No dia 1º de fevereiro, ocorreu uma reunião entre um representante da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Conselheiro Lafaiete (MG) e o setor jurídico da Prefeitura quando houve um alinhamento para interpretação do Decreto nº Decreto Nº 293, de 31 de janeiro, que suspendeu shows e evento entre período de 1º/02/2022 a 07/02/2022. Em análise do texto convenciou-se que havia a proibição de música ao vivo em bares. Os shows no sentido literal não estão permitidos, por conta do potencial de aglomeração. O que se pretende, para minimizar os reflexos econômicos das medidas mais restritivas, congentes em razão do quadro epidemiológico desfavorável, é que a restrição não alcance a música ao vivo. Assim ela está permitida desde que cumpra os protocolos do Plano Minas Consciente exigindo responsabilidade dos músicos e donos dos estabelecimentos.
Plano Minas Conscientes
Distanciamento e 1 metro; Controle de entrada( entrada supervisionada ); Respeitar o limite de lotação do estabelecimento; Ao transitar no estabelecimento e obrigatório o uso de máscaras; Todos deverão permanecerem sentados; Não é permitido o uso da pista de dança; Donos de bicicletas motorizadas estão sujeitos a multas e fiscalizações como qualquer carro comum, inclusive a teste de bafômetro
Na última sexta-feira (27), uma declaração do Prefeito reeleito, Mário Marcos causou descontentamento entre a classe musical e alguns proprietários de bares e restaurantes da cidade, quando em nota, Mário alegou não ter previsão para o retorno da música. Em contato com a Redação do Correio de Minas, Fred Santos, como um dos representantes da classe artística, alegou informações desencontradas. Ele informa que recebeu um comunicado de que as atividades musicais em bares já teriam sido liberadas há uma semana pelo governo do Estado através dos protocolos do Minas Consciente. Essa determinação do Minas Consciente encontra-se no site do governo de Minas em ata publicada no dia 19 de novembro. “Essa decisão não chegou a nós músicos por meio da nossa prefeitura. Logo que recebemos o comunicado, entramos em contato com o Secretário do Desenvolvimento, Rafael Lana para alinhar os procedimentos. Ele nos informou que naquele exato momento, encontrava-se em uma reunião com a Macro de saúde. Logo após a reunião, ele nos informou que, como o município segue a cartilha determinada pelo Minas Consciente, poderíamos voltar ao trabalho seguindo as recomendações do protocolo do estado”, relatou. A deliberação transferiu a atividade da onda verde para a onda amarela , liberando as atividades em bares e restaurante específicos que possuam o “CNAE 5611-2/04. E ainda justificou que a declaração equivocada do prefeito, deu-se por eles não estarem ainda informados sobre essa decisão do Estado.
Outra questão que gerou desconforto foi a afirmação do prefeito Mário Marcus de que os donos de bar não estariam interessados em contratar músicos devido à limitação de público e por não estarem dispostos a aumentar seus custos. “É uma declaração que não representa a opinião de todos os donos de bares, pois vários deles estão em contato com os músicos, tentando esclarecer todas as dúvidas para que possam voltar a contratar seguindo as normas corretas. Nós, músicos, nos sentimos ofendidos pelo fato do comentário fazer parecer que nossa classe é descartável”, desabafou. O representante dos músicos ainda ressaltou que a solicitação para a volta das atividades foi feita em conjunto com os músicos de Lafaiete, Mariana, Ouro Branco, Barbacena, Juiz de Fora e mais algumas localidades que representam o movimento #pqnãoeu. Ressalta também, terem consciência que estamos em uma pandemia e, juntamente com o poder público, e os proprietários dos estabelecimentos estaremos atentos aos números de contágios e internações a fim de exercer nossa atividade com responsabilidade, seguindo todas as recomendações dos órgãos responsáveis para evitar um agravamento do cenário. É importante que a população entenda que existe uma numerosa classe profissional de músicos em nossa cidade que possuem família, compromissos financeiros e contas a por em dia, e que contam com esse belo ofício como sua única fonte de renda. “Notas musicais não transmitem o vírus, os músicos dentro de um bar ou restaurante , já se encontram normalmente em posição de maior distanciamento do público quando no palco, não oferecendo perigo de transmissão. Pedimos à população que evitem aglomerações e entendam a limitação de lotação nos estabelecimentos para que em ação conjunta entre, músicos, população e empresários, possamos todos trabalhar com segurança”.
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