Do parnasiano ao concretismo, acadêmico lança segundo livro de poesias

Rogério Camilo Freire lança no próximo dia 26/Reprodução

Depois de 20 anos, Rogério Camilo Freire lança no próximo dia 26, às 19:00 horas, no Solar Barão do Suassuí, o livro “À luz da Candeia”. A obra poética contem mais de 90 poemas escritos esparsamente ao longo de sua vida de escritor. Membro-efetivo-fundador da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette (ACLCL), ocupando a cadeira 22, Rogério navega pelas correntes literárias como o parnasianismo e a poesia concreta.

Com uma vida artística intensa o poeta lafaietense lançou em 1998 a obra “O pouso da minha pena”, mas incursiona pelo teatro tendo escrito peças como “Roubaram o Rabo do Lobo Mau”, uma comédia infantil, sendo que ele próprio interpreta o protagonista, lobo mau. Também atua nas artes circenses, sendo o palhaço “Trupica”, atuando juntamente com o artista Carlão, este como o palhaço “Baratão”.

O livro de Rogério tem prefácio da acadêmica Mariana Biagioni Marques e posfácio do presidente emérito da ACLCL, o escritor, Dr. Carlos Reinaldo de Souza.

Cardeal Damasceno lança livro biográfico na ACLCL

Nascido em Capela Nova-MG, Dom Raymundo Damasceno Assis tem uma forte ligação com a cidade de Conselheiro Lafaiete, onde foi ordenado padre em 1968 e onde verá o último lançamento do ano de sua biografia intitulada “Viver na Alegria do Senhor – Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis” escrita pela biógrafa Rita Elisa Sêda. A autora, que esteve várias vezes no município diz que o Cardeal tem muita estima pela cidade, onde tem residência e familiares e sempre visita o local.

O livro é mais do que apenas uma biografia. A autora conta que teve acesso a documentos históricos primários e que isso a deu a oportunidade de obter informações inéditas. Fatos relacionados com presidentes como Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves são contextualizados no livro. Nuances do relacionamento de Dom Damasceno com esses presidentes e com os papas com quem ele teve contato: João Paulo II, Bento XVI e Papa Francisco são expostos na obra, além da participação em um conclave.

Dom Raymundo tem grande importância para a história da Igreja Católica, não apenas brasileira, como latinoamericana. Foi presidente da Confederação dos Bispos do Brasil e  membro da Comissão Episcopal do Departamento de Catequese do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), entre outras atribuições importantes.

Apesar da extensão do trabalho, depois de pronto, uma passagem foi acrescentada na última hora. Após receber uma homenagem do prefeito de Conselheiro Lafaiete, uma réplica do chafariz que encontra-se em frente a igreja da cidade, o cardeal mostrou-se extremamente alegre e satisfeito. A autora julgou que aquele momento não poderia ficar de fora do relato e decidiu junto a ele que aquele fato encerraria o trabalho. Pesquisou sobre toda a simbologia do chafariz e da água e a história do próprio chafariz da cidade de Lafaiete.

O lançamento de “Viver na Alegria do Senhor- Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis” será hoje, dia 22 de dezembro às 18h30 no Centro Cultural Maria Rezende, no Museu Ferroviário na avenida Marechal Floriano Peixoto, S/N, Centro. Na ocasião, Dom Damasceno receberá duas condecorações da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette (ACLCL); de acadêmico honorário e o Diploma da Ordem dos Construtores do Progresso de Conselheiro Lafaiete. A ocasião será também uma sessão solene da ACLCL, onde se encerrará o ano acadêmico de 2018.

Do esquecimento ao resgate das Violas de Queluz: noite memorável revive a história do maior símbolo da cultura de Lafaiete

Uma noite para ficar nos anais da memória, da cultura e da história de Lafaiete. Foi lançada ontem, a noite o Solar Barão do Suassuí, a primeira obra que resgata o valor do maior patrimônio cultural, as Vilas de Queluz, tradição até então esquecida da historiográfica local.

Lançamento foi prestigiado pelo público em reconhecimento do valor das Violas de Queluz

O livro”Viola de Queluza-Família Souza Salgado”, de Valter Salgado de Souza, o Valtinho, editado pela Liga Ecológica Santa Matilde (LESMA) foi saudado como divisor de águas na memória, registro e preservação do grande ícone da cultura e devolve o sentido de pertencimento e auto estima de um povo. Depois do tombamento como patrimônio imaterial de Minas, o livro é o primeiro passo para soerguer a Violas de Queluz na memória local e preservá-las para as futuras gerações. O livro relata a trajetória da Família Salgado na fabricação das Violas e sua importância a história cultural e musical em Lafaiete, Minas e o Brasil.

