Conheça a cidade de 5 mil habitantes que tem o maior PIB per capita do Brasil, segundo o IBGE

Catas Altas também é conhecida por abrigar a Serra do Caraça e por ser considerada a terra do vinho de jabuticaba.

Cercada pela Serra do Caraça, um dos patrimônios estaduais de Minas Gerais, o município de Catas Altas , localizado na Região Central do estado, teve o maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do país, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados na semana passada se referem ao ano de 2021.

Com 5.473 habitantes, Catas Altas é também um dos polos mais importantes da mineração em Minas Gerais. (veja mais abaixo) .

O município fica a 120 km da capital mineira, Belo Horizonte, e integra o Circuito do Ouro ao longo da Estrada Real.

O PIB per capita em Catas Altas chegou a R$ 920.833. Em seguida aparecem:

  • Canaã dos Carajás (PA) – R$ 894.806,28
  • São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) – R$ 684.168,71

Cidade do ouro e do ferro

Catas Altas, Minas Gerais — Foto: Prefeitura de Catas Altas/Divulgação
Catas Altas, Minas Gerais — Foto: Prefeitura de Catas Altas/Divulgação

A principal responsável pelo desenvolvimento econômico da cidade é a mineração. Aliás, Catas Altas foi fundada por causa dessa exploração.

A formação do povoado que deu origem a cidade começou no final do século XVII, por volta de 1694, com a descoberta de minas de ouro. Com o decorrer do tempo, essas minas foram mais tarde denominadas de Catas Altas.

  • De acordo com o Circuito Cultural Vieira Servas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o nome da cidade tem origem das escavações que eram feitas no alto dos morros.
  • A palavra “catas” significa garimpo.
  • no povoado, as minas mais ricas e produtivas, estavam situadas nas partes mais altas do antigo arraial.

Com o passar dos séculos, a exploração de ouro deu lugar ao minério de ferro. Atualmente, a maior mineradora que atua na pequena cidade é a Vale. Ela é dona da Mina Fazendão, onde há as barragens Mosquito e Dicão Leste.

“A história começou pelo ouro, depois de tempo as pessoas foram indo embora. No século XVIII a população era o dobro do que é hoje. Mas depois veio a mineração do ferro. Acaba que de cada família que mora aqui na cidade, ao menos uma pessoa está ligada ao trabalho da mineração”, disse a especialista em Turismo e chefe do Departamento de Cultura da prefeitura, Silvia da Cunha Braga.

Cidade histórica

Catas Altas, Minas Gerais - 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas
Catas Altas, Minas Gerais – 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas

Mas nem só de mineração vive a cidade. Há também as ruas de pedras centenárias, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a gastronomia e o clima ameno que fazem com que qualquer turista se sinta em um cenário de novela das seis.

A charmosa cidade é conhecida pelo artesanato, pelas cachoeiras e pelo vinho de jabuticaba. A bebida é tão amada que é a atração principal da Festa do Vinho de Catas Altas há 22 anos.

“Temos as formas artesanais de fazer nossas quitandas. São compotas, vinhos, geleias tradicionais que agregavam valor à cidade. Mas nossa preocupação maior é fazer que a comunidade entenda ela também é importante, e não só os produtos que fazem”, disse Silvia.

Catas Altas, Minas Gerais - 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas
Catas Altas, Minas Gerais – 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas

FONTE G1

Cidade mineira lidera em renda por habitante e se transforma em canteiro de obras

São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas Gerais

Quem anda pelas ruas movimentadas da pequena São Gonçalo do Rio Abaixo, com apenas 12 mil habitantes, na Região Central de Minas Gerais, nem imagina que está pisando na cidade mais rica do país em termos de arrecadação por habitante. Os moradores do município, localizado a 86 quilômetros de Belo Horizonte, também não têm ideia dessa realidade econômica, mas sentem no dia a dia a pujança financeira, que destoa da maioria das cidades de Minas e do Brasil, inclusive das capitais, cidades com arrecadações tributárias elevadas, mas com baixa capacidade de investimento em função do tamanho da população e dos problemas.

