Primeira capela de Mariana (MG) será inaugurada após restauração

Localizada no bairro de Santo Antônio, conhecido também como Prainha, a Capela e o Largo de Santo Antônio serão devolvidos para uso da comunidade e entregues à Arquidiocese de Mariana, após restauração. A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Obras e Gestão Urbana, realiza as inaugurações da primeira capela de Mariana na terça-feira (23), às 15h. 

A Capela de Santo Antônio é o primeiro templo religioso construído em Mariana e, provavelmente, o mais antigo de Minas Gerais. Erguida no século XVII, como agradecimento pela descoberta de ouro na região. Construída inicialmente em taipa e pau a pique, a edificação sofreu diversas transformações ao longo dos anos, como o acréscimo da fachada atual, que data do final do século XIX e início do século XX. A construção está inserida em um largo, que possui tombamento em nível Federal, datado de 14 de maio de 1938.

Foram realizadas intervenções no telhado, forro, piso e instalações elétricas. Também foi instalada uma proteção de incêndio e proteção de descarga atmosférica. O investimento da obra é de R$ 1,3 milhão, com recursos do Fundo de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça. O projeto foi elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do Programa de Aceleração do Crescimento de Cidades Históricas (PAC – Cidades Históricas).

A elaboração do projeto e a execução da requalificação do Largo de Santo Antônio foram realizadas pela Prefeitura de Mariana, com o investimento de R$ 800 mil. Foram realizadas reformas no meio-fio e calçada, ações de paisagismo com plantio de vegetação e instalação de bancos, limpeza da cruz monumental e alteamento de muro de contenção em pedra seca. (Jornal Galilé).

Retomada a restauração da histórica igreja de Santo Antônio; imagem sacra passa por restauro

Após a aprovação da etapa final das obras, com recursos do Ministério Público de Minas Gerais, via plataforma Sementes, e a análise minuciosa do IPHAN, a restauração da Igreja Matriz de Santo Antônio foi retomada, em Ouro Branco (MG). Prevista para conclusão em 2024, as intervenções incluem elaboração do projeto de bens artísticos e integrados e sua respectiva restauração, a conservação da cantaria, requalificação das janelas sineiras e do piso em ladrilho hidráulico, imunização e restauração do Arco do Cruzeiro, oratório e natex, restauro das ilhargas, além da instalação do sistema de vigilância.

A Fundação de Arte de Ouro Preto|FAOP, em parceria com a Prefeituta Municipal de Ouro Branco e com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, inicia a restauração das imagens da Capela Mãe dos Homens.

Diretoria de Patrimônio Histórico de Congonhas entrega novos Inventários e Dossiês do Tombamento conforme a política do Programa ICMS Patrimônio Cultural

A Prefeitura Municipal de Congonhas, por meio do Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico – DPHA, faz entrega de novos inventários e Dossiês de Tombamento, conforme a política do Programa ICMS Patrimônio Cultural. Congonhas chega ao fim de 2023 com 305 bens inventariados nas categorias de bens móveis, imóveis, imateriais, acervos, conjuntos urbanos, sítios naturais e sítios arqueológicos. O Município tem, atualmente, 20 bens tombados na esfera municipal, 03 na estadual, 04 na federal e mais 04 bens imateriais registrados tanto na esfera estadual quanto na federal.

Foram inventariados, este ano, pelo município:
Embarcadouro Ferroviário da Cruzeiro do Sul;
Comunidade Remanescente Quilombola Barra de Santo Antônio;
Comunidade Remanescente Quilombola do Campinho;
Arquivo da Escola Municipal Barão de Congonhas;
Atualização do inventário da Ladeira Bom Jesus;
Atualização do inventário do Jubileu do Bom Jesus.

Outro Dossiê de Tombamento que está sendo entregue é o do prédio da Escola Municipal Barão de Congonhas. Neste caso, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Congonhas – Comuphac – realizou o levantamento para registro do imóvel no ano de 2019. De acordo com a DPHA, o dossiê é primordial para estabelecer diretrizes de conservação e valorização do imóvel, bem como sua relevante história afetiva com a comunidade congonhense.

