812 mortes em estradas de Minas Gerais só em 2023

Imprudência de motoristas e trechos perigosos. Essa é a associação que causa mortes em estradas e vias urbanas de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais divulgou hoje (4/10) que em 2023, em quase 18 mil atendimentos de trânsito no estado, 812 pessoas morreram.

Nessas ocorrências, foram 2.651 graves ou inconscientes, 14.617 vítimas leves e 2.657 sem lesão aparente.

No ano passado (2022), foram quase 24.500 ocorrências de trânsito no estado, com 1.053 mortos, 3.470 vítimas graves ou inconscientes, 19.999 vítimas leves e 3.597 vítimas sem lesão aparente.

Já em 2021, os números foram:

Vítimas fatais: 1.141. Vítimas graves ou inconscientes: 3.541. Vítimas leves: 19.604. Vítimas sem lesão aparente: 3.206.

“Visando o melhor atendimento das vítimas e o aprimoramento das técnicas de salvamento veicular, o Corpo de Bombeiros investe recorrentemente em capacitações, como o workshop que está ocorrendo nesta quarta (4/10) e quinta-feira (5/10) no bairro Bom Fim, em Belo Horizonte. Trata-se do Workshop de Salvamento Veicular que pretende regular os procedimentos de desencarceramento de vítimas, manuseio das ferramentas, escoramento de veículos, aulas teóricas e práticas. Sempre no intuito de alinhar o atendimento operacional com o que há de mais moderno e avançado”, informou a corporação em nota à imprensa.

FONTE RADAR GERAL

812 mortes em estradas de Minas Gerais só em 2023

Imprudência de motoristas e trechos perigosos. Essa é a associação que causa mortes em estradas e vias urbanas de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais divulgou hoje (4/10) que em 2023, em quase 18 mil atendimentos de trânsito no estado, 812 pessoas morreram.

Nessas ocorrências, foram 2.651 graves ou inconscientes, 14.617 vítimas leves e 2.657 sem lesão aparente.

No ano passado (2022), foram quase 24.500 ocorrências de trânsito no estado, com 1.053 mortos, 3.470 vítimas graves ou inconscientes, 19.999 vítimas leves e 3.597 vítimas sem lesão aparente.

Já em 2021, os números foram:

Vítimas fatais: 1.141. Vítimas graves ou inconscientes: 3.541. Vítimas leves: 19.604. Vítimas sem lesão aparente: 3.206.

“Visando o melhor atendimento das vítimas e o aprimoramento das técnicas de salvamento veicular, o Corpo de Bombeiros investe recorrentemente em capacitações, como o workshop que está ocorrendo nesta quarta (4/10) e quinta-feira (5/10) no bairro Bom Fim, em Belo Horizonte. Trata-se do Workshop de Salvamento Veicular que pretende regular os procedimentos de desencarceramento de vítimas, manuseio das ferramentas, escoramento de veículos, aulas teóricas e práticas. Sempre no intuito de alinhar o atendimento operacional com o que há de mais moderno e avançado”, informou a corporação em nota à imprensa.

FONTE RADAR GERAL

Ciclone que provocou 4 mortes no RS avança para o Sudeste

Desde o final de semana, as chuvas não param no Rio Grande do Sul por causa da formação de um ciclone extratropical — em consequência do excesso de precipitações, as enchentes já foram responsáveis pela morte de quatro pessoas, até o momento, no estado. Na terça-feira (5), o fenômeno climático provocará impactos no estado de São Paulo, causando chuvas e rajadas de vento na capital.

No monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as regiões ao norte e nordeste do Rio Grande do Sul foram colocadas em estado de alerta vermelho devido às tempestades desta segunda-feira (4), com ventos intensos nas velocidades de 60 até 100 km/h.

Formação de ciclone extratropical

Segundo o Climatempo, o ciclone extratropical do Rio Grande do Sul está relacionado com a formação de uma frente fria, responsável por mudar o tempo no estado de São Paulo, a partir desta noite.

Efeitos do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul serão sentidos no estado de São Paulo, segundo especialistas (Imagem: Kseniasol/Envato)
Efeitos do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul serão sentidos no estado de São Paulo, segundo especialistas (Imagem: Kseniasol/Envato)

“Antes da chuva, dia de sol e muito calor (pré-frontal) na cidade de SP e em muitos municípios do interior. Os ventos aumentam ao longo do dia, podendo chegar aos 60 km/h de forma pontual no interior do estado e a chuva para a RMSP [Região Metropolitana de São Paulo], chega à noite”, descreve o instituto sobre a mudança na tendência de calor.

