Tragédia no toboágua: perita criminal forjou atentado contra si mesma, afirma polícia

Uma perita criminal é suspeita, segundo a Polícia Civil de Goiás, de contratar um ex-colega para forjar um atentado a tiros contra ela na última quinta-feira (10) em Caldas Novas, no interior do estado. De acordo com a investigação, o ataque fazia parte de um plano arquitetado pela própria servidora para forçar uma transferência a outro município.

Após ter sido baleada próximo ao ombro esquerdo, Kathia Mendes Magalhães, 40, gravou um vídeo. “Gente, apesar do que aconteceu, eu tô bem. [O tiro] não pegou em nada [em nenhum órgão] vital”, disse, em mensagem obtida pelo UOL.

Na mensagem de 27 segundos, a perita tentou tranquilizar amigos e parentes. “Tô fora de risco, tô estável. Vou fazer mais alguns exames. Agradeço demais a preocupação de todo mundo. Tô recebendo as mensagens, tá? Daqui a pouco, eu tô de volta com vocês”, encerrou. A perita criminal foi atingida por um disparo efetuado por um revólver calibre 32 quando estava na rodovia GO-213, na saída de Caldas Novas para Rio Quente.

Farsa descoberta em menos de 24 h A Polícia Civil descobriu a suposta farsa menos de 24 horas após o crime ao identificar pessoas que disseram ter sido procuradas por Kathia há um mês com a proposta de participar do atentado. Os investigadores então identificaram um ex-colega, que confessou ter atirado a pedido da própria perita, segundo a polícia.

O homem então informou à Polícia Civil ter usado a arma entregue por Kathia no dia do atentado. No dia seguinte, a depositou em um armário no local de trabalho da perita em Caldas Novas, com chaves fornecidas por ela. O revólver foi apreendido pelos investigadores para que seja periciado. Em seguida, os agentes voltaram a ouvir a perita. Segundo eles, a perita confessou ter arquitetado o crime e forneceu detalhes sobre a ação. A Polícia Civil investiga o caso, mas ainda não fornece detalhes sobre os crimes pelos quais a perita e o seu ex-colega responderão. O UOL não conseguiu localizar a perita para que ela pudesse apresentar a sua versão do caso.

O caso

A perita é a profissional da PCMG que investiga a morte ocorrida no dia 13/2, quando uma criança de apenas 8 anos faleceu após cair de um toboágua do parque aquático DiRoma, em Caldas Novas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o garoto despencou do ‘Vulcão’, uma das maiores atrações do ponto turístico em Goiás. A vítima fatal, Davi Lucas, natural de Conselheiro Lafaiete (MG0, estava com a família em um passeio.

Segundo informações, no dia do acidente, o brinquedo estava fechado para manutenção. Por isso, inclusive, os pais do pequeno Davi querem entender como a criança subiu até o tobogã, se o acesso deveria estar fechado.

Em nota, a Prefeitura de Caldas Novas afirmou que, após cair de uma altura de cerca de 15 metros, o pequeno sofreu diversas lesões, além de um traumatismo craniano seguido de afogamento. Davi, então, chegou a ser levado para o Hospital Municipal da cidade em estado grave e, assim, teve de ser intubado.Pouco depois de ser internado, o garoto seria enviado para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas sofreu uma parada cardíaca. Com isso, sua transferência foi cancelada. Algum tempo mais tarde, por volta das 19h, a morte de Davi foi confirmada pela equipe médica responsável.

Agora, a Polícia Civil investiga o caso e tenta compreender como o menino chegou até os toboáguas, mesmo com a atração interditada — que deveria voltar a funcionar em 30 de junho, de acordo com o parque. Nesse sentido, segundo testemunhas, Davi teria despencado do tobogã azul, que fica no meio da atração e estava cortado pela metade.

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