O público lotou o lançamento da obra em uma plateia formada por descendentes das famílias Salgado e Meireles, precursoras das Violas, tradição que viveu seu auge ainda no final do século XVIII quando Lafaiete chegou a possuir 15 fábricas. “Espero que não seja o primeiro livro, muito menos o primeiro passo para preservamos a memória das Vilas de Queluz”, apontou o vice prefeito, Marco Antônio Reis Carvalho em seu discurso.

Entre momentos poéticos apresentados pela LESMA, a solenidade percorreu a tradição da musical dos tradicionais violeiros. O historiador congonhense, André Candreva, autor de um dos capítulos da obra, lembrou que o Jubileu do Bom Jesus de Matozinhos foi uma vitrine de propagação das Violas de Queluz, quando fabricantes se dirigiam a Congonhas para comercializar os instrumentos de cordas para além das fronteiras de Minas.

Historiadores, estudiosos e autoridades o lançameto

Lucionar de Jesus, ilustrador da obra e autor de um dos capítulo, traçou a ligação das violas com a formação de sua família. “Esta obra não só conta a histórias das violas, mas é uma amálgama que une os laços familiares seculares. É um livro de famílias”, assinalou emocionado.

Um dos momentos marcantes foi quando o historiador Cláudio Alexandrino, apresentou uma autêntica Viola de Queluz, fabricada por José de Souza Salgado, avô do escritor Valter Salgado.  O instrumento foi descoberto em total abandono na cidade de Passa Tempo e totalmente restaurado.

Cláudio mantém um acervo de 40 Violas de Queluz que ele garimpa por Minas na intenção de preservar o instrumento. “Estive aqui em Lafaiete em 2002 para pesquisas, mas fique triste com a falta de informações e abandono de parte da história da cidade. Esta obra resgata grande parte das Violas”, observou o colecionador.

O colecionador, Cláudio Alexandrino, apresenta exemplar das Violas, fabricado pelo avô do escritor Valtinho

Por último discursou o protagonista do evento, Valter Salgado, que também lembrou foi através da visita de Cláudio Alexandrino a sua casa que iniciou o reconhecimento das famílias, como também dos setores culturais, a importância das Violas na história de Lafaiete. “Eu mesmo cheguei a deixar muitos instrumentos abandonados e esquecidos por uma suposta falta de valor. Mas é um ressurgimento da história e da nossa cultura”, comentou. Valtinho lembrou que violeiro Chico Lobo levará dois exemplares a Portugal para presentear os estudiosos lusitanos Manuel Moraes e Pedro Mestre.

Após a sessão de autógrafos, o evento foi encerrado em grande estilo com uma roda de violeiros.  Viva a Viola de Queluz, chora viola!

Escritora Leila Meireles lança seu primeiro livro hoje em Lafaiete

Intitulado “Raízes Culturais e peripécia da vida”, o livro é um presente de aniversário à mãe da autora, Maria Firmina Lana, a “Salica” que completará 100 anos em 26 de dezembro

 

Escritora Leila Meireles lança seu primeiro livro no dia 15 de dezembro/Divulgação

Neste ano em que a Liga Ecológica Santa Matilde – LESMA, comemora seus 20 anos de fundação, temos a alegria de anunciar mais um lançamento literário. A escritora lafaietense Leila Meireles publica seu primeiro livro neste dia 15 de dezembro nas dependências do Supermercado Brasil, no bairro Santa Matilde. O lançamento contará com apresentação cultural do Coral Lesma Poesia Social.

Poesias, contos e pesquisas histórias e genealógicas norteiam a obra em que a autora presta uma delicada e sincera homenagem à sua ancestralidade enraizada nas famílias Rodrigues Pereira e Lana – famílias oriundas de Senhora de Oliveira, MG.

Nesta obra o leitor irá passear com a autora pelas veredas da memória afetiva seguindo as pegadas da infância e da maturidade em seus contos e poemas que reavivam a atmosfera interiorana com seus personagens, familiares, amizades e peripécias compondo um rico painel de um pedacinho de nossa amada Minas Gerais.

Apresentam a obra seu filho Alexsandro Meireles e a amiga e também escritora Carmem Lizette. Fotografias de familiares e resgate genealógico perpassando várias gerações ilustram este roteiro criativo e emocional.