Quase 400 mil raios no Rio Grande do Sul

Vale observar que, durante o domingo de temporal (3), o Rio Grande do Sul registrou quase 400 mil raios, segundo dados compilados pela MetSul Meteorologia a partir do sensor GLM (Geostationary Lightning Mapper) do satélite meteorológico GOES-16, da NOAA e da NASA.

Para ser mais preciso, foram contabilizadas 377.948 descargas elétricas. Entre as cidades do Rio Grande do Sul, as três que mais registraram raios foram Uruguaiana (16.727), Alegrete (15.893) e São Borja (15.298).

Nesta segunda (4), muitas cidades continuaram a registrar alto volume de descargas elétricas, já que o “estado está sob influência de uma baixa pressão com rio atmosférico que traz grande quantidade de umidade”, segundo a MetSul.

FONTE CANAL TECH

Ciclone que provocou 4 mortes no RS avança para o Sudeste

Desde o final de semana, as chuvas não param no Rio Grande do Sul por causa da formação de um ciclone extratropical — em consequência do excesso de precipitações, as enchentes já foram responsáveis pela morte de quatro pessoas, até o momento, no estado. Na terça-feira (5), o fenômeno climático provocará impactos no estado de São Paulo, causando chuvas e rajadas de vento na capital.

No monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as regiões ao norte e nordeste do Rio Grande do Sul foram colocadas em estado de alerta vermelho devido às tempestades desta segunda-feira (4), com ventos intensos nas velocidades de 60 até 100 km/h.

Formação de ciclone extratropical

Segundo o Climatempo, o ciclone extratropical do Rio Grande do Sul está relacionado com a formação de uma frente fria, responsável por mudar o tempo no estado de São Paulo, a partir desta noite.

Efeitos do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul serão sentidos no estado de São Paulo, segundo especialistas (Imagem: Kseniasol/Envato)
Efeitos do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul serão sentidos no estado de São Paulo, segundo especialistas (Imagem: Kseniasol/Envato)

“Antes da chuva, dia de sol e muito calor (pré-frontal) na cidade de SP e em muitos municípios do interior. Os ventos aumentam ao longo do dia, podendo chegar aos 60 km/h de forma pontual no interior do estado e a chuva para a RMSP [Região Metropolitana de São Paulo], chega à noite”, descreve o instituto sobre a mudança na tendência de calor.

Quase 400 mil raios no Rio Grande do Sul

Vale observar que, durante o domingo de temporal (3), o Rio Grande do Sul registrou quase 400 mil raios, segundo dados compilados pela MetSul Meteorologia a partir do sensor GLM (Geostationary Lightning Mapper) do satélite meteorológico GOES-16, da NOAA e da NASA.

Para ser mais preciso, foram contabilizadas 377.948 descargas elétricas. Entre as cidades do Rio Grande do Sul, as três que mais registraram raios foram Uruguaiana (16.727), Alegrete (15.893) e São Borja (15.298).

Nesta segunda (4), muitas cidades continuaram a registrar alto volume de descargas elétricas, já que o “estado está sob influência de uma baixa pressão com rio atmosférico que traz grande quantidade de umidade”, segundo a MetSul.

FONTE CANAL TECH

Excesso de óbitos por COVID: 600 pessoas morrem por mês devido à doença

Este ano, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes

As mortes em excesso, três anos após o início da pandemia, ainda continuam acima do que é esperado de mortalidade no Brasil, embora agora em um patamar bem menor do que nos primeiros anos da COVID-19. As mortes em excesso se referem ao número de óbitos registrados no país acima do que era esperado para aquele ano, considerando o padrão observado em anos anteriores. A COVID, que já matou mais de 700 mil pessoas, alterou esse padrão.

Em 2023, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes. No período, foram aproximadamente 48 mil mortes a mais, ou 18% acima do esperado. No pico da pandemia, em abril de 2021, este valor chegou a 80% na região Norte, por exemplo. Os dados chamam a atenção para o fato de a COVID, embora agora em menor intensidade, ainda ser uma doença que provoca, ela própria ou indiretamente, um excesso de óbitos no país. 

