Reparação Brumadinho 3 anos: projetos de melhorias e pavimentação de estradas e vias somam 700 quilômetros de obras previstas na região atingida

Ações foram autorizadas pelo Governo de Minas, Ministérios Públicos Estadual e Federal e Defensoria Pública de MG a partir de Consulta Popular; investimento supera R$ 1,5 bilhão e integra Acordo de Reparação

Estradas, vias urbanas e vias rurais possibilitam às pessoas trafegarem, se locomoverem, acessar serviços e equipamentos públicos, como hospitais e escolas. A mobilidade proporciona o trânsito e o direito de ir e vir de toda a população.

Nessa perspectiva, a melhoria da infraestrutura de mobilidade nos municípios atingidos pelo rompimento das barragens em Brumadinho é uma ação estruturante, prevista no Acordo Judicial, para reparação e desenvolvimento socioeconômico da região.

Entre os projetos definidos, há 42 iniciativas que envolvem pavimentação, recapeamento, melhorias e reformas de estradas estaduais, municipais, vias urbanas e rurais nos 26 municípios da bacia do Rio Paraopeba.

A área de infraestrutura, assim como a da saúde, foi amplamente priorizada na Consulta Popular, estabelecida pelo Acordo de Reparação, que contou com a participação de mais de 10 mil pessoas das áreas atingidas. Dessa forma, as instituições compromitentes do Acordo – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais DPMG) – já autorizaram investimentos de R$ 1,6 bilhão, referentes a 35 projetos. Outros sete projetos ainda estão com os valores em definição.

Somada, a extensão do projeto conta com aproximadamente 700 quilômetros de obras previstas. Essa quilometragem equivale a, por exemplo, mais de 12 vezes a distância entre Belo Horizonte e Brumadinho, que é de 54 quilômetros; ou quase a distância entre Belo Horizonte e Brasília, que é de 733 quilômetros. E ultrapassa toda a extensão do Rio Paraopeba, que é de 546,5 quilômetros.

Dos 42 projetos de infraestrutura definidos, 25 já se encontram em execução, dos quais destacam-se três obras em estradas na bacia do Paraopeba: dois trechos na MG-060, entre Esmeraldas e São José da Varginha e entre Papagaios e Pompéu, que somam 77 quilômetros; e na MG-415 em Morada Nova de Minas, trecho entroncamento da BR-040 até Porto Novo, com 37 quilômetros.

“As obras rodoviárias das estradas da Bacia do Paraopeba, assim como todas as intervenções nas rodovias da região atingida, são fundamentais para a melhoria do serviço público. O investimento em infraestrutura amplia o acesso a diversos tipos de serviços, como saúde, educação, assistência social, além de fomentar a economia local. Estes projetos ainda garantem uma mobilidade mais segura para as pessoas e melhoram a qualidade de vida de todos”, explica o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais (Seinfra), Pedro Bruno Barros de Souza.

Obras em Brumadinho e municípios atingidos

Seis dos projetos em execução são em Brumadinho, dos quais cinco estão sendo executados diretamente pela prefeitura. Destacam-se as obras de alargamento e melhorias da estrada localizadas no Eixo Central, com intervenções previstas em trechos com o total de 45 quilômetros, que passam por toda cidade; e a obra de pavimentação do trecho Brumadinho – Bonfim, com 8 quilômetros.

Além de Brumadinho, outros 16 projetos do acordo estão em execução pelas prefeituras e contemplam os municípios de Felixlândia (um), Fortuna de Minas (três), Igarapé (um), Maravilhas (um), Mateus Leme (um), Morada Nova de Minas (um), Paineiras (um), Pará de Minas (um), Paraopeba (um), Pequi (um), Pompéu (um), São Gonçalo do Abaeté (um), São José da Varginha (um) e São Joaquim de Bicas (um). Nestes casos, os projetos de São Joaquim de Bicas e de Esmeraldas contemplam a maior quantidade de vias, 238 (65,7 km) e 129 (59,17), respectivamente.

