José Odilon será sepultado às 16:00 horas. Vai com Deus e mande notícias do mundo de lá!

“Mande notícias do mundo de lá/Diz quem fica/Me dê um abraço, venha me apertar/Tô chegando/Coisa que gosto é poder partir/Sem ter planos/Melhor ainda é poder voltar/Quando quero/Todos os dias é um vai-e-vem/A vida se repete na estação/Tem gente que chega pra ficar/Tem gente que vai pra nunca mais/Tem gente que vem e quer voltar/Tem gente que vai e quer ficar/Tem gente que veio só olhar/Tem gente a sorrir e a chorar/E assim, chegar e partir
São só dois lados/Da mesma viagem/O trem que chega/ o mesmo trem da partida/A hora do encontro/É também de despedida/ plataforma dessa estação/É a vida desse meu lugar/É a vida desse meu lugar/É a vida”
A letra acima tenta expressar o momento em que Lafaiete perdeu um de seus ícones.  A perda supera a saudade e vice e versa. José Odilon Rodrigues será velado hoje a partir das 15:00 hora so velório São Jorge e às 16:00 hroas será sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição. Mande notícias de lá, meu amigo Odilon! Um breve retorno.

Amigos lembram o legado, o amor, a generosidade e os ideais libertários de José Odilon; sepultamento ocorre amanhã à tarde

“Quem passou pela vida em branca nuvem. E em plácido repouso adormeceu, Quem não sentiu o frio da desgraça. Quem passou pela vida e não sofreu. Foi espectro de homem, e não homem. Só passou pela vida, não viveu”.

 

Estes versos carregados de intensidade social e emoção expressam a passagem neste cosmos do ativista político, cultural, ambientalista, humanista e psicólogo José Odilon Rodrigues em sua trajetória humana de 69 anos em que percorreu os abismos, as contradições, desigualdades, as finitudes  e alegrias humanas.

Insatisfeito, corajoso, persistente, engajado, combatente, Zé Odilon, descendente direto do Conselheiro Lafaiete, que empresta o nome a cidade, deixa um legado de superação de que é possível pensar um mundo melhor no qual generosidade e a doação são atributos transformadores da humanidade.  “Ele deixou um legado de amor e até a sua morte ele nos uniu em torno dele”, assinalou Rogério Goulart, amigo pessoal. Mais que a dor, Rogerinho lembra o recado deixado por seu amigo. “O mundo perdeu a humanidade e generosidade que encontramos em José Odilon. Sujeito acima da média, poeta e voltado às causas sociais. Ele deixa um legado de amor ao próximo”, afirmou. Nestes 60 dias, Rogerinho trabalhou incansavelmente nas buscas.

O ex vereador e amigo pessoal, Ricardo Aleixo, o “bijinho” conta passagens de Odilon nas décadas de 60 e 70 quando participaram da fundação do lendário grupo lafaietense “Queluz de Minas”. “Hippie, Odilon era idealista e lutava pelas causas coletivas e deixa uma mensagem de amor ao próximo. Militante de esquerda, desenvolveu projetos sociais nas cidades de Três Marias com os pescadores, e trabalhou na gestão do ex prefeito de Belo Horizonte na gestão do prefeito Célio e Castro. Era uma pessoa que não se acomodava”, assinalou.

O poeta Osmir Camilo, rememora a lucidez, a inquietude e o espírito coletivo de José Odilon em seu protagonismo cultural e ambiental, sem deixar de ressaltar os valores pessoais de alto quilate. “Era uma pessoa honrada, honesta e fora do comum. Tinha um coração  aberto. Uma pessoa doada. Era um paizão de uma sensibilidade acima da média”, ressaltou.

Osmir e Odilon são fundadores do Partido Verde em 1996 e criaram a ONG( Liga Ecológica Santa Matilde (Lesma). “Ele era amigo pessoal do Manuelzão, célebre personagem de Guimarães Rosa no livro Sagarana”, contou. “Mais que retórica, era uma pessoa engajada em todas as dimensões sejam como profissional, ser humano e pai de família”.

Mais que amigo

O caricaturista lafaietense, Jorge Inácio, hoje radicado em Jacareípe (ES) contou os anos que conviveram na infância em Lafaiete e adolescência na Capital Mineira na década de 70, anos de chumbo do regime militar. “A gente era mais que amigo. Vivíamos e viajamos muito de carona. Era um irmão. Um ser humano de alta grandeza”, assinalou, lembrando os ideais libertários do colega.

Velório e sepultamento

O corpo de José Odilon Rodrigues será velado entre 15 às 16 horas, no Cemitério Jardim, amanhã, dia 9, no cemitério Éden em Lafaiete.

“Não desisto nunca e tenho fé que vamos encontrar o Odilon”, desabafa esposa de ambientalista desaparecido

“Rezo muito e confio em Deus plenamente que vamos encontrar o Odilon. Ele é uma bondosa e tem alguém cuidando dele. Eu não desisto nunca que vamos tê-lo de volta muito breve.” Este foi o relato em tom de desabafo de Selma Lúcia, esposa do ambientalista e psicólogo José Odilon Rodrigues, de 68 anos, desaparecido há exatamente 25 dias.

Ele foi visto pela última vez na tarde do dia 7, perto da BR 040, no Bairro São Dimas em Lafaiete. Desde então amigos e familiares se debruçam na missão de procurar e encontrar o Odilon. “Estamos sofrendo muito, eu e meus 3 filhos. Mas Deus há de nos mostrar o caminho onde ele está. Quando ele voltar vamos fazer uma grande festa”, contou Selma, se referindo a parábola bíblica do Filho Pródigo.

Em meio a dor, a aflição e a ansiedade que tomam conta de amigos e familiares de José Odilon Rodrigues, a fé alimenta a chama da esperança. Mais de 50 cidades da região, inclusive Belo Horizonte onde Odilon morou, familiares e amigos fizeram uma completa varredura e espalharam folhetos, cartazes e outdoors. Postos de saúde de toda a região foram avisados de seu sumiço.

A família busca forças para superar o drama. Mas as buscas prosseguem na esperança de encontrar José Odilon cujo desparecimento mobiliza e emociona a comunidade.  O ambientalista e psicólogo é uma pessoa muito admirada em Lafaiete e região. “”Não perco a esperança nunca”, assinalou a esposa Selma que desde que aposentou, devotou sua vida a cuidar do Odilon que sofre de mal de alzheimer.

  • Informações: 9-9970-3632 (Léo) ou 99682-5647 (Selma)

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Seguem a aflição e a dor dos familiares e amigos de José Odilon Rodrigues Pereira, o Odilon, 69 anos. Ele é portador do mal de Alzheimer e está desaparecido desde o dia 07, domingo. Por volta das 14 horas, o psicólogo, ativista político e ambientalista saiu de casa, no bairro São Dimas, em Lafaiete.

Segundo a família, Odilon estava de camisa branca, calça jeans e sandálias de couro. Ele pode estar desorientado, sem conseguir voltar para casa. Familiares, amigos e uma rede cada vez maior de voluntários vêm realizando buscas na cidade e até em outros municípios da região. O último lugar em que foi visto fica próximo à Oficina do Ronei perto da BR 040.

Informações sobre o paradeiro de Odilon podem ser passadas por telefone para sua esposa Selma (31-9-9682-5647) ou seu filho Leo (31-9-9970-3632).


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