Também está sendo finalizada complementação ao Dossiê de Tombamento da Igreja de São José Operário, de 2002, devido a recomendações do IEPHA.

Sobre os inventários para registros e tombamentos:
Os inventários são uma forma de proteção e catalogação inicial feitos por meio de fichas com levantamentos arquitetônicos, históricos e descrição. Eles são avaliados e aprovados pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Congonhas que poderá gerar, posteriormente, um tombamento ou registro imaterial.

Sobre o ICMS Cultural:
O ICMS Patrimônio Cultural é um programa de incentivo oriundo da Lei Robin Hood, destinado à preservação e difusão do patrimônio cultural de Minas Gerais, gerenciado pelo Iepha-MG. As avaliações recebem pontuações e posterior repasse de recursos aos municípios do ICMS Cultural para os que trabalham na preservação e conservação de seu patrimônio e suas referências culturais através de políticas públicas relevantes.

Os acervos do programa ICMS Patrimônio Cultural estão disponíveis à população na Diretoria de Patrimônio Histórico. Confira a listagem de bens tombados, registrados e inventariados em 2023:
https://drive.google.com/file/d/1BVRiHw_JjvyA4l-PJdSFr0C-OjLjdObS/view?usp=sharing

Fichas de inventário 2023
https://drive.google.com/drive/folders/1N2775MR37VSigPC8QHhnp9LWs-R3XMcg?usp=sharing

Texto: Daniel Palazzi – colaboração: Diretoria de Patrimônio Histórico
Fotos: Acervo DPHAC
1: Capa – Barra de Santo Antônio
2: Arquivos para registro E.M. Barão de Congonhas
3: Embarcadouro
4: Comunidade do bairro Campinho

Patrimônio histórico de Lafaiete (MG) em ruínas: paisagem, memória e demolição

Atualmente o município possui bem pouco do casario do Séc. XVIII, XIX e princípio do XX, com isso a cidade perde sua identidade cultural ligada à arquitetura. Nesse sentido cabe aqui o conceito de “Não Lugar” elaborado por Marc Augé (1994). Os “não lugares” segundo Augé (1994) são locais que não possuem uma identidade própria e que podemos visualizar em qualquer lugar do mundo.”- (Extraído do artigo , Patrimônio Cultural e Memória, Conselheiro Lafaiete um não lugar?, artigo escrito pela Turismóloga  Kelly Juliane e a professora e arquiteta Renata Maria- Revista Museu/Maio/2019.

Patrimônio edificado no inicio do século XX, arquitetura eclética, demolido, saindo da paisagem urbana e  virando mais uma memória que só poderá ser visto em fotos ou filmagens. (Por João Vicente)

“O passado não é abstrato; ele tem a realidade material como patrimônio, que por sua vez tem consequências materiais para a identidade e o pertencimento da comunidade. O passado não pode simplesmente ser reduzido a dados arqueológicos ou textos históricos – ele é patrimônio de alguém.”Laurajane Smith (é Diretora da Escola de Arqueologia e Antropologia e do Centro de Estudos em Patrimônio e Museu na Australian National University)

     Patrimonio edificado estilo eclético pode ser o próximo da lista.

