Mariana expõe tesouros revelados na restauração de monumentos

Objetos recolhidos durante o restauro da Igreja de São Francisco de Assis integram acervo de museu que será inaugurado hoje, junto com a reabertura do templo

Mariana – Ao reabrirem as portas, na manhã de hoje, a Igreja São Francisco de Assis e o Museu de Mariana (Casa do Conde de Assumar), em Mariana, na Região Central do estado, terão muito mais a mostrar do que as imagens do templo barroco, os ambientes dos tempos coloniais e parte da história tricentenária da primeira vila, cidade e diocese de Minas Gerais. Durante o restauro dos dois bens do século 18, o trabalho foi acompanhado por arqueólogos, que encontraram objetos e fragmentos descartados ao longo do tempo e, agora, apresentados a moradores e visitantes.

“Estivemos presentes durante toda a movimentação dos trabalhadores, nas áreas externa e interna da igreja e do museu”, explica a arqueóloga Clarisse Callegari Jacques, da Peruaçu Arqueologia, empresa contratada para o serviço. Assim, enquanto as equipes se dedicavam às mais diversas funções, do encanamento, com escavação no solo, ao restauro do forro, os arqueólogos estavam de olho no “lado oculto” da edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na vala feita ao redor da igreja e do museu para implantação do sistema de descarga elétrica, foram encontrados muitos objetos, entre antigos e recentes, diz Clarisse, informando que a área foi muito “remexida” ao longo dos anos, indicando possíveis interferências. Assim, o que poderia ser considerado lixo para alguns, representa, na verdade, um valioso material de pesquisa sobre a história,  os costumes e as tradições da cidade.

Em toda a área externa, foram retirados cacos de louça, ossos de animais, cachimbos (de cerâmica) de escravizados, fragmentos de telhas, de pedra-sabão e de grés (tipo de cerâmica), cacos de garrafas de bebida alcoólica, remédios e vidraça, peças de metal, a exemplo de chaves, dobradiças e cravos. Especificamente na área interna da igreja, estavam pedaços de imagens de santos.

A casa do conde Assumar passa a abrigar o museu de Mariana(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CARTAS DE DEVOÇÃO 

Chamou a atenção da equipe de arqueólogos as cartas manuscritas, algumas com moedinhas, muitas delas pedindo ajuda e a bênção dos santos. “Encontramos também bilhetes enfiados nas paredes da igreja e até no forro”, conta Clarisse. Documentos pessoais, papéis de bala, canetas, brinquedos, incluindo um cavalinho, também foram descobertos

Na área interna do templo, o serviço foi realizado abaixo das campas (antigamente usadas para sepultamento), espaço que demandou obras para sustentação, e abaixo da sacristia, bem como nas áreas de banheiro, para instalação de nova estrutura hidráulica.

O material coletado teve várias destinações. Enquanto as cartas, bilhetes e documentos foram encaminhados ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, parte do material arqueológico foi levado para o Museu de Ciência e Técnica (MCT) da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Outra parte do material ficará exposta no Museu de Mariana, a partir de hoje.

já a igreja de São Francisco de assis será reaberta às 10h, depois de obras que demandaram recursos de R$ 17 milhões e muitos anos de expectativa(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CERIMÔNIA 

Marcada para as 10h desta quinta-feira (28/9), a solenidade de reabertura da Igreja São Francisco de Assis e inauguração do Museu de Mariana contará com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, em sua primeira visita a Minas após assumir a pasta.

Nos últimos quatro anos, foram investidos, nas duas obras, R$ 17 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Cultural Vale e programa federal PAC das Cidades Históricas, cujos recursos partem do Iphan. O Centro Histórico de Mariana tem tombamento federal, sendo o templo católico protegido isoladamente pelo Iphan.

Foram muitos anos de expectativa, dúvidas, temores e polêmicas. Por duas vezes, a igreja sofreu interdição, conforme documentou o Estado de Minas. Em março de 2009, por determinação da Justiça, as portas foram lacradas, com proibição de atividades religiosas e visitação pública, até que fossem executadas obras para garantir a estabilidade da estrutura e a segurança dos visitantes. Na época, o pedido de interdição partiu do Ministério Público de Minas Gerais, por solicitação do escritório regional do Iphan.

