Patrimônio histórico restaurado em Congohas: Matriz de N. Sra. da Conceição

Cidade de fé e devoção, Congonhas possui belíssimas igrejas e um valioso acervo de arte barroca. Entre eles, está a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, que passou por um minucioso trabalho de restauro de seus elementos artísticos integrados. Financiada pelo PAC Cidades Históricas, a obra foi entregue aos fiéis em 2017.

Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Congonhas/REPRODUÇÃO

O Altar-Mor foi todo recuperado. As imagens do coroamento encontravam-se amarradas com arame, apresentavam repintura e perda de elementos. O estado avançado de deterioração da madeira do coro necessitou de uso de microesferas de vidro para fortalecimento da estrutura. A camada pictórica recebeu proteção durante o serviço. O elemento inteiro foi nivelado.

O Arco do Cruzeiro, que a exemplo do Altar-Mor é atribuído ao entalhador Francisco Vieira Servas, pelo especialista Adriano Ramos, teve a tarja tratada e reinstalada de forma adequada. Uma asa do anjo voltou à posição original. A exemplo dos outros elementos artísticos, os altares laterais e colaterais também foram higienizados, imunizados e envernizados. Em alguns pontos do coro, a repintura foi removida e reintegrada.

Construída na primeira metade do século 18, a Matriz de N. Sra. da Conceição apresenta várias fases do Barroco e estilo jesuítico na sua fachada. Vários artistas trabalharam nela, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que fez a portada em pedra-sabão.

Congonhas investe na preservação e restauração de seu patrimônio histórico

Congonhas é a única cidade de Minas a ter a maior parte do seu patrimônio tombado restaurado. Ao todo, dez bens históricos e culturais estão sendo valorizados e preservados. Esses investimentos foram feitos com recursos próprios do município e também em parceria com diversas instituições, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do PAC Cidades Históricas, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entregues à comunidade nos últimos dois anos, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja do Rosário passaram por importantes processos de restauração. A requalificação urbanística da Alameda Cidade de Matozinhos de Portugal e a revitalização da Estação Ferroviária de Congonhas também valorizaram ainda mais a área histórica.

Em breve, o Alto Maranhão receberá, oficialmente, a Igreja Nossa Senhora D’Ajuda, restaurada pela Prefeitura, em parceria com o IEPHA. Datada de 1746, a edificação passou por diversas intervenções, entre elas, a restauração do forro da capela-mor, do altar principal e de seus elementos artísticos.

Os investimentos não param por aí. Estão sendo realizadas a requalificação do Centro Cultural da Romaria, a construção do Teatro Municipal Dom Silvério Gomes Pimenta e a implantação do Parque Ecológico, que ligará esses dois espaços ao Museu de Congonhas. Está prevista, ainda, a  restauração do Cine Teatro Leon.

Patrimônio preservado: Casa Artesanato ressurge com seu brilho e imponência na Praça Tiradentes; inauguração acontece dia 9

“Talvez, não no ritmo que gostaríamos, mas aos poucos o Patrimônio Histórico de Conselheiro Lafaiete está sendo devolvido à comunidade. E é com muita alegria, com a sensação de dever que aos poucos vem sendo cumprido, que convidamos a todos para a reabertura da Casa do Artesanato João Salgado”.

Depois de mais de dois anos interditado pelo Corpo de Bombeiros, Lafaiete ganha mais um patrimônio restaurado/Reprodução

Assim resumiu o Secretário Municipal de Cultura, Geraldo Lafayette, ao se referir ao restauro da Casa de Artesanato cuja inauguração acontece no próximo domingo, dia 9, um dia após a celebração da festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade.

Durante mais 2 anos o casarão ficou interditado pelo Corpo de Bombeiros devido a deterioração e risco de queda de telhado.

O restauro é fruto de recursos de uma emenda parlamentar no valor de R$450 mil do deputado federal Leonardo Quintão (PMDB). Obra durou um ano contemplando a reforma geral do telhado, pintura, troca de piso, reforma da parte elétrica, paisagismo interno e edificação da edícula (uma casa pequena, localizada no fundo de um terreno, normalmente dispondo apenas de um dormitório, sala, banheiro e cozinha).

Um das funções do casarão será uma exposição permanente do artesanato local, além do retorno cursos e oficinas do gênero ao local, contemplando anualmente mais de 300 alunos no aprendizado de corte, costura, arraiolo, bordados, pintura, fomento renda e emprego.

Outros bens

Geraldo Lafayette evidenciou o programa de preservação do patrimônio histórico cujo investimento permitiram a reforma do Teatro Municipal, coreto, estação e museu ferroviário e arquivo Antônio Perdição.

Geraldo adiantou que ocorreu esta semana a licitação para a contratação do projeto de restauro da Casa de Cultura Gabriela Mendonça cuja obra deve começar até março de 2019.