Estas iniciativas são custeadas com recursos do Anexo I.3 (25 municípios) e do Anexo I.4 (Brumadinho) do programa de reparação socioeconômica do Acordo de Reparação. O rompimento em Brumadinho tirou a vida de 272 pessoas e gerou série de danos sociais, econômicos e ambientais.

As execuções dos projetos socioeconômicos são acompanhadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sob a gestão dos compromitentes. As informações para acompanhamento de tais projetos estão disponíveis no site projetorioparaopeba.fgv.br.

Conheça os 42 projetos definidos

Abaeté

LMG-762: Trecho Abaeté – Porto São Vicente – Projeto, 37 quilômetros

Betim

Construção de Trincheira Rodoferroviária – Alterosa (construção de uma trincheira), 200 metros

Construção de Trincheiras Rodoferroviárias –  Avenida Governador Valadares (construção de duas trincheiras), 520 metros

Construção do Viaduto Rodoferroviário Imbiruçu PN20, 270 metros

Brumadinho

Melhorias da estrada que liga Casa Branca – Jardim Canadá, 10,7 quilômetros

Obra de construção da Ponte Melo Franco – Ponte dos Almorreimas – Maricota, 8 quilômetros

Obras de alargamento e melhorias da estrada localizadas no Eixo Central, duas vias, 45,46 quilômetros

Obra pavimentação trecho Brumadinho – Bonfim, 25,9 quilômetros

Melhorias da estrada que liga Alberto Flores – Córrego do Feijão – Casa Branca, 16,06 quilômetros 

Obra de pavimentação Aranha – Suzana – Palhano, duas vias, 14 quilômetros

Construção de estrada de ligação do Distrito Industrial de Brumadinho à MG-155, 12 quilômetros

Obras de Melhorias na estrada do Retiro do Chalé, 6,56 quilômetros

Esmeraldas

Recapeamento de pavimentação asfáltica de bairros e calçamento de vias locais, 129 vias, 59,17 quilômetros

Felixlândia

Pavimentação de diversas vias no município de Felixlândia, 34 vias, 12,7 quilômetros

AMG-930: Entroncamento na BR-040 até Distrito de São José do Buriti, em Felixlândia, 25 quilômetros
 

Fortuna de Minas

Pavimentação asfáltica de vias – Drenagem com recapeamento de vias urbanas; 26 vias, 3,41 quilômetros

Pavimentação asfáltica de vias – Pavimentação e recapeamento de vias urbanas e de povoados; 51 vias, 13,42 quilômetros

Requalificação de vias urbanas e rurais, 3,03 quilômetros
 

Igarapé

Canalização de córregos, via de 1,8 quilômetros
 

Maravilhas

Pavimentação e recapeamento de vias diversas, oito vias, 16,79 quilômetros

Construção e duplicação de pontes, seis vias, 1,146 quilômetros
 

Mário Campos

Melhoria das vias públicas urbanas e rurais e estradas de acesso às comunidades, e restauração de bairros urbanos e rurais e seus entornos, 37 vias, 20,46 quilômetros

Mateus Leme

Reforma de vias urbanas e rurais, e construção e reforma de pontes, 17 vias, 11,59 quilômetros

Morada Nova de Minas

MG-415: entroncamento da BR-040 até Porto Novo, em Morada Nova de Minas – Projeto Regional, 37 quilômetros

Pavimentação e recapeamento de vias urbanas e urbanização dos povoados, 21 vias, 6,06 quilômetros

Reforma de ponte em Morada Nova de Minas, 800 metros

Paineiras

Recapeamento e pavimentação das vias públicas urbanizadas do município de Paineiras e Poções (Distrito de Paineiras), 68 vias, 23,75 quilômetros