São Gonçalo tem, de acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita (R$ 209 mil por habitante) e a maior arrecadação dos impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS) do país por habitante (R$ 15.617).

Um contraste, por exemplo, com Esmeraldas, distante apenas 140km de São Gonçalo do Rio Abaixo, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), município mineiro com a menor arrecadação per capita do estado, R$ 9,6 mil para cada um de seus 86 mil habitantes, onde falta emprego e esgotamento sanitário. Ou com a cidade de mais baixa arrecadação por morador no Brasil, o município de Araioses, no interior do Maranhão, que tem R$ 5,9 mil de PIB per capita, quase 35 vezes menos que São Gonçalo do Rio Abaixo, para gastar anualmente com cada um de seus cerca de 39 mil habitantes.

Toda essa dinheirama da cidade mais rica do Brasil vem, basicamente, dos royalties da mina de Brucutu, um dos maiores complexos de extração e beneficiamento de minério de ferro do mundo, explorado na cidade pela Vale. Vem também do ICMS e ISS das empresas que se instalaram lá para prestar serviços para a mineradora e também de outras indústrias que o município tem atraído, de olho na diversificação da economia. “Minério não dá duas safras”, afirma o atual prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, José Raimundo Nonato (PDT), mais conhecido como Nozinho, em entrevista ao jornal Estado de Minas.

Mas enquanto vai rendendo dividendos, a cidade mais parece um canteiro de obras. No quadro de avisos de licitações da prefeitura não há espaço para nem mais uma tachinha. Informativo distribuído pela prefeitura lista 150 obras, entre realizadas, licitadas e em fase de execução e planejamento. O responsável por elas é o filho do prefeito, Diogo Henrique Barcelos, secretário de Obras da cidade.

Educação e saúde

A cidade tem três escolas integrais de fazer inveja a qualquer capital ou estabelecimento particular, onde são servidas seis refeições diárias. A totalidade dos estudantes das zonas urbanas e rurais é atendida por transporte escolar, realizado por ônibus novinhos. Os universitários residentes na cidade há pelo menos dois anos têm direito a uma ajuda de custo mensal de R$ 400, e os alunos da rede municipal recebem, no começo do ano, material escolar, 10 peças de uniforme e mochila. Nas escolas, além da grade curricular obrigatória, são ofertadas aulas de teatro, inglês, karatê e balé. “Aqui a escola particular não prospera”, afirma a secretária de Educação de São Gonçalo, Lucinda Imaculada de Barcelos Santos, irmã do prefeito Nozinho.

Na área da saúde, a cidade tem um pronto atendimento, com estrutura digna de hospital, que funciona 24 horas, e uma farmácia popular que vai ganhar sede nova, além de 16 postos de saúde. As vias de acesso à zona rural são asfaltadas e quase 70% da população é atendida por rede de esgoto.

A prefeitura vai retomar agora uma ajuda de custo de R$ 40 mil para o servidor municipal construir ou reformar sua casa. Tem ainda uma unidade do Corpo de Bombeiros, construída e mantida com recursos municipais, um estádio poliesportivo e um parque de exposições, onde são realizadas festas e eventos. Somente este ano, a cidade já recebeu shows de artistas de renome nacional como Zeca Baleiro, Nando Reis e Vanessa da Mata, todos bancados pelos cofres municipais.

Guarda municipal

A prefeitura vai implantar a Guarda Municipal, com 32 agentes concursados. O projeto já foi aprovado pela Câmara Municipal. Vai terminar também a construção da sede cidade administrativa, que fica no caminho do novo trevo na BR-381, obra que deveria ser de responsabilidade do governo federal, mas que é 100% bancada pelo caixa do município, que também pretende assumir totalmente o ensino fundamental do 6 º ao 9º ano, hoje sob responsabilidade constitucional do governo do estado.