A segunda interdição ocorreu três anos depois, e, desde então, a igreja estava fechada. Em maio de 2012, a Prefeitura de Mariana fechou o templo com base em laudo do Iphan, que apontou problemas na cobertura e estrutura do prédio. Já a Casa do Conde de Assumar, transformada em Museu de Mariana, em situação de quase arruinamento, tinha portas e janelas constantemente fechadas.

Os investimentos na recuperação da igreja começaram em 2014, com os projetos de obra civil (hidráulica, elétrica e prevenção de incêndios) e elementos artísticos custeados pela Prefeitura de Mariana e Iphan, no PAC das Cidades Históricas. Em 2019, vieram as obras, tendo como proponente o Instituto Pedra e recursos do BNDES e do Instituto Cultural Vale.

A Casa do Conde Assumar, na área de tombamento federal, teve projetos elaborados com recursos da prefeitura local e projeto museográfico a cargo do PAC Cidades Históricas. A exemplo da Igreja São Francisco de Assis, o proponente é o Instituto Pedra e os recursos partiram do BNDES e do Instituto Cultural Vale. 

FONTE ESTADO DE MINAS

Mariana expõe tesouros revelados na restauração de monumentos

Objetos recolhidos durante o restauro da Igreja de São Francisco de Assis integram acervo de museu que será inaugurado hoje, junto com a reabertura do templo

Mariana – Ao reabrirem as portas, na manhã de hoje, a Igreja São Francisco de Assis e o Museu de Mariana (Casa do Conde de Assumar), em Mariana, na Região Central do estado, terão muito mais a mostrar do que as imagens do templo barroco, os ambientes dos tempos coloniais e parte da história tricentenária da primeira vila, cidade e diocese de Minas Gerais. Durante o restauro dos dois bens do século 18, o trabalho foi acompanhado por arqueólogos, que encontraram objetos e fragmentos descartados ao longo do tempo e, agora, apresentados a moradores e visitantes.

“Estivemos presentes durante toda a movimentação dos trabalhadores, nas áreas externa e interna da igreja e do museu”, explica a arqueóloga Clarisse Callegari Jacques, da Peruaçu Arqueologia, empresa contratada para o serviço. Assim, enquanto as equipes se dedicavam às mais diversas funções, do encanamento, com escavação no solo, ao restauro do forro, os arqueólogos estavam de olho no “lado oculto” da edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na vala feita ao redor da igreja e do museu para implantação do sistema de descarga elétrica, foram encontrados muitos objetos, entre antigos e recentes, diz Clarisse, informando que a área foi muito “remexida” ao longo dos anos, indicando possíveis interferências. Assim, o que poderia ser considerado lixo para alguns, representa, na verdade, um valioso material de pesquisa sobre a história,  os costumes e as tradições da cidade.

Em toda a área externa, foram retirados cacos de louça, ossos de animais, cachimbos (de cerâmica) de escravizados, fragmentos de telhas, de pedra-sabão e de grés (tipo de cerâmica), cacos de garrafas de bebida alcoólica, remédios e vidraça, peças de metal, a exemplo de chaves, dobradiças e cravos. Especificamente na área interna da igreja, estavam pedaços de imagens de santos.

A casa do conde Assumar passa a abrigar o museu de Mariana(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CARTAS DE DEVOÇÃO 

Chamou a atenção da equipe de arqueólogos as cartas manuscritas, algumas com moedinhas, muitas delas pedindo ajuda e a bênção dos santos. “Encontramos também bilhetes enfiados nas paredes da igreja e até no forro”, conta Clarisse. Documentos pessoais, papéis de bala, canetas, brinquedos, incluindo um cavalinho, também foram descobertos

Na área interna do templo, o serviço foi realizado abaixo das campas (antigamente usadas para sepultamento), espaço que demandou obras para sustentação, e abaixo da sacristia, bem como nas áreas de banheiro, para instalação de nova estrutura hidráulica.

O material coletado teve várias destinações. Enquanto as cartas, bilhetes e documentos foram encaminhados ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, parte do material arqueológico foi levado para o Museu de Ciência e Técnica (MCT) da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Outra parte do material ficará exposta no Museu de Mariana, a partir de hoje.

já a igreja de São Francisco de assis será reaberta às 10h, depois de obras que demandaram recursos de R$ 17 milhões e muitos anos de expectativa(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CERIMÔNIA 

Marcada para as 10h desta quinta-feira (28/9), a solenidade de reabertura da Igreja São Francisco de Assis e inauguração do Museu de Mariana contará com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, em sua primeira visita a Minas após assumir a pasta.