Hoje deparei com uma triste realidade, realidade essa que sem repetindo desde década de 50 contra os patrimônios culturais  edificados no século XVII, XIX e XX que continuam sendo demolidos em nossa cidade (patrimônios esses que deveriam serem protegidos e  preservados). Não irei me delongar no meu artigo, apenas alertar a sociedade se continuarmos assistindo tudo isso que está acontecendo com o nosso patrimônio arquitetônico cultural em breve a cidade de Conselheiro de Lafaiete vai virar uma cidade fantasma, sem identidade, um não lugar para se viver intensamente o seu lugar, sua aldeia, sua comunidade sem identidade, sem passado e sem memória.  Por fim, se nada for feito por parte da sociedade civil organizada, a história e a memória urbana da cidade,  irão ser conhecidas pelas futuras gerações, somente em papeis de fotografias nas paredes de algumas casas e nos arquivos públicos. Indico a leitura do artigo escrito pela Kelley e a Renata, “Patrimônio Cultural e Memória, Conselheiro Lafaiete um não lugar”? para que os leitores possam fazer suas reflexões a respeito da importância ou não em preservar e manter o nosso patrimônio cultural edificado em pé ou não. Dar a ele (patrimônio edificado) um espaço preservando sua  identidade urbana com a cidade, subjetivamente em um espaço que cumpra sua função social e cultural.

Luz, cultura e religiosidades no Natal de Ouro Preto, patrimônio cultural mundial

Abertura será nesta sexta-feira, 8, com cortejo natalino e árvore de Natal gigante

Ouro Preto abre, nesta sexta-feira, 8 de dezembro, o seu Natal de Ouro Preto – Luz e História. O evento vai iluminar e movimentar a cidade histórica mineira. A agenda de atrações vai até o dia 25 e inclui cortejos, apresentações teatrais e culturais, manifestações religiosas tradicionais, Encontro de Folia de Reis e de Corais e até uma pitada do carnaval, com a apresentação do bloco Zé Pereira dos Lacaios, o mais antigo do Brasil.

Para o secretário municipal de Cultura e Turismo de Ouro Preto, Flávio Malta, a cidade histórica é um cenário único para as festividades do Natal. “As igrejas barrocas da cidade e as tradicionais missas natalinas lembrarão a rica herança cultural e religiosa da região. Ouro Preto, com suas construções históricas e o legado da época do ciclo do ouro, proporciona um cenário único para as festividades natalinas, os festejos tradicionais das Folias de Reis, Pastorinhas e Corais são marcas da história, presentes na programação cultural do Natal de Ouro Preto, fazendo do nosso Natal Luz e História”, enfatiza.

O coordenador geral do evento, Gilson Fernandes Antunes Martins, destaca que as atrações programadas vão trazer o clima de festividade do Natal para a cidade. “Ouro Preto é uma de dia e outra à noite, ainda mais quando ganha uma iluminação especial. O Natal de Ouro Preto – Luz e História é uma oportunidade para que a população e os visitantes possam aproveitar a temporada de Natal na cidade. Tradicionalmente, nossa cidade tinha uma baixa atração turística nessa temporada, o que está mudando desde a criação do evento. No ano passado, o trade turístico da cidade (hotéis, pousadas, restaurantes e comércio) movimentou mais de R$ 10 milhões”, destaca o coordenador geral do evento, Gilson Fernandes Antunes Martins.

Abertura

A inauguração do Natal de Ouro Preto – Luz e História começa na Praça Tiradentes, no Centro Histórico da cidade, começa com a iluminação de uma árvore de Natal com altura superior a 8 andares, em frente ao Museu da Inconfidência, uma das paradas tradicionais dos turistas que visitam a cidade, a partir das 19h30.

Ao som da Sociedade Musical Senhor Bom Jesus das Flores (Banda do Alto da Cruz), o animado cortejo natalino vai sair da Praça Tiradentes em direção à Praça Reinando Alves de Brito, onde será aberta a Feira de Natal, com a participação do Coral do IFMG. A criançada vai se divertir com Papai Noel, elfos, personagens da Patrulha Canina (Chase, Skye e Marshall) e do Walt Disney como Mickey e Minnie, Anna, Elsa e Olaf. Será possível acompanhar este momento, entre outros, na projeção que será feita na fachada da Igreja de São Francisco de Assis.

No dia 9, a partir das 20 horas, será aberta a Casa do Papai Noel, que vai ocupar o Antigo Fórum, na Praça Reinaldo Alves de Brito, 13. A atração especial será a apresentação das Pastorinhas de Ouro Preto. Um cortejo sairá da Praça Tiradentes até o local, ao som da Banda Civil. No mesmo dia, a Bauxita vai receber uma apresentação do Barroco Jazz, a partir das 20 horas.

