Circuito turístico ‘Villas e Fazendas’ reúne 12 municípios, história e muitos atrativos


Santana dos Montes faz parte de um roteiro turístico de experiência que reúne 12 municípios: Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamim, Piranga, Rio Espera, Santana dos Montes, Senhora de Oliveira e Queluzito. 

Algumas cidades do Circuito Villas e Fazendas já perderam muito do tempo em que bandeirantes cortavam as serras em busca de ouro, das grandes fazendas de escravos e dos causos dos tropeiros que passavam meses na estrada tocando gado e levando mercadorias.

Mas em Santana dos Montes as fazendas antigas são atração à parte. Sem ter ouro para ser explorado, o solo fértil era favorável às grandes plantações de legumes, frutas, verduras e cereais e à criação de gado, que abastecia os centros minerários da região.
Conhecer esta história pode ser uma aventura. O turista pode fazer roteiros de jipe ou de bicicleta para visitar as construções seculares, cachoeiras e riachos de águas cristalinas. 

Fazenda Paciência

Muitos casarões foram transformados em hotéis fazenda que, além de oferecer opções de gastronomia e lazer, como trilhas de bicicleta ou a cavalo, são verdadeira aula de História. O Pico da Paciência deu nome à fazenda de 1742, que pertencia ao Barão de Queluz. As instalações em estilo colonial dão uma ideia da imponência do local. 

A sede, um sobrado de dois andares, além das acomodações dos proprietários, serve como recepção, onde o hóspede é recebido em um salão repleto de antiguidades e peças de coleção. O chiqueiro foi transformado em adega e restaurante; a destilaria em cobre mostra como é feita a cachaça, e as formas de rapadura lembram como a cana era aproveitada. Há uma estrutura em pau a pique que ensina a técnica antiga das casas mais modestas. E a Pedra do Amor é onde casais apaixonados trocam promessas e compartilham sonhos.

Cada um dos 13 apartamentos homenageia personagens da história de Minas, como o poeta inconfidente Cláudio Manoel da Costa. Na gastronomia, pratos que reúnem o melhor da culinária tradicional mineira com a influência africana, servidos no fogão a lenha.

Mas há as conveniências da vida moderna, como TV a Cabo, sauna, piscinas e sauna, lago para pesca e passeio de gôndola, além de uma pista de boliche de tamanho oficial e o curioso livro mais pesado do mundo, segundo o dono da fazenda, com 7,5 toneladas e mais de 41 mil páginas.Na propriedade em Catas Altas, Manoel e Neca criam carneiros como atividade secundária à extração de azeite. O passeio termina no Café com Roça, sítio onde o turista experimenta iguarias como umbigo de banana, costelinha com ora pro nobis, frango com caldo de fubá e angu feito com fubá de moinho d’água. É pra comer ajoelhado! E, além do cafezinho, dos doces de leite e de casca de laranja da terra, tem um chá de oliveira, que ajuda a controlar o colesterol e faz bem ao coração, garante Moacir. Visitas podem ser feitas durante o ano todo.

Além Disso

Dos 300 anos da Fazenda Papagaio só restaram as terras, a memória da família e as ruínas de antigos muros de pedra. Filha de agricultores, Cristiane Costa aprendeu desde cedo a amar a vida na roça. 

Formada em biologia e pós-graduada em sustentabilidade, foi voluntária em projetos de permacultura, voltados para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. Aprendeu os segredos da destilação de óleos essenciais e do cultivo de plantas aromáticas.

Esses óleos têm aplicações terapêuticas (aromaterapia) para o tratamento de sinusite, dores de cabeça e sintomas psicossomáticos, explica a empreendedora. Os princípios ativos são diluídos e podem ser usados por inalação ou tópico –na pele, em cremes, óleos vegetais.

Cristiane conta que trabalhava em uma cervejaria enquanto construía a sede, o laboratório, e desenvolvia as matrizes de alecrim, capim limão, citronela, manjericão, lavanda, melaleuca, gerânio, patchouli e outras espécies. “Já vai fazer uns dois anos que me dedico ao plantio das mudas e à destilação. Você tem que desenvolver, primeiramente, as matrizes. Depois, fazer uma grande produção de mudas – para isso eu construí um viveiro. Depois, você tem esse grande plantio e você inicia o processo de destilação”, explica a bióloga.

A propriedade tem três hectares plantados, usados na produção de óleos essenciais. Pode parecer muito, quando a gente pensa em ervas aromáticas. Mas para destilar 10 ml de óleo essencial são necessários 5 kg de plantas.

Neste ano, a bióloga começou a receber grupos (de quatro pessoas, com o custo de R$ 80 para cada uma) para visitas guiadas. Os turistas conhecem as plantas, aprendem para que serve cada tipo, como cultivá-las, como é feita a destilação dos óleos e as propriedades curativas. Muitos falam de sintomas que gostariam de tratar e ela indica qual o melhor óleo. Na saída, o turista leva de brinde um óleo essencial. 

Para os moradores da região, já acostumados ao uso dos óleos, Cristiane já prepara a diluição (normalmente prescrita por aromaterapeutas), de acordo com o que cada um está sentindo e eles só passam lá para buscar. Ela distribui os produtos e vende pela internet ou pelo Instagram, onde as pessoas também podem agendar a visita guiada.

