Depredação em fazendas e possível chegada da mineração preocupam moradores de cidade da região

Duas fazendas coloniais do século XIX, Córrego de Areia e Santa Cruz, situadas em Arrojado Lisboa, região de preciosos sítios arqueológicos, foram alvo de depredação com furtos de material de construção, cerca de 600 metros de fiação elétrica, além de vários equipamentos.

A Delegacia de Polícia Civil de Belo Vale registrou os danos e infrações contra o precioso patrimônio inventariado, através de Boletim de Ocorrência, em 21/10/2021, pela denúncia da Procuradoria Geral do Município de Belo Vale. Em setembro de 2021, as duas fazendas pertencentes a herdeiros de Ubaldo Teixeira de Souza, foram vendidas para a Companhia de Mineração Serra Azul. Pouco tempo após a venda, parte dos herdeiros comprou novamente, uma das fazendas – a Santa Cruz – da mesma empresa.

Polícias de Belo Vale e Jeceaba estão em ação; conduzidas por informações dos moradores identificaram os vândalos residentes em Jeceaba, já conhecidos por praticar esses crimes. Os habitantes de Arrojado Lisboa estão preocupados, não só pela insegurança de verem suas habitações depredadas, como também, por enfrentar uma nova realidade com a chegada das mineradoras na região.

Há informações de que outra fazenda estaria sendo vendida para uma mineradora instalada em Belo Vale. Ainda, empresas planejam implantar um centro de transporte de minério, utilizando-se da linha ferroviária. A Prefeitura Municipal de Belo Vale, através de suas secretarias de Meio Ambiente e Cultura está acionando o Ministério Público da Comarca de Belo Vale para inquérito de investigação.

A grave depredação do patrimônio público é preocupante, e os autores devem ser punidos. É fundamental que a Câmara Municipal instale uma Audiência Pública para apurar os fatos, dar segurança à população, e planejar o futuro de Arrojado Lisboa.

Fotos: Divulgação Secretaria Municipal do Meio Ambiente & Tarcísio Martins.

Moradora centenária relembra festas da comunidade antes do furto de imagens

Moradora centenária Jovercina Vilaça, conhecida localmente como Dona China, relata como eram feitas as preparações para as festas de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, na Igreja Matriz de Santo Antônio de Itatiaia, antes do furto de 1994.

Dona China, comovida com as lembranças, expressa uma profunda saudade da época em que as tradições eram vivas e fortes. Após o furto da Igreja, o sentimento de tristeza e vazio tomou conta da comunidade e enfraqueceu as tradições.

Recuperar as peças sacras arrancadas de nossa comunidade mais que um direito é uma forma de valorizar as memórias vivas de nossos moradores e manter acesa a chama de seus legados.

Ajude-nos a recuperar as peças roubadas! Consulte o Banco de Dados de Bens Culturais Procurados (http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/219), denuncie e nos ajude a recuperar nossa história!

:: Ministério Público de Minas Gerais ::
(31) 3250-4620 / seccultural@pmmg.mp.br / cppc@mpmg.mp.br / Rua Timbiras, 2.941, Bairro Barro Preto, Belo Horizonte. CEP 30.140-062

:: Iphan ::
(31) 3222-2440 / (61) 2024-6342 / (61) 2024-6355 / (61) 2024-6370 / depam@iphan.gov.br / cgbm@iphan.gov.br / faleconosco@iphan.gov.br

:: Iepha/MG ::
(31) 3235-2812 / (31) 3235-2817 / www.iepha.mg.gov.br

:: Policia Militar ::
Disque denúncia – 181 / (31) 3741-1253 / (31) 3741- 6569 / (31) 9 8887-1739 (WhatsApp) (65a Cia. de PM)

:: Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis ::
(31) 9 9820-8755 (WhatsApp) / www.osbemtevis.org.br.

CRÉDITOS
Filmagem: Ícaro Félix e Bruna Lopes
Direção e edição: Ícaro Félix
Produção: Bruna Lopes
A campanha é uma iniciativa da Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis

https://youtu.be/600s-vGSi5c

Entre Rios promove passeio ciclístico pela valorização do patrimônio histórico

O esporte agregando valor a cultura e valorização da identidade de um povo. Aconteceu ontem (12), o Passeio Ciclístico, promovido em parceria pela Prefeitura Municipal e a Associação dos Ciclística de Entre Rios de Minas (ACER), reunindo amadores e amantes do esporte de rodas.