Papagaios

Ponte sobre o Rio Paraopeba em Papagaios – Projeto Regional, 200 metros

Papagaios / Pompéu

Trecho Papagaios – Pompéu (MG-060) – Projeto Regional, 45 quilômetros

Pará de Minas

Pavimentação asfáltica em vias diversas, 15 vias, 16,1 quilômetros

Pavimentação da estrada de Bom Jesus do Pará a Córrego do Barro, 11,25 quilômetros

Paraopeba

Promoção de melhoria nas vias públicas, 89 vias, 43 quilômetros

Pequi

Construção de trevo e portal no acesso à cidade e melhoria de estradas e vias de acesso, 23 vias, 22,1 quilômetros

Construção de trevo e portal no acesso à cidade e melhoria de estradas e vias de acesso – Drenagem e pavimentação do bairro Chácara Vale Verde, 8 vias, 2,4 quilômetros

Pompéu

Criação do trevo e pista lateral MG-420 e MG 164, 3,67 quilômetros

São Gonçalo do Abaeté

Construção das vias de acesso ao Centro Cultural e Esportivo que será implantado no Beira Rio, três vias, 1,7 quilômetros

São Joaquim de Bicas

Pavimentações Asfálticas em Vias Urbanas – Estradas Municipais, duas vias, 5,685 quilômetros

Pavimentações Asfálticas em Vias Urbanas – dez bairros e três estradas, 53 vias, 17,37 quilômetros 

Pavimentações asfálticas em vias urbanas e rurais, 238 vias, 65,7 quilômetros

São José da Varginha

Construção de pontes e melhorias em vias públicas urbanas e rurais, 12 vias, 3,7 quilômetros

São José da Varginha / Esmeraldas, Trecho São José da Varginha – Esmeraldas (MG 060) – Projeto Regional, 32 quilômetros

Três Marias

Fortalecimento da infraestrutura urbana: revestimento asfáltico em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), 54 vias, 17 quilômetros

FONTE AGÊNCIA MINAS

Prefeitura de Congonhas avança com as obras do novo Parque Natural Municipal da Romaria

A Prefeitura de Congonhas trabalha para entregar a população obras que irão trazer benefícios para os congonhenses e proporcionar mais atrações para os turistas que visitam a cidade.

O novo Parque Natural Municipal da Romaria vai encher os olhos dos congonhenses e visitantes. Ele está inserido em um complexo cultural onde estão o Museu Congonhas, a Alameda Cidade Matosinhos de Portugal e o conjunto barroco da Basílica do Bom Jesus de Matosinhos.

O grande diferencial do Parque é a junção do meio natural junto ao edificado, que vai permitir não somente a prática de exercícios físicos como também a preservação ambiental. No que diz respeito aos turistas, o objetivo é ampliar o tempo de permanência do visitante na cidade e propiciar um local diferenciado para visitação.

O circuito de trilhas é todo cercado pela vegetação local e posteriormente será recomposta por vegetação nativa o que vai proporcionar o desenvolvimento do ecossistema.

Com cerca de 30.447,50 m² de área, o parque apresenta vegetação de mata atlântica, com resquícios de espécies nativas e presença de espécies exóticas na região.

O projeto arquitetônico contempla: recepção, portaria, decks de madeira, banheiro seco com bacia de evapotranspiração, orquidário, borboletário, cobertura multiuso, relógio analemático e anfiteatro.

Por Letícia Tomaino / Fotos: SEMOBI

Prefeitura avança com a obra de ampliação da Creche Rosa Cordeiro, no bairro Consolação

No bairro Consolação, a Prefeitura avança com a obra de ampliação da creche Rosa Cordeiro. O investimento é de R$1.031.121,61 de recursos próprios na reforma e ampliação da creche que atende atualmente 67 crianças de 0 a 3 anos de idade e vai dobrar a capacidade de atendimento após a conclusão das obras. Essa intervenção também vai garantir mais conforto para as crianças e professores.

