Prefeitura lança Programa de Planejamento Integrado para o desenvolvimento de Congonhas em parceria com a ONU e a FDC

O Governo Municipal lançou nesta quarta-feira, dia 21, o Programa de Planejamento Integrado do Município (Integra). A cerimônia de lançamento aconteceu no Museu de Congonhas e contou com a presença de representantes do legislativo, empresas e da sociedade civil.

A iniciativa, inédita em Minas Gerais, engloba a revisão e a elaboração dos planos Diretor, de Mobilidade e de Desenvolvimento Sustentável com objetivo de garantir um crescimento organizado e sustentável, menos dependente da mineração e com respeito aos moradores e ao patrimônio histórico e cultural da cidade.

O Programa Integra foi desenvolvido em parceria com a ONU-Habitat que é uma agência especializada em urbanização sustentável e que será responsável pela revisão do Plano Diretor e pela elaboração do Plano de Mobilidade. E também com o apoio da Fundação Dom Cabral (FDC) que fornecerá apoio técnico na elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável na busca pela diversificação econômica, a inclusão social, a potencialização do turismo, da cultura e do patrimônio histórico e a proteção ambiental de forma integrada e equilibrada de modo a atrair novos e diferentes investimentos.

De acordo com o prefeito Cláudio Antônio de Souza (Dinho) a construção dos planos será feita com participação popular por meio de audiências, entrevistas, reuniões comunitárias e manutenção de um núcleo gestor dos planos com membros da sociedade civil organizada. “Este plano é audacioso porque busca integrar a sustentabilidade econômica e a mobilidade urbana com aquela visão de cidade na qual nós queremos viver no futuro. E é muito importante a participação da população e que cada um traga a sua ideia, porque o melhor plano é aquele no qual a população se engaja e participa”, comentou.

Segundo o Diretor de Programas para Gestão Pública da FDC, Paulo Roberto Gitirana, é fundamental o envolvimento de toda sociedade na construção deste projeto. “Não se constrói uma visão de futuro da cidade em 2035 sem a participação ativa das pessoas e a integração da iniciativa privada e do terceiro setor com o Governo. Então, mais do que esperar pelos resultados deste trabalho, o morador de Congonhas poderá contribuir para construir o futuro que ele deseja e, assim, usufruir dos benefícios de uma nova cidade”, ressalta.

“Graças as consultas, as oficinas e espaços de participação, a população pode esperar que seja promovido um diálogo e um entendimento coletivo do que os habitantes de Congonhas querem e que, a partir destes dados, haja um Plano Diretor e de Mobilidade mais ajustados às necessidades da população e realidade da cidade”, frisou o Coordenador de Programas da ONU-Habitat, Jordi Sánchez Cuenca.

O Planejamento Integrado surgiu da necessidade de revisão do Plano Diretor, de acordo com o Estatuto das Cidades e os outros planos (de Mobilidade e Desenvolvimento Sustentável) são uma iniciativa do poder público municipal para modernizar os instrumentos de gestão para tomada de decisões baseado em evidências e dados, alcançando assim melhores resultados para a cidade, moradores e visitantes.

O foco dos planos é melhorar a qualidade de vida da população congonhense, adotando leis municipais inclusivas, que orientem o crescimento e desenvolvimento urbano de todo o município e que fortaleçam a cultura de tomada de decisões transparentes, baseadas em dados e informações, por meio de diagnósticos, análises e treinamentos. O programa pretende, também, promover o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental de forma equilibrada, contribuindo para que a cidade possa atrair mais investimentos, deixando o município menos dependente da atividade minerária.

Coletas de dados

Muitas das informações que serão utilizadas para a montagem dos três planos virão do Sistema de Informações Geográficas (SIG), já implementado pela Prefeitura Municipal. O sistema utiliza o mapeamento da cidade e as informações dos órgãos públicos para orientar as ações da administração municipal em diversas áreas como o monitoramento de doenças, monitoramento da qualidade do ar, disponibilização de vagas nas escolas, intervenções no trânsito, planejamento e execução de obras, entre outras.