Para Fátima Marinho, epidemiologista e consultora sênior da Vital Strategies, as mortes em excesso na pandemia foram importantes para entender a real dimensão dos óbitos pelo coronavírus. “As principais causas de morte no país, que são câncer e doença cardiovascular, caíram na pandemia, então o excesso foi realmente causado por COVID, que foi a novidade em termos de doença”, explica.

Outras mortes, como as causadas por diabetes, tiveram aumento no período —um tipo de condição de saúde que é agravado pela COVID e também pode piorar o quadro da doença, levando ao óbito. Já em 2023 houve uma queda desde janeiro no excesso de mortalidade, embora ainda levemente acima do limite esperado. “Em conjunto, é um excesso muito grande de mortalidade que este ano começou com um pico em janeiro, e desde então vem caindo. Não temos ainda os dados do período de inverno, mas é esperado agora que tenham mais quadros respiratórios por outros vírus, que ficaram em baixa na pandemia e agora voltaram a circular”, afirma.

O painel de excesso de mortalidade é produzido pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) em parceria com a organização de saúde pública Vital Strategies e a Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). Como muitos dos dados durante a emergência sanitária da COVID tinham um atraso no registro, o painel foi fundamental para entender, em tempo real, qual era o verdadeiro impacto da doença em relação às mortes no país. “O painel foi crucial para avaliar o impacto da pandemia na mortalidade independentemente da causa de morte. Em conjunto, o Conass tinha também um painel de casos e óbitos, que reunia as informações obtidas com as Secretarias de Saúde, destacando a importância do uso dos dados na pandemia”, afirma o estatístico e consultor técnico em ciência de dados da Vital, Renato Teixeira.

Para chegar ao excesso de mortes, os pesquisadores levantam os atestados de óbito registrados em cartórios no país devido a causas naturais —excluindo, portanto, causas externas, que são homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Em seguida, eles comparam os números com a série histórica de óbitos, obtida pelo portal SIM-MS (Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde) no período de 2015 a 2019.

Digamos que, anualmente, o país registra cerca de 1 milhão de mortes por todas as causas naturais, como câncer, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras condições de saúde. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, foram registrados 1,24 milhão — aumento de 24%. Este aumento representa as mortes acima do esperado e é classificado como excesso de mortalidade. Em 2020 e 2022, esse excesso de mortalidade calculado foi de 24%. Já em 2021, quando foi também registrado o maior número de mortes por COVID, com 424.133 óbitos, o excesso foi de 46%.

Números preocupantes

Segundo Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conass, é importante notar que ainda são registrados cerca de 150 óbitos por semana no país, ou 600 por mês, algo observado somente em períodos de surto de gripe, por exemplo. “Ainda é um número considerável de mortes, pode ter um reflexo de complicações decorrentes de outras infecções, mas é importante não baixar a guarda”, avalia. Apesar de ter ajudado a compreender a real dimensão da pandemia nos três primeiros anos, a metodologia utilizada para o cálculo é criticada por alguns especialistas.

Para Paulo Lotufo, epidemiologista e professor titular da Faculdade de Medicina da USP, existe um problema ainda não solucionado desde o início da pandemia que é a má qualidade dos atestados de óbito. “A impressão é que de fato estamos em queda, mas os atestados ainda têm inconsistência”, avalia. Lotufo prefere usar os dados do portal PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade) para o cálculo do excesso de mortalidade na cidade de São Paulo, com dados até julho de 2023. “A avaliação é que reduzimos em 2% as mortes [em excesso] em 2023, mas ainda assim mantém um patamar acima em relação à média de 2015 a 2019.”

Já a demógrafa e professora da Universidade Harvard Márcia Castro, colunista da Folha de S.Paulo, contesta se esse excedente não é, na verdade, um dado ainda influenciado pela pandemia. “À medida que a mortalidade por COVID cai drasticamente pela vacinação, não sabemos se a mortalidade por outras causas irá retornar ao padrão observado até 2019 ou se as mudanças —tanto aumento como declínio, dependendo da causa de morte— ainda irão persistir por um tempo. Além disso, ainda temos pouca compreensão das consequências a longo prazo da COVID longa na mortalidade”, disse.

Embora o cenário atual seja mais favorável, os especialistas têm receio de que a baixa cobertura vacinal, especialmente em crianças, possa provocar novas infecções e quadros de hospitalização grave. Levantamento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com dados até o último dia 9 de agosto revelam que apenas 11,4% das crianças de até cinco anos foram devidamente imunizadas contra a COVID.

