O voo das Andorinhas-de-coleira: Espécie criticamente ameaçada de extinção é reencontrada na Bacia do rio Paraopeba, em Minas Gerais

Aves foram registradas durante expedição realizada por biólogos da Vale e especialistas acadêmicos

Uma população reprodutiva da andorinha-de-coleira, ave considerada criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, conhecida pelos cientistas como Pygochelidon melanoleuca, foi encontrada na bacia do rio Paraopeba. A descoberta inédita ocorreu durante expedição/diagnóstico ambiental realizado ao longo do rio Paraopeba por biólogos da Vale e especialistas acadêmicos. A presença da espécie em um trecho de aproximadamente 60 quilômetros do rio Paraopeba, entre os municípios de Pompéu e Curvelo, apresenta dados inéditos e relevantes sobre o tamanho populacional e a biologia reprodutiva desses animais. Além disso, o diagnóstico tem produzido o mais completo conjunto de dados sobre a biologia reprodutiva da espécie em todo o mundo. O diagnóstico também avaliou a existência de eventuais impactos do rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019, sobre a população desses animais; o que não foi constatado.

“Não havia estudos que demonstrassem a existência de uma população reprodutiva da andorinha-de-coleira no rio Paraopeba e é por isso que os dados obtidos neste monitoramento representam um enorme avanço no conhecimento sobre as populações desta espécie”, destaca o biólogo e especialista em aves, Leonardo Lopes, professor da UFV. Leonardo ainda destaca que este monitoramento permitiu a documentação, até então inédita, da andorinha-de-coleira em plena atividade reprodutiva. Estudos anteriores já haviam descrito o ninho da espécie, mas nenhum pesquisador havia até então conseguido investigar detalhes sobre a reprodução da espécie. Isso porque a andorinha-de-coleira constrói seus ninhos em locais de difícil acesso, mais especificamente no interior de fendas localizadas nos afloramentos rochosos ao longo das corredeiras de rios.

O barqueiro das andorinhas
Para chegar até os pássaros a expedição contou com a experiência e o conhecimento de moradores locais, como o barqueiro, Samuel Santos, um dos guias da expedição. “Conheço bem a região, sou ribeirinho, nascido as margens do rio São Francisco, e gosto de “passarinhar” por aí, sair em busca de pássaros. Sobre a expedição é uma alegria encontrar as andorinhas. Estar no meio dos pássaros faz bem para a alma, faz bem para o coração”, destaca.

Microcâmeras especiais para desvendar os esconderijos
Como os ninhos da andorinha-de-coleira são de difícil acesso, para “visitar a casa das aves” foi necessário o uso de uma microcâmera própria para inspecionar locais de difícil acesso e com baixa luminosidade. O material que as aves utilizam para a construção do ninho, incluindo penas, folhas secas e fibras vegetais, é geralmente coletado nas margens, no próprio pedral ou nas pequenas ilhas de vegetação encontradas no leito do rio.

Filhotes da andorinha

Monitoramento da biodiversidade

O monitoramento da biodiversidade em áreas impactadas e não impactadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho, também chamado de Programa de Diagnóstico de Danos Ambientais sobre o Meio Biótico, é parte do Acordo de Reparação Integral assinado em 2021 pela Vale, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, pelos Ministérios Públicos Federal e do Estado de Minas Gerais, e pela Defensoria Pública de Minas Gerais, para a reparação dos danos causados. Ao todo, entre Jeceaba e Três Marias, passando por Brumadinho, na confluência com o ribeirão Ferro-Carvão, local mais afetado pelo rompimento, são monitorados 35 pontos ao longo do rio Paraopeba para a biodiversidade aquática e 20 áreas para a biodiversidade terrestre. Todas as atividades de monitoramento são frequentemente acompanhadas pelos órgãos ambientais competentes.

“Quando monitoramos os locais impactados e não impactados é possível avaliar as condições ambientais de maneira ampla, e como o rompimento pode ou não ter influenciado a ocorrência, riqueza e distribuição da fauna e flora presentes ao longo da bacia do rio Paraopeba. Encontrar uma população saudável dessa espécie, em grande número e em novos pontos no rio Paraopeba é um importante indicativo ambiental e indica que o rompimento não interferiu na qualidade de vida dessas aves. Além disso, as expedições e os monitoramentos da Vale realizados em parceria com as instituições de ensino, ficarão como importantes fontes de pesquisas para as próximas gerações”, ressalta Cristiane Cäsar, analista ambiental da Vale.