“Ele dará suporte na consolidação dos dados coletados dos três planos, permitirá análises especializadas e regionalizadas do território, além de ser uma potente ferramenta para tomada de decisões e para a participação e transparência de informações com a população”, conta o arquiteto e urbanista Douglas Montes, coordenador da ferramenta.

Com o Programa Integra, a Prefeitura prevê aumentar a eficiência na aplicação dos recursos públicos, dar mais acesso e permitir melhor uso dos serviços públicos à sociedade e melhorar a distribuição de renda e ampliação da autonomia do cidadão.

Por Reinaldo Silva / Fotos: Daniel Silva

ONU elege BH como 5ª melhor cidade para morar no Brasil; veja o top 10

O índice não mede exatamente a qualidade de vida, mas tem indicadores atrelados a um melhor desenvolvimento humano como longevidade, educação e renda de todas as cidades brasileiras

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um ranking das melhores cidades brasileiras para morar. O índice não mede exatamente a qualidade de vida, mas tem indicadores atrelados a um melhor desenvolvimento humano como longevidade, educação e renda de todas as cidades brasileiras. A lista considera não só o município mas também o entorno, com as regiões metropolitanas.

No levantamento realizado pela ONU, São Paulo (incluindo região metropolitana), ficou com a primeira colocação, com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.842. Seguida por Florianópolis 0.833, Curitiba, com o IDH na casa dos 0.810. Belo Horizonte (e região metropolitana) estão na quinta colocada com 0.797. Logo atrás do Rio de Janeiro, com o IDH de 0.805.

O IDH dos município  vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. Os municípios que alcançaram a marca acima de 0,8 são classificadas por possuir índice “muito alto”.

Confira abaixo as 10 melhores cidades e região metropolitana para morar no Brasil:

  1. São Paulo (SP);
  2. Florianópolis (SC);
  3. Curitiba (PR);
  4. Rio de Janeiro (RJ);
  5. Belo Horizonte (MG);
  6. Vitória (ES);
  7. Porto Alegre (RS);
  8. Goiânia (GO);
  9. Cuiabá (MT);
  10. Recife (PE).

A pesquisa foi divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) . Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP, 2022.

FONTE O TEMPO

Terra despovoada? ONU alerta sobre queda na população mundial!

A população mundial alcançou 8 bilhões no ano passado, mas novo relatório da ONU indica uma queda durante as próximas décadas.

Em novembro de 2022, a população da Terra atingiu um novo patamar. O novo número que define a quantidade de pessoas no mundo inteiro chegou a 8 bilhões e vem crescendo com grande frequência. Apesar do grande crescimento ao longo dos últimos anos, novo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) apresenta queda para as próximas décadas.

O crescimento vai reduzir baseado nos registros dos últimos anos. Há 12 anos, a Terra atingiu 7 bilhões de pessoas em 2011. Essa redução já está sendo vista na Europa, com a quantidade de pessoas que participam ativamente na economia. Na África, Ásia e na América Latina a população global tem sido mantida.

População da Terra vai enfrentar declínio nas próximas décadas

Com os dados atuais, o crescimento global deixou de fazer parte da teoria e precisa somente das próximas décadas para se tornar concreta.

Alguns pesquisadores acreditam que a diminuição do crescimento seria uma demanda menor de serviços ou de alimentação. Outros pesquisadores também pensam que a população menos ativa economicamente poderia afetar diretamente a economia.

Na Europa, governos tentaram buscar incentivo na população, indicando que pudessem ter filhos para manter a economia ativa no futuro. O mesmo cenário foi visto na China, exterminando a ‘política do filho único’ que perdurou por 35 anos, proibindo que dos cidadãos tivessem mais de um filho.