Durante essa semana, a equipe de obras realiza o trabalho de execução do reboco interno. Na parte externa o serviço foi finalizado em um dos blocos e, no outro, iniciado o reboco.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, serão construídos dois módulos de Educação Infantil obedecendo às tipologias dos projetos padrões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação.

Por Letícia Tomaino / Foto: SEMOBI/ Arte: Gustavo Porfírio

Prefeitura inicia obras da Rotatória da Escola Meridional e Praça das Nações

Nesta quinta-feira, 11/01, em cumprimento à agenda de acompanhamento de obras que estão sendo executadas no município, o prefeito Mário Marcus esteve no Bairro Morro da Mina, próximo às Escolas Meridional e Projeto Vida, local onde foram iniciadas as obras da rotatória de acesso a escola Meridional e ao Colégio Cristão e construção da Praça das Nações.

As obras tem como objetivo oferecer mais um espaço público para atividades físicas, convivência e lazer e, além disso, será importante para organizar o tráfego no local, com a rotatória no entorno da praça.

Trata-se de uma obra que irá proporcionar melhor fluidez do tráfego e mais segurança para motoristas e pedestres, principalmente, nos horários de entrada e saída dos alunos nas duas escolas.

Para o prefeito Mário Marcus, “esta é mais uma intervenção que visa avanços na mobilidade urbana e faz parte do programa de melhoria do trânsito e tráfego no município, com mais agilidade e segurança. Nossa missão é trabalhar para melhorar a cidade e promover saúde e bem-estar às pessoas, por isso otimizamos este espaço para abrigar uma praça para o lazer das famílias e a rotatória para que os motoristas, inclusive de transporte escolar, possam circular pelo local com mais agilidade e segurança. A obra é para todos que por aqui circulam diariamente”.

Prefeitura realiza obras de drenagem profunda e recuperação de piso intertravado na da rua José Augusto Severino, no bairro da Praia

Os moradores da rua José Augusto Severino, no bairro da Praia, estão mais seguros e tranquilos com a realização da obra de drenagem profunda que teve como finalidade a intercepção das correntes de águas subterrâneas e elevação do lençol freático, de modo a captar e guiar o fluxo da água, garantindo que as camadas do pavimento tenham maior vida útil e impedindo a degradação por ação da umidade.

Agora, a Prefeitura de Congonhas realiza a recuperação do piso intertravado. No local foi feita a retirada dos blocos e são executados os trabalhos de assentamentos das guias de meio-fio. Posteriormente os pisos serão novamente assentados. Vale ressaltar que o piso intertravado é uma superfície plana, com uma excelente aderência, composto por blocos de concreto pré-fabricados. Entre as vantagens do pavimento intertravado estão a resistência, durabilidade, capacidade de escoamento e segurança.

Por Letícia Tomaino/ Foto: SEMOBI / Arte: Gustavo Porfírio

Obras do novo Posto de Saúde e capela velório serão entregues em breve no Gagé

Na localidade de Gagé em breve, será concluída a ampliação e reforma do imóvel que abrigará uma nova Unidade de Saúde e um posto dos correios.
Também está sendo construída uma Capela Velório.

O prefeito de Conselheiro Lafaiete, Mário Marcus, expressou sua satisfação em contribuir para o bem-estar da comunidade de Gagé.

“Essas melhorias são um compromisso com a qualidade de vida dos nossos cidadãos. Estamos investindo em infraestrutura para garantir que os serviços essenciais estejam mais acessíveis e adequados às necessidades da população local”. – reiterou o prefeito, destacando o comprometimento da administração municipal em proporcionar avanços significativos para todas as regiões do município.

DER – MG inicia obras na Erosão MG 129, entre Ouro Branco e Ouro Preto, próximo a Itatiaia

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O DER-MG iniciou nessa terça-feira, dia 09/01, as obras para por fim a erosão na MG 129, entre Ouro Branco e Ouro Preto, próximo a comunidade de Itatiaia.