Em relação aos adultos, a vacinação com a bivalente, produzida com a cepa ancestral de Wuhan e as novas variantes do coronavírus, está em 13%, segundo levantamento da Folha de S.Paulo com dados até junho. O momento é de especial atenção devido à circulação de uma nova variante do vírus que, embora ainda careça de dados sobre se provoca um quadro infeccioso mais grave, pode reinfectar pessoas que já estão há muito tempo sem a atualização vacinal.

“A cobertura está baixa para terceira dose, e temos que pensar que deixamos um legado de pessoas doentes, seja por sequelas de COVID, seja por outras assistências médicas que falharam no período da pandemia. E sabemos como a resposta humoral [de anticorpos] acaba reduzindo depois de um tempo, por isso a importância do reforço”, destaca Marinho.

Ampliação dos prazos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (4/9), a ampliação do prazo de validade das vacinas contra a COVID-19 da Pfizer. Segundo o órgão, o prazo em vez de 18 meses, as versões monovalente e bivalente da Comirnaty passam a valer por 24 meses, quando armazenadas de -90°C a -60°C. A extensão significa mais disponibilidade de vacinas para as faixas etárias aprovadas. 

A medida ocorreu após a Anvisa analisar dados disponíveis e concluir que o benefício-risco é favorável para a alteração do prazo de validade. A ampliação também já foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamento Europeia.    

FONTE ESTADO DE MINAS

Excesso de óbitos por COVID: 600 pessoas morrem por mês devido à doença

Este ano, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes

As mortes em excesso, três anos após o início da pandemia, ainda continuam acima do que é esperado de mortalidade no Brasil, embora agora em um patamar bem menor do que nos primeiros anos da COVID-19. As mortes em excesso se referem ao número de óbitos registrados no país acima do que era esperado para aquele ano, considerando o padrão observado em anos anteriores. A COVID, que já matou mais de 700 mil pessoas, alterou esse padrão.

Em 2023, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes. No período, foram aproximadamente 48 mil mortes a mais, ou 18% acima do esperado. No pico da pandemia, em abril de 2021, este valor chegou a 80% na região Norte, por exemplo. Os dados chamam a atenção para o fato de a COVID, embora agora em menor intensidade, ainda ser uma doença que provoca, ela própria ou indiretamente, um excesso de óbitos no país. 

Para Fátima Marinho, epidemiologista e consultora sênior da Vital Strategies, as mortes em excesso na pandemia foram importantes para entender a real dimensão dos óbitos pelo coronavírus. “As principais causas de morte no país, que são câncer e doença cardiovascular, caíram na pandemia, então o excesso foi realmente causado por COVID, que foi a novidade em termos de doença”, explica.

Outras mortes, como as causadas por diabetes, tiveram aumento no período —um tipo de condição de saúde que é agravado pela COVID e também pode piorar o quadro da doença, levando ao óbito. Já em 2023 houve uma queda desde janeiro no excesso de mortalidade, embora ainda levemente acima do limite esperado. “Em conjunto, é um excesso muito grande de mortalidade que este ano começou com um pico em janeiro, e desde então vem caindo. Não temos ainda os dados do período de inverno, mas é esperado agora que tenham mais quadros respiratórios por outros vírus, que ficaram em baixa na pandemia e agora voltaram a circular”, afirma.

O painel de excesso de mortalidade é produzido pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) em parceria com a organização de saúde pública Vital Strategies e a Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). Como muitos dos dados durante a emergência sanitária da COVID tinham um atraso no registro, o painel foi fundamental para entender, em tempo real, qual era o verdadeiro impacto da doença em relação às mortes no país. “O painel foi crucial para avaliar o impacto da pandemia na mortalidade independentemente da causa de morte. Em conjunto, o Conass tinha também um painel de casos e óbitos, que reunia as informações obtidas com as Secretarias de Saúde, destacando a importância do uso dos dados na pandemia”, afirma o estatístico e consultor técnico em ciência de dados da Vital, Renato Teixeira.

Para chegar ao excesso de mortes, os pesquisadores levantam os atestados de óbito registrados em cartórios no país devido a causas naturais —excluindo, portanto, causas externas, que são homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Em seguida, eles comparam os números com a série histórica de óbitos, obtida pelo portal SIM-MS (Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde) no período de 2015 a 2019.