A casa nova, construída por João Solano/Divulgação

Leila Meireles nos conduz, em suas peripécias, a um universo específico localizado numa época bucólica e encantadora onde a vivência rural e suas peculiaridades saltam aos olhos ao evocar paisagens, pessoas, valores, modos de falar e de viver que, não fosse pela escrita, se perderiam na moagem do tempo.

“Raízes culturais e peripécias da vida” é um trabalho honesto onde o operário maior é o coração. Assim, a autora realiza um comovente gesto de amor e gratidão à vida e ao mundo que a acolheu. Delicadeza maior: o livro é um presente de aniversário à mãe de Leila, dona Maria Firmina Lana, a “Salica”, que completará 100 anos de idade em 26 de dezembro.

Os poetas acendem lâmpadas; aproveitemos, pois, a circunferência e o calor dessa luz. Sinta-se convidado!

Serviço

Lançamento: Livro “Raízes culturais e peripécias da vida”, de Leila Meireles (Lesma Editores, 64 págs.)

Onde: Supermercado Brasil – Unidade Santa Matilde (rua Alfredo Elias Mafuz, 950, Santa Matilde, Conselheiro Lafaiete)

Quando: dia 15 de dezembro (sábado), às 16 horas.

Informações: (31) 9 9399-2345 e 9 8893-3504

Apoio Cultural: Supermercado Brasil, Cervejaria Loba e Carumbé Hotel

A AUTORA

Leila Maria Rodrigues Meireles nasceu em Senhora de Oliveira em1947. Filha de João Rodrigues Pereira e Maria Firmina Lana. É casada com Wallace Ricardo Lima Meireles e mãe de Alexsandro, Rodrigo Alex e João Paulo.

Salica/Divulgação

Iniciou a sua alfabetização com a mãe, seguida da professora particular D. Lelita, indo para Senhora de Oliveira, onde recebeu o Diploma de Curso primário. Continuou os estudos em Piranga no Colégio Nossa Senhora do Carmo terminando em Conselheiro Lafaiete, no Colégio Estadual Narciso de Queirós o curso de Magistério e, posteriormente, Técnico em Contabilidade, no Colégio Monsenhor Horta.

Leila Meireles trabalhou nas empresas: Viação Sandra, Supermercado Brasil, Companhia Siderúrgica Nacional e Tribunal de Justiça, onde se aposentou.

Atualmente cursa Psicologia Relacional, pela Faculdade Dom Luciano Mendes de Almeida. Neste seu primeiro livro a autora apresenta conteúdos diversificados enfatizando suas as raízes numa escrita imantada de afeto e lirismo.

 

 

Obra de Valtinho Salgado lança luzes sobre a a tradição secular das Violas de Queluz e descortina a história do maior símbolo cultural de Lafaiete

O livro “Viola de Queluz – Família Souza/Salgado”, é um resgate histórico e contextualização cultural do instrumento que orgulha Conselheiro Lafaiete; lançamento será neste dia 15 (sábado)

Valtinho viola/Divulgação

“Seus violões tão extraordinários,

Violas que emocionam em cada parte,

Hoje bem raras, como o Stradivarius,

Compradas por mecenas, pais da arte,

Depois de expostas na Pensilvânia

Aqui e ali cresceu a sua venda,

Mas bem guardada está em coletânea

(De Queluz a viola virou lenda!)”

(Alberto Libânio Rodrigues, no livro Queluzíadas)

O escritor lafaietense Valter Braga de Souza irá lançar, no dia 15 de dezembro (sábado), 20 horas, no Solar Barão de Suassuí em Conselheiro Lafaiete, o livro Viola de Queluz – Família Souza/Salgado. Nesta obra o autor narra a história do famoso instrumento brasileiro, a Viola de Queluz, que, no século XIX e meados do século XX foi marca nacional e internacional da cultura brasileira. Duas famílias se destacaram como pioneiras desta produção em Queluz: Os Salgado e os Meireles.

Valter Salgado, como é conhecido, descortina a vida cultural em Queluz (atual Conselheiro Lafaiete) sob a ótica da Família Souza/Salgado, rica em fazedores e tocadores, inclusive na música atual. José de Souza Salgado, o patriarca da família, foi um exímio luthier e violeiros que tornou-se famoso ao tocar numa serenata em homenagem ao Imperador D. Pedro II, em 1881, por ocasião da viagem da família Imperial por Minas Gerais.