Uma perspectiva conhecida como ‘Too Little Too Late’ indica que o maior número da população vai chegar a 8,8 bilhões ainda neste século, caindo em 2100 para 7,1 bilhões. Essa teoria indica bases essenciais para o crescimento da economia, com a pobreza extrema inexistente até 2060.

Para que isso fosse possível, a teoria indica que seria preciso investimentos e avanços da economia, tornando essa perspectiva de extermínio da extrema pobreza algo muito distante.

Nesse cenário, indicam que mudanças socioeconômicas, demográficas e naturais seguem como possibilidade, dependendo exclusivamente das ações que tomarmos dentro dos próximos 10 anos.

FONTE CAPITALISTA

Saiba o que é o vírus Marburg, doença prima do Ebola que causa febre hemorrágica

No último dia 2 de agosto, um homem morreu na Guiné vítima do vírus Marburg, que causa uma febre hemorrágica. A doença possui uma taxa de mortalidade na faixa de 50% e é considerada prima do Ebola, sendo um pouco menos letal.

Após o registro na Guiné, pelo menos 150 pessoas estão sendo monitoradas no país como possíveis contaminados pelo vírus Marburg. Até o momento, não há vacina nem um tratamento específico para a doença.

Apesar dos casos, os vírus não é novo. Ele foi detectado pela primeira vez por uma equipe que pesquisava macacos importados da Uganda. O nome é em homenagem a uma cidade de Alemanha onde o laboratório ficava. Após isso, a doença de espalhou por outras cidades da região, como Frankfurt, além de locais da Sérvia. No total, sete pessoas morreram na época.

Detalhe do vírus Imagem: CDC

O que é o vírus Marburg?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como o Ebola, o vírus Marburg é transmitido para humanos por meio de morcegos frugívoros, seu hospedeiro natural. Entre humanos, é necessário o compartilhamento de fluidos corporais, como suor. Superfícies contaminadas também podem transmitir.

Os sintomas da doença incluem dores de cabeça, conjuntivite, dores musculares, erupções cutâneas, sangramento e diarreia. Normalmente a duração é prolongada. O tempo de incubação pode variar entre 2 e 21 duas.

Ainda segundo a OMS, não existe um tratamento específico. O que ocorre são terapias voltadas para controlar os sintomas, melhorando a taxa de sobrevivência. Ainda sim, é considerado particularmente mortal.

A pessoa que morreu na Guiné com vírus Marburg começou a ter sintomas no dia 25 de julho e morreu dois dias depois. O país é considerado um dos mais pobres do mundo e acabou de decretar o fim da epidemia de Ebola, que atingiu a região no começo do ano e deixou 12 mortos.

Alerta da ONU sobre clima coloca pressão no Brasil para COP26

O alerta dado hoje pelos cientistas que assinam o sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é assustador, preocupante e urgente. A primeira conclusão é a de que é inequívoca a interferência humana no clima e que os seres humanos provavelmente causaram a quase totalidade do aquecimento global que vem sendo observado no último século. A situação é tão grave que dos cinco cenários de emissão avaliados pelos 800 cientistas, 21 deles brasileiros, apenas um desses diagnósticos, o de estabilizar o aquecimento em torno de 1,5 grau Celsius, oferece alguma pequena chance de sobrevida para o Acordo de Paris. O relatório é uma síntese dos estudos do grupo 1 do IPPC e tem cerca de três mil páginas.

Daqui a pouco mais de três meses, a próxima Conferência do Clima, a COP26, que começa no próximo dia 31 de outubro, em Glasgow, na Escócia, será um momento difícil e, ao mesmo tempo, crucial para o mundo. As metas nacionais dos países deverão ser infinitamente mais ambiciosas do que as que já foram apresentadas. O clima no mundo está dando sinais de que não vai esperar pela boa vontade de países, governos, diplomatas, ou seja, os tomadores de decisão… Muito pelo  contrário.