A Prefeitura de Ouro Branco pede aos condutores que trafegam pelo trecho que tenha atenção redobra e respeitem a sinalização, devido a presença de servidores do DER e máquinas no local.

Prefeitura realiza exposição Aleijadinho Virtual no Museu de Congonhas

Em janeiro, a Prefeitura de Congonhas, em parceria com a Fumcult, realiza mais uma atração inédita no Museu de Congonhas: a exposição itinerante “Aleijadinho Virtual”. Segundo Francisco Almendra, diretor do projeto criado pelo Studio KWO XR, “a ideia é interagir, trocar experiências e relatos da história com o primeiro grande artista brasileiro”, explica.

Na experiência, o visitante usa óculos de realidade virtual, passa por três estações e pode interagir com o maior artista do barroco mineiro e suas obras enquanto o mestre guia o ofício. A experiência tem 15 minutos de duração, é aberta a todas as pessoas acima de 12 anos e está disponível até o dia 14 de janeiro.

Além disso, há uma exposição de realidade aumentada que mostra os trabalhos de Aleijadinho em 3D. Usando a câmera do próprio celular, o visitante pode ver as obras como hologramas em alta definição no próprio espaço físico da exposição. Estão presentes obras como o Cristo carregando a cruz e o altar da igreja de São Francisco, em Ouro Preto, além dos 12 profetas.

O Museu de Congonhas fica localizado na alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77, Basílica com funcionamento de terça-feira a domingo, das 9h às 17h e entrada gratuita.

Não perca esta oportunidade!

Fotos e texto: Lílian Gonçalves – colaboração Diretoria de Turismo de Congonhas

Estudo técnico aponta falhas na execução de obras de asfaltamento em Entre Rios; empresa responsável é notificada

A partir de estudo da Câmara Municipal, Município notificou a empresa responsável pelas obras realizadas entre os anos de 2018 e 2020

Obras públicas de pavimentação asfáltica contratadas pela Prefeitura Municipal de Entre Rios de Minas e executadas pela empresa Locadora Terramares LTDA entre os anos de 2018 a 2020 foram objeto de um amplo estudo técnico contratado pela Câmara Municipal de Entre Rios de Minas. As análises do pavimento de onze ruas e avenidas, localizadas em cinco bairros, foram solicitadas após Requerimento da Comissão de Obras e Serviços Públicos Municipais, proveniente de relatório de visita de campo, onde foram registradas fotos com inúmeras patologias no revestimento asfáltico, como trincas e rachaduras. As inconformidades colocaram em xeque a qualidade das obras, levando à contratação da empresa Solocap Geotecnologia Rodoviária LTDA. O laudo aponta a existência de falhas na execução, como inconsistências nos editais de contratação da empresa responsável. Estima-se que o valor das obras oscile entre R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões.

No dia 29 de dezembro de 2023, o Município de Entre Rios de Minas, representado pelo Prefeito interino Ronivon Alves de Souza, notificou a empresa responsável, estabelecendo o prazo de 10 dias para que a empresa Locadora Terramares LTDA se manifeste sobre as irregularidades e aponte as formas de adequação para garantir a reabilitação dos pavimentos. Todos os contratos e pagamentos foram cautelarmente suspensos até que a situação seja resolvida.

ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO

Os resultados do estudo técnico foram apresentados durante a reunião ordinária de 21 de novembro de 2023. A demonstração foi conduzida pelo diretor da empresa, Cristiano Costa Moreira, engenheiro com especialização em Engenharia Rodoviária. Dentre os dados mais preocupantes, de acordo com o relatório, chama a atenção o alto índice de deflexão atribuído como “muito fraco” e “péssimo”, extraído quando avaliadas as faixas de rolamento das ruas, tanto no lado direito quanto no esquerdo. Dentre as 172 ocorrências aferidas pelo método na faixa da direita das vias, 30 foram classificadas como “muito fraco” e em 86 o estado era “péssimo”, ou seja, 77,4% dos pontos estudados não atende às condições devidas. Já na faixa esquerda das vias, em 139 ocorrências, 17 foram classificadas como “muito fraco”, enquanto 86 em estado “péssimo”, de maneira que 74,1% encontram-se em inconformidade com os padrões da engenharia.