Nos últimos quatro anos, foram investidos, nas duas obras, R$ 17 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Cultural Vale e programa federal PAC das Cidades Históricas, cujos recursos partem do Iphan. O Centro Histórico de Mariana tem tombamento federal, sendo o templo católico protegido isoladamente pelo Iphan.

Foram muitos anos de expectativa, dúvidas, temores e polêmicas. Por duas vezes, a igreja sofreu interdição, conforme documentou o Estado de Minas. Em março de 2009, por determinação da Justiça, as portas foram lacradas, com proibição de atividades religiosas e visitação pública, até que fossem executadas obras para garantir a estabilidade da estrutura e a segurança dos visitantes. Na época, o pedido de interdição partiu do Ministério Público de Minas Gerais, por solicitação do escritório regional do Iphan.

A segunda interdição ocorreu três anos depois, e, desde então, a igreja estava fechada. Em maio de 2012, a Prefeitura de Mariana fechou o templo com base em laudo do Iphan, que apontou problemas na cobertura e estrutura do prédio. Já a Casa do Conde de Assumar, transformada em Museu de Mariana, em situação de quase arruinamento, tinha portas e janelas constantemente fechadas.

Os investimentos na recuperação da igreja começaram em 2014, com os projetos de obra civil (hidráulica, elétrica e prevenção de incêndios) e elementos artísticos custeados pela Prefeitura de Mariana e Iphan, no PAC das Cidades Históricas. Em 2019, vieram as obras, tendo como proponente o Instituto Pedra e recursos do BNDES e do Instituto Cultural Vale.

A Casa do Conde Assumar, na área de tombamento federal, teve projetos elaborados com recursos da prefeitura local e projeto museográfico a cargo do PAC Cidades Históricas. A exemplo da Igreja São Francisco de Assis, o proponente é o Instituto Pedra e os recursos partiram do BNDES e do Instituto Cultural Vale. 

FONTE ESTADO DE MINAS

MG: cidade tem tombamento ‘híbrido’ inédito de bens materiais e imateriais

Decisão, por unanimidade, ocorreu na reunião do Conep, nesta terça (29), em BH. Em março, o Estado de Minas mostrou a mobilização de autoridades e comunidade

Um patrimônio importante de Minas Gerais ganha mais proteção para valorizar sua história, cultura e monumentos. O município de Santana dos Montes, na Região Central, mereceu, nesta terça-feira (29), um tombamento estadual inédito, e por unanimidade, durante reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep).

O tombamento ocorre, pela primeira vez, com uso de uma metodologia participativa e do conceito de patrimônio integrado, contemplando bens materiais presentes no núcleo histórico e elementos simbólicos e afetivos relacionados ao patrimônio imaterial.

Entre esses, estão os trajetos realizados pelos grupos de folia de reis e congado e a igreja de Nossa Senhora do Rosário, “edificação recente, mas de grande relevância para população local”, conforme destacou o secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveira, que presidiu a reunião do Conep.

Em março, o Estado de Minas mostrou a mobilização de autoridades e comunidade em torno do tombamento “híbrido” dos bens de Santana dos Montes.

Por meio das oficinas de inventários participativos realizada na cidade de Santana dos Montes, com a participação de grupos de folias, congados, tocadores de viola, empresários do setor hoteleiro e outros membros da sociedade civil, foi possível identificar, de acordo com informação da Secult, uma série de elementos e referências culturais que foram integrados ao processo de tombamento.

A ação se constitui em um marco nas atividades do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), “uma vez que esse atualiza suas ações e metodologias para um conceito mais amplo de patrimônio cultural, sem distinção entre elementos materiais ou imateriais, e incorpora em seus processos as premissas da sociedade civil, sem hierarquizar o conhecimento técnico produzido pela instituição e o desejo popular daqueles que vivenciam e conservam esse patrimônio cultural vivo no município”. 

PROTEÇÃO

O tombamento estadual contempla um pedido da prefeitura local realizado há 14 anos ao governo estadual. Nos últimos dois anos, houve o fortalecimento de uma parceria entre estado e município, que possibilitou a instrução de estudos e processos para o tombamento municipal, e, posteriormente, serviram de base para o tombamento estadual. Com a proteção, a cidade ganha maior capacidade para buscar recursos para conservação e preservação de seus bens culturais.