Digamos que, anualmente, o país registra cerca de 1 milhão de mortes por todas as causas naturais, como câncer, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras condições de saúde. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, foram registrados 1,24 milhão — aumento de 24%. Este aumento representa as mortes acima do esperado e é classificado como excesso de mortalidade. Em 2020 e 2022, esse excesso de mortalidade calculado foi de 24%. Já em 2021, quando foi também registrado o maior número de mortes por COVID, com 424.133 óbitos, o excesso foi de 46%.

Números preocupantes

Segundo Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conass, é importante notar que ainda são registrados cerca de 150 óbitos por semana no país, ou 600 por mês, algo observado somente em períodos de surto de gripe, por exemplo. “Ainda é um número considerável de mortes, pode ter um reflexo de complicações decorrentes de outras infecções, mas é importante não baixar a guarda”, avalia. Apesar de ter ajudado a compreender a real dimensão da pandemia nos três primeiros anos, a metodologia utilizada para o cálculo é criticada por alguns especialistas.

Para Paulo Lotufo, epidemiologista e professor titular da Faculdade de Medicina da USP, existe um problema ainda não solucionado desde o início da pandemia que é a má qualidade dos atestados de óbito. “A impressão é que de fato estamos em queda, mas os atestados ainda têm inconsistência”, avalia. Lotufo prefere usar os dados do portal PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade) para o cálculo do excesso de mortalidade na cidade de São Paulo, com dados até julho de 2023. “A avaliação é que reduzimos em 2% as mortes [em excesso] em 2023, mas ainda assim mantém um patamar acima em relação à média de 2015 a 2019.”

Já a demógrafa e professora da Universidade Harvard Márcia Castro, colunista da Folha de S.Paulo, contesta se esse excedente não é, na verdade, um dado ainda influenciado pela pandemia. “À medida que a mortalidade por COVID cai drasticamente pela vacinação, não sabemos se a mortalidade por outras causas irá retornar ao padrão observado até 2019 ou se as mudanças —tanto aumento como declínio, dependendo da causa de morte— ainda irão persistir por um tempo. Além disso, ainda temos pouca compreensão das consequências a longo prazo da COVID longa na mortalidade”, disse.

Embora o cenário atual seja mais favorável, os especialistas têm receio de que a baixa cobertura vacinal, especialmente em crianças, possa provocar novas infecções e quadros de hospitalização grave. Levantamento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com dados até o último dia 9 de agosto revelam que apenas 11,4% das crianças de até cinco anos foram devidamente imunizadas contra a COVID.

Em relação aos adultos, a vacinação com a bivalente, produzida com a cepa ancestral de Wuhan e as novas variantes do coronavírus, está em 13%, segundo levantamento da Folha de S.Paulo com dados até junho. O momento é de especial atenção devido à circulação de uma nova variante do vírus que, embora ainda careça de dados sobre se provoca um quadro infeccioso mais grave, pode reinfectar pessoas que já estão há muito tempo sem a atualização vacinal.

“A cobertura está baixa para terceira dose, e temos que pensar que deixamos um legado de pessoas doentes, seja por sequelas de COVID, seja por outras assistências médicas que falharam no período da pandemia. E sabemos como a resposta humoral [de anticorpos] acaba reduzindo depois de um tempo, por isso a importância do reforço”, destaca Marinho.

Ampliação dos prazos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (4/9), a ampliação do prazo de validade das vacinas contra a COVID-19 da Pfizer. Segundo o órgão, o prazo em vez de 18 meses, as versões monovalente e bivalente da Comirnaty passam a valer por 24 meses, quando armazenadas de -90°C a -60°C. A extensão significa mais disponibilidade de vacinas para as faixas etárias aprovadas. 

A medida ocorreu após a Anvisa analisar dados disponíveis e concluir que o benefício-risco é favorável para a alteração do prazo de validade. A ampliação também já foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamento Europeia.    

FONTE ESTADO DE MINAS

Em cada 10 acidentes que acontecem Minas, uma morte é registrada na BR 040

Umas das principais rodovias que cortam Minas Gerais, a BR-040 apresentou aumento de quase 10% no número de acidentes registrados nos quatro primeiros meses de 2023 em relação a igual período do ano passado.

O trecho que passa pelo estado, de 830 quilômetros, contabilizou 576 acidentes e 56 óbitos até 30 de abril, enquanto no mesmo período em 2022 foram 525 ocorrências e 50 mortes, de acordo com o Observatório de Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ambos os períodos indicam que a rodovia tem registrado uma morte a cada 10 acidentes.