FONTE HOJE EM DIA

Dedé Santana visita escola, Casa do Teatro contando sua história de superação

O Cine Circo Itinerante Dedé Santana estreou em Conselheiro Lafaiete, na sexta-feira 10 de junho, no Parque de Exposições Tancredo Neves.
A iniciativa é uma realização da Florats através da Lei de Incentivo à Cultura, patrocinado pela empresa J. Mendes.
A caravana tem percorrido várias regiões do país apresentando a arte circense e os saudosos filmes do quarteto humorístico “Os Trapalhões”.
A entrada é franca e vai ter espetáculo todo dia.
Dentro da programação, os artistas estiveram na tarde desta segunda-feira, 13 de junho, alunos, professores e colaboradores da Escola Municipal Professor Beato, receberam a visita do eterno trapalhão Dedé Santana.
O humorista esteve em Lafaiete para promover o circo que leva o seu nome e levou alguns artistas da sua trupe para uma apresentação na escola. Os irmãos Romer, apresentaram um número de malabarismo, e o palhaço Rodrigo Robleño, garantiu boas gargalhadas com a sua performance.
Na noite da segunda, os integrantes também participaram de um workshop no Centro Cultural Casa do Teatro, onde além das apresentações, atores e artistas trocaram experiências sobre vida no palco e como ser palhaço nos dias atuais. O palhaço Muzzarela, na quinta-feira, dia 16, estará realizando uma oficina artística na Casa do Teatro às 10h.
Interessados em participar, entrar em contato pelo fone: 3761-0751.
O Circo Dedé Santana está no Parque de Exposições Trancredo Neves e a entrada é gratuita. Até domingo, 19 de junho, tem espetáculo todo dia e cinema com o filme dos Trapalhões às 20h. Atenção: é preciso chegar uma hora antes para garantir o ingresso.
Confira a programação:
Terça-feira – Dia 14
18h – Espetáculos Circenses
20h – Filme: A Princesa Xuxa e Os Trapalhões
Quarta-feira – Dia 15
18h – Espetáculos Circenses
20h – Filme: O Mágico de Oroz
Quinta-feira – Dia 16
18h – Espetáculos Circenses
20h – Filme: Atrapalhando a Suate
Sexta-feira – Dia 17
18h – Espetáculos Circenses
20h – Filme: Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo à Hollywood
Sábado – Dia 18
15h – Espetáculos Circenses
18h – Espetáculos Circenses
20h – Espetáculos Circenses
Domingo – Dia 19
15h – Espetáculos Circenses
18h – Espetáculos Circenses
20h – Filme: Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo à Hollywood

O que os faraós do Egito antigo guardavam nas Pirâmides?

No Egito Antigo, os faraós eram conhecidos por viver no luxo, mas também por partirem para o outro mundo em grande estilo. Você duvida? Então você provavelmente nunca ouviu falar das pirâmides.

Os egípcios são parte de uma das civilizações mais importantes da História e, como tal, sempre atraíram a atenção tanto do mundo acadêmico como de leigos interessados em conhecer um pouco mais sobre o mundo antigo.

Um dos aspectos que se destaca é a relação estabelecida entre a vida e a morte. Essa é uma crença que fez parte do cotidiano de cidadãos comuns e de faraós de forma semelhante.

Itens do cotidiano

Sim, existem tesouros nas pirâmides. Isso não é novidade considerando o estilo de vida luxuoso do que essas figuras lendárias viviam. Além dos sarcófagos, muitas tumbas escondiam artigos de cerâmica, móveis e adornos usados por faraós ou sacerdotes.

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Além disso, há tesouros esculpidos e pintados nas paredes. Os hieróglifos encontrados nos corredores e nas próprias tumbas são um registro histórico com escritos que relembram momentos importantes da vida do faraó e, em alguns casos, feitiços usados em rituais religiosos.

Tesouros inestimáveis

Você já deve ter visto algum filme do Indiana Jones, onde um arqueólogo supera armadilhas em busca de tesouros dos povos antigos. Se você tem interesse apenas no aspecto histórico, vai dizer que o verdadeiro tesouro é a descoberta de sítios arqueológicos ainda intactos.

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A tumba de Tutankamon, por exemplo, continha um trono, máscara mortuária e, até mesmo, sandálias feitas de ouro. Os exploradores que desbravaram o Egito nos últimos 300 anos tiveram a sorte de encontrar inúmeras relíquias. Esses tesouros nos ajudam a entender um pouco sobre essa cultura e ajudam a conservar a memória de uma das civilizações mais importantes da história.

Memórias do passado

Não só de esconder relíquias viviam os antigos egípcios. As crianças dos tempos antigos tinham uma coisa em comum com as crianças modernas: elas se divertiam com diversos tipos de brinquedos, inclusive alguns semelhantes aos que temos hoje.

Esses são achados valiosos que revelam que haviam pessoas engenhosas que esculpiam madeira ou moldavam em cerâmica em formas como animais e bonecas. Vale lembrar que essa não é uma exclusividade do povo egípcio. Desde os nórdicos até as civilizações indo-americanas brinquedos são encontrados em excelentes condições de conservação.

Morte na cultura egípcia tem um significado muito específico. Segunda essa crença, a morte era processo que resultava na separação entre a alma e o corpo. Portanto, havia uma grande preocupação em conservar o corpo até que a alma fizesse a transição para a próxima vida.

Com isso, a técnica de mumificação foi desenvolvida para essa finalidade. Essa tradição também explica porque as pirâmides eram preenchidas com tesouros, lembranças e itens pessoais. Como resultado, o faraó teria acesso a todas as regalias com as quais estava acostumado na sua próxima encarnação.

FONTE MEGA CURIOSO

Cidades fantasmas em Minas e no Brasil: 6 lugares que você não conhece

Sabia que existem cidades fantasmas no país? Elas existem assim como nos filmes que assistimos, e são encontradas em diversos lugares do mundo e no Brasil não seria diferente. Assim, cada uma delas guarda em silêncio o motivo pelo qual foi abananada, como, por exemplo, lendas que assustam as pessoas até hoje e alguns acontecimentos.

Nesses locais é possível encontrar lembranças, objetos, marcas da existência de vida, bem como alguns poucos moradores que ainda vivem em algumas cidades. Então, vamos conhecer algumas das cidades brasileiras que são consideradas cidades fantasmas.

Primeiramente, as cidades abaixo foram habitadas há alguns anos atrás e por algum motivo foram abandonadas, hoje se encontram apenas em ruínas, são elas:

1- Airão Velho (AM) – Conhecida como a cidade do apocalipse formiga

Airão velho localizado no estado do Amazonas foi fundado em 1965, sendo o primeiro povoado construído próximo às margens do Rio Negro. Nesse diapasão, Airão velho foi considerado o povoado mais importante da região, desde a época da colonização portuguesa até o final da segunda Guerra Mundial.

Isso porque, o povoado concentrava a maior produção de borracha da área entre o Alto Rio Negro, Rio Branco, Rio Jaú e Afulentes. Entretanto, até hoje não se sabe ao certo o motivo verdadeiro que vez a cidade ser abandonada. Mas segundo uma história popular a cidade foi invadida por formigas que comiam pessoas. Intrigante, não é mesmo?