Com tanta riqueza, a cidade está na lista dos municípios mineiros que vão ter sua arrecadação reduzida com a reforma tributária, já aprovada este ano pela Câmara dos Deputados e que será agora analisada pelo Senado. Nozinho disse que a cidade deve perder R$ 80 milhões dos cerca de R$ 400 milhões que arrecada anualmente, mas garante que não está preocupado, apesar de ainda ter esperança de que a reforma, aprovada, segundo ele, “goela abaixo”, seja alterada para que os municípios de elevada arrecadação, como o administrado por ele, não percam tanto.

Futuro

 Questionado sobre como a cidade vai manter toda essa estrutura quando acabar a “safra” única do minério, Nozinho também afirma não ter essa preocupação. “Vamos cuidar agora que temos uma receita boa para não virar uma Itabira no futuro”, afirma o prefeito, referindo-se à cidade vizinha, que há 80 anos vive sob a dependência econômica da mineração e agora corre contra o tempo para diversificar sua economia para enfrentar a exaustão das minas, prevista para ocorrer daqui a menos de uma década.

Nozinho disse que trabalha para diversificar a economia, atraindo para a cidade indústrias que gerem emprego, construindo toda a infraestrutura possível e investindo na educação, que ele classifica como “xodó”. O sonho do prefeito é levar para a cidade um instituto federal de educação tecnológica e uma universidade de grande porte. “Dinheiro ajuda, mas não é tudo. Eu conheço cidades aqui da região que têm um bilhão no caixa, não vou falar o nome porque seria antiético, e não fazem metade do que fazemos”, se vangloria.

“PÃO E CIRCO” Mas para a oposição, a situação não é bem essa retratada pelo prefeito. Para o vereador Cássio Silva (PTB), a população vive de “pão e circo”. “É um mar de dinheiro muito mal aplicado”, afirma o vereador, que critica, por exemplo, a aprovação pela Câmara do projeto da prefeitura para assumir os anos escolares que são de responsabilidade do estado.

“Vamos ter um prejuízo de R$ 3,3 milhões por ano com essa municipalização. Será que o prefeito pensa que o minério é infinito, que o dinheiro nunca vai acabar? E quando acabar, o que faremos com todos esses elefantes brancos e com todos esses servidores e serviços públicos assumidos pelo município?”, questiona o vereador, citando o estádio poliesportivo que, segundo ele, consome R$ 100 mil por mês de manutenção.

O vereador também se diz contrário aos investimentos, segundo ele, milionários feitos pela prefeitura em festas. A última, de acordo com ele, durou quatro dias e custou R$ 3 milhões. Em abril, a prefeitura promoveu uma cavalgada com diversos shows, entre eles da dupla de renome nacional Fernando e Sorocaba.

Segundo Cássio Silva, a prefeitura não investe na diversificação econômica e gasta todo o dinheiro dando “migalhas” para a população. O vereador também acusa a prefeitura de nepotismo e disse que enviou para o Tribunal de Contas do Estado um relatório sobre obras paradas. Para ele, a prefeitura deveria investir em garantir esgoto e água tratada para 100% do município e buscar empresas que gerem emprego e receita para incentivar a diversificação econômica. “Se não, como faremos no futuro?”, indaga.

*Informações Estado de Minas Gerais

FONTE MINERA BRASIL

Cidade mineira lidera em renda por habitante e se transforma em canteiro de obras

São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas Gerais

Quem anda pelas ruas movimentadas da pequena São Gonçalo do Rio Abaixo, com apenas 12 mil habitantes, na Região Central de Minas Gerais, nem imagina que está pisando na cidade mais rica do país em termos de arrecadação por habitante. Os moradores do município, localizado a 86 quilômetros de Belo Horizonte, também não têm ideia dessa realidade econômica, mas sentem no dia a dia a pujança financeira, que destoa da maioria das cidades de Minas e do Brasil, inclusive das capitais, cidades com arrecadações tributárias elevadas, mas com baixa capacidade de investimento em função do tamanho da população e dos problemas.

