminação microbiológica, uma vez que os microrganismos (fungos, bactérias e outros) necessitam apenas da água e de seus nutrientes para se proliferarem. É o que alerta o Sistema CFQ/CRQs, que reúne o Conselho Federal de Química (CFQ) e os 21 Conselhos Regionais de Química (CRQs), a respeito de cuidados no consumo de água nesses recipientes para prevenir doenças.

Para que os processos de higienização sejam executados, são necessários água potável e saneantes (produtos de limpeza) adequados. Nos dois casos, o profissional da química exerce papel determinante, pois ele é responsável pelo desenvolvimento, produção e controle de qualidade dos produtos usados na limpeza, desinfecção, esterilização e desinfestação. E também atua nas diversas etapas do tratamento da água para que ela se torne própria para consumo, como controle operacional, meio ambiente, laboratório de controle de qualidade e seleção de produtos químicos a serem usados no tratamento, entre outras. Quem estabelece que o tratamento de águas para fins potáveis é privativo do Profissional da Química é o art. 2º, inciso III do Decreto 85.877/1981, que trata sobre o exercício da profissão de químico.

Contaminação

A principal forma de contaminação das garrafinhas, squeezes e copos é pelo contato com os lábios e a boca, em razão de a cavidade bucal, naturalmente, já conter microrganismos, mesmo que seja em baixa quantidade. Ao serem transportados para o interior de recipientes mal higienizados, esses microrganismos podem se multiplicar, o que representa risco para a saúde. O contato com mãos mal higienizadas também é uma fonte de contaminação.

Pesquisadores da Faculdade de Biomedicina da UniMetrocamp, de Campinas (SP), encontraram, em estudos recentes, uma grande quantidade de microrganismos patogênicos (que causam doenças) em garrafinhas, squeezes e copos mal higienizados, como bactérias (Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Acinetobacter, Enterobacter, Pseudomonas e Klebsiella) e fungos (Candida e Rhodotorula). Essas bactérias e fungos podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar.

Prevenção

As opções mais seguras para evitar contaminação microbiológica são garrafinhas, squeezes e copos de material metálico ou de vidro, pois o plástico é mais propenso à aderência de microrganismos, por ser mais poroso.

O uso desses recipientes deve ser individual. Outra recomendação é consumir a água em até três horas e não a deixar para ser consumida nesses utensílios de um dia para o outro. E, ainda, higienizar as mãos antes de manusear os recipientes e evitar colocar a mão no gargalo ou no bocal.

Também é importante observar as fissuras e a tampa, em que a sujeira e o limo (manchas escuras formadas por sujeira e microrganismos) se acumulam com mais frequência. O ideal é dar preferência para recipientes apropriados para consumo constante, com bico que impeça o contato com a saliva.

Confira os tipos de materiais e como higienizá-los e desinfetá-los

1 – Plásticos termorresistentes

Plásticos termorresistentes são aqueles que podem ser aquecidos, como o Prolipropileno – PP ou n° 5 dentro de um triângulo – e o policarbonato.

Garrafinha, squeeze ou copo feitos com esses materiais de plásticos podem ser higienizados com água potável e detergente neutro e desinfetado com uma solução de hipoclorito de sódio (água sanitária), álcool etílico 70%, calor úmido (fervura) ou irradiação úmida (micro-ondas).

É importante sempre verificar antes se o plástico do recipiente em questão pode ser submetido ao aquecimento, como do micro-ondas, e se contém na embalagem avisos ou instruções sobre higienização, desinfecção e/ou esterilização.

A higienização também é feita com água potável e detergente neutro. Entretanto, o recomendado é que esses recipientes não sejam reutilizados para armazenamento de água.

2- Metálicos

São aquelas garrafinhas, squeezes e copos feitos de alumínio ou aço inoxidável. Essas peças não podem ir ao micro-ondas, pois podem ocasionar explosões ou chamas dentro da câmara. Também não podem soltar tinta e nem verniz. Nessas situações ou se apresentarem sinais de oxidação (ferrugem) ou qualquer avaria, o recomendado é descartá-los.

A higienização pode ser feita com água potável e detergente neutro. Para desinfetar, pode ser usado o álcool etílico 70% ou fervê-los em água potável por, pelo menos, 20 minutos.

3 – Vidros

Para higienizar utensílios feitos de vidro, utilize água potável e detergente neutro e desinfete com álcool etílico 70% (v/v) ou com uma solução de água sanitária.