Um livro rico em informações, afetivo e reator da memória queluzense. Com participações mais que especiais, o livro reúne ases da Viola em Minas, pesquisadores e ilustradores dedicados, além de uma gama de violeiros que inebriam a cultura mineira. A edição do livro foi organizada pelos poetas Osmir Camilo Gomes e Wagner Vieira, da LESMA EDITORES.

            Venha participar desta festa da cultura mineira. Honra, louvor e glória as Violas de Queluz!

 Serviço

 Lançamento: Livro “Viola de Queluz – Família Souza Salgado”, de Valter Braga de Souza (Lesma Editores, 160 págs.)

Onde: Solar Barão de Suassuí (rua Barão de Suassuí, 106, Centro, Conselheiro Lafaiete)

Quando: dia 15 de dezembro (sábado), às 20 horas.

Informações: (31) 9 9399-2345 e 9 8582-2944

 O AUTOR

Filho de João Salgado e neto de José de Souza Salgado, Valter Braga de Souza, conhecido popularmente como Valtinho Salgado, nasceu em 1947. É músico, carnavalesco e desportista. Como músico integrou grupos de sucesso em Lafaiete como Os bemóis e Conjunto Gota D’água. Carnavalesco, foi presidente da Liga das Entidades Carnavalescas de Conselheiro Lafaiete (LECAL) e da Escola de Samba Unidos do São João. No futebol, além de já ter presidido, destaca-se com seu trabalho e dedicação ao Social Olímpico Ferroviário, um dos tradicionais clubes de futebol de nossa cidade.

Guardião do acervo histórico das Violas de Queluz da família Souza Salgado, Valter Braga de Souza mostra, neste seu primeiro livro, um belo e importante painel da nossa história a partir da mais do que famosa, Viola de Queluz.

 CHEGADA DA VIOLA AO BRASIL

O autor e o colecionador Cláudio Alexandrino/Divulgação

A viola foi um destacado instrumento no Brasil colonial, principalmente pelo seu caráter de “instrumento acompanhador”. Assim, foi sendo utilizada de variadas maneiras, seja ponteando ritmos, acompanhando estilos da cultura popular – que transita entre o sacro e profano – a viola foi se adaptando à vida social do Brasil Colônia.  Além disso, a viola era facilmente transportada e podia ser fabricada em qualquer região, pois seus fabricantes conseguiam fazer o instrumento consoante a disponibilidade de matéria prima oferecida pela natureza, bem como outros materiais do cotidiano. Inicialmente, as cordas eram feitas de tripas de animais, fibras vegetais evoluindo para cordas de arame; estas utilizadas a partir do final do século XVIII. A facilidade de transporte,  deslocamento, escoamento e comercialização da viola, são fatores que ajudaram sobremaneira para tornar o instrumento instrumento cada vez mais popular.

DEPOIMENTO SOBRE A OBRA

 “A cultura da viola em Minas Gerais vive uma época de ouro no seu registro como patrimônio imaterial, sendo tocada pelas mãos de tantos e tantos violeiros que tenho oportunidade de presenciar em meus programas de TV e rádio, e na minha lida de violeiro.

Mas sobretudo estamos num momento primordial e necessário de reconhecer e valorizar o significado das Violas de Queluz – violas que trazem a marca e a alma de Minas para a história musical e cultural de no Estado, o Brasil e com alcance internacional.

Há doze anos vou a Portugal pra encontros, shows e investigações. Este ano participamos do VIII Encontro das Violas D’ARAME e conseguimos trazer por duas vezes a Mostra Internacional das Violas D’ARAME para o Brasil. Nesse contexto o que impressiona é como nas palestras e conversas, a Viola de Queluz é sempre citada.

Seja por mim ou outros estudiosos, como o professor Manuel Moraes, profundo conhecedor dos instrumentos antigos e grande admirador da Viola de Queluz. E não poderia ser diferente! Ela marcou época e inspirou diversos artesãos espalhados por nossas Minas a construírem suas violas, sempre com algo que lembrasse a famosa Viola de Queluz. Tenho raízes de minha família Lobo Leite em Conselheiro Lafaiete, a antiga Queluz de Minas. Para mim é de uma alegria e emoção sem fim poder presenciar este interesse atual em valorizar e divulgar a história desse belíssimo instrumento.