O número de óbitos ultrapassa, inclusive, o que foi contabilizado na BR-381, que tem cerca de 950 quilômetros em Minas e é conhecida como “rodovia da morte”. De janeiro a abril de 2023, a BR-381 teve 846 acidentes e 38 óbitos, ou seja, uma vítima fatal para cada 22 acidentes.

Considerando todo o ano de 2022, enquanto a BR-040 registrou 1.715 acidentes e 128 óbitos, a BR-381 teve 2.453 acidentes e 154 óbitos. Apesar de o número de ocorrências na 381 ter sido maior, a lógica de que a BR-040 é mais fatal se mantém, já que, neste caso, houve um óbito a cada 13 acidentes, enquanto na BR-381 houve uma morte a cada 15 acidentes.

Informações Tribuna de Minas

Minas registra menor número de mortes desde 2012 em rodovias no carnaval

Flagrantes de excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e embriaguez ao volante chamaram a atenção durante o feriado; confira balanço da PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou sete mortes nas rodovias federais de Minas Gerais entre sexta-feira (17/2) e essa quarta-feira (22/2). O quantitativo é o menor desde 2012, segundo as autoridades policiais. 

Além disso, foram registrados 162 acidentes, que ocasionaram 77 vítimas com ferimentos. Houve reduções de 97% e 30% nos números de feridos e mortos, respectivamente, em comparação com o carnaval de 2022, quando 152 pessoas tiveram algum tipo de lesão e dez perderam a vida. 

Ao abordar mais de 19 mil veículos, a PRF realizou 4.208 testes de alcoolemia e autuou 173 motoristas por embriaguez, sendo que, deste total, quatro foram presos. 

Ao todo, 5.348 veículos foram flagrados pelos radares da PRF transitando com excesso de velocidade, e 652 motoristas acabaram autuados por efetuar algum tipo de ultrapassagem proibida. Além disso, outros 387 foram flagrados na condução dos veículos sem utilizar o cinto de segurança. 

Apreensão de drogas e 41 prisões

Nas ações de combate à criminalidade, a PRF prendeu 41 pessoas durante apreensões de aproximadamente 105 kg de cocaína e 13,7 kg de maconha. Os policiais também recuperaram nove veículos com queixa de furto e roubo. 

FONTE ESTADO DE MINAS

BR-040 tem uma morte a cada 12 dias e o MP pressiona por melhorias na via

Levantamento da PRF apontou que foram 25 óbitos em acidentes no período entre janeiro e outubro do ano passado; caminhões cheios de minério são apontados como responsáveis por boa parte dos acidentes

A cada 12 dias, uma morte é registrada na BR-040, entre o viaduto do Mutuca, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, e a cidade de Cristiano Otoni, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Conforme o levantamento da Polícia Rodoviária Federal, foram 25 acidentes com óbitos entre janeiro e outubro do ano passado nesta parte da rodovia que é conhecida como o “trecho do minério”. Uma situação que aumenta a insegurança de quem passa pelo trecho, que aponta como principais problemas a falta de infraestrutura e a circulação de caminhões carregados com minério. O Ministério Público também tem denunciado más condições da rodovia e cobrado que a Via 040, concessionária responsável pelo trecho, adote medidas para aumentar a segurança viária do local.  

“É só buraco e remendo. Tem um trecho da rodovia em que nós decidimos contar, foram pelo menos cem remendos em menos de um quilômetro. E além disso tem o transporte de carregamento de minério. O volume de cargas aumentou muito depois da pandemia, parece que triplicou, e isso preocupa a gente que passa pelo trecho”, alerta o técnico em mecânica aposentado, Sandoval de Souza Pinto Filho, de 57 anos. 

O aposentado, que utiliza a rodovia para se deslocar até a família e também para compromissos pela Associação a qual faz parte, relata se sentir inseguro todas as vezes em que utiliza o trecho. Para se livrar do volume de caminhões e também da precariedade da pista, cheia de buracos e remendos, conforme avaliado por ele, a alternativa é procurar outras rotas. “Às vezes o caminho é até maior e a gente dá preferência por ele. Alguns pontos tem estreitamento e o engarrafamento também é muito grande”, relata o aposentado, que aponta como problema a redução da pista no km 615.6.