Os 10 mais belos alvoreceres de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva)  Alvorada, o nascer do sol, amanhecer, aurora, alva da manhã, é um dos mais extasiantes espetáculos naturais do mundo, que acontece na direção leste de cada cidade. Em alguns lugares são divinos, inspira poetas, escritores e artistas que pintam a beleza do alvorecer em suas telas. Minas Gerais tem o privilégio de ter o céu mais azul, o pôr do sol mais emocionante e o nascer do sol mais extasiante. Em dezenas de cidades mineiras, principalmente nas de maior altitude, o espetáculo da alvorada é fascinante. Destacamos 10. Conheça:

01 – Serra da Piedade

A 55 km de Belo Horizonte, está uma das mais belas alvoradas do mundo. Do alto da Serra da Piedade, em Caeté, a beleza do nascer do sol é simplesmente extasiante, ainda mais emoldurado pela arquitetura barroca da menor Basílica do Mundo, a Basílica Menor de Nossa Senhora da Piedade. A sensação de todos que vão à Serra da Piedade é de estar acima das nuvens, literalmente. (Fotografia acima de autoria de Henrique Caetano) 

02 – O alvorecer na terra do poeta

O amanhecer do sol em Ipoema, o charmoso distrito de Itabira, terra do poeta Carlos Drumond de Andrade, é impressionante! Do alto do Morro Redondo, a vista é incrível, impactante, emocionante, imperdível! (fotografia acima de Sérgio Mourão)

03 – Os lírios do Vale

Durante a primavera, em outubro, os campos de lírios no Vale do Jequitinhonha começam a florir e em Itinga, a beleza da aurora, com a simplicidade e magia dos lírios nativos, é de deixar de queixo caído. Um espetáculo que poucos tem o privilégio de ver. Só indo mesmo no Vale, em Itinga para presenciar o encontro dos raios da manhã, com a beleza dos lírios do campo. (Fotografia de Ernani Calazans)

04 – O teto do sertão mineiro

A 2052 metros de altitude, o sol desponta no “teto do sertão mineiro”, como é chamado o Pico do Itambé, na Cordilheira do Espinhaço, entre o Serro e Santo Antônio do Itambé, no Alto Jequitinhonha. Subir até o alto do pico e contemplar o espetáculo do despontar dos primeiros raios solares da manhã sobre as nuvens é algo indescritível! A impressão é de que estamos no topo do céu. (fotografia acima de Tiago Geisler)

05 – Serra de Lavras 

Sentar sobre os verdes campos das serras de Lavras, na região do Campo das Vertentes, é um sensação impressionante, ainda mais com os raios do alvorecer. A sensação é de estar sentado no paraíso com tamanha beleza à frente! (fotografia acima de Rogério Salgado)

06 – A Serra do Salto

As serras entre Itutinga, Carrancas e Itumirim,na região do Campo das Vertentes, formam um complexo de belezas sem igual. A que vemos acima, Serra do Salto, em Itutinga, (fotografada pelo Gilson Nogueira) é um show a qualquer hora do dia, mas nos primeiros raios da manhã é show demais!

07 – O mirante do Jacroá

O amanhecer do sol em Marliéria, no Vale do Aço, é um dos mais lindos de toda a região. Sua beleza é tão fulgurante, que todos os dias, dezenas de pessoas sobem até o Pico do Jacroá para admirar a beleza da alva da manhã. Do alto se vê o Parque do Rio Doce, maior reserva de Mata Atlântica de Minas. É tanta gente procurando que foi necessário fazer um mirante para dar mais conforto e segurança às pessoas que subiam até o pico para contemplar a beleza do nascer do sol. A vista é tão incrível que se perde no horizonte, num mar de montanhas douradas. (Fotografia de Elvira Nascimento)

08 – A luz matutina em Carvalhos

Trilhas, cachoeiras, picos, altitude e muito frio. Essa é Carvalhos, no Sul de Minas. Os raios da luz da manhã suavizam as temperaturas sempre baixas. No inverno é um espetáculo por toda a região a chegada do sol. Um visual de extasiar! (fotografia de Mônica Rodrigues)

09 – O Pico da Bandeira

Encarar os 2892 metros de altitude do Pico da Bandeira em Alto Caparaó, na Zona da Mata, não é tarefa fácil, mas compensa. O topo de Minas, o lugar mais alto de nosso estado, é incrível! No inverno os termômetro variam entre 0 a 10 graus negativos. Uma emoção congelante, mas gratificante. Não dá nem para descrever tamanha beleza da vista do alto do Pico da Bandeira. Imagina o êxtase da moça da foto, a Naira Cler, contemplando esse mar de nuvens. É uma paz, um silêncio apenas quebrado pelo barulho do vento.

10 – O Pico do Boné

A névoa matutina cobre as montanhas, aos poucos revelando, com o surgimento dos primeiros raios do sol, um dos mais belos lugares do Brasil. Esse lugar é o Pico do Boné, no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Araponga, na Zona da Mata Mineira. São 1870 metros de altitude, com o topo com cerca de 15 metros quadrados. Do topo pode-se ter uma ampla visão em 360 graus do redor. Serras, montes, névoa, o sol nascendo, pode se ver tudo! Um espetáculo que vale a pena ser visto. (fotografia acima de Pedro Henrique)

FONTE CONHEÇA MINAS

A cidade que recebe turistas o ano todo

(Por Arnaldo Silva) São Tomé das Letras, no Sul de Minas, recebe todos os dias turistas que vem de todo o Brasil e também do mundo. Chegam ônibus, moto homes, caravanas, vans e até de motos. Mas por que a cidade recebe tanta gente assim? (foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro)