Parabenizo por essa importante publicação, que vem fazer jus à história das Violas de Queluz para a humanidade, sobretudo pelo resgate histórico de nossa cultura violeira. Saúdo Levindo Salgado, parceiro em nossa querida São João del Rei, onde nos encontramos.  E ao escritor Valter Braga de Souza, parabéns por essa obra fundamental para se entender a viola em Minas. Que possamos divulgar esta publicação em nossas viagens mundo afora. Viva a Viola de Queluz! Chora viola!”

Chico Lobo

Violeiro, pesquisador e divulgador da cultura violeira

 DEPOIMENTO SOBRE A VIOLA

Valtinho Salgado e Pereira da Viola/Divulgação

“(…) No momento em que a viola é registrada como patrimônio imaterial da cultura de Minas Gerais, por ato do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural, CONEP, e do IEPHA/MG, publica-se o trabalho de Valter Braga de Souza. O lançamento acontece por meio da Lesma Editores, ligada à Liga Ecológica Santa Matilde – Lesma, um dos mais importantes núcleos de ação cultural em Minas Gerais, exatamente a partir da cidade de Conselheiro Lafaiete. É uma obra que enriquece o acervo documental estabelecido pelo IEPHA/MG ao longo do processo de registro das “Violas de Minas” e divulga uma trajetória que merece ser conhecida. Valter Braga de Souza presta admirável contribuição à cultura mineira e à valorização das violas de Minas, tendo à frente aquela que se constitui em verdadeiro ícone da história”.

Angelo Osvaldo de Araújo Santos

Secretário Estadual de Cultura. Escreveu a apresentação da obra

DEPOIMENTO SOBRE A VIOLA

 “A viola é o primeiro instrumento de cordas que, digamos, ‘pegou’ no Brasil ao substituir instrumentos de sopro, mais sofisticados e elitizados. Apesar de não ser um instrumento fácil de tocar, possuindo inúmeras afinações (há pesquisadores que asseguram haver até 54 afinações distintas), a viola era relativamente fácil de ser confeccionada, pois os fabricantes utilizavam todo tipo de material disponível: a madeira do lugar para fazer o corpo do instrumento, por exemplo. Para o acordoamento utilizava-se desde tripas de animais até arame.

A viola apresenta, assim, uma impressionante diversidade no país pois temos violas em todo o Brasil e cada uma com características próprias, mediante a cultura musical e os recursos materiais disponíveis para sua fabricação. Temos, por exemplo, no Nordeste, violas feitas com madeiras mais leves, típicas daquela região; a ‘Viola de Cocho’, a ‘Pantaneira’ (da região Central do País) bem como as do Sul e Sudeste do Brasil, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. Não dá para dizer qual a melhor madeira. Cada região produz o instrumento com características próprias.”

Carlos Felipe Horta

Professor, historiador e pesquisador cultural

QUEM FOI JOSÉ DE SOUZA SALGADO

José de Souza Salgado, o Salgado Velho/Divulgação

José de Souza Dias nasceu no dia 5 de novembro de 1858, em Queluz de Minas. Era filho de João José de Souza, nascido em 1826, e Martinha Maria de Jesus, nascida em 1833. José teve três irmãos: João, Pedro e Manoel.

Em 1875 José de Souza Salgado casou-se com Umbelina Braga. Dessa união nasceram seis filhos: Sílvia Braga de Souza (1904); Alberto Braga de Souza (1906); Maria Braga de Souza, a “Malica”, (1910); João Braga de Souza, o “João Salgado”, em 1917; Eduardo Braga de Souza, o “Eduardo Salgado”, em 1919 e José Braga de Souza (1924).

O “Salgado Velho”, como era conhecido, tornou-se o mais famoso fabricante das violas na cidade. Residia na Rua do Rosário (hoje Rua Assis Andrade) nº 476, esquina com a Rua Horácio de Queiróz, no bairro Rosário. O local é próximo do cruzamento chamado “Quatro Cantos”.

Era uma casa baixa, com três portas à frente; a primeira dava entrada para a sala da residência, a segunda era a sua oficina e a terceira dava acesso a um pequeno cômodo, onde trabalhava um preto velho, também violeiro antigo. Seu maior feito, e que marcou historicamente as Violas de Queluz foi quando tocou viola para o Imperador D. Pedro II, em 1881.

            Segundo João Dornas Filho (1902-1962), em seu livro Aspectos da Economia Colonial, a cidade de Queluz chegou a possuir 15 fábricas de violas, o instrumento preferido dos tropeiros, que as conduziam em suas viagens pelos longos serões onde enchiam a solidão com seus plangentes ponteados. Assim, fica patente a fama das “Violas de Queluz”, conhecidas em toda província e fora dela.