“A paisagem cultural que a circunda, seu casario, igrejas e fazendas são de uma beleza ímpar. O tombamento estadual conquistado, hoje, quer eternizar mais um capítulo importante da história originária da mineiridade, fundada no período colonial brasileiro. Ao proteger arquitetura, estilos e, de forma conjunta, suas tradições, torna-se também o primeiro modelo pautado no conceito de patrimônio cultural integrado, unindo aspectos do patrimônio material e imaterial”, disse o secretario Leônidas Oliveira.

De forma pioneira, o Iepha conduziu todo o processo de tombamento, nos últimos dois anos, com participação popular. As ruas e áreas que receberam o tombamento estadual vão preservar a também os trajetos e a história do congado e folias vivenciadas na cidade. Todo o estudo foi construído em parceria com o poder público municipal, estadual e junto a comunidade, para que assim pudesse ser escolhido os locais e bens de maior representatividade a serem protegidos pelo tombamento. 

Para tanto, a comunidade de Santana dos Montes foi envolvidas nos estudos do tombamento por meio do curso de inventário participativo, realizado em setembro de 2022, sendo os bens culturais identificados pela população  incorporados formalmente ao processo.  

“O tombamento de Santana dos Montes e uma conquista da população, do governo de Minas, do Brasil. Com a proteção dos bens dessa cidade, esperamos que a economia criativa promovida pelo turismo possa trazer maior desenvolvimento para o local, tendo a garantia do patrimônio histórico preservado. Uma iniciativa para se comemorar e perpetuar os valores de nossa mineiridade”, destacou Leônidas Oliveira. 

PONTUAÇÃO

Com o reconhecimento estadual, o município terá maior pontuação no ICMS Cultural e estará mais apto para captação de recursos estaduais e federais que podem ser investidos no município. “Estamos muito honrados com o tombamento, sendo a primeira cidade cujo tombamento contempla aspectos do patrimônio material e imaterial.  Nossa expectativa e que a partir de agora teremos maior apoio para nossa preservação e desenvolvimento”, disse o prefeito Avanilson Alves de Oliveira. 

FONTE ESTADO DE MINAS

18 monumentos e estátuas em Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Toda cidade brasileira tem seus monumentos e estátuas. São personalidades que fizeram parte da história local ou fatos históricos que se tornaram monumentos, imortalizando uma parte da história de cada cidade e de um estado. Selecionamos imagens 18 de monumentos e estátuas em Minas Gerais. São milhares espalhados pelos 853 municípios mineiros. Não dá para colocar todos, por isso selecionamos apenas 18.

01 – Estátua de Nossa Senhora das Graças

Em Bom Repouso, no Sul de Minas, está uma das mais imponentes e impressionantes estátuas em Minas Gerais, local de peregrinação e fé já tradicional no Estado. Construída em argamassa no ano de 2001, no topo de uma serra, a 1410 metros de altitude, a estátua dedicada à Nossa Senhora das Graças tem 17 metros de altura e mais 3 metros de base. No total são 20 metros de altura. (na fotografia acima de Jussan Lima, dá para perceber a imponência da estátua, em relação ao santuário)

02 – Menino Maluquinho

Caratinga é a terra do escritor e cartunista Ziraldo Alves Moreira Pinto. Seu mais famoso personagem é o Menino Maluquinho. O autor da obra e seu personagem principal, o Menino Maluquinho, foram homenageados pela cidade em 2003, com uma estátua, na entrada da cidade do Vale do Rio Doce. A obra foi criada pelo artista plástico João Rosendo Alvim Soares, de Manhumirim MG. (fotografia acima de Elvira Nascimento)          O monumento, de 10 metros de altura a partir de sua base de concreto, tem seu corpo feito em resina de fibra e revestido em massa sintética enrijecida, além de ter sido pintado com tinta automotiva e verniz vitrificado.