As reclamações não partem somente do técnico em mecânica aposentado Sandoval Filho. O engenheiro civil Hérzio Mansur, que mora em Nova Lima, e desloca diariamente pelo mesmo trecho até o Cartório, onde é titular, em Congonhas, também questiona as condições da rodovia. “O que a gente percebe ali é que tem uma série de coisas que precisam ser atacadas de imediato, mais condizentes com o século XXI. E não é nada de outro mundo uma adequação de uma rodovia, seja na questão de projeto ou de investimento”, aponta. Mansur, que já foi vítima de um acidente no trecho, decidiu produzir um relatório após a morte de um colega na mesma estrada. “ A rodovia tem um volume muito grande de ocorrências, de sinistros, de batidas. É uma calamidade que a gente vê todos os dias”, justifica. 

O levantamento feito pelo engenheiro civil apontou que 272 acidentes ocorreram em um trecho de 54 quilômetros entre Nova Lima e Conselheiro Lafaiete no período de dezembro de 2020 a dezembro de 2022. Desse total, 53 pessoas morreram. Os quilômetros 588, 593, 611 e 614 foram os que registraram o maior número de acidentes, com pelo menos 10. Ainda de acordo com o estudo desenvolvido pelo engenheiro, as carretas, responsáveis principalmente pelo transporte de minério, são responsáveis por quase metade dos acidentes. Ao todo foram 127 dos 272 contabilizados, o que representa 46,7%. Os acidentes com veículos de carga pesada foram responsáveis por 28 dos 53 óbitos. 

“Essas questões das carretas chamam muito a atenção porque existe uma via paralela que parou de ser utilizada. Se ela fosse aproveitada, isso tiraria as carretas de minério da rodovia. Isso precisa ser revisto. Dá pra se utilizar de uma maneira que agrida menos uma mãe que está levando seu filho para a escola, a pessoa que está indo trabalhar ou até mesmo para quem viaja para o Rio de Janeiro”, aponta o engenheiro responsável pelo levantamento.

O estudo indicou também que outubro é o mês com mais acidentes, ao todo foram 31. Já o mês de julho foi o que registrou o maior número de mortes, com 9. Conforme o levantamento, a segunda-feira é o dia da semana que acumula mais acidentes (49) e mortes (15). Os dados foram obtidos pelo engenheiro a partir de um levantamento próprio, feito por ele, com base nas informações publicadas nos canais de comunicação da concessionária que administra o trecho e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O engenheiro também considerou reportagens publicadas pelos veículos de imprensa. “Eu comecei a reunir esses dados. As pessoas falavam dos acidentes, no whatsapp ou em conversas, e eu confirmava”, conta.

Ainda segundo Mansur, o relatório foi desenvolvido para chamar a atenção da concessionária e do poder público para as condições da rodovia. “Muitos falam que a BR-381 é a rodovia da morte, mas esse trecho também está muito perigoso. Na 381, pelo menos algumas obras estão sendo feitas, como a duplicação. Aqui a gente não sabe”, alerta. O engenheiro afirmou também que está em contato com o governo estadual, a prefeitura de Congonhas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). “O que eu vejo muito é que às vezes as pessoas se perdem na discussão apontando única e exclusivamente a responsabilidade para a concessionária. Tem que cobrar dela sim, mas tem um poder que concede essa rodovia e ele também precisa ser lembrado. Não podemos cair na armadilha de ficar só por conta disso, esses grandes atores precisam ser chamados para colaborarem com a solução”, aponta.

Para além da preocupação com o número de acidentes e de mortes, o engenheiro, que possui formação com ênfase em trânsito, revela que se sente aflito com alguns problemas estruturais da rodovia e que acredita que muitos destes contribuem para o alto número de acidentes. “De imediato, tinha que ter um aumento da fiscalização, seja de velocidade, de limpeza, de carga, de buracos. Está todo mundo sob risco”, alerta Mansur.

Entre os problemas identificados pelo levantamento estão os longos trechos sem acostamento, os afunilamentos dos traçados da via para transposição de pontes e viadutos em mão dupla simples,intercessões entre vias rodoviárias e urbanas no mesmo nível e em cruzamentos simples, falta de sinalização, além de manutenção precária do pavimento e da drenagem.

O técnico em mecânica aposentado Sandoval Filho também aponta esses problemas. Para ele, uma das primeiras intervenções a serem feitas é em relação ao controle dos caminhões. “A rodovia precisa ser modernizada, duplicada, com acostamento e tudo mais. Hoje ela não comporta o volume”, indica. Sandoval também alerta sobre a necessidade do serviço de manutenção constante e eficiente. “Quando chove, é lama pra baixo e pra cima, e quando seca a gente tem poeira. Tem que fazer drenagem, refazer pavimento, tirar esses afunilamentos, são muitas coisas”, completa. 