“É indiscutível que as atividades humanas estão causando mudanças climáticas, tornando eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, chuvas fortes e secas, mais frequentes e severas” – a frase destacada pelo cientista Paulo Artaxo, um dos autores-líderes do capítulo 6, do grupo 1, está no relatório e expressa o momento de urgência que o planeta está passando. E ainda acrescenta: “Mudanças recentes no clima são generalizadas, rápidas e intensificadas e sem precedentes em pelo menos 6.500 anos”. E o pior: “O homem tem aquecido o planeta a uma taxa sem precedentes há pelo menos dois mil anos”.

As evidências são muitas, como as ocorridas em 2021: um incêndio na Sibéria (Rússia) lambeu uma área equivalente a 800 mil campos de futebol; na China, uma chuva torrencial, a mais forte em mil anos, provocou mortes e inundações; no Canadá, os termômetros marcaram calor de 49 grau Celsius. Sem falar no frio que atingiu o Brasil nas semanas que antecederam a divulgação do relatório e ainda a maior seca dos últimos 91 anos. No começo de 2022 serão publicados mais dois relatórios, dos grupos 2 (sobre impactos e adaptações) e 3 (sobre mitigação).

“Apesar de dizer que a chance de 1,5 grau Celsius ainda existe, o documento também mostra que a janela para isso é estreita, e não comporta governos negacionistas”, comenta Stela Herschmann, especialista em Política Climática do Observatório do Clima, acrescentando que a linguagem do relatório reflete o sólido consenso científico sobre o problema. “Não é mais um debate sobre se as ações humanas são causa da crise climática, mas do quanto. E o quanto, estimado pela primeira vez, é estarrecedor: fomos responsáveis por 1,07 grau Celsius do total de 1,09 grau Celsius do aumento da temperatura desde a era pré-industrial”.

Ao apresentar o estado das mudanças climáticas, o mais recente relatório – o último documento fora publicado em 2013 – do IPCC aprofundou detalhes sobre os eventos climáticos extremos, incluindo dados sobre poluição do ar urbano e seus impactos. As informações também foram regionalizadas. O cenário traçado para o Brasil é recheado de notícias ruins: o Nordeste corre o risco de sofrer um processo ainda mais drástico de desertificação enquanto no Centro-Oeste a região pode ser atingida por onda extremas de calor, o que impactará na balança comercial brasileira, devido a força do agronegócio nas contas nacionais.

Depois da divulgação deste relatório, o Brasil chegará na COP26 numa situação ainda mais desconfortável perante o mundo. Não bastasse ter sido apelidado de o “negacionista mais perigoso do mundo”, o presidente Jair Bolsonaro, segundo Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, deverá sair da conferência com o status de ameaça climática global.

“Os resultados do IPCC implicam que a redução drástica do desmatamento na Amazônia será um elemento essencial na conta da estabilização do clima nos próximos anos. Para azar da humanidade, o presidente do Brasil é Jair Bolsonaro, que quer ver a floresta no chão. Para azar de Bolsonaro, os brasileiros e o restante do mundo não vão aceitar isso calados”, conclui Astrini.

O relatório apontou que, atualmente, oceanos e ecossistemas terrestres absorvem 70% das emissões. No futuro podem absorver somente 38%, o que acelera o aquecimento global. Pela primeira vez o relatório divulgou, conjuntamente com os dados globais, uma análise minuciosa sobre os impactos regionais no Atlas de Mudanças Climáticas.

Estrada submersa no oeste da Alemanha: especialistas analisam enchentes provocadas por chuvas "extraordinárias" no verão europeu (Foto: Sebatien Bozon / AFP - 17/07/2021)
Estrada submersa no oeste da Alemanha: especialistas analisam enchentes provocadas por chuvas “extraordinárias” no verão europeu e sua ligação com a crise climática (Foto: Sebatien Bozon / AFP – 17/07/2021)

O alerta vermelho do IPCC

1. Do aquecimento de 1,09º C observado atualmente (2011-2020) em comparação com o período pré-industrial (1850-1900), 1,07ºC provavelmente deriva de ações humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

2. Cada uma das quatro últimas décadas foi mais quente que todas as anteriores desde 1850. Entre 2011-2020, o aquecimento da temperatura sobre os continentes é de 1,59ºC em média, contra 0,88ºC sobre o oceano.