São Gonçalo tem, de acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita (R$ 209 mil por habitante) e a maior arrecadação dos impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS) do país por habitante (R$ 15.617).

Um contraste, por exemplo, com Esmeraldas, distante apenas 140km de São Gonçalo do Rio Abaixo, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), município mineiro com a menor arrecadação per capita do estado, R$ 9,6 mil para cada um de seus 86 mil habitantes, onde falta emprego e esgotamento sanitário. Ou com a cidade de mais baixa arrecadação por morador no Brasil, o município de Araioses, no interior do Maranhão, que tem R$ 5,9 mil de PIB per capita, quase 35 vezes menos que São Gonçalo do Rio Abaixo, para gastar anualmente com cada um de seus cerca de 39 mil habitantes.

Toda essa dinheirama da cidade mais rica do Brasil vem, basicamente, dos royalties da mina de Brucutu, um dos maiores complexos de extração e beneficiamento de minério de ferro do mundo, explorado na cidade pela Vale. Vem também do ICMS e ISS das empresas que se instalaram lá para prestar serviços para a mineradora e também de outras indústrias que o município tem atraído, de olho na diversificação da economia. “Minério não dá duas safras”, afirma o atual prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, José Raimundo Nonato (PDT), mais conhecido como Nozinho, em entrevista ao jornal Estado de Minas.

Mas enquanto vai rendendo dividendos, a cidade mais parece um canteiro de obras. No quadro de avisos de licitações da prefeitura não há espaço para nem mais uma tachinha. Informativo distribuído pela prefeitura lista 150 obras, entre realizadas, licitadas e em fase de execução e planejamento. O responsável por elas é o filho do prefeito, Diogo Henrique Barcelos, secretário de Obras da cidade.

Educação e saúde

A cidade tem três escolas integrais de fazer inveja a qualquer capital ou estabelecimento particular, onde são servidas seis refeições diárias. A totalidade dos estudantes das zonas urbanas e rurais é atendida por transporte escolar, realizado por ônibus novinhos. Os universitários residentes na cidade há pelo menos dois anos têm direito a uma ajuda de custo mensal de R$ 400, e os alunos da rede municipal recebem, no começo do ano, material escolar, 10 peças de uniforme e mochila. Nas escolas, além da grade curricular obrigatória, são ofertadas aulas de teatro, inglês, karatê e balé. “Aqui a escola particular não prospera”, afirma a secretária de Educação de São Gonçalo, Lucinda Imaculada de Barcelos Santos, irmã do prefeito Nozinho.

Na área da saúde, a cidade tem um pronto atendimento, com estrutura digna de hospital, que funciona 24 horas, e uma farmácia popular que vai ganhar sede nova, além de 16 postos de saúde. As vias de acesso à zona rural são asfaltadas e quase 70% da população é atendida por rede de esgoto.

A prefeitura vai retomar agora uma ajuda de custo de R$ 40 mil para o servidor municipal construir ou reformar sua casa. Tem ainda uma unidade do Corpo de Bombeiros, construída e mantida com recursos municipais, um estádio poliesportivo e um parque de exposições, onde são realizadas festas e eventos. Somente este ano, a cidade já recebeu shows de artistas de renome nacional como Zeca Baleiro, Nando Reis e Vanessa da Mata, todos bancados pelos cofres municipais.

Guarda municipal

A prefeitura vai implantar a Guarda Municipal, com 32 agentes concursados. O projeto já foi aprovado pela Câmara Municipal. Vai terminar também a construção da sede cidade administrativa, que fica no caminho do novo trevo na BR-381, obra que deveria ser de responsabilidade do governo federal, mas que é 100% bancada pelo caixa do município, que também pretende assumir totalmente o ensino fundamental do 6 º ao 9º ano, hoje sob responsabilidade constitucional do governo do estado.