CARACTERÍSTICAS DA VIOLA DE QUELUZ

            Um dos principais estudiosos de violas no Brasil e um dos maiores colecionadores do instrumento, sendo boa parte desta coleção as Violas de Queluz, Cláudio Alexandrino apresenta, em seu livro Viola de Minas, as principais características da Viola de Queluz:

“(…) A viola artesanal no Brasil e, especificamente, as violas da família Souza Salgado, em Queluz, mantiveram quase inalteradas as principais características dos instrumentos portugueses, especificamente a viola toeira coimbrã preservando seu caráter popular, apenas com um toque de imaginacão cultural brasileiro numa época em que refletiam ares do barroco mineiro em sua fase mais rebuscada, o Rococó. Através de pesquisas e relatos pode-se afirmar que a viola de Queluz seguiu as mesmas características da viola toeira coimbrã.

A madeira preferencial utilizada no tampo e, algumas vezes, no fundo e lateral (costilhas) era o pinho europeu, mais resistente que o brasileiro devido ao clima frio da Europa, em contraste com o clima tropical brasileiro. O cedro era utilizado no braço (trasteira) e o jacarandá da Bahia, ou cabiúna, era utilizado na escala, no cavalete, nas cravelhas, além das marchetarias.

O corpo, ou caixa de ressonância em formato de oito com a parte de cima menor e a parte de baixo maior, era bastante acinturado (cintura estreita) e pela técnica de marchetaria eram feitas incrustações no tampo, com extrema perfeição, de lâminas de madeiras (jacarandá) que eram aplicadas em conjunto em forma de folhas, ramos, gotas, sinos, setas, losangos, círculos e outras formas num trabalho de habilidade e paciência nascido da fértil imaginação dos fabricantes.”

A “TENDA”

A oficina de José de Souza Salgado funcionava no nº 476, próximo à esquina da Rua Horácio de Queiróz. Casa baixa, com três portas à frente e um cômodo nos fundos onde o segredo da fabricação era guardado. Para completar o sustento da família, também fabricava-se caixões.

                 Com a família crescendo, a necessidade de recursos aumentava e, juntamente, com os filhos menores, José de Souza Salgado continuava com afinco a fabricação de violas (muitas por encomenda), violões, cavaquinhos e bandolins. Todo ano fazia estoque para vender no Jubileu do Senhor Bom Jesus em Congonhas do Campo; na época Congonhas era distrito de Queluz. O Jubileu acontecia na primeira quinzena de setembro e oferecia grande oportunidade de escoamento de mercadorias. Assim, as violas fabricadas em Queluz ganharam Minas e o Brasil.

FAMÍLIA SOUZA SALGADO

Descendência de Jose de Souza Salgado e Umbelina Braga

       Conselheiro Lafaiete tem uma grande tradição de famílias pioneiras e de destaque na formação e desenvolvimento da cidade. A família Souza Salgado é um desses pilares tradicionais. Família consagrada do bairro Rosário, seus membros sempre foram ligados aos ritos da Igreja Católica e à musica, principalmente de instrumentos de corda.

Em 1875, já quarentão, Jose de Souza Salgado casou-se com Umbelina Braga. No início do seculo XX nasceram os seis filhos do casal, sendo duas mulheres e quatro homens. A primogênita, Sílvia Braga de Souza, nasceu em 1904; Alberto Braga de Souza nasceu em 1906; Maria Braga de Souza, conhecida como “Malica”, nasceu em 1910; João Braga de Souza, o popular “João Salgado”, veio ao mundo em 1917; Eduardo Braga de Souza, o também famoso “Eduardo Salgado”, em 1919. Em 1924 nasceu o caçula da família Jose Braga de Souza, o “Zé Salgado”.

ANTÔNIO PERDIGÃO: O GUARDIÃO DA MEMÓRIA

Um dos grandes entusiastas e, possivelmente, o primeiro pesquisador a dar ao ciclo daS Violas de Queluz a merecida atenção em sua própria terra natal, foi o museólogo e historiador Antônio Luiz Perdigão Batista (1918-2010). Em sua coluna Panorama do Passado, que mantinha semanalmente no Jornal Panorama, de Conselheiro Lafaiete, ele narrava fatos e situações de destaque e interesse sociocultural da antiga Queluz e atual município de Conselheiro Lafaiete.