Então, foi por causa dessas formigas que a cidade foi abandonada pelos os moradores e hoje ela é apenas visitada por turistas. Dessa forma, ganhou o título de cidade fantasma.

2 – Fordlândia (PA) – A cidade de Henry Ford

A Cidade com o nome de Fordlândia fica localizada no estado do Pará, ela foi um projeto do dono fábrica de carros, Henry Ford. Ademais, o seu projeto era construir uma cidade para que os seus funcionários pudessem morar e cultivar a seringueira, que seria utilizada para a produção de borracha para os pneus dos veículos da sua fábrica.

Apesar de ser uma boa ideia o projeto não foi concluído porque as terras eram impróprias para a plantação de seringueira.

3 – Igatu (BA)

A cidade de Igatu fica localizada no estado da Bahia, na região da Chapada Diamantina, antigamente essa cidade era conhecida como Xique-Xique. Nesse sentido, ela foi habitada na época da extração de diamantes e em pouco tempo se tornou um lugar extremamente rico.

Vale destacar ainda, que a cidade chegou a ter mais de 10 mil habitantes. No entanto, no início do século XX houve um declínio na exploração diamantes, então a cidade aos poucos foi perdendo os seus habitantes e, atualmente, tem pouco mais de 300 moradores.

4 – Vila de Biribiri (MG)

A vila Biribiri localizada no estado de Minas Gerais fica próxima à cidade de Diamantina, e faz parte do Parque Estadual do Biribiri. Além disso, a vila foi construída no século XIX para que funcionários de uma fábrica de tecido pudessem morar.

Vale destacar que vila foi abandonada após o encerramento das atividades da fábrica e, atualmente, poucas famílias moram no local e são responsáveis por preservar as poucas casas da vila.

5 – Cococi (CE)

Cococi no estado do Ceará é um das cidades fantasmas no Brasil, ela foi fundada no século XVII e atualmente duas famílias moram nesse local que está em ruínas. Ademais, a cidade ainda é visitada durante as novenas de Nossa Senhora, entre o dia 29 de novembro a 8 de dezembro. Apenas a igreja ainda está preservada nesse local.

Segundo uma das histórias a cidade está abandonada porque foi amaldiçoada por um padre que estava com raiva, pois teve que celebrar a missa duas vezes porque uma família poderosa da época chegou atrasada à igreja. Então o padre se sentiu desrespeitado.

Em tempo, outra lenda sobre esse local é a história de um vaqueiro que estava na cidade no dia de finados, e encontrou uma menina perdida e levou para sua casa, ele lhe adotou como filha. Depois disso, ele saiu de casa para levar o gado para outro lugar com a promessa de voltar para a ceia de Natal.

Entretanto, ao retornar encontrou a cidade em ruínas e foi informado que ela estava abandonada há muitos anos, e que na sua casa estava apenas uma mulher que morava sozinha esperando o seu marido voltar.

6 – São João Marcos (RJ)

Inicialmente, a cidade de São João Marcos no Estado do Rio de Janeiro tinha mais de 20 mil habitantes no século 19. Entretanto, no ano de 1940 o Presidente Getúlio Vargas, ordenou que cidade fosse desabitada para dar início à construção de uma barragem no local.

Atualmente, é possível observar as ruínas da cidade e fazer uma trilha que dura em média 40 minutos. Portanto, é uma excelente opção para sua viagem.

Fonte: Site Tomar Posse

Após 10 anos, Fonte Luminosa é restaurada, resgata parte da cultura de Lafaiete e traz um charme a Praça Tiradentes

Depois de mais de 10 anos, mas uma obra que será concluída. Com recursos do Fundo Municipal de Patrimônio e Cultura, no valor de R$512 mil, a fonte luminosa, situada na Praça Tiradentes, será enfim restaurada.
A inauguração acontece hoje (6) a partir das 19:00 horas com apresentações musicais entre elas a Seresta Rios ao Luar, de Entre Rios de Minas.
A empresa contratada (Minas Construções e Restaurações Eireli), através do Processo Licitatório 086/2021 Tomada de Preço 008/2021, em reunião com o Secretário de Obras Daniel Moreira Coelho, o Secretário de Cultura Geraldo Lafayette e a Arquiteta Amanda Alvarenga, fiscal da obra, definiram a melhor implantação do canteiro de obras, sendo que este ocuparia a largura total da praça e uma extensão de 25m, para abrigar todas as instalações e equipamentos necessários para execução da obra, além da construção da nova casa de máquinas subterrânea da Fonte Luminosa e para maior segurança das pessoas que transitam na região.

O restauro da fonte luminosa era aguardado pelos lafaientenses e vai dar um toque de charme e beleza à praça revelando como o cartão postal cidade. A obra resgata a originalidade da fonte, como novo sistema hidráulico computadorizado, lago refeito, colocação de novas pedras e retirada da grade e novo jogo de luzes.
Antes de sua morte, ocorrida em fevereiro de 2021, a historiada e poetisa, Dona Avelina foi consultada na elaboração do projeto sobre a originalidade da fonte. O projeto de restauração contemplou a criação de casa de máquina subterrânea próxima a Fonte onde ficará os elementos básicos a seu funcionamento, motobomba, filtro de coloração e quadro de comando com automação.

A Fonte conta com a harmonização das instalações hidráulicas e elétricas como o arquitetônico e compatibilização entre si e a retomada similar da iluminação cênica da original “fonte das luzes”. Mais um bem restaurado.

A história

A “Fonte da Independência”, também chamada de “Fonte Luminosa”, faz parte do Conjunto da Praça Tiradentes. Ela foi construída na década de 40, na gestão do Prefeito Mário Rodrigues Pereira, em estilo “Art Déco”, se constitui de um espelho d’água que tem ao centro um pedestal artístico (com 2 níveis de bandeja) que mimetiza a forma de uma taça.
Também consta um jardim ao seu entorno e suas instalações elétrica e hidráulicas. Sua estrutura foi executada em concreto armado e pré-moldado em 8 pelas que foram o pedestal.
O monumento registra um período de modernização da Praça e da cidade tornando um marco histórico emblemático e de grande referência aos lafaietense. Ela foi tombada em 2.000.

Cinco mentiras sobre a história do Brasil

Do descobrimento à abolição da escravatura, especialista relembra momentos que não aconteceram exatamente como são contados

As caravelas portuguesas realmente erraram o caminho das Índias? A abolição da escravatura foi simplesmente um ato de bondade da Princesa Isabel? Dom Pedro I foi mesmo um libertador do Brasil?