As ruas foram analisadas por meio do sistema FWD (Falling Weicht Deflectometer), o qual é capaz de aferir as condições estruturais do pavimento, podendo aplicar sobre o asfalto uma carga dinâmica que varia entre 41 KN a 150 KN, conforme a norma técnica do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER PRO 273/96. Também foram executadas análises laboratoriais que aferiram a resistência não somente dos pavimentos, mas estruturas complementares como grades de bueiros e meio fios.

O relatório teve como objeto as seguintes vias: Rua Luiz Fernandes Rodrigues, Rua Santa Terezinha, Rua Padre Milton Rodrigues Malta e Rua da Conquista, no Bairro Padre Vitor;  Rua Califórnia e Rua Palestina, Bairro Cachoeira; Parte da Avenida Tiradentes, Bairro Cachoeira; Parte da Avenida Tiradentes, Bairro São Vicente (inclui estacionamento do Centro de Ensino Infantil Geralda Vieira de Melo); Rua Rui Barbosa de Araújo, Bairro Sassafrás; Rua Donato de Oliveira Resende e Rua João Luiz Gonçalves, Comunidade do Colônia. Todas as vias apresentavam, recorrentemente, trincas, fissuras e rachaduras quando das visitas realizadas pelos vereadores Rivael Nunes Machado, João Gonçalves de Resende, Thiago Itamar Santos Villaça e Rodrigo de Paula Santos Silva.

Outro ponto que chama a atenção diz respeito à sondagem realizada pela empresa, conforme exigido pela Câmara. No que tange à composição da obra como um todo, considerando a base, o subleito e o revestimento, foram identificados os materiais CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado à Quente) na camada de revestimento, o Cascalho Argiloso na base e Argila Vermelha no subleito, em todas as vias analisas. A questão maior é que, nos editais e contratos fornecidos pela Prefeitura e repassados à empresa, predominava a exigência de implantação de Brita Graduada Simples (BGS) ou de Minério para reforço da base de sustentação da pavimentação, o que, de acordo com o relatório de sondagem, isso não ocorreu. Conforme as tabelas abaixo, constam os materiais encontrados, bem como as exigências propostas pelos editais utilizados pela Prefeitura tanto em processo licitatório próprio quanto na Adesão à Ata de Registro de Preços.

Resistência de meio fios e grades de bueiro também foi verificada

Outro ponto de grande relevância do estudo técnico realizado pela empresa Solocap é referente à resistência de meio fios e grades de bueiro implantadas, de forma complementar, nas obras de pavimentação. Elementos importantes da urbanização que permitem a drenagem e o escoamento de águas pluviais, estes também foram também diagnosticados com rachaduras e fissuras por parte da Comissão de Obras, a qual pediu pelo teste de resistência. Dentre os pontos mais importantes do diagnóstico, aferiu-se que a resistência de meios fios testados é de apenas 6 Mpa, sendo que o Município contratou a implantação de estruturas com resistência de 15 Mpa.

As estruturas de meio fio e grade de bueiros foram também levadas ao laboratório, no entanto, diante da baixa resistência dos materiais, não foi possível efetuar os testes adequados, já que elas se esfacelavam perante os equipamentos de aferição. Assim, a empresa propôs uma avaliação de durabilidade com base em solução de sulfato de magnésio, conforme a norma do DNER 089:1994, a qual deveria demonstrar a existência de sulfato de magnésio em índice menor ou igual a 12,0%. No entanto, as estruturas empregadas pela empresa nas contratações do Município de Entre Rios de Minas apresentaram índices superiores nas amostras, respectivamente, 18,77% e 16,12%, o que demonstra a presença de componentes não desejáveis na fabricação dos pré-moldados, impactando diretamente na durabilidade.