03 – Obelisco da Praça Sete

Conhecido como Pirulito da Praça Sete, está instalado bem no centro de Belo Horizonte. Foi doada em 1922 pelos moradores da vizinha cidade de Capela Nova do Betim, hoje, Betim, aos belo-horizontinos, por ocasião das comemorações do centenário da Independência do Brasil. (fotografia acima de Thelmo Lins)

Projetado pelo arquiteto Antônio Rego, simboliza a espada de Dom Pedro I. A construção do obelisco ficou a cargo do proprietário de uma pedreira em Betim, o engenheiro Antônio Gonçalves Gravatá. Foi de sua pedreira, que foram extraídas as pedras de granito para construção da base e do obelisco de 7 metros de altura,

04 – O Cristo de Elói Mendes

Uma grandiosa obra do escultor cearense Genésio Gomes de Moura, o Cristo de Elói Mendes, no Sul de Minas, possui 31,5 metros de altura, sustado por um pedestal de 8 metros e envergadura de 29 metros. É uma das maiores esculturas de “cristos” no Brasil. Ao todo são 41,5 metros de altura. (Foto acima de Carias Frascoli em 2012)

Instalado em 2011, no alto de um morro, às margens da BR-491, o Cristo pode ser visto de braços abertos, em toda sua magnitude, de várias parte da cidade e rodovia, dando a impressão de estar abraçando a cidade. Do alto, a vista da cidade e região é espetacular.

05 – Juquinha da Serra do Cipó

José Patrício, o popular Juquinha, foi um personagem folclórico e muito querido da Serra do Cipó, em Santana do Riacho MG, Região Central. Com flores que coletava na serra e um sorriso no rosto, cativava todos. Era considerado o guardião da Serra do Cipó. (fotografia acima de Raul Moura/@raulzito_moura)

Seu carisma, simplicidade e sua enigmática história de vida, o tornou tão popular a ponto de ser imortalizado em uma estátua de 3 metros de altura, esculpida em argila, pela artista plástica Virgínia Ferreira.

Inaugurada em 1987, 3 anos após a morte de Juquinha, a estátua está sobre um platô que permite uma ampla vista da Serra do Cipó. Era o local que o popular ermitão gostava de ficar, para colher flores.

Em pouco tempo, a estátua se transformou num ponto turístico e de intensa visitação, se tornando um dos símbolos de Santana do Riacho MG. Ao longo dos anos, várias outras estátuas do Juquinha foram colocadas em vários pontos de Santana do Riacho e na Vila Serra Cipó, distrito da cidade.

06 – Dominguinhos da pedra, o Homem de Itambé

Por incrível que possa parecer, tem que opte por morar em viver como troglodita, ou seja, uma pessoa que vive ou habita em cavernas, mesmo em plena era moderna. Foi o caso de domingos Albino Ferreira, o popular Dominguinhos da Pedra. Natural de Dom Joaquim MG, Dominguinhos viveu isolado em uma caverna por 42 anos, na Serra do Cipó, em Itambé do Mato Dentro MG, Região Central. (na foto acima enviada pelo Matheus Perdigão/@ourofinoitambe, a estátua de Dominguinhos da Pedra)

Roupas surradas, descalços, magro, cabelo, barbas longas era visto sempre acompanhado de um velho violão, Dominguinhos se transformou em uma lenda. Foi considerado o último eremita a viver em caverna no mundo. Era conhecido como o Homem de Itambé. Inclusive, foi tema de documentários, filmes e reportagens de revistas, jornais nacionais e TV´s, até de outros, países como a BBC de Londres.

A cidade de Itambé do Mato Dentro o homenageou com uma estátua em tamanho natural feita pela escultora Rosilândia Patrícia, instalada no local próximo à caverna em que Dominguinhos da Pedra vivia.

07 – Praça Minas Gerais

A Praça Minas Gerais, localizada em Mariana MG, Região Central, forma um conjunto de monumentos dos mais importantes para Minas Gerais. Formada no início do século XVIII, a Praça Minas Gerais é constituída pelas Igrejas de São Francisco de Assis e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, pelo prédio da antiga câmara e cadeia pública, tendo ao centro, o Pelourinho. (na fotografia acima de Nacip Gômez)

E um dos mais importantes monumentos históricos formados durante o Ciclo do Ouro em Minas Gerais. Era o centro da administração econômica da primeira capital de Minas Gerais, além de ser ponto estratégico de fiscalização da Coroa Portuguesa.

Além disso, faz parte da rota do ouro e um dos mais importantes pontos turísticos da cidade e um os símbolos de Minas Gerais.