A história é contada ao longo dos anos a partir de interesses, expectativas e pontos de vista diversos. “Porém, é importante considerar que a história se forma por um conhecimento vivo, em construção, e que se modifica a partir de novas compreensões, documentos, interpretações e fatos que antes eram desconhecidos”, aponta o especialista em Educação Internacional e professor de História do Colégio Positivo – Água Verde, em Curitiba (PR), Enzo Kalinke.

O professor acredita que alguns fatos são apresentados como coincidências históricas bastante curiosas, como a versão de que as caravelas portuguesas tinham as Índias como destino e encontraram o Brasil por engano. “Seria muita sorte dos portugueses, afinal, exatamente as três caravelas mais importantes de toda a caravana – as quais continham representantes dos reis, patrocinadores das navegações, padres e navegadores experientes – se perderem, enquanto as que continham os viajantes menos importantes na hierarquia seguiram o rumo previsto”, ressalta o historiador, lembrando que o Tratado de Tordesilhas havia sido assinado em 1494, seis anos antes do suposto descobrimento. “Isso nos leva a questionar se teria sido a viagem de Cabral uma descoberta ou uma tomada de posse”, completa.

Getúlio Vargas
Crédito: Biblioteca Nacional/Imagens

Mais de 300 anos depois, já na Proclamação da Independência, a obra de Pedro Américo fez acreditar que Dom Pedro I, em um ato de bravura, levantou sua espada e bradou “Independência ou morte!”, às margens do Rio Ipiranga, sendo reconhecido como um herói libertador da história do Brasil. Contudo, Kalinke não acredita que a coragem do Rei Soldado tenha sido inspirada em ideais liberais para fazer do Brasil um país independente. “A história nos faz levar em conta que Dom Pedro I era apenas mais um português que decidiu a independência, sem participação das camadas mais pobres da população, em um processo formado e apoiado pelas elites, apenas dando continuidade ao controle de Portugal em terras tupiniquins. Não existiu a menor participação da população na Proclamação da Independência”, destaca o professor.

Avançando mais de 60 anos, a abolição da escravatura no Brasil é vista como um ato heroico e bondoso de Princesa Isabel, que usou seu poder para sancionar a Lei Áurea. Kalinke defende que o ato de Isabel foi muito mais influenciado por outras questões do que, de fato, sua bondade. “Certamente, temos relatos que a mostram mais engajada em causas sociais, quando comparada com outros que ocuparam seu cargo. No entanto, tal bondade não seria suficiente para uma decisão de tal calibre”, justifica o professor, destacando que a princesa era, acima de tudo, uma política, que estava enfrentando três fatores de extrema importância. “Naquele momento, Isabel sofria pressão por conta de uma série de revoltas dos escravizados, os quais buscavam lutar pela liberdade com as armas que tinham; a pressão externa, realizada por outras nações, as quais já haviam declarado o fim da escravidão, e as ideias iluministas presentes nas sociedades europeias, que chegaram ao Brasil com a Maçonaria, um grupo com grande influência política na época”, detalha.

Princesa Isabel
Crédito: Biblioteca Nacional

Já no século XX, o líder da Revolução de 1930, que acabou com a República Velha, Getúlio Vargas, é frequentemente lembrado como “pai dos pobres”. O professor reconhece que Vargas merece a alcunha por algumas de suas realizações, como a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a qual garantiu direitos que, hoje, são considerados básicos aos trabalhadores. Contudo, o ex-presidente estava longe de ser simplesmente um benfeitor. “Poucos sabem que nosso então presidente era chamado também de ‘mãe dos ricos’ e tornou-se um ditador civil, aplicando medidas como a censura aos meios de comunicação, além de especulações de envolvimento em atos violentos contra a oposição”, relembra Kalinke, dando ênfase ao Estado Novo, regime político instaurado por Vargas por meio de um golpe de estado, que tinha como características a centralização do poder e o autoritarismo.

O especialista explica que é normal escolher a versão das história que fortaleça o sentimento nacionalista, deixando a narrativa mais bonita do que realmente é. Como a figura de Tiradentes, por exemplo, que foi uma pessoa “montada” pelo governo brasileiro para a imagem do herói nacional. “Ao serem confrontadas, algumas dessas versões parecem cercadas por fatos pouco explicados ou coincidências que nos levam a questionamentos. Mas, os fatos que discutimos não visam diminuir ou menosprezar nossa história. Pelo contrário, objetivam mostrar que talvez ela seja ainda mais que aquela que nos foi contada por muito tempo”, finaliza Kalinke.

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo – Água Verde e o Colégio Positivo – Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR). Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, com a aquisição da St. James’, em Londrina (PR), o Colégio Positivo passa a contar com 16 unidades de ensino, em sete cidades, no Sul do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 16 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

Mineiridade que corre nas veias

(Por Arnaldo Silva) Em Minas, visita é logo convidado para entrar e ir pra cozinha, pra tomar um cafezinho passado na hora. Seja na hora do almoço ou no jantar, chegou visita, vai logo pra cozinha. Se quiser, pode ficar, pode pousar. Sempre tem uma cama sobrando para receber as visitas. (na foto acima de Luís Leite em Vargem Bonita MG)

Mineiro é assim, recebe as visitas tão bem que impressiona.
Se conhece, trata bem demais, se não conhece, desconfia um pouco mas logo se solta e o visitante já é de casa, quase compadre e vai logo para a cozinha tomar uns goles de café e jogar uma boa prosa fora, ouvindo os nossos melhores causos. Casa de mineiro não tem sala, tem cozinha. (acima de @shakalcarlos, tradicional fazenda mineira no Caminho da Luz, Zona da Mata)

O maior prazer do mineiro é levar sua visita para cozinha comer queijo, pão de queijo, biscoitos, bolos, broas, rosquinhas e claro, tomar muito café, feito na hora, no coador de pano. (na foto acima do Cantinho de Minas em São João Batista do Gloria MG)         

Mas tem gente que não entende o nosso mineirês e o nosso jeito de ser. Não falamos errado, falamos do nosso jeito. É um sotaque, um dialeto falado desde o povoamento de nossas Minas Gerais, há uns 300 anos e valorizamos muito as nossas tradições e origens. Nas 12 regiões geográficas de Minas, mesmo com algumas diferenças, nosso sotaque, tradições, história e cultura são valorizadas e passadas de geração a geração.