Vereadores encaminham relatório à Secretaria de Obras e ao Ministério Público de Minas Gerais

Depois da apresentação na reunião ordinária, os vereadores discutiram os resultados da análise. O vereador Thiago Itamar (Ted), relator da Comissão de Obras, agradeceu o trabalho realizado pela empresa Solocap e reiterou que o laudo apresentado comprova o que a comissão já esperava. Disse que não entendia, à época, o fato de o Chefe do Executivo, a Secretaria de Obras ou os representantes legais nunca tomaram uma postura da empresa responsável pelas obras, considerando que os erros são visíveis e se estendem desde 2017. Diante disso, Ted ressaltou que é um descaso com o dinheiro público, considerando que o Município vive um momento financeiro delicado e foram gastos milhões de reais nessas obras. Dessa forma, diz ser a favor de encaminhar o caso para o Ministério Público de Minas Gerais. 

O Presidente da Casa à época, Vereador Roni Enfermeiro, pediu para que os vereadores se manifestassem sobre o caso, para que fossem tomadas as devidas providências e o Município ressarcido pela empresa. Exaltou ainda o  excelente trabalho feito pela comissão de obras e afirmou que o primeiro Requerimento já foi encaminhado ao Ministério Público, que acompanha o caso de perto. 

O vereador Rivael Nunes Machado, presidente da Comissão de Obras, falou sobre a morosidade no Ministério Público, considerando que existem denúncias desde 2014 que ainda não foram julgadas. Ainda diz ser a favor do diálogo e sugeriu que o relatório fosse encaminhado ao Poder Executivo e que fosse realizada uma reunião para discutir sobre o assunto. Reiterou que o Executivo deveria se manifestar antes de o relatório ser encaminhado ao Ministério Público. Por fim, solicitou a presença do representante da empresa Solocap, caso a reunião fosse agendada. 

O vereador Levi da Costa Campos (Levi do Montijo) afirmou que desde de 2017 questionava sobre a pavimentação asfáltica no Município, enviando diversos Requerimentos, que não eram respondidos, os quais solicitavam informações ao Executivo. Reiterou ainda o péssimo serviço prestado pela empresa Terramares, responsável pelas obras. Por fim, diz ser a favor da abertura de uma segunda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), devido a morosidade do Ministério Público. 

O vereador José Resende (Juquinha do Táxi) lamentou a situação da pavimentação asfáltica do Município e afirmou que o relatório deveria ter sido solicitado pelo Executivo, e não pelo Legislativo, para cobrar a empresa responsável pelas obras. Juquinha diz que espera que o Executivo Municipal esteja sendo enganado pela empresa e faça as cobranças necessárias para provar a Casa Legislativa essa teoria. 

O vereador Rodrigo de Paula (Rodrigo do Tico) afirmou que o relatório apresentado é de embasamento técnico, a parte operacional já era vista pelos vereadores e mostrava que as pavimentações sofriam com deficiências técnicas. Rodrigo afirma ter acompanhado a comissão de obras nas visitas e na realização dos relatórios. Dessa forma, diz que o Executivo deve ser cobrado para que o Município possa ser ressarcido pela empresa responsável. Diante disso, destaca a responsabilidade do Executivo no caso, considerando que ele é responsável por contratar a empresa, bem como realizar a fiscalização para que as obras sejam executadas de acordo com o planejamento. Por fim, reiterou que muitas coisas que acontecem na cidade são frutos da cobrança dos parlamentares, como no caso das obras realizadas pela COPASA. 

O vereador João Gonçalves (Joãozinho Cricri) parabenizou a empresa Solocap pelo trabalho apresentado. Joãozinho relembrou os diversos requerimentos enviados para o Executivo no mandato anterior e atual solicitando informações sobre as obras que não foram respondidos. O vereador afirma que não pode haver tamanho descaso com o dinheiro público e o Município não pode tomar um prejuízo de mais de três milhões de reais, gastos com pavimentações asfálticas de péssima qualidade.