Com tanta riqueza, a cidade está na lista dos municípios mineiros que vão ter sua arrecadação reduzida com a reforma tributária, já aprovada este ano pela Câmara dos Deputados e que será agora analisada pelo Senado. Nozinho disse que a cidade deve perder R$ 80 milhões dos cerca de R$ 400 milhões que arrecada anualmente, mas garante que não está preocupado, apesar de ainda ter esperança de que a reforma, aprovada, segundo ele, “goela abaixo”, seja alterada para que os municípios de elevada arrecadação, como o administrado por ele, não percam tanto.

Futuro

 Questionado sobre como a cidade vai manter toda essa estrutura quando acabar a “safra” única do minério, Nozinho também afirma não ter essa preocupação. “Vamos cuidar agora que temos uma receita boa para não virar uma Itabira no futuro”, afirma o prefeito, referindo-se à cidade vizinha, que há 80 anos vive sob a dependência econômica da mineração e agora corre contra o tempo para diversificar sua economia para enfrentar a exaustão das minas, prevista para ocorrer daqui a menos de uma década.

Nozinho disse que trabalha para diversificar a economia, atraindo para a cidade indústrias que gerem emprego, construindo toda a infraestrutura possível e investindo na educação, que ele classifica como “xodó”. O sonho do prefeito é levar para a cidade um instituto federal de educação tecnológica e uma universidade de grande porte. “Dinheiro ajuda, mas não é tudo. Eu conheço cidades aqui da região que têm um bilhão no caixa, não vou falar o nome porque seria antiético, e não fazem metade do que fazemos”, se vangloria.

“PÃO E CIRCO” Mas para a oposição, a situação não é bem essa retratada pelo prefeito. Para o vereador Cássio Silva (PTB), a população vive de “pão e circo”. “É um mar de dinheiro muito mal aplicado”, afirma o vereador, que critica, por exemplo, a aprovação pela Câmara do projeto da prefeitura para assumir os anos escolares que são de responsabilidade do estado.

“Vamos ter um prejuízo de R$ 3,3 milhões por ano com essa municipalização. Será que o prefeito pensa que o minério é infinito, que o dinheiro nunca vai acabar? E quando acabar, o que faremos com todos esses elefantes brancos e com todos esses servidores e serviços públicos assumidos pelo município?”, questiona o vereador, citando o estádio poliesportivo que, segundo ele, consome R$ 100 mil por mês de manutenção.

O vereador também se diz contrário aos investimentos, segundo ele, milionários feitos pela prefeitura em festas. A última, de acordo com ele, durou quatro dias e custou R$ 3 milhões. Em abril, a prefeitura promoveu uma cavalgada com diversos shows, entre eles da dupla de renome nacional Fernando e Sorocaba.

Segundo Cássio Silva, a prefeitura não investe na diversificação econômica e gasta todo o dinheiro dando “migalhas” para a população. O vereador também acusa a prefeitura de nepotismo e disse que enviou para o Tribunal de Contas do Estado um relatório sobre obras paradas. Para ele, a prefeitura deveria investir em garantir esgoto e água tratada para 100% do município e buscar empresas que gerem emprego e receita para incentivar a diversificação econômica. “Se não, como faremos no futuro?”, indaga.

*Informações Estado de Minas Gerais

FONTE MINERA BRASIL

Menor cidade do Brasil: último assassinato em Serra da Saudade aconteceu há mais de 50 anos, diz PM

Com um baixo índice de criminalidade, cidade localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais é acolhedora e o melhor lugar para se morar, segundo os habitantes.

A cidade menos populosa do país, Serra da Saudade, em Minas Gerais, não tem registros de homicídios há mais de cinco décadas. A informação é da prefeitura e do comando do pelotão da Polícia Militar (PM) responsável por quatro cidades da região, incluindo Serra da Saudade.

“Não podemos dizer que a criminalidade é zero, mas os índices são realmente muito baixos. Comenta-se que o último homicídio ocorreu há 56 anos”, contou o tenente da Polícia Militar (PM), Fabrício Silva.