São Tomé das Letras é uma mistura da mineiridade de nossas típicas cidades interioranas, com tradições, cultura e culinária mineira, mas também, seu ar rústico, sua arquitetura em pedra, sua altitude de 1227 metros, bem como sua exuberante natureza, as formações rochosas, o misticismo e supostas aparições de Ovnis. Esses são os diferenciais que tanto atraem turistas para a cidade. A cidade é singular, totalmente única no Brasil. (foto acima de Sérgio Mourão e abaixo, de Rinaldo Almeida, um ponto de ônibus na cidade)

Tem também o artesanato riquíssimo em qualidade e detalhes, em sua maioria voltada para temas místicos, como incensários, magos, apanhadores de sonhos, camisetas estilizadas, sinos do vento, duendes, panelas e lembranças feitas de pedra, encontrados tanto na rua, quanto em diversas lojas da cidade. A arte dos artesãos letrenses impressiona. Dificilmente alguém sai de São Tomé das Letras sem levar o artesanato local para casa.

Quem vem a São Tomé, busca sossego, tranquilidade, arte, meditação, contato com a natureza e também com Extraterrestres. Segundo os místicos, a cidade é considerada um dos sete pontos energéticos da Terra. Por isso São Tomé das Letras atrai tantos adeptos do esoterismo, sendo essa crença, uma das responsáveis pela fama de “Cidade Mística” que São Tomé tem. Tanto é que a cidade respira o esoterismo e misticismo em sua arte, artesanato e arquitetura. (foto acima de Alexandra Dias, o Vale das Borboletas)

A cidade é tranquila, muito aconchegante, com ótimas opções gastronômicas e uma rede hoteleira muito boa, com pousadas decoradas com a identidade mística local (na foto acima e abaixo, de Vânia Pereira, a Pousada dos Anjos), com artesanato, símbolos esotéricos presentes nas fachadas e até mesmo nos quartos.

Além de muito conforto, muitas pousadas contam com lareiras, já que o inverno na região é bem rigoroso. É nos feriados e principalmente no inverno que a cidade fica mais movimentada. Fora das altas temporadas, o turista nem precisa agendar com antecedência reservas nos hotéis e pousadas de São Tomé. São muitas opções, dezenas. Para quem quer contato pleno com a natureza e acampar, a cidade tem ainda opções de camping. 

Além de sua beleza arquitetônica (foto acima de Jerez Costa), o turista tem várias opções de passeios como conhecer o charmoso distrito de Sobradinho, a Gruta São Tomé, Gruta do Carimbado, a Rua do Amendoim, Casa da Pirâmide, formações rochosas que lembram feições humanas como a Pedra da Bruxa, as cachoeiras da Lua, Eubiose, Véu de Noiva, Paraíso, Borboletas, Antares entre outras. Têm ainda corredeiras como Shangri-lá, a de Sobradinho e agora, descobriram o Poço Secreto, outra opção de lazer para os letrenses e turistas. (na foto abaixo de Lucas Vieira, a Cachoeira da Lua)

Para chegar a esses lugares, o caminho é por estrada de terra, mas em boas condições de tráfego. Trilheiros em motos e bikes são comuns pela região, já que existem muitas trilhas. 

 O grande prazer do turista é subir na pirâmide (na foto acima de Jorge Nelson) e ficar contemplando as estrelas ou sentado sobre as formações rochosas de quartzito, mineral abundante na região. O pôr do sol em São Tomé é mágico. Geralmente, no segundo sábado de cada mês, acontece no local o “Pôr do Rock” com apresentações de banda de rock ou mesmo os turistas que levam seus instrumentos, cantam e dançam livremente. 

À noite em São Tomé têm ainda como destaque seus bares, muito aconchegantes, com música ao vivo e muito procurada pelos turistas. (fotografia acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro e abaixo de Robson Rodarte/@robson.rodarte, a Pirâmide em noite estrelada)
A cidade é pequena, com menos de 10 mil habitantes e o turista pode conhecer toda a cidade e suas belezas naturais num de semana, mas quem vai a São Tomé, volta, porque se encanta com a magia e encantos naturais da cidade.

Estar em São Tomé das Letras é como se estivéssemos numa pacata cidade mineira, misturada com o charme das construções medievais em pedra sobre pedra, a beleza natural mineira e a magia Celta. É um pouco de tudo isso, por isso encanta tanto e atrai tanta gente de todo o Brasil e do mundo. (foto acima e abaixo de Vânia Pereira)

São Tomé das Letras fica a 308 km de Belo Horizonte, pela BR 381. Quem vem do Rio de Janeiro são 340 km, pelas BRs 116 e 354 e de São Paulo, são 350 km, pela BR 381. A cidade faz divisa com os municípios de Três Corações, Cruzília, São Bento Abade, Conceição do Rio Verde, Baependi e Luminárias.

FONTE CONHEÇA MINAS

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