08 – Portal Grande Sertão

Idealizado pelo artista plástico Léo Santana, o Portal Grande Sertão Veredas é uma homenagem de Cordisburgo MG, cidade a 110 km de Belo Horizonte ao escritor João Guimarães Rosa, natural da cidade. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)

O portal, instalado em 2010, simboliza a travessia de Guimarães Rosa, conduzindo uma boiada, juntamente com outros vaqueiros, entre Três Marias MG até a Fazenda São Francisco, em Araçaí MG, cidade vizinha a Cordisburgo MG. Foi a partir dessa travessia que Guimarães Rosa se inspirou para escrever Grande Sertão -Veredas, um dos maiores clássicos da literatura brasileira do século XX.

Formado por 8 peças em bronze, em tamanho natural e um pórtico de ferro, o portal está instalado na Praça Miguelim. Retrata a comitiva que fez a travessia com Guimarães Rosa. O escritor está em pé, próximo a um cachorro, que faz parte da história do livro Grande Sertão – Veredas, além de 6 vaqueiros montados em cavalos.

09 – Estátua de Tiradentes em Ouro Preto

Altiva e imponente, bem no coração da antiga Vila Rica, a estátua de Tiradentes é um dos mais antigos e principais monumentos de Minas Gerais. Construída pelo artista plástico italiano, Virgílio Cestari, no final do século XIX, o monumento é sustentado por uma base feita de granito, vindo do Rio de Janeiro. Já a estátua do Tiradentes foi feita em bronze, importado da Argentina. (fotografia acima de Ane Souz)

Instalado no dia 21 de abril de 1984, a estátua de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi instalada no local onde o Mártir da Inconfidência, teve sua cabeça exposta num poste, quando de sua decapitação no Rio de Janeiro.

Está de frente para o Museu da Inconfidência e de costas para antigo Palácio dos Governadores (hoje Museu da Mineralogia), onde as autoridades da época despachavam e eram os responsáveis pela repressão e condenação dos acusados de crimes contra a Coroa Portuguesa. Tiradentes foi um desses acusados, bem como todos os Inconfidentes. Por isso posição da estátua, de costas para o antigo Palácio dos Governadores.

10 – Nave do ET de Varginha

Varginha entrou para o cenário mundial a partir de 20 de janeiro de 1996, com o suposto pouso de OVNI na cidade. A partir dessa época, a cidade incorporou a suposta aparição de Extraterrestres, criando monumentos que relembra o fato. Pela cidade, imagens de Et´s r naves espaciais são vistas na cidade.

Um dos monumentos mais famosos, alusivos ao episódio de 1996, é a Nave do ET, construída em 2001. Trata-se de uma torre tendo no topo um reservatório de água em forma de disco. Literalmente, é uma caixa d´água. 

Aos pés do monumento, uma charmosa estátua de um ET em verde, segurando o mapa de Minas, em vermelho, completa o monumento. (as três fotos acima são de autoria de Carias Frascoli)

11 – Monumento a Lamartine Babo

Lamartine Babo, um dos maiores compositores da MPB, nasceu e morreu no Rio de Janeiro, mas tornou uma cidade mineira conhecida em todo o Brasil. É Boa Esperança, no Sul de Minas, cidade visitada pelo escritor em 1937. (fotografia acima de Carias Frascoli)

Lamartine Babo se apaixonou pela cidade, gostou tanto que compôs um samba-canção que se tornou um clássico: “Serra da Boa Esperança”, interpretada até os dias de hoje, por vários artistas brasileiros.

Em homenagem ao compositor e a sua famosa composição, alusiva à principal serra da cidade, um monumento foi instalado na Praça Marechal Floriano Peixoto, no centro de Boa Esperança.

O monumento, sustentado por uma base de concreto, foi feito em fiberglass. A obra é formada por um violão com cordas e o busto em bronze de Lamartine Babo, no centro.

12 – Monumento a Ari Barroso

Natural de Ubá MG, Zona da Mata, Ary Barroso, radialista, arranjador e compositor de clássicos da MPB, como Aquarela do Brasil, recebeu homenagens e reconhecimento de sua cidade natal, em forma de uma estátua. Com o nome de “Ary Barroso ao Piano”, a belíssima escultura em bronze do artista plástico Wellington Fernandes, retrata Ary Barroso sentado em uma cadeira, tocando piano. (fotografia acima de Jair Barreiros)

13 – Presépio Mão de Deus

Instalado em Grão Mogol, no Norte de Minas, em 2011, é uma obra fascinante e única. É o maior presépio a céu aberto do mundo. Com o nome de Mão de Deus, o presépio atrai a cada dia, um grande número de visitantes à Grão Mogol, principalmente em épocas festivas, como o Natal e dia de Santos Reis. (fotografia acima de Anderson Sá)

A história bíblica do nascimento de Jesus é simbolizada em estátuas e cenas de tamanho natural, pesando cada uma, em média 700 quilos. O presépio ocupa uma área de 3,6 mil metros quadrados. A área é toda ornamentada e decorada com pedras e materiais naturais da própria região.