O city tour de 5 km percorreu as vias urbanas por onde a história da cidade se desenvolveu ao longo dos mais de 300 anos de fundação e despertou o pertencimento do rico patrimônio de Entre Rios, entre eles o Hospital Cassiano Campolina, do mecenas homônimo, e bem tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico, e a Igreja de Nossa Senhora das Brotas, data de 1928, em estilo arquitetônico neo-gótico, tombado pelo Município.

Ao final do percurso, os participantes se interagiram com sorteios de prêmios. “Nós queremos despertar esse sentimento na sociedade entrerriana e todo o nosso trabalho está voltado para isso, para chamar a atenção sobre a nossa memória, nossa identidade a preservação de nossos valores”, resumiu o atuante Secretário Municipal de Cultura, o Felipe Resende.

O próximo passeio está agendado para dezembro. Mais informações em @descubraentrerios_mg e @acer_entrerios

Capela histórica ganha sistema eletrônico de alarme

O serviço inclui a locação de equipamentos, instalação, monitoramento remoto 24 horas e manutenção preventiva e corretiva com reposição de peças.

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), anunciou, no dia (17/08), a instalação de sistema eletrônico de alarme contra intrusão em 57 bens culturais protegidos ou de interesse de preservação pelo Estado e Carandaí foi contemplado com o sistema de proteção entre 26 municípios mineiros.

Em Carandaí, o patrimônio que irá receber o sistema de segurança será a Capela de Nossa Senhora da Glória, localizada na comunidade da Ressaca é um bem cultural tombado em níveis municipal e estadual.

A Capela foi erigida em 1736, inicialmente em estrutura de madeira e ao final do século XVIII foi reedificado em alvenaria de pedra. O tombamento estadual da Capela de Nossa Senhora da Glória pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – CONEP foi aprovado em 10 de dezembro de 2008.

O serviço contemplado inclui a locação de equipamentos, instalação, monitoramento remoto 24 horas e manutenção preventiva e corretiva com reposição de peças. A instalação dos alarmes será feita em igrejas, capelas, museus e casarões espalhados por 26 municípios mineiros. O prazo para a execução do trabalho é de seis meses, a partir da assinatura do contrato.

Segundo Felipe Pires, presidente do Iepha-MG, salientou que a implantação dos sistemas de alarme irá garantir que a polícia e as comunidades locais tomem conhecimento, rapidamente, de qualquer tentativa de intrusão em edificações que possuem bens móveis de alto valor histórico, facilitando ações protetivas. “Através desse instrumento, o Iepha-MG amplia seu papel na proteção e preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais. A instalação dos alarmes em edifícios tombados ou de interesse cultural do Estado reforça a segurança contra intrusão e furto dos bens móveis e, assim, há mais tranquilidade também para as comunidades”, disse.

Prefeitura de Piranga vai reformar sobrado histórico que contava com a sorte para permanecer em pé

Uma grande notícia para a preservação cultural de Minas Gerais. O Prefeito de Piranga, Luizinho Araújo (PMN) anunciou em um vídeo a tão aguardada reforma do casarão do Padre Felício, edificação desapropriada há mais de 10 anos e que contava com a sorte para permanecer em pé. O valor da desapropriação em 2011 foi de R$250 mil.

Ontem (20), ocorreu a licitação para reforma do casario colonial, mas segundo informações, das 3 concorrentes, uma foi desabilitada pela Comissão de Licitação e recorreu da decisão. Seguem 5 dias para análise do recursos e divulgação da vencedora.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, a reforma contemplará intervenções como a troca do telhado e do assoalho do segundo andar, a demolição da caixa d’água, entre outras coisas. Os recursos de mais de R#200 mil para a reforma virão do Fundo Municipal de Patrimônio Histórico (Fumpac).

A histórica

Dona de um rico patrimônio histórico, Piranga vem perdendo seus exemplares de época ao longo dos anos. O imponente sobrado do Padre Felício tem pé direito alto, amplas e várias janelas envidraçadas, de onde se descortina visual sobre o centro da cidade.

Dos elementos que mais se destacam no casarão chama a atenção as pinturas interiores do artista italiano Ângelo Bigi. Aos poucos, sua estrutura foi se deteriorando: janelas e portas estão caindo aos pedaços, paredes trincadas, telhado e forro em situação degradante. O desabamento de parte do telhado em 2019 colocou em risco toda edificação.