4 – Higienização

Desmonte a peça diariamente retirando a tampa e, com a ajuda de uma esponja de lavar louças, limpe a superfície externa com água potável e detergente neutro. Com auxílio de uma escova, limpe toda a área interna, inclusive o fundo. Esfregue bem todos os cantos e certifique-se de que toda área foi alcançada pela limpeza. Em seguida, enxágue com água potável eliminando os resíduos.

5 – Desinfecção

Água sanitária: toda semana, após a lavagem com água e detergente neutro, mergulhe totalmente as peças de plástico em uma solução de água sanitária a 0,05% por 30 minutos. Depois, enxágue com água potável.

Para preparar a solução, pegue uma garrafa com capacidade para 1 litro, adicione um pouco de água potável e acrescente 25 ml (2 colheres de sopa rasas) de água sanitária. Na sequência, complete o volume da garrafa com mais água potável e agite para a mistura ficar homogênea. Essa solução pode ocasionar o branqueamento das peças.

  • Álcool etílico 70%: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, basta borrifar o álcool etílico líquido 70% (v/v) na superfície interna e externa e deixar evaporar naturalmente sobre uma superfície limpa. Um tecido limpo e embebido com álcool etílico 70% também pode ser utilizado.
  • Fervura: uma vez por semana, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma panela preenchida com água potável e leve-as à fervura por, pelo menos, 20 minutos. Para retirar os itens da água quente e não se queimar, utilize um pegador. Depois, deixe-os esfriar e secar naturalmente sobre um pano de prato limpo estendido em uma bancada higienizada e seca.
  • Micro-ondas: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma tigela contendo água potável. Em seguida leve-as ao micro-ondas por 6 minutos em potência média-alta (650W). A irradiação irá desinfetar as peças.

Em relação ao armazenamento das peças higienizadas e desinfetadas, atenção para não guardá-las sem secar. Garanta que não reste nenhum resquício de água no fundo para que os microrganismos, principalmente os fungos, não encontrem ali um ambiente aconchegante para se alojarem e se reproduzirem. Se o recipiente tiver tampa, o ideal é tampá-lo para evitar o acesso de insetos. Caso contrário, recomenda-se que seja virado para baixo, de forma que fique completamente fechado.

FONTE ESTADO DE MINAS

Você sabe dos riscos de armazenar água em garrafinhas, squeezes e copos?

Má higienização ou armazenamento incorreto de água podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar

A má higienização ou o armazenamento incorreto de água em garrafinhas, squeezes e copos podem servir de fonte de contaminação microbiológica, uma vez que os microrganismos (fungos, bactérias e outros) necessitam apenas da água e de seus nutrientes para se proliferarem. É o que alerta o Sistema CFQ/CRQs, que reúne o Conselho Federal de Química (CFQ) e os 21 Conselhos Regionais de Química (CRQs), a respeito de cuidados no consumo de água nesses recipientes para prevenir doenças.

Para que os processos de higienização sejam executados, são necessários água potável e saneantes (produtos de limpeza) adequados. Nos dois casos, o profissional da química exerce papel determinante, pois ele é responsável pelo desenvolvimento, produção e controle de qualidade dos produtos usados na limpeza, desinfecção, esterilização e desinfestação. E também atua nas diversas etapas do tratamento da água para que ela se torne própria para consumo, como controle operacional, meio ambiente, laboratório de controle de qualidade e seleção de produtos químicos a serem usados no tratamento, entre outras. Quem estabelece que o tratamento de águas para fins potáveis é privativo do Profissional da Química é o art. 2º, inciso III do Decreto 85.877/1981, que trata sobre o exercício da profissão de químico.

Contaminação

A principal forma de contaminação das garrafinhas, squeezes e copos é pelo contato com os lábios e a boca, em razão de a cavidade bucal, naturalmente, já conter microrganismos, mesmo que seja em baixa quantidade. Ao serem transportados para o interior de recipientes mal higienizados, esses microrganismos podem se multiplicar, o que representa risco para a saúde. O contato com mãos mal higienizadas também é uma fonte de contaminação.

Pesquisadores da Faculdade de Biomedicina da UniMetrocamp, de Campinas (SP), encontraram, em estudos recentes, uma grande quantidade de microrganismos patogênicos (que causam doenças) em garrafinhas, squeezes e copos mal higienizados, como bactérias (Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Acinetobacter, Enterobacter, Pseudomonas e Klebsiella) e fungos (Candida e Rhodotorula). Essas bactérias e fungos podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar.

Prevenção

As opções mais seguras para evitar contaminação microbiológica são garrafinhas, squeezes e copos de material metálico ou de vidro, pois o plástico é mais propenso à aderência de microrganismos, por ser mais poroso.