O dado também foi confirmado pelo prefeito Alaor Machado, que conhece muito bem a cidade, afinal ele está à frente do cargo pelo quinto mandato.

“É muito importante carregarmos essa marca que é a segurança de Serra da Saudade. Estamos mesmo há mais de 50 anos sem nenhum crime de homicídio e isso muito nos orgulha”.

Ainda segundo o tenente, roubos e furtos também não são tão comuns na cidade, que tem 833 habitantes, conforme o Censo 2022, divulgado nesta quarta-feira (28).

“No ano passado, foram dois furtos registrados, enquanto este ano tivemos um furto de celular em uma festa, mas recuperamos o aparelho. Não há registro de roubos há anos também”, completou o tenente Fabrício Silva.

Destacamento da PM em Serra da Saudade — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Destacamento da PM em Serra da Saudade — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Segurança

Os poucos habitantes na cidade garantem maior controle da Polícia Militar (PM), que tem um destacamento na cidade, onde atua quatro militares. Qualquer pessoa que chega na cidade em um veículo diferente passa por uma abordagem rotineira.

“A medida é mesmo para garantir que a cidade siga tranquila como sempre foi. Qualquer pessoa diferente que chega, abordamos gentilmente para saber o motivo da visita”, finaliza Silva

Para os moradores, o município é acolhedor e o melhor lugar para se morar.

“Tudo de bom. Tem 36 anos que eu moro aqui, desde que nasci. Todo mundo conhece todo mundo. As pessoas se ajudam. Aqui é um lugar tranquilo, sem drogas e sem muita violência”, contou Raither Lucio Ribeiro, de 36 anos, nascido e criado no município.

Outras curiosidades da cidade menos populosa do país

A foto abaixo mostra uma reunião de 30 pessoas da família Araújo, mas, ao todo, são 42 integrantes dela que moram em Serra da Saudade. O número corresponde a quase 5% dos habitantes contabilizados pelo Censo 2022.

A professora Ediléia Araújo, 52 anos, contou que o número de familiares poderia ser ainda maior: 77. No entanto, muita gente se mudou, nunca morou na cidade e outros já faleceram.

Serra da Saudade - Família corresponde a 5% da população do município -  — Foto: Edléia Araújo/Divulgação

Serra da Saudade – Família corresponde a 5% da população do município – — Foto: Edléia Araújo/Divulgação

Quando a cidade faz aniversário, a festa é grande e o bolo também. O “bolão” é suficiente para todos os convidados.

“É um bolo enorme que chega em uma van no dia da festa, comemorada no dia 1º de março. Somos unidos como uma família e, por isso, todos são convidados. Só não come um pedação de bolo quem não quer, de fato”, contou a diretora de Cultura, Educação, Lazer e Turismo, Gislaine Gonçalves.

 Bolo de aniversário de 60 anos de Serra da Saudade — Foto: Lucca Fotos/Divulgação

Localização de Serra da Saudade (MG) — Foto: Arte/g1

FONTE G1

Cidades fantasmas: 9 cidades da região têm mais eleitores que habitantes e podem decidir as eleições

Queluzito /DIVULGAÇÃO

O que une as cidades de Belo Vale, Jeceaba, Rio Espera, Itaverava, Catas Altas da Noruega Casa Grande, São Brás do Suaçuí, Lamim e Queluzito? Podem existir diversos fatores, mas elas estão entre as quase 100 cidades de Minas, entre 853, em que o total de eleitores é maior do que a população,segundo dados recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se levada em conta estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da população residente por município para 2019.
Será que existem fantasmas? Ao que parece sim!. Porém este público invisível é capaz mudar os destinos de uma cidade.
A principal distorção ou desproporção fica por conta de Queluzito onde existem 1.939 moradores e eleitores representam 2.424 pessoas aptos a voltar em novembro. Uma diferença de 25%.
Em seguida vem Jeceaba, “terra da siderurgia”.Com quase 5 mil moradores, a cidade tem mais de 1 mil eleitores a mais do que habitantes o que corresponde a uma diferença de 22%. Em Casa Grande, há 450 eleitores a mais em relação os moradores, uma diferença em torno de 21%. Outra cidade onde a diferença entre o eleitorado e os habitantes é algo suspeito é em São Brás do Suaçuí, ao em torno de 11%.
Em Belo Vale a diferença entre os dois público é de 136 eleitores a mais, o que se observa em Itaverava (117), Rio Espera (136) Catas Altas da Noruega (160)