3. A influência humana provavelmente contribuiu para o aumento da umidade na atmosfera. A precipitação aumentou desde os anos 1950, e, mais aceleradamente a partir dos anos 1980.

4. Os oceanos aqueceram nos últimos 50 anos e é extremamente provável que a influência humana seja o principal causador desse aquecimento, bem como da acidificação dos mares.

5. O nível do mar subiu 20 cm entre 1901 e 2018. A taxa de elevação saltou de 1,35 mm por ano entre 1901 e 1990 para 3,7 mm por ano entre 2006 e 2018. Desde 1900, o nível do mar subiu mais rápido do que em qualquer outro período nos últimos 3.000 anos.

6. As concentrações de CO2 (gás carbônico), CH4 (metano) e N2O (óxido nitroso), os três principais gases de efeito estufa em mistura na atmosfera, são as maiores em 800 mil anos. As concentrações atuais de CO2 não são vistas desde dois milhões de anos atrás, pelo menos.

7. A temperatura global subiu mais rápido desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos nos últimos dois milênios. As temperaturas desde 2011 excedem as do último período quente longo, 6.500 anos atrás, e se igualam às do período quente anterior, 125 mil anos atrás, quando o manto de gelo da Groenlândia desapareceu quase totalmente

8. Na última década a cobertura de gelo marinho no Ártico chegou a sua menor extensão desde 1850 e, no verão, ela é a menor em mil anos. O derretimento de geleiras atual, com quase todos os glaciares do mundo recuando ao mesmo tempo desde os anos 1950, é o mais acelerado em 2.000 anos.

9. A frequência e a intensidade de extremos de calor e a intensidade e duração de ondas de calor aumentaram na maior parte do globo desde 1950, enquanto os extremos de frio ficaram menos frequentes e menos severos

10. É provável que a proporção de ciclones tropicais (furacões) intensos (categorias 3 a 5) tenha crescido nas últimas quatro décadas e que essas tempestades no noroeste do Pacífico tenham se deslocado para o norte

FONTE PROJETO COLABORA

Conselheiro Lafaiete recebe projeto de teatro acessível criado pela artista global Tatá Werneck premiado pela ONU

Grupo criado pela atriz Tatá Werneck faz espetáculos em que pessoas sem e com deficiência, inclusive visual e auditiva, participam juntas


Grupo premiado pela ONU é o único no mundo a realizar espetáculos 100% acessíveis/Divulgação

Nos dias 23 e 24 de abril, a cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, recebe uma programação para lá de diferente: atividades culturais que são uma experiência ampla, profunda e inovadora em acessibilidade e inclusão. E o melhor: tudo de graça. A ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, fundada pela jornalista Claudia Werneck, traz para a cidade uma oficina (23) e um espetáculo de teatro (24) que, com 10 recursos acessíveis, permitem a participação de todas as pessoas – com e sem deficiência. O projeto “Aqui trem cultura acessível” é patrocinado pela MRS Logística e percorre os municípios por onde passa a ferrovia.

O público vai poder conferir a apresentação da peça “Ninguém mais vai ser bonzinho” do grupo “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade”. Criado pela atriz e apresentadora Tatá Werneck, já foi assistido por mais de 100 mil pessoas e premiado nas Nações Unidas, já que é o único no mundo a realizar espetáculos com máxima acessibilidade. O texto aborda, com muito humor, questões cotidianas de preconceito e discriminação. São sete esquetes em que atores e atrizes se revezam em personagens nos quais a plateia se reconhece com facilidade, fazendo com que todas as pessoas – com e sem deficiência – se divirtam juntas no teatro.