O casarão do Cônego Felício representa parte da história de Piranga, que já atravessa mais de três séculos. O sobrado foi erguido pela comunidade para moradia do Cônego Felício de Abreu Lopes, que veio para Piranga em 1900 com a atribuição de ser pároco da primeira paróquia de Minas Gerais. Cônego Felício nasceu em 11/12/1872 na cidade de Mariana. Era dono de um estilo vigoroso e autoritário, exerceu longo paroquiato, participando ativamente, com mão de ferro, em todas as áreas do grande “Pays de Guarapiranga”.

Na parte educacional, foi o primeiro Inspetor da Escola Estadual Coronel José Ildefonso, quando da sua inauguração em 1912. Na política, tornou-se elo entre o povo e a elite da cidade, dominada pelos antigos coronéis, grande defensor da austeridade e do comportamento ético-cristão das atitudes das autoridades.

No campo social foi um ferrenho moralista em prol dos bons costumes, e cobrava de seu rebanho o desempenho máximo de suas obrigações religiosas, campo no qual se conta vários casos pitoresco a seu respeito. O Cônego Felício residiu no sobrado até a sua morte na década de 1940. Por volta dos anos 70/80, os familiares do Cônego venderam o imóvel para a família de Dona Filinha Milagres. ( Fotos e texto original de Patrício Guará Drone)

Projeto transforma comunidade de Miguel Burnier

Ao longo do ano, o programa Comunidade + Arte em Miguel Burnier, distrito da cidade Ouro Preto, fortaleceu o contato com a arte e a cultura, além de promover as noções de pertencimento na comunidade. Iniciado em fevereiro, as atividades foram finalizadas em dezembro com resultado satisfatório tanto para a equipe idealizadora do projeto quanto para os moradores do distrito.

Foto_Mariana-Rennó

Desde a reformulação, que aconteceu em 2015, já que anteriormente realizava apenas intervenções artísticas pontuais, o programa executa ações arquitetônicas e didáticas oferecendo a recuperação visual de casas e áreas de uso comum, além de aulas de dança e capoeira para os alunos da escola local. Em uma parceria entre Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP, Gerdau e os próprios moradores, a reestruturação das fachadas e interiores das moradias resgata a sensação de bem-estar no distrito e incentiva na comunidade o desejo de manter o cuidado com as construções.

Toda a proposta é elaborada partindo da ideia de que arte e cultura geram transformações positivas no cotidiano das comunidades. Nas oficinas de pigmentação com uso de recursos naturais e materiais de baixo custo, os moradores são capacitados sobre as técnicas de pintura para que estejam aptos a realizarem a fabricação das tintas, intensificando a autonomia da comunidade local na conservação e manutenção das moradias; com a participação nas oficinas, eles enxergam na transformação visual das casas a melhoria da sua própria condição de vida.

Mesmo com o incentivo à participação ativa dos moradores em todo o processo, foi garantido o acompanhamento profissional do trabalho durante esses 11 meses, sempre conscientizando sobre conceitos de cidadania e considerando a realidade da comunidade, suas necessidades, desejos, seu modo de vida e sua cultura. Para as oficinas de produção das tintas e para as pinturas das moradias, além da própria equipe da Fundação, um grupo de pedreiros e pintores treinados e contratados dentro da própria comunidade tornou possível a aplicação do projeto.

Em meio às fases do programa, as intervenções realizadas em cada moradia foram definidas seguindo os desejos próprios de cada família, que discutem o projeto a ser desenvolvido. Já nas aulas de dança e capoeira ministradas pelos professores Fernanda Bacha (dança) e Luiz Rafael Silva (capoeira) como atividades extraclasse da escola local, as noções de cidadania são fomentadas por meio da aproximação de crianças e jovens com a diversidade cultural de manifestações artísticas do país.

Os momentos de aprendizado e descontração promovidos pelas aulas de dança e capoeira, assim como as oficinas e pinturas das casas e espaços de interação da comunidade, estabelecem novas relações espaço-temporais que utilizam a arte e a cultura como molas propulsoras. A metodologia aplicada nas reformulações visuais segue os passos de projetos renomados de conservação de moradias, sendo a principal o projeto Habita Vida, idealizado pela professora e coordenadora do Núcleo de Arte da FAOP, Rachel Falcão.

As atividades do Comunidade + Arte em 2016 são concluídas com a certeza de que ele gerou a troca de experiências entre a comunidade e repassou conhecimentos. O programa é desenvolvido Diretoria de Promoção e Extensão Cultural da FAOP e coordenado pela professora Ana Célia Teixeira, com patrocínio da Gerdau por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

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