O uso desses recipientes deve ser individual. Outra recomendação é consumir a água em até três horas e não a deixar para ser consumida nesses utensílios de um dia para o outro. E, ainda, higienizar as mãos antes de manusear os recipientes e evitar colocar a mão no gargalo ou no bocal.

Também é importante observar as fissuras e a tampa, em que a sujeira e o limo (manchas escuras formadas por sujeira e microrganismos) se acumulam com mais frequência. O ideal é dar preferência para recipientes apropriados para consumo constante, com bico que impeça o contato com a saliva.

Confira os tipos de materiais e como higienizá-los e desinfetá-los

1 – Plásticos termorresistentes

Plásticos termorresistentes são aqueles que podem ser aquecidos, como o Prolipropileno – PP ou n° 5 dentro de um triângulo – e o policarbonato.

Garrafinha, squeeze ou copo feitos com esses materiais de plásticos podem ser higienizados com água potável e detergente neutro e desinfetado com uma solução de hipoclorito de sódio (água sanitária), álcool etílico 70%, calor úmido (fervura) ou irradiação úmida (micro-ondas).

É importante sempre verificar antes se o plástico do recipiente em questão pode ser submetido ao aquecimento, como do micro-ondas, e se contém na embalagem avisos ou instruções sobre higienização, desinfecção e/ou esterilização.

A higienização também é feita com água potável e detergente neutro. Entretanto, o recomendado é que esses recipientes não sejam reutilizados para armazenamento de água.

2- Metálicos

São aquelas garrafinhas, squeezes e copos feitos de alumínio ou aço inoxidável. Essas peças não podem ir ao micro-ondas, pois podem ocasionar explosões ou chamas dentro da câmara. Também não podem soltar tinta e nem verniz. Nessas situações ou se apresentarem sinais de oxidação (ferrugem) ou qualquer avaria, o recomendado é descartá-los.

A higienização pode ser feita com água potável e detergente neutro. Para desinfetar, pode ser usado o álcool etílico 70% ou fervê-los em água potável por, pelo menos, 20 minutos.

3 – Vidros

Para higienizar utensílios feitos de vidro, utilize água potável e detergente neutro e desinfete com álcool etílico 70% (v/v) ou com uma solução de água sanitária.

4 – Higienização

Desmonte a peça diariamente retirando a tampa e, com a ajuda de uma esponja de lavar louças, limpe a superfície externa com água potável e detergente neutro. Com auxílio de uma escova, limpe toda a área interna, inclusive o fundo. Esfregue bem todos os cantos e certifique-se de que toda área foi alcançada pela limpeza. Em seguida, enxágue com água potável eliminando os resíduos.

5 – Desinfecção

Água sanitária: toda semana, após a lavagem com água e detergente neutro, mergulhe totalmente as peças de plástico em uma solução de água sanitária a 0,05% por 30 minutos. Depois, enxágue com água potável.

Para preparar a solução, pegue uma garrafa com capacidade para 1 litro, adicione um pouco de água potável e acrescente 25 ml (2 colheres de sopa rasas) de água sanitária. Na sequência, complete o volume da garrafa com mais água potável e agite para a mistura ficar homogênea. Essa solução pode ocasionar o branqueamento das peças.

  • Álcool etílico 70%: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, basta borrifar o álcool etílico líquido 70% (v/v) na superfície interna e externa e deixar evaporar naturalmente sobre uma superfície limpa. Um tecido limpo e embebido com álcool etílico 70% também pode ser utilizado.
  • Fervura: uma vez por semana, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma panela preenchida com água potável e leve-as à fervura por, pelo menos, 20 minutos. Para retirar os itens da água quente e não se queimar, utilize um pegador. Depois, deixe-os esfriar e secar naturalmente sobre um pano de prato limpo estendido em uma bancada higienizada e seca.
  • Micro-ondas: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma tigela contendo água potável. Em seguida leve-as ao micro-ondas por 6 minutos em potência média-alta (650W). A irradiação irá desinfetar as peças.

Em relação ao armazenamento das peças higienizadas e desinfetadas, atenção para não guardá-las sem secar. Garanta que não reste nenhum resquício de água no fundo para que os microrganismos, principalmente os fungos, não encontrem ali um ambiente aconchegante para se alojarem e se reproduzirem. Se o recipiente tiver tampa, o ideal é tampá-lo para evitar o acesso de insetos. Caso contrário, recomenda-se que seja virado para baixo, de forma que fique completamente fechado.

FONTE ESTADO DE MINAS

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