No domingo, 10, será realizado o Auto de Natal, a partir das 10 horas, no Largo do Cinema. Já o Encontro de Folia de Reis começará às 14 horas na Casa dos Contos. Para fechar a programação do dia, o Bloco do Zé Pereira dos Lacaios vai tomar as ruas da cidade a partir das 18 horas.

Religiosidade

A Casa da Ópera vai receber o Encontro de Corais no dia 16, a partir das 20 horas. No domingo que antecede o Natal, 17, serão realizadas diversas missas pela cidade. Às 7 horas, na Igreja de Santa Efigênia, será apresentado o presépio. No encerramento, uma apresentação da Banda das Flores. À tarde, a partir das 16 horas, no mesmo local, a Missa Rosário vai receber a Banda Bom Jesus de Matozinhos ao final da celebração.

Na Basílica Menor de Nossa Senhora do Pilar, uma das mais importantes do barroco nacional, a celebração será em homenagem Padre Simões (1931-2009), a partir das 20 horas, com a presença dos alunos da Escola de Música Padre Simões, que compõem a Orquestra Jovem de Ouro Preto e o Coral Francisco Gomes da Rocha.

Em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, a missa dominical será às 19 horas, na Igreja de Nazaré. E para encerrar a programação do segundo domingo, o Bloco Zé Pereira vai se apresentar na Praça Tiradentes, a partir das 18 horas.

As atividades vão se intensificar na semana que antecede o Natal. No dia 18, serão inaugurados os presépios das igrejas São Bartolomeu e Conceição (Antônio Dias). Na primeira, haverá a apresentação da Banda do Rosário, às 19 horas e na outra, a apresentação de Coral. No dia 22, a partir das 20 horas, os visitantes poderão conferir uma apresentação teatral. No dia 23, também às 20 horas, será realizado um cortejo natalino da Igreja de São Francisco de Assis até a Praça Tiradentes.

Cemig: a energia da cultura

O Natal de Ouro Preto é uma realização da Prefeitura de Ouro Preto e Governo de Minas Gerais, com patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (2018.13607.0617) e produção da Holofote Cultural. O projeto integra o Natal da Mineiridade, que vai celebrar Minas Gerais e suas tradições das mais variadas formas. Ao longo do período das festividades, os visitantes poderão conhecer mais dos costumes em diferentes regiões do estado. De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o Natal da Mineiridade visa estabelecer uma verdadeira integração entre a capital e as cidades do interior, fortalecendo não apenas o sentimento de amor à Minas Gerais, mas o turismo em todo o estado.

Para a diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, ao investir e apoiar as expressões artísticas no estado, a companhia contribui para a ampliação e democratização do acesso às práticas culturais, reforçando seu compromisso com a preservação do patrimônio material e imaterial, memória e identidade do povo mineiro. “O Natal da Mineiridade terá uma programação riquíssima, intensa, diversa e plural, espalhada por várias regiões do estado e que tem a mineiridade como a sua força motriz. Celebramos a identidade e a tradição do povo mineiro. Isso dialoga com o compromisso da Cemig de democratização e ampliação do acesso às práticas artísticas e culturais no estado, além de fortalecer e preservar os costumes locais, e gerar emprego e renda”.