Os personagens bíblicos que retratam a Sagrada Família, José, Maria e Jesus, o boi, o carneiro, o burrinho e o galo, foram esculpidos pelo escultor Antônio Silva Reis, de Contagem MG, usando cimento e ferragens. Já os três reis magos e a estátua de São Francisco de Assis, santo que criou o primeiro presépio, no mundo, em 1223, foram esculpidos plástico Edson Novais, de Ouro Preto MG.

14 – A Casa do Elefante

Na entrada da cidade de Cordisburgo, a 110 km de Belo Horizonte, na Região Central, uma imponente obra, de 8,5 metros de altura e 12 metros de largura, em ferro, tijolo e cimento, chama a atenção. Construída para ser literalmente uma casa, é atualmente um ponto de visitação turística. (fotografia acima de Anderson Sá)

A enorme escultura chama a atenção por ser a réplica da deusa hindu Lakshmin, que na crença indiana, é uma elefanta. A deusa indiana representada por uma elefanta, simboliza a vitória e o sucesso.

O autor da obra é escultor Stamar, que fez a “casa” com recursos próprios. A obra retrata com fidelidade a elefanta Lakshim, bem como todos os seus ornamentos. As unhas são pintadas em brnaco, os cílios foram feitos com arame, os olhos de acrílico, os dentes de ferro, gesso, fibra e papelão. A tromba jorra água que rega um pequeno jardim com flores de lótus, planta que para os hindus e budistas, significa a pureza espiritual.

Mesmo retratando uma elefanta, com ornamentos femininos, é popularmente chamada de Casa do Elefante, no masculino. Com o tempo, virou atração na cidade e um dos atrativos para os visitantes, já que Cordisburgo é a terra natal do escritor Guimarães Rosa. É na cidade que encontra-se a Gruta de Maquiné, uma das mais impressionantes cavernas mineiras.

15 –  Monumento à Mãe Mineira

No Parque Municipal Renê Gianetti, em Belo Horizonte, encontra-se uma das mais belas esculturas mineiras. O monumento simboliza e homenageia todas as Mães de Minas Gerais. Com o nome Mãe Mineira, a estátua foi esculpida pelo escultor italiano Lélio Coluccini e instalada no Parque Municipal em 1958. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)

16 – Os monumentos de Ouro Fino

Famosa por ter sido a fonte de inspiração para a música O Menino da Porteira, do compositor Teddy Vieira, Ouro Fino, no Sul de Minas, incorporou em sua história este clássico da música sertaneja. (monumento ao Menino da Porteira com fotografia de Anderson Sá)

Na cidade encontra-se 3 monumentos que simbolizam a canção: O Menino da Porteira com 20 metros de altura, o Berrante de Ouro (na foto acima de Douglas Coltri) e o Boi sem Coração (na foto abaixo de Anderson Sá).

Os três monumentos foram feitos pelo artista plástico Genésio Gomes de Moura, natural de Fortaleza/CE. O artista tem grandiosas obras em várias brasileiras, como a estátua do Buda em Ibiraçu/ES de 38 metros de altura, a Estátua de Pelé em Três Corações MG, a estátua do Cristo Redentor, em Elói Mendes MG, uma das maiores estátua do mundo, com mais de 40 metros de altura, dentre outras tantas espalhadas por cidades brasileiras.