Aqui não tem mar e nos perguntam o que fazemos num lugar sem mar. Se Minas não tem mar, o problema é do mar que não tem Minas. Nós vivemos super bem entre nossas montanhas, nossas cachoeiras, rios, cidades encantadoras, históricas e com nossa vasta e riquíssima culinária. (na foto acima do J. Camilo, o Lago de Três Marias MG)         

Quem não é mineiro, não entende isso. Nós não estamos em Minas, somos Minas Gerais. Minas faz parte da gente. Minas é o nosso sangue, é um trem que corre em nossas veias.         

O que nos diferencia é que somos parte integrante de nosso Estado, de nossas belezas, de nossa cultura, de nossa riqueza gastronômica.         

O mineiro, mesmo que não viva em Minas, sabe com, certeza que Minas Gerais vive nele.          

Mineiro tem orgulho de Minas porque ser mineiro é bom demais!

FONTE CONHEÇA MINAS

Assombração da Capela Velha

(Por Maria Mineira*) Denominado Capela Velha, esse lugar é cortado pela estrada que liga São Roque de Minas à cidade de Bambuí. O botânico naturalista francês, Saint-Hilaire, por volta de 1820, quando passou na Capela Velha em sua viagem às nascentes do Rio São Francisco escreveu no seu diário:

(…) A pouca distância da fazenda do Geraldo passei diante da capela de São Roque, onde um padre vem de vez em quando celebrar a missa. A capela fica isolada no alto de um outeiro e é feita de madeira e barro, com paredes sem reboco, e seu estado era miserável. Ao lado foram construídos uma casinha e um rancho, para abrigar os que vêm assistir à missa.         

Há muito tempo, ali havia uma pequena mata de grandes árvores reunidas em poucos hectares. Os antigos afirmavam que a cidade foi instalada lá. Pela dificuldade do acesso à água, foi transferida aqui para baixo, onde hoje se encontra.         

Cresci ouvindo histórias de assombração, acontecidas naquele local. Muitos comentavam sobre uma luz vermelha que vinha do céu, à noite. Ouvi também sobre a boiada fantasma. Outros falam de uma árvore que se originou quando enterraram ali uma escrava benzedeira. A cruz de um galho verde brotou se transformando na árvore mais alta daquele lugar. Conta-se que árvore assombrada se dobra por terra ajoelhando-se toda sexta-feira de lua cheia.         

Movida pela curiosidade comecei a entrevistar antigos moradores e soube de fatos interessantes. Aqui, a narrativa do senhor João, de 70 anos que preferiu não se identificar:         

Indesde qui ieu era mininim piqueno ieu escutava o povocontá esse causo de sombração. Lá perto di casa memo, tinha uma moitinha de bambu qui balangava as fôia memo semventá. Ieu via isso, mais nunca fui minino acismado não. Tanto qui crisci sem incomodá munto cum esses causo de arma penada.         

Certa veiz, ieu já divia tê uns vinte ano, morava na Varge Grande. Nessa época ieu arrumei uma namoradinha que moravamêi longe. Todo fim de semana ieu ia na casa dela e pá mode chegá lá tinha que passá na estrada da Capela Véia. Meus irmão tudo ficava mi acismano, dizeno qui ieu ia vê arma dôtro mundo, lubisome, boiada assombrada…         

Ahh, se um cabocrin invocado cum uma moça bunita ia alembrá de tê medo de sombração! Ieu ria inda falava preles assim:

—Si ieu vê arma penada ieu tiro as pena dela, passo uma rastêra, inda jogo na puêra da istrada.         

Ieu passei muntas vêiz andano di noite naquela estrada. Até a minina qu’eu namorava ficava cum medo de ieu ir simbora suzim. Num dia que tava armano uma chuvona braba inté o pai dela disse:

—Ô João, envém chuva, ispera a chuva passá ô intão posa aqui e dexa pá imbora amanhã cedo.

—Não sinhô, meu sogro. Num tenho medo de nada, não!         

A minina inda tentô fazê ieu ficá, mas ieu aproveiteipá rastá uma malinha emostrá minha corage.

—Ô minha frô, num picisa tê coidado comigo! Tem perigo de nada, não! Num tenho medo de chuva e nem de sombração.         

Dei um abraço na moça, dispidi do povo da casa, inda tomei um golin de cachaça qui o pai dela mim deu, dispois cacei o rumo de casa…         

Ieu andava dipressa, a distança até minha casa era de umas duas légua. Os curisco riscava o céu crariando a estrada. Os truvão quais me dexava surdo. Foi nessa hora quando um dos raio crariô o caminho qui ieu reparei qui tinha mais gente pru perto…         

Ieu tava duma banda da estrada e na outra banda avistei arguém. Ieu nunca tinha visto pessoa feito aquela nessas redondeza. Tavamêi longe, mais deupávê qui se tratava de uma muiê. Ela usava um vistido escuro quais rastano no chão, mais quando mudava os passo dava pá vê umas canela fininha e uns pé discarço.

Carregava um punhado de imbornar chei de trem nos ombro, ês paricia tá munto pesado.         

Ieu andava de cá e ela de lá da estrada, nóis nem si oiava. Os dois andava depressa modi num pegá chuva. Acabei ficanomêi sem graça, ieu num tava carregano nadica e era uma vergonha um home dexá aquela veiinha carregá tanto peso nos ombro.         

Travessei a estrada e pedi pá ajudá ela a levá arguma coisa. A muié nem tirô os zoios do chão, mais rancô um dos imbornar dos ombro, me entregô e continuô a andá dipressa.         

Minha Nossinhora! Ieu nunca tinha carregado trem tão pesado! O peso daquilo qui ela levava nos ombro quais qui me discaderô! Custei a levantá o peso do chão. Agora ieu tinha qui guentá. Quem mandô ieu oferecê pá mode carregá, né memo?         