Portanto, o Requerimento n° 119/2023, o qual informa o encaminhamento das análises apresentadas pela empresa Solocap Geotenologia Rodoviária ao Prefeito Municipal, à Secretaria de Obras e ao Ministério Público de Minas Gerais, foi aprovado pelos vereadores com dois votos contrários.

Fonte: Comunicação Legislativa – Câmara Municipal de Enttre Rios de Minas

FONTE ENTRE RIOS NEWS

Obras de Aleijadinho passam por revitalização em Congonhas (MG)

Todas as capelas e as peças feitas pelo artista vão ser recuperadas, uma a uma. A previsão é que a restauração seja concluída até o meio de 2024.

Uma das obras mais importantes do Barroco brasileiro está passando por revitalização.

Na paisagem histórica – em Congonhas, região central de Minas – as seis capelas são patrimônio da humanidade.

As 64 obras esculpidas por Aleijadinho e pintadas pelo mestre Athaíde há mais de 220 anos retratam a Paixão de Cristo. A passagem do tempo acabou desgastando essas joias.

Obras de Aleijadinho em Congonhas, Minas Gerais. — Foto: Reprodução/TV Globo
Obras de Aleijadinho em Congonhas, Minas Gerais. — Foto: Reprodução/TV Globo

“Apresentam alguns problemas de danos naturais, que são danos causados pela chuva, pelo desgaste da pintura, e danos pela pouca conservação que tem causado”, diz o diretor de patrimônio de Congonhas, Hugo Cordeiro.

A primeira capela a ser recuperada é a da Santa Ceia. As esculturas precisaram ser retiradas.

“Receberam marcação no piso com giz e com adesivo, há um relatório fotográfico com numeração específica. Então quando essas imagens retornarem, elas irão voltar pro local exato que elas estavam”, explica Hugo.

As peças foram trazidas para um espaço que é monitorado 24 horas por câmeras de segurança e alarmes. O trabalho de recuperação começa dentro de bolhas. Ali, os restauradores retiram o oxigênio e colocam nitrogênio. O processo dura cerca de 45 dias. É uma das técnicas mais modernas para a desinfestação desse tipo de arte, que é feita em madeira.

Nas bolhas, os profissionais monitoram a umidade. O procedimento elimina qualquer microrganismo que possa estar escondido no interior das obras, como cupins.

“Um ovo, a pulpa, ou um inseto adulto, ele é eliminado no interior do madeiramento, no caso aqui do cedro, das esculturas da Aleijadinho. A segunda etapa é a gente fazer uma barreira química com aplicação somente sobre a madeira de um produto inseticida de forma que não ocorram novos ataques”, explica o restaurador Adriano Ramos.

Todas as capelas e as peças de Aleijadinho vão ser recuperadas. Uma a uma. A previsão é que a restauração seja concluída até o meio do ano que vem. Os doze profetas, que ficam na frente do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, também já passaram por limpeza.

“Nós temos os fiéis que vêm pela devoção, pela fé, e aqueles que vêm pela arte, pela cultura”, diz Nedson Pereira de Assis, reitor da basílica do Bom Jesus.

E que só ali podem contemplar e admirar as obras mais importantes do gênio do Barroco mineiro.

“Isso é para ficar, não só para nós brasileiros, mas para a humanidade toda viver essa beleza que é Congonhas. Eu adoro aqui. Sempre coloco no meu roteiro”, diz a aposentada Tereza Cristina da Silva.

“Essas coisas aqui lindas que eu acho que tem que ser mais cuidado. Preservar mais um pouco… Eu estou me sentindo numa imersão cultural sobre toda a história”, diz a psicóloga Ilma Alexandre dos Santos.

FONTE G1

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