Sobre a terceirização para a exploração da histórica Fazenda Paraopeba a licitação foi deserta sem nenhum interessado.

Preservação da memória: Ouro Branco celebra a Semana do Patrimônio

Na tarde dessa segunda-feira (17) conselheiros membros do Conselho de Política Cultural de Ouro Branco, vereador Reinaldo Nolasco, moradores da cidade e a equipe da Prefeitura participam da abertura da Semana de Patrimônio de Ouro Branco, que faz parte do Calendário Municipal.

Na abertura, a saudação do prefeito Hélio Campos e do vice prefeito e secretário de Cultura e Patrimônio Dr. Celso Vaz. Na sequência, a palestra da secretária executiva da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais e pós-graduada em Gestão Patrimônio Cultural com ênfase em Turismo, Ana da Cruz Alcântara Campos Vieira.

Ana apresenta a oficina “Aperfeiçoamento para conselheiros, gestores e agentes de Patrimônio Cultural.”

Confira a programação e participe das atividades da Semana do Patrimônio.

Fundo Estadual de Cultura distribui mais de R$870 mil em recursos de patrimônio histórico e cultura

O Fundo Estadual de Cultura (FEC) continua cumprindo com sua missão de democratizar a produção cultural do estado e fomentar as mais diversas manifestações artísticas presentes em Minas Gerais. Com 85% dos recursos destinados ao interior, o edital 2017 contemplou 197 projetos e disponibilizou R$ 9,5 milhões para projetos culturais que tradicionalmente encontram dificuldades em captar no mercado. O repasse de recursos do FEC, ao contrário da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é direto, sem necessidade de captação junto a empresas, e contempla, de uma forma geral, manifestações da cultura popular, pequenas entidades, grupos e coletivos, tendo uma visão mais voltado ao interior do estado. Clique aqui e tenha acesso ao resultado do certame.

Veja a relação de entidades e prefeituras beneficiadas:

 


História ameaçada: casarão histórico clama por restauro em Piranga

Casarão histórico clama por restauro em Piranga/Reprodução

Setores ligados a cultura e os moradores de Piranga cobram a reforma e restauração de uma importante imóvel cuja arquitetura remonta às origens e crescimento da cidade, mais precisamente ao século XX. O imponente sobrado, situado à rua São Sebastião (Quebra) tem um pé direito alto, amplas e variadas janelas de onde descortinam um amplo horizonte. Porém aos poucos sua estrutura foi comprometida, janelas caindo, telhado, forro em situação degradantes que sugerem cuidados urgentes.

Dona de um rico patrimônio cultural e histórico, o casarão representa parte da história de Piranga que já atravessa mais de 3 séculos. Segundo apurou nossa reportagem ele foi desapropriado pelo ex prefeito Eduardo Guimarães pelo valor de R$ 250 mil cujo decreto declarou que seria instalada a Casa de Cultura e Museu.

O projeto não foi executado. O prefeito posterior Carlinhos e deixou o casarão descaracterizando ao sabor do tempo e ao descaso com a história de Piranga.  A reforma estaria orçada em R$500 mil.

Muitos leitores e internautas sugerem a busca de recursos no Fundo Estadual de Cultura e outras leis de incentivo a cultura. Ou casarão sucumbirá ao abandono ou se transformará em breve em apenas mais um retrato na parede?

A Secretária Municipal de Cultura, Gislaine Dias, informou que já existe um projeto para reforma do casarão, porém falta arrecadação de fundos para executa-lo e transformá-lo na casa da cultura.

A história

O sobrado foi moradia do Cônego Felício de Abreu Lopes, oriundo de Mariana, com a atribuição de ser pároco em Piranga a partir de 1901. Segundo o historiador, Marco Gomes, do Arquivo do Conhecimento Cláudio Manoel da Costa, a obra foi erguida pela comunidade para moradia do religioso. O Cônego Felício residiu ali até a sua morte na década de 40, quando seus familiares venderam o imóvel por volta dos aos 70/80 para a família de Dona Filinha Milagres.

O sobrado é tombado pelo patrimônio municipal. Marco Gomes exalta a desapropriação, mas reclama que a implantação do Museu continua paralisada. “Na verdade é o 4º local que perdemos para implantação de um Museu Municipal, em parceria com o Arquivo do Conhecimento Cláudio Manuel da Costa. O 1º foi o prédio à  Rua Vereadora Maria Anselmo, em 1988. O 2º foi o espaço da Capela de Nossa Senhora da Boa Morte, em 1998. O 3º foi o casarão da antiga Câmara Municipal, em 2010 e o 4º é este prédio do Cônego Felício que aos poucos está caindo. Muitas forças não querem o Museu em Piranga”, desabafou Marco.

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