Cuntinuemo a andá… Ieu e a véia isquisita de rôpa preta. Cada um dum lado da istrada. Ieu tava froxim! Num guentava mais aquele saco de trem nas costa. Pu resto ieu já tava é rastano aquilo chão afora. Cê besta de trem mais pesado, sô! Paricia um saco de chumbo! Pió era qui a muié tinha munto mais peso nos ombro e num diminuía o passo. Ieu de cá e ela de lá… Im poco tempo nóis feiz a curva e já entremo na istradinha qui travessava a Capela Véia.         

Vô fala um trem procê, Sá moça: O qui sucedeu ali, ieu nunca mais qui sisquici na vida. Di repente, bem no meio da istrada a véia parô… Sem mi oiá, ela acenô cum uma das mão chamano ieu pa mais perto. Ieu inocentim de tudo, achei qui ela às vêiz quiria prosiá mais ieu.         

De repente ela estendeu o braço pámode pegá o imbornar dela qui ieu tava carregano. Ieu besta inda priguntei pá onde qui ela ia, mode quê ali pru perto num tinha casa. Num sei se os ripio de frio era da chuva que caía em riba di mim, ou se me deu um farta de coragi de chegá mais perto daquela criatura. Ieu parado nomêi da estrada e ela me acenano pra ieu chegá mais perto.         

Numa hora o clarão dum relampo bateu bem im riba de nóis. Aí, nesse prazim ieu pude vê a cara dela, si é que podia chamá aquela ossaiada de cara. Ieu vi foi uma cavêra! Juro qui foi! Ieu num tava tonto, não! E o braço qui ela istendeu pá mode pegá os trem era só osso tamém. As mão, os dedo! A criatura intêra era um esqueleto vestido de preto! Peguei cum tudo quanté santo qui ieu cunhicia. Ieu num era bem chegado numa reza, mais na hora do aperto a gente reza até sem sabê.

Ieu rezano e tremeno, inté mijano pás perna abaxo, vi aquela muié de osso tacá os trem dela na costa, subi no barranco e sumi mata adentro. Nunca mais fui home de passa suzim ali, nem di noite e nem di dia. Nunca mais abusei nem fiz graça cum arma penada, luz vermêia. Isso acunticeu de verdade, ieu vi cum esses zoios qui a terra há de cumê.

*Maria Mineira é professora e escritora, moradora de São Roque de Minas, na Serra da Canastra

FONTE CONHEÇA MINAS

As mais antigas povoações de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) O Estado de Minas Gerais começou a ser ocupado em meados do século XVI com a chegada de bandeirantes e portugueses, que entraram no hoje território mineiro, através de São Paulo e Bahia. Vieram para cá a procura de veios de ouro e escravos índios. Antes da chegada dos portugueses, o território mineiro era ocupado por diversos povos indígenas do tronco linguístico macro-jê: os xacriabás, os maxacalis, os Krenaques, os aranás, os mocurins, os atuaá-araxás e os puris. Alguns desses povos como os maxacalis, Krenaques e xacriabás estão ainda presentes no Estado.          

Minas Gerais é o estado brasileiro onde floresceram os primeiros municípios, através da riqueza da terra (o ouro) que originou o enriquecimento cultural e os traços de nossa gente.         

Os europeus e bandeirantes chegavam, montavam um pequeno arraial. Se o arraial prosperasse, era elevado pelo inicialmente a freguesia, depois vila, em seguida distrito e por fim, cidade. Mas isso era um processo lento e demorado. Pra se ter uma ideia, um arraial para chegar a cidade levava décadas ou séculos até, como é o caso de Belo Vale, fundada no final do século XVII, foi elevada à cidade em 1938, no século XX.(na foto abaixo de Ane Souz, mapa de Minas Gerais numa casa de pau-a-pique em Glaura, distrito de Ouro Preto MG)

Existia na época do Brasil Colonial e Imperial, uma norma que incentivava as Vilas a arrecadarem ouro. Quanto mais ouro arrecadavam e enviavam para a Coroa, mais rapidamente eram elevadas à cidades. Dai a incessante corrida em busca de mais ouro. E assim foram surgindo rapidamente boa parte das cidades mineiras, no século XVIII.         

É o caso de Mariana, que foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais, por ser a que mais produzia ouro na época. No século XVIII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para a Coroa Portuguesa. Tornou-se a primeira capital mineira por participar dessa disputa, retirando grandes quantidades de ouro de seu solo, o suficiente para que fosse  logo elevada à cidade, e com isso, à capital da então Capitania de Minas Gerais.         

Vamos conhecer a lista das primeiras povoações surgidas em Minas Gerais, nos séculos XVII e XVIII. Não é lista das primeiras cidades, e sim lista dos primeiros povoados surgidos, que ao longo dos anos foram elevados à freguesias, vilas, distritos e por fim, cidades. A fonte das informações abaixo foram baseadas em dados do IBGE.

01 – Matias Cardoso MG – Norte de Minas – Fundada em 1660

Sua origem data de 1660, com a chegada á região da bandeira de Matias Cardoso de Almeida. Chegaram, formaram um povoado, de nome Morrinhos, a primeira povoação de Minas Gerais. O arraial prosperava, tendo sido elevado a freguesia, vila, distrito e por fim cidade emancipada, passando a adotar o nome de Matias Cardoso, em homenagem ao bandeirante. Além de ser o povoamento mais antigo de Minas Gerais, abriga também a primeira igreja de Minas Gerais, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, erguida pelos Jesuítas. Hoje a igreja é um dos símbolos da história de Minas Gerais. Matias Cardoso (na foto acima de Manoel Freitas) fica a 683 km de Belo Horizonte, no Norte do Estado, contando com cerca de 12 mil habitantes. Faz divisa com os municípios de Manga, Itacarambi, Jaíba, Gameleiras, São João das Missões e Malhada (Ba) e Iuiú (BA)

02 – Ouro Branco MG – Região Central – Fundada em 1664

Distante 100 km de Belo Horizonte e 33 km de Ouro Preto, foi a segunda mais antiga povoação a ser formada em Minas Gerais, tendo com um dos marcos de sua fundação, a Igreja de Santo Antônio, datada de 1717, em Itatiaia, distrito de Ouro Branco, (na foto acima da Sônia Fraga) O município faz divisa com os municípios de Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Ouro Preto.