Pensador e catalizador das tendências históricas, Antônio Perdigão sempre foi enfático ao difundir e exaltar a relevância das Violas de Queluz como símbolo cultural da cidade. Sobre a origem do mito das Violas em Queluz, o museólogo coletava documentação, sistematizava informações, colecionava exemplares do instrumento construindo um autêntico arquivo regional. Seu trabalho constituiu um elo entre passado e presente.

 

Cardeal Damasceno lança livro biográfico na ACLCL

Nascido em Capela Nova-MG, Dom Raymundo Damasceno Assis tem uma forte ligação com a cidade de Conselheiro Lafaiete, onde foi ordenado padre em 1968 e onde verá o último lançamento do ano de sua biografia intitulada “Viver na Alegria do Senhor – Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis” escrita pela biógrafa Rita Elisa Sêda. A autora, que esteve várias vezes no município diz que o Cardeal tem muita estima pela cidade, onde tem residência e familiares e sempre visita o local.

O livro é mais do que apenas uma biografia. A autora conta que teve acesso a documentos históricos primários e que isso a deu a oportunidade de obter informações inéditas. Fatos relacionados com presidentes como Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves são contextualizados no livro. Nuances do relacionamento de Dom Damasceno com esses presidentes e com os papas com quem ele teve contato: João Paulo II, Bento XVI e Papa Francisco são expostos na obra, além da participação em um conclave.

Dom Raymundo tem grande importância para a história da Igreja Católica, não apenas brasileira, como latinoamericana. Foi presidente da Confederação dos Bispos do Brasil e  membro da Comissão Episcopal do Departamento de Catequese do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), entre outras atribuições importantes.

Apesar da extensão do trabalho, depois de pronto, uma passagem foi acrescentada na última hora. Após receber uma homenagem do prefeito de Conselheiro Lafaiete, uma réplica do chafariz que encontra-se em frente a igreja da cidade, o cardeal mostrou-se extremamente alegre e satisfeito. A autora julgou que aquele momento não poderia ficar de fora do relato e decidiu junto a ele que aquele fato encerraria o trabalho. Pesquisou sobre toda a simbologia do chafariz e da água e a história do próprio chafariz da cidade de Lafaiete.

O lançamento de “Viver na Alegria do Senhor- Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis” será dia 22 de dezembro às 18h30 no Centro Cultural Maria Rezende, no Museu Ferroviário na avenida Marechal Floriano Peixoto, S/N, Centro. Na ocasião, Dom Damasceno receberá duas condecorações da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette (ACLCL); de acadêmico honorário e o Diploma da Ordem dos Construtores do Progresso de Conselheiro Lafaiete. A ocasião será também uma sessão solene da ACLCL, onde se encerrará o ano acadêmico de 2018.

Escritora lafaietense lança seu segundo livro

Acontece hoje, às 19:00 horas, no Solar Barão de Suaçuí, o lançamento do livro “Bunitinha”, da lafaietense Cláudia Guimarães.

Escritora por formação, Cláudia narra a biografia de sua mãe, Emília dos Santos Guimarães, 92 anos, nascida em Lafaiete, viúva de um ex-combatente e uma senhora extremamente de bem com a vida, cercada de amigos e com muitas histórias pra contar.  “Demorei dois anos pra relatar a história de vida dela, através dos seus relatos e dos relatos de pessoas próximas. Sua infância, seu primeiro amor, sua convivência com a família e toda sua alegria de viver”, relatou a escritora a nossa reportagem.

Cláudia tem formação em Pedagogia, trabalhei com educação infantil durante 20 anos e devido a intensa paixão pelos livros, iniciou sua carreira de escritora com o livro “Olhos de Vira-Lata” que fala da minha segunda paixão: animais.

O evento é destinado a convidados, mediante confirmação prévia da presença.

“Donos da carne”: escritores lançam livro em Lafaiete em que retratam falcatruas da JBS

Acontece neste sábado, dia 17, a partir das 10:00 horas, em Lafaiete, o lançamento do livro “Nome aos Bois: a história das falcatruas da JBS” penetra nas entranhas desta organização empresarial e demonstra como os irmãos Batista conseguiram tanto dinheiro fácil no BNDES e tudo que girou em torno de suas relações criminosas junto ao banco estatal e a diversos políticos. Além de apresentar diálogos inéditos entre executivos do grupo, o livro apresenta diversos crimes praticados pelos “donos da carne” e que ainda não confessaram em sua delação premiada, que está sub judice. Estes crimes apontados estão sob a investigação sigilosa do MPF-DF, a partir de representações feitas à PGR pelos autores do livro. Conheça em primeira mão.