Grupo criado pela atriz Tatá Werneck faz espetáculos em que pessoas sem e com deficiência, inclusive visual e auditiva, participam juntas/Divulgação

Para garantir a participação de todas as pessoas, que é lei, mas ainda praticamente não cumprida, são disponibilizados dez recursos de acessibilidade, como intérprete da língua de sinais brasileira (Libras), fones para audiodescrição, material de comunicação em braile e formatos digitais, visita tátil ao cenário, rampas de acesso, banheiro adaptado e atendimento acessível desde a fila.

Já a Oficina de Teatro Acessível, ministrada por atores e atrizes do grupo, é uma atividade de formação e mergulho nos temas da inclusão, acessibilidade e direitos de pessoas com deficiência. A metodologia, criada pela Escola de Gente, utiliza jogos teatrais para promover a reflexão sobre o que é uma sociedade inclusiva. Em Conselheiro Lafaiete, a oficina será voltada para profissionais de ensino, mas qualquer pessoa interessada em participar pode procurar a Secretaria de Educação.

“A cultura com acessibilidade é uma experiência libertadora e revolucionária. É o momento em que percebemos como, ao longo da nossa existência, vivemos de forma apartada de outras pessoas que fazem parte da mesma humanidade que nós”, explica Claudia, referência internacional em inclusão. “É preciso sensibilizar toda a sociedade, incluindo a classe artística e o poder público, para que sejam incorporadas práticas inclusivas, previstas na legislação, na área da cultura. O projeto não tem o objetivo de garantir apenas que pessoas com deficiência estejam nas plateias, mas que todas elas, com ou sem deficiência, possam fruir e participar das produções com total dignidade”, defende Claudia.

Conselheiro Lafaiete recebe projeto de teatro acessível premiado pela ONU/Divulgação

Verônica Mageste, especialista de Relações Institucionais da MRS, ressalta a importância do projeto para as cidades nas quais a ferrovia está presente. “Projetos deste porte, geralmente, são realizados em grandes centros. O desafio aceito pela nossa parceria com a Escola de Gente é garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de vivenciar esta prática de inclusão, demonstrando que o acesso irrestrito à cultura é real e possível.” A iniciativa conta ainda com apoio da Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, Fundação Pedro Jorge, da Associação Nacional dos Procuradores da República, da Associação Nacional do Ministério Público de Contas, da Ashoka Empreendedores Sociais e do Senado Federal.

Serviço

Conselheiro Lafaiete – Minas Gerais

Dia 23.04 – segunda-feira

Atividade: Oficina

Horário: 15h

Local: Centro Cultural da EE Narciso de Queiros

Endereço: Rua Barão do Suassuí, 231 – Efigênia

Dia 24.04 – terça-feira

Atividade: Espetáculo

Horário: 18h

Local: Centro Cultural da EE Narciso de Queiros

Endereço: Rua Barão do Suassuí, 231 – Efigênia

Ficha técnica do projeto

Coordenação: Pedro Prata

Direção: Carolina Godinho

Produção: Paula Loffler

Elenco: Fabíola Godoi, Louise Marrie, Victor Albuquerque e Fabio Nunes

Audiodescrição: Nara Monteiro

Língua de sinais: JDL Traduções

Direção musical: Edvan Moraes

Figurino: Carolina Bittencourt

Iluminação: Anderson Rato

Comunicação: Alan Thomas

Administração: Luciana Gomes

Sinopse

O espetáculo aborda, com muito humor, questões cotidianas de preconceito e discriminação. São sete esquetes em que atores e atrizes se revezam em personagens em que o público se reconhece com facilidade, permitindo que todas as pessoas – com e sem deficiência – participem e se divirtam juntas no teatro. Duração: 1 hora.

Classificação etária

O espetáculo é livre. No entanto, a recomendação é que seja assistido por pessoas a partir de 12 anos, que conseguem compreender melhor o texto.

 Assessoria de Imprensa – Gabriela Mota
Contato: 21- 9 9359-0009
Email: [email protected]

 

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