03 – Sabará MG Grande BH – Fundada em 1665

Em 1665 chega à região bandeirantes em busca do ouro. Formaram um arraial, elevado a freguesia em 1707, a vila em 1711 com o nome de Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará e por fim à cidade desde 1838. Fica a 20 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Belo Horizonte, Caeté, Nova Lima, Raposos, Taquaraçu de Minas, Santa Luzia.

04 – São Romão – Norte de Minas. Fundada em 1668

Onde está hoje o município de São Romão (na foto acima de @heidrones) era um território habitado por indígenas da etnia Caiapós. Com a chegada das bandeiras à região, foi fundado um povoado em 23 de outubro de 1668 com o nome de Santo Antônio da Manga. Houve resistência de indígenas nativos e nômades. Segundo história oral, a resistência indígena foi totalmente contida, por volta de 1712, chefiada pelo paulista Januário Cardoso de Almeida e pelo português, Manuel Pires Maciel, tendo a vitória final no dia de São Romão, por isso o nome da cidade. O povoado foi elevado a freguesia e vila em 1831 e a município em 1924. São Romão, distante 529 km de Belo Horizonte é uma cidade do Norte de Minas, banhada pelo Rio São Francisco e tem cerca de 13 mil habitantes. 

05 – Ibituruna – Oeste de Minas – Fundada em março de 1674

Ibituruna (na foto acima de Marcelo Melo) significa “Serra Negra” ou “Nuvem negra”, é uma pequena cidade na Região Oeste de Minas, com cerca de 3 mil habitantes e está distante 220 km de Belo Horizonte. O município faz divisa com Bom Sucesso, Ijaci, Itumirim, Itutinga, Nazareno. Além de sua história, Ibituruna guarda relíquias dos tempos das bandeiras de Fernão Dias e do período colonial, como o Marco da Sesmaria, colocado pelo próprio Fernão Dias.         

A cidade foi a quinta povoação a surgir em Minas Gerais e a primeira povoação fundada no território mineiro pelo bandeirante paulista, Fernão Dias Paes Leme, em 1674. O bandeirante deixou São Paulo aos 66 anos, liderando um grupo de 40 homens brancos e 600 índios e mamelucos, Vieram em busca da lendária Sabarabuçu, uma serra, que acreditavam, ser toda formada por esmeraldas e da Vupabuçu, uma imaginária lagoa, que acreditavam existir em nosso território, toda abarrotada de pedras preciosas.         

Além de Ibituruna, Fernão Dias, desbravando o sertão mineiro, fundou em seguida, Piedade do Paraopeba, distrito de Brumadinho hoje, Roça Grande, distrito de Sabará, Quinta do Sumidouro, distrito de Pedro Leopoldo, onde viveu seus últimos dias, vindo a falecer em 1681. Seu corpo foi levado para São Paulo, por seu filho, onde está sepultado no Mosteiro de São Bento. Fernão Dias contribuiu para a formação de várias outros povoados em Minas Gerais, que deram origem a várias cidades hoje.         

Vale ressaltar que Ibituruna foi a primeira povoação fundada em Minas Gerais pelo bandeirante Fernão Dias e não é a primeira povoação de Minas Gerais. Antes da chegada do famoso bandeirante paulista, já existiam povoações em nosso território, como podem ver acima.

06 – Itamarandiba – Norte de Minas – Fundada em 24/06 1675

         

O município do Vale do Jequitinhonha é uma dos mais antigos da região e um dos mais antigos de Minas Gerais, tendo sido elevado a distrito em 1840 e à cidade em 1862. (foto acima de Sérgio Mourão) Itamarandiba fica a 406 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Aricanduva, Carbonita, Capelinha, Senador Modestino Gonçalves, Veredinha, Rio Vermelho, São Sebastião do Maranhão, Coluna, Frei Lagonegro , Felício dos Santos e São Pedro do Suaçuí.

07 – Belo Vale – Região Central – Fundado em 1681

Com a descoberta de ouro em suas terras, Belo Vale foi um dos primeiros núcleos populacionais de Minas Gerais, sendo formado a partir de 1681.(foto acima de Evaldo Itor Fernandes) Belo Vale fica distante 88 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Congonhas, Ouro Preto, Moeda, Brumadinho, Bonfim, Piedade dos Gerais, Jeceaba.

08 – Brejo do Amparo – Fundado em 1688

Brejo do Amparo é hoje (na foto acima de Pingo Sales)distrito de Januária, no Norte de Minas. Foi o berço da ocupação do Norte-mineiro, sendo de grande importância histórica e cultural para Minas. No distrito, foi erguida pelos Jesuítas a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em 1688, tendo sido a segunda igreja construída em Minas Gerais. 

09 – Mariana – Região Central – Fundada em 1696

Mariana (foto acima de Elvira Nascimento) surgiu no final do século XVII, com a descoberta de ouro em seu subsolo, tendo sido logo povoada diante da grande quantidade de ouro encontrada e crescendo rapidamente, sendo elevada a vila em 8 de abril de 1711 e logo à cidade e capital de Minas Gerais, se chamando Mariana em definitivo, a partir de 23 de abril de 1745. Mariana fica a 110 km de Belo Horizonte, faz divisa com os municípios de Alvinópolis, Catas Altas, Ouro Preto, Acaiaca, Diogo de Vasconcelos, Piranga, Santa Bárbara.