Participação no Programa do Pânico da Jovem Pan no dia 15/2/18 / Divulgação

Sobre a Obra:

O livro “Nome aos Bois: a história das falcatruas da JBS” penetra nas entranhas desta organização empresarial e demonstra como os irmãos Batista conseguiram tanto dinheiro fácil no BNDES e tudo que girou em torno de suas relações criminosas junto ao banco estatal e a diversos políticos. Além de apresentar diálogos inéditos entre executivos do grupo, o livro apresenta diversos crimes praticados pelos “donos da carne” e que ainda não confessaram em sua delação premiada, que está sub judice. Estes crimes apontados estão sob a investigação sigilosa do MPF-DF, a partir de representações feitas à PGR pelos autores do livro. Conheça em primeira mão.

Sobre os autores:

Bernardino Coelho da Silva é formado em Direito, pela FDCL, com especialização em Gerenciamento de Projetos, pela Fundação Getúlio Vargas e em Gestão de Negócios, pela FEAD. Está radicado em Conselheiro Lafaiete desde 1985 e hoje se dedica apenas a escrever, já tendo publicado, em 2017, através da editora FGV, o livro “Gerenciamento de Projetos Espaciais: do Sputnik aos dias atuais”, primeira obra do gênero editada no Brasil.

Claudio Tognolli é jornalista e também professor na USP. Atua na bancada de comentaristas do Programa Morning Show da Jovem Pan “online”, já tendo publicado 17 livros, entre os quais, o best-seller “Assassinato de Reputações: um crime de Estado”, em coautoria com o ex-delegado Romeu Tuma Júnior.

Show de lançamento de CD de Arnaldo Moreno lota Monsenhor Isidro e encanta o público

O distrito de Monsenhor Isidro foi pequeno para o show de lançamento do CD de Arnaldo Moreno/Divulgação

O público lotou e se espremeu na praça São Sebastião, no simpático Distrito de Monsenhor Isidro, na noite de sábado, dia 20, para assistir ao primeiro show de lançamento do CD do cantor e compositor Arnaldo Moreno.

Intitulado “Toca um Modão aí”, o novo trabalho recebeu elogios pela qualidade dos arranjos musicais e letras elaboradas além do talento do artista que esbanjou entusiasmo no show em arrancando aplausos. A cada música os fãs cantavam junto com Arnaldo. O show do artista, com sua voz potente e energia, contagiou o público.

A organização do evento zelou pela qualidade sonora e proporcionou principalmente a segurança e apresentação visual do palco com uma estrutura que garantiu um grande show de lançamento do CD.

A promoção do show é da Churrascaria Real Center e Arcádia Material de Construção, empresários que apoiam os talentos musicais e a cultura regional.

Festa religiosa

O show fez parte da festa de São Sebastião, padroeiro de Monsenhor Isidro. A programação contou nos sábado com uma missa, queima de fogos e o descimento do mastro. A procissão foi abrilhantada pela Corporação Musical Nossa senhora da Conceição, de Jeceaba.  No domingo aconteceu o tradicional leilão de animais e prendas variadas.

Ouças as músicas e veja as fotos do lançamento do CD em Monsenhor Isidro

https://www.arnaldomoreno.com.br/

Veja o Leilão da Festa de São Sebastião em Monsenhor Isidro

Festa em Monsenhor Isidro tem lançamento de CD de Arnaldo Moreno

Acontece neste fim de semana a tradicional festa de São Sebastião, no Distrito de Monsenho Isidro. A festa religiosa promete atrair fieis e religiosos a localidade. Procissões, missas e leilões marcaram o evento.

E o chão vai tremer. No sábado, dia 20, acontece a missa e queima de fogos. Após o descimento do mastro, haverá a procissão será acompanhada pela Corporação Musical Nossa senhora da Conceição, de Jeceaba. Em seguida ocorre o super show com Arnaldo Moreno (Banda) e o lançamento do seu novo CD, intitulado “Toca um Modão aí”,

Uma super estrutura está sedo montada para receber o artista e seus fãs que vão lotar o distrito. A promoção do show é da Churrascaria Real Center e Arcádia Material de Construção, empresários que apoiam os talentos musicais e a cultura regional.

No domingo acontece o leilão de animais e prendas variadas.

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