Análise

Jeceaba / DIVULGAÇÃO

De acordo com o TSE, nem sempre o domicílio eleitoral é o mesmo que o domicílio civil, e alguns municípios desenvolvem características específicas que levam a essa situação, o que, segundo o tribunal, não configura necessariamente fraude.
Para a Justiça Eleitoral na região “a não coincidência de número de habitantes com o de eleitores é decorrente da possibilidade de escolha, obedecidos critérios aceitos pelo TSE”.
Existe casos por exemplo que as pessoas mudaram e não transferiram o seu título. Como o contrário também: as pessoas transferiram o título apenas para votar neste ou naquele candidato, mas moram em outra cidade.
Será que ainda que, de vez em quando, algum morto volte para assombrar as urnas pelas mãos de gente viva?

 

Lafaiete encerra julho com a menor taxa de óbitos por 100 mil habitantes na Macro Centro-Sul e 3ª em nível nacional

Entre os municípios da Macro Centro-Sul que registraram óbitos pela covid-19, Lafaiete é o que teve a taxa mais baixa taxa de mortes por 100 mil habitantes. Esse critério leva em conta ainda a população de cada cidade. Para se chegar à média, basta dividir o número de óbitos pelo total de habitantes e multiplicar por 100 mil.
A taxa de mortos por 100 mil habitantes é inferior a de outros municípios, que em abril, eram apontados como mais preparados para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, como é o caso de Barbacena e São João Del Rei. A taxa permite também comparar os números de Lafaiete com o das cidades com população inferior.
Por essa mesma metodologia, Lafaiete chegou a ficar, no dia 29 de julho, entre as cinco cidades do Brasil em relação às mortes per capta e, na segunda-feira (3) ficou entre os três melhores municípios do Brasil. O dado leva em conta cidades com mais de 100 mil habitantes. O resultado foi apresentado por Henrique Dantas, brasileiro radicado no EUA, e foi baseado em dados do Ministério da Saúde.
A administração municipal ressaltou que esse resultado foi alcançado devido aos esforços com a implantação de ações pontuais. “Conselheiro Lafaiete estruturou sua rede hospitalar, criou o Hospital de Campanha reforçando o sistema de assistência à saúde, ampliou o número de leitos clínicos e de UTI. Com isso, tornou-se referência na microrregião, atendendo onze municípios neste enfrentamento. Obtém agora resultados positivos em estatísticas em nível nacional”, destacou o prefeito Mário Marcus (DEM).

Avalição

A progressão a “onda amarela”, que começa neste sábado (8), acontece após análise situação de Lafiaete em relação ao número de casos de COVID-19 e a rede hospitalar disponível. Conselheiro Lafaiete, além de manter a estrutura adequada da rede de assistência à saúde, apresentou índices favoráveis de números de casos e ocupação de leitos, o que permitirá a abertura de serviços não essenciais, contemplados pela nova definição da onda amarela.
A avaliação a partir de agora passa a ser em nível microrregional, sendo que o plano foi reformulado, após consulta pública, para se adaptar ao atual momento da pandemia em cada região, mantendo como prioridade a saúde da população. “Solicitamos que mesmo com a abertura de novos comércios a população e os empresários continuem observando as normas de funcionamento para que possamos continuar progredindo nas ondas, que é benéfico à economia do município”, concluiu.


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