Serviço:
Natal de Ouro Preto – Luz e História
Local: Ouro Preto
Data: 8 a 25 de dezembro de 2023

Bordadeiras de Quinta: grupo promove exposição nas comemorações de 310 anos de Entre Rios e valoriza o patrimônio histórico e arquitetura

ENTRE RIOS DE MINAS – Manhã de 17 de novembro de 2023. Entre a agulha, a linha e as vivências. O Espaço Cultural Sicoob Credicampo recebeu a exposição BORDADEIRAS DE QUINTA – grupo formado por mulheres de Entre Rios de Minas que se reúne toda quinta-feira para bordar. Mas não é qualquer bordado, elas bordam as casas da cidade. Cada uma escolhe uma edificação, pesquisa sobre a construção, a história da família que ali viveu ou ainda vive. É um trabalho absolutamente rico, de apropriação do patrimônio arquitetônico e cultural da cidade. Cada detalhe é observado, da soleira, do espelho da fechadura, do portão, das janelas, do beiral, do telhado. Cor, forma, luz e sombra, volume, altimetria, espaço urbano, espaço arquitetônico. Sem grandes pretensões é exatamente isso que cada bordadeira vislumbra, capta e transforma em bordado. E a cidade passa a ter registro de suas edificações, das mais sofisticadas às mais singelas – tudo feito com o mesmo cuidado. Mas o trabalho das bordadeiras transcende muito além, elas associam a materialidade à imaterialidade, quando refletem o “modus vivendi” de cada família em sua espacialidade e suas histórias; como funcionava a cozinha, rememoram os aromas das quitandas: broa de fubá, biscoitos, pão de queijo. E aquele cheiro inebriante de doce de figo, do arroz doce e da goiabada. Elas fazem passeios imaginários pelos quintais, com suas árvores frondosas e sombras intensas.

As Bordadeiras de Quinta são mulheres determinadas, fortes e empoderadas que compreendem como poucos o Patrimônio Cultural de Entre Rios de Minas. Esta exposição nos prova isto, está muito bem cuidada e a curadoria é da nossa querida amiga Cláudia. É evento integrante das celebrações dos 310 anos da cidade.

Na abertura tivemos presenças expressivas, dentre elas o presidente do Sicoob Credicampo, Saulo Mascarenhas, que fez saudação aos presentes e uma fala cativante; seguido pelo gerente da Agência Sicoob. Como convidado, também cumprimentei as bordadeiras e a todos os presentes. O prefeito José Walter Resende Aguiar participou para prestigiar, também parabenizou a todos e teceu elogios ao grupo Bordadeiras de Quinta. Contamos ainda com a presença da historiadora de arte, a professora Myriam Ribeiro de Andrade, com sua alegria e encantamento pelo trabalho das suas conterrâneas bordadeiras.

Nossa sexta-feira transcorreu MARAVILHOSAMENTE BEM e com energia altamente positiva de um grupo de mulheres fortes, atentas e encantadoras. Por enquanto, o grupo só conta com mulheres, mas elas não gostam de clube da Luluzinha, os homens que quiserem aprender a bordar, serão muito bem-vindos.

A vida é bela e junto com estas bordadeiras repletas de senso de humanidade, a VIDA torna-se mais bela ainda.

FONTE Luiz Cruz via Facebook

Bordadeiras de Quinta: grupo promove exposição nas comemorações de 310 anos de Entre Rios e valoriza o patrimônio histórico e arquitetura

ENTRE RIOS DE MINAS – Manhã de 17 de novembro de 2023. Entre a agulha, a linha e as vivências. O Espaço Cultural Sicoob Credicampo recebeu a exposição BORDADEIRAS DE QUINTA – grupo formado por mulheres de Entre Rios de Minas que se reúne toda quinta-feira para bordar. Mas não é qualquer bordado, elas bordam as casas da cidade. Cada uma escolhe uma edificação, pesquisa sobre a construção, a história da família que ali viveu ou ainda vive. É um trabalho absolutamente rico, de apropriação do patrimônio arquitetônico e cultural da cidade. Cada detalhe é observado, da soleira, do espelho da fechadura, do portão, das janelas, do beiral, do telhado. Cor, forma, luz e sombra, volume, altimetria, espaço urbano, espaço arquitetônico. Sem grandes pretensões é exatamente isso que cada bordadeira vislumbra, capta e transforma em bordado. E a cidade passa a ter registro de suas edificações, das mais sofisticadas às mais singelas – tudo feito com o mesmo cuidado. Mas o trabalho das bordadeiras transcende muito além, elas associam a materialidade à imaterialidade, quando refletem o “modus vivendi” de cada família em sua espacialidade e suas histórias; como funcionava a cozinha, rememoram os aromas das quitandas: broa de fubá, biscoitos, pão de queijo. E aquele cheiro inebriante de doce de figo, do arroz doce e da goiabada. Elas fazem passeios imaginários pelos quintais, com suas árvores frondosas e sombras intensas.