17 – Monumento à Terra Mineira

Instalado entre a Praça da Estação e Praça Rui Barbosa em Belo Horizonte, bem em frente ao Museu de Artes e Ofícios, o Monumento à Terra Mineira é um dos mais expressivos de Minas Gerais. Inaugurada em 15 de julho de 1930, a obra em granito, foi esculpida pelo escultor italiano Giulio Starece com figuras que representam importantes fatos da história mineira. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)

Ao prestar atenção nos detalhes da obra, no enorme bloco de granito, percebe-se a representação de figuras em relevo dos bandeirantes Bruza Spinosa e Fernão Dias Paes Leme, os martírios de Tiradentes e Felipe dos Santos e outros fatos importantes de nossa história. No topo do bloco, a estátua em bronze de um homem despido, empunhando uma bandeira, representa o deu greco-romano, Apolo, o deus da justiça e tolerância.

A estátua simboliza o heroísmo do povo mineiro. Aos pés da estátua de Apolo, uma placa em latim diz: “Montani Semper Liberti” – A montanha sempre está livre.

18 – Monumentos à saga do Sete Orelhas

Januário Garcia Leal era um pacato fazendeiro natural de Jacuí, no Sul de Minas. Nascido em 1761, pai de família, Capitão de Ordenanças, rico e trabalhador, teve sua vida mudada após o brutal assassinato de seu irmão, João Garcia Leal em 1802, na vizinha cidade de São Bento Abade. (fotografia acima de Duva Brunelli)

O motivo foi disputa de terra com seu vizinho, Francisco Silva, pai de 7 filhos. João Garcia Leal foi capturado pelos 7 filhos do fazendeiro, amarrado a uma figueira, espancando e esfolado vivo.

O fato foi assistido de longe por Januário Garcia Leal. Recorreu ao judiciário da época para punir os algozes de seu irmão, mas percebeu de imediato que não teria sucesso, devido a lentidão e distância de onde vivia para a comarca mais próxima, São João Del Rei MG. Resolveu então fazer justiça com as próprias mãos, aplicado a “Lei de Talião”, olho por olho, dente por dente.

Junto com seu irmão mais novo, o Alferes Salvador Garcia Leal e seu primo, Capitão Mateus Luís Garcia, partiu à caça dos 7 irmãos pelo sertão mineiro. E pegou um por um.

Cada um dos irmãos que era executado, tinha as orelhas cortadas, salgadas e amarradas em um cordão. Januário Garcia Leal pendurava a corda com as orelhas no pescoço, como se fosse um colar. Por isso, passou a ser conhecido como Sete Orelhas, o Vingador Mineiro.

Era respeitado pelo povo e temido pela oligarquia e o governo português, que temia estar surgindo um novo herói popular em Minas Gerais, que desafiasse a Coroa Portuguesa.

Para pôr fim a saga do Vingador Mineiro, em 1808, o Príncipe Regente, ordenou que fosse dado um fim ao bando dos Garcias. Para tal missão, foi designado Fernando Vasconcelos Parada e Souza, o responsável pela caça a Tiradentes e os Inconfidentes. Januário Garcia Leal foi caçado, mas morreu de acidente na cidade de Lajes, em Santa Catarina, para onde fugiu da perseguição do Governo Português.

A cidade de São Bento Abade MG conta toda a história da saga dos Garcias, retratando toda a trajetória do Vingador Mineiro, desde a figueira onde seu irmão foi esfolado e em vários monumentos pela cidade (como podem ver nas fotos acima de Duva Brunelli).          Logo na entrada, João Garcia Leal, aparece montado em um cavalo, com o colar de 7 orelhas no pescoço, bem como uma praça na cidade retrata o martírio de seu irmão, o Sete Orelhas e cada um dos irmãos capturados pelo Vingador Mineiro, em tamanho original.

FONTE CONHEÇA MINAS

Pichador de monumentos e casos é preso em cidade histórica da região

Na madrugada desta sexta-feira, equipe PM, acionada, deslocou até um endereço da área central, onde, segundo denúncias anônimas, teria um cidadão pichando diversos monumentos e residências.
Durante os trabalhos, a Polícia Militar localizou o autor, identificado como um homem de 34 anos, oriundo do Bairro Morumbi, no Estado de São Paulo, que trazia uma mochila e, em seu interior, 05 latas de tinta spray; 01 caneta tinta (tipo marcador) e 02 moldes que formavam a imagem de um inseto (tipo mosca).
Por meio de levantamentos, foi possível constatar a ação do indivíduo, sendo encontradas pichações em vários pontos da cidade, e afirmado por ele que estava fazendo “intervenções urbanas” e que estava em São João del-Rei por motivo de passeio.
O autor foi preso, e conduzido à Delegacia, para fins de providências subsequentes.

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