10 – Catas Altas da Noruega e Raposos – Fundados em 1690
11 – Congonhas – Região central – Fundada em 1691
12- Santa Luzia – fundada em 1692
13 – Itaverava – Região Central e Lima Duarte (Zona da Mata) – Fundadas em 1694
14 – Curvelo MG. Região Central – Fundada em 1700
15 –  Catas Altas MG e Nova Era, Região Centra – Fundada em 1703
16 – Prados (Campo das Vertentes) – Piranga (Zona da Mata) Santa 
Bárbara e Barão de Cocais (Região Central) – Fundadas em 1704
17 – Conceição do Mato Dentro (Região Central Norte), Aiuruoca (Sul de Minas) e  Antônio Dias (Vale do Aço) – Fundadas em 1706
18 – Itabirito e Conselheiro Lafaiete – Região Central – Fundada em 1709
19 – Lamim e Rio Espera ( Zona da Mata)  – Fundadas em 1710
Ouro Preto, Lagoa Dourada (Campo das Vertentes), Congonhas do Norte (Região Central Norte) – Fundadas em 1711
20 – São João Del Rei , Caeté (Grande BH), Diamantina (Jequitinhonha), Juiz de Fora (Zona da Mata), São Brás do Suaçuí e Entre Rios de Minas, Rio Piracicaba (Região Central) – Fundadas em 1713
21 – Caxambu – Sul de Minas e Serro – Jequitinhonha – Fundadas em 1714
22 – Pitangui – Centro Oeste de Minas, Baependi no Sul de Minas – Fundadas em 1715
23 – Contagem – Grande BH – Fundada em 1716
24 – Simão Pereira (Zonada Mata), Tiradentes (Campo das Vertentes – Fundadas em 1718
25 – Lavras (Campo das Vertentes), São Gonçalo do Rio Preto (Jequitinhonha) ,São Gonçalo do Rio Abaixo (Vale do Aço), Morro da Garça (Região Central) – Fundadas em 1720
26 – Nazareno (Campo das Vertentes), Conceição da Barra de Minas (Campo das Vertentes), Couto de Magalhães (Jequitinhonha) – Fundadas em 1725
27 – Bom Despacho (Centro Oeste de Minas), Minas Novas e 27 Chapada do Norte (Jequitinhonha) – Fundadas em 1730
28 – Bom Sucesso – Oeste de Minas – Fundada em 1736
29 – Senhora dos Remédios – Campo das Vertentes – Fundada em 1738
30 – Silvianópolis – Sul de Minas – Fundada em 1746
31 – Nova Lima – Grande BH – Fundada em 1748
32 – Resende Costa – Campo das Vertentes – Fundada em 1749
33 – Jacuí (Sul de Minas) Senhora do Porto (Vale do Rio Doce) e Dom Joaquim (Região Central) – Fundadas em 1750
34 – Guanhães – Vale do Rio Doce – Fundada em 1752
35 – Cristina – Sul de Minas – Fundada em 1774
36 – Rio Vermelho – Alto Jequitinhonha – Fundada em 1776
37 – Itapecerica – Oeste de Minas – Fundada em 1789
39 – Barbacena – Campo das Vertentes – Fundada em 1791
40 – Itutinga – Campo das Vertentes – Fundada em 1794
41 – Campanha (Sul de Minas) e Paracatu (Noroeste de Minas) – Fundadas em 1798

FONTE CONHEÇA MINAS

A origem do Uai em duas versões diferentes

(Por Arnaldo Silva) É a pergunta que todos fazem. A resposta vem logo: uai é uai, uai!

Quando um mineiro diz Uai, significa que ele está demonstrando dúvida, surpresa, espanto, susto, impaciência, terror ou admiração. Mas como, quando e porque o mineiro passou a falar Uai, é uma incógnita.         

Explicações existem como a versão atribuída a Sílvio Carneiro e Dorália Galesso, num estudo encomendado pelo ex presidente Juscelino Kubistchek, relata que UAI são as iniciais de União, Amor e Independência. UAI seria uma senha (juntamente com as três batidas clássicas da Maçonaria) utilizada pelos integrantes da Inconfidência Mineira (quase exclusivamente composto por maçons) para que a porta do local de encontros secretos fosse aberta. Era uma maneira de se protegerem da polícia portuguesa.         

Há outra versão mais popular e convincente defendida desde os anos 70 e apresentado por um professor mineiro no 5ª Congresso de Ciências Humanas, Letras e Artes, realizado na Universidade Federal de Ouro Preto em 2001.         

Segundo a tese, a expressão começou a surgir popularmente com a instalação da multinacional inglesa “Imperial Brazilian Mining Association” primeira empresa de capital estrangeiro a se instalar em Minas Gerais e investir no Brasil, adquirindo a mina de ouro de Congo Soco, pertencente a João Baptista Ferreira de Souza Coutinho, o Barão de Catas Altas. Essa mina foi explorada entre os anos de 1824 até 1856. Durante esses anos, Congo Soco se transformou numa autêntica vila inglesa. Não se sabe ao certo a origem do nome Congo Soco. O local ainda existe e suas ruínas foram tombadas pelo Iepha/MG desde 1995. Fica no município de Barão de Cocais, a 76 quilômetros de Belo Horizonte.         

Voltando a tese do professor, ele afirma em seus estudos, com sua própria palavra que a expressão Uai “Pode ser atribuída ao convívio com esses e outros ingleses que residiram na província a utilização por parte dos mineiros da interjeição “Uai!” (que exprime surpresa e/ou espanto), a qual possui semelhanças fonéticas e semânticas com o vocábulo “Why” utilizado na língua inglesa com o mesmo sentido do nosso “por quê?”, ou como interjeição, assumindo, neste caso, o mesmo sentido do Uai mineiro.          

Notemos que o Uai mineiro e o “Why” britânico possuem a mesma representação fonética; e notemos ainda que o Uai é a expressão da língua portuguesa falada no Brasil que mais se relaciona com a identidade mineira”.          

Como os ingleses não entendiam o que os mineiros falavam e muitos menos os mineiros entendiam o que os ingleses falavam, algumas expressões passaram a serem ditas com freqüência pelos mineiros, na tentativa de se comunicar com os ingleses, por serem mais fáceis de pronunciar como Where (onde), Why (por quê) e Why So ( Por que então) O why passou a ser pronunciado como uai, o where de ué e o why só por uai sô. Era o que entendiam e conseguiam falar, daí essas palavras passaram a se popularizar na região.         

Os ingleses se foram e deixaram por aqui parte de seu vocabulário que passou a se difundir e ser muito falado, principalmente o Why So que virou o nosso tradicional Uai Sô.         

O certo é que não há uma constatação oficial da origem do nosso Uai. O que se tem são estudos e teses, feitas por professores e pesquisadores do assunto. O correto em afirmar é que o Uai é fato concreto, é parte de nossa cultura, de nosso vocabulário e é de Minas, é do mineiro.         

Convergências e divergências sobre o tema existirão sempre, já que é um assunto polêmico, mas todos concordam que a expressão Uai é patrimônio eterno de Minas, ah isso é!          

Resumindo: a origem do Uai tanto faz, isso porque para nós mineiro uai é uai, sô e pronto! Definido e explicado.(A imagem ilustrativa é trabalho em canecas da artesão Thalyta Moreira/@amoreira_loja, de Divinópolis/MG)

FONTE CONHEÇA MINAS

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