Denúncias do Ministério Público

Em nota, o Ministério Público de Minas Gerais disse que “por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Conselheiro Lafaiete, vem utilizando todos os recursos jurídicos disponíveis para conseguir, junto ao Poder Judiciário, que a concessionária VIA-040, responsável pela gestão do trecho entre Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte da BR-040, adote as medidas de conservação e melhorias previstas no contrato de concessão em prol da segurança dos usuários da rodovia”. 

Ainda conforme o MP, o promotor de Justiça responsável pela ação, Glauco Peregrino, pede “a melhoria e conservação do pavimento asfáltico, de modo a evitar o aparecimento de buracos e deformidades; a implantação e constante limpeza de tachões refletivos (olhos de gato), a fim de melhorar a visibilidade noturna e em períodos de chuva na estrada; e a melhoria nos sistemas de drenagem, com o intuito de se diminuírem episódios de aquaplanagem dos veículos” e aguarda decisão judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para definir se precisará recorrer à Justiça Federal.

Em nota, a Via 040, concessionária responsável pela administração do trecho, afirmou que, desde 2014, tem realizado diversas melhorias em relação ao pavimento, à sinalização, ao sistema de drenagem e também a segurança da via, com a implantação de defensas metálicas e barreiras de concreto. A concessionária garante ainda que busca ampliar a capacidade do sistema viário com a implantação de passarelas e duplicação de trechos. “Somando-se a isso, a Concessionária desenvolve diversas ações voltadas à prevenção de acidentes e conscientização dos motoristas em parceria com a PRF, Polícia Militar Rodoviária (PMRV), SEST SENAT, ANTT, BHTrans, e prefeituras ao longo trecho”, afirma em nota. 


Via 040 afirma ter feito

  • Recuperação de mais de 1.800 km de pavimento
  • Recuperação de 46.000 metros de sistemas de drenagem
  • Instalação ou substituição de 29.500 placas
  • Revitalização da sinalização horizontal, com mais de 13.000 km de faixas pintadas nas pistas
  • Instalação de 660.000 “olho-de-gato” (tachas refletivas)
  • 195 quilômetros de defensas metálicas (“guard rail”), 790 metros de barreiras de concreto
  • Mais de 330 taludes recuperados

FONTE O TEMPO

Chuva em Minas: sobe para 21 o número de mortos

Balanço da Defesa Civil aponta que 216 cidades estão em situação de emergência  

As chuvas em Minas Gerais não dão trégua e fazem mais uma vítima, subindo para 21 o número de mortes no estado. Balanço da Defesa Civil estadual atualizado nesta quarta-feira (11) aponta que também houve aumento no número de cidades em situação de emergência, nas últimas 24 horas, passando de 131 para 216. O número de desalojados também subiu para 10.974.

“O que houve foi uma atualização do Estado diante da situação adversa que os municípios enfrentaram ou estão enfrentando, principalmente nos últimos dias. O Governo de Minas reitera seu apoio ao povo mineiro”, informou a Defesa Civil estadual.

A vítima mais recente é um jovem de 25 anos que foi encontrado após as chuvas em Antônio Dias, no Vale do Rio Doce. No último domingo (8), aproximadamente 50 residências foram inundadas. Uma família que morava ao lado do Córrego da Onça foi pega repentinamente pelo transbordamento e teve sua residência destruída.

Ajuda nacional

Em Minas Gerais, as cidades de Canal Verde e Carandaí foram atingidas por queda de granizo. As cidades vão receber, respectivamente, R$ 28,9 mil e R$ 254,8 mil para o conserto de telhas.

Já a cidade de Muriaé vai receber R$ 865,9 mil para o restabelecimento de telhado de uma quadra esportiva atingida por vendaval. O repasse vai atender quase 110 mil pessoas.

Governador Valadares

A prefeitura de Governador Valadares decretou nessa terça-feira (10) situação de emergência e informou que tem cerca de 11 mil pessoas desabrigadas. Um gabinete de crise foi criado na cidade para monitoramento e amparo às vítimas.

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) ressalta que as cheias do Rio Doce são recorrentes nesta época do ano e que a Defesa Civil de Governador Valadares “é muito bem estruturada e capacitada para atuar em cenários adversos.”

Com informações de Larissa Ricci

FONTE ITATIAIA

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