As Bordadeiras de Quinta são mulheres determinadas, fortes e empoderadas que compreendem como poucos o Patrimônio Cultural de Entre Rios de Minas. Esta exposição nos prova isto, está muito bem cuidada e a curadoria é da nossa querida amiga Cláudia. É evento integrante das celebrações dos 310 anos da cidade.

Na abertura tivemos presenças expressivas, dentre elas o presidente do Sicoob Credicampo, Saulo Mascarenhas, que fez saudação aos presentes e uma fala cativante; seguido pelo gerente da Agência Sicoob. Como convidado, também cumprimentei as bordadeiras e a todos os presentes. O prefeito José Walter Resende Aguiar participou para prestigiar, também parabenizou a todos e teceu elogios ao grupo Bordadeiras de Quinta. Contamos ainda com a presença da historiadora de arte, a professora Myriam Ribeiro de Andrade, com sua alegria e encantamento pelo trabalho das suas conterrâneas bordadeiras.

Nossa sexta-feira transcorreu MARAVILHOSAMENTE BEM e com energia altamente positiva de um grupo de mulheres fortes, atentas e encantadoras. Por enquanto, o grupo só conta com mulheres, mas elas não gostam de clube da Luluzinha, os homens que quiserem aprender a bordar, serão muito bem-vindos.

A vida é bela e junto com estas bordadeiras repletas de senso de humanidade, a VIDA torna-se mais bela ainda.

FONTE Luiz Cruz via Facebook

O renascimento ferroviário: tesouro histórico abandonado será restaurada com investimento milionário

Ouro Preto (MG), 12 de setembro de 2023 – Ontem, em um evento realizado no auditório da Prefeitura de Ouro Preto, foi assinada a Ordem de Serviço para a aguardada reforma da histórica Estação Chrockatt de Sá. Esta iniciativa representa um marco significativo na preservação do patrimônio histórico e cultural da região, bem como no desenvolvimento econômico local. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades e foi marcada por discursos emocionantes. Serão investidos cerca de R$1 milhão na obra.

A reforma da Estação Chrockatt de Sá, também conhecida como Estação de Bocaina, é um projeto que promete reviver o esplendor de 1897 sob a liderança de Sidney Pedrosa, da Pedrosa Recursos. Este marco da história ferroviária brasileira será restaurado com todo o seu esplendor arquitetônico, preservando seu valor cultural.

O evento contou com a presença de figuras proeminentes, incluindo o Prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, a Vice-prefeita Regina Braga, a Secretária Municipal de Cultura, Margareth Monteiro, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Felipe Vecchia Guerra, representantes da experiente empreiteira AGD Empreiteira e Renata Fonseca, coordenadora da Plataforma Semente, uma plataforma de projetos do Ministério Público de Minas Gerais, junto com sua equipe.

Os recursos para esta empreitada são provenientes de medida compensatória ambiental destinada pelo Ministério Público, e serão monitorados pela Plataforma Semente, que está mantendo um olhar vigilante, assegurando que cada detalhe seja meticulosamente executado.

O Prefeito Angelo Oswaldo, em suas palavras, enfatizou a relevância da Estação Chrockatt de Sá: “Esta estação é muito representativa das estações do começo do século passado. É uma parte fundamental de nossa história e cultura, e estamos empenhados em preservar sua memória para as futuras gerações.”

A Secretária Municipal de Cultura, Margareth Monteiro, compartilhou seu entusiasmo pelo projeto: “Nós visitamos a Estação e toda área em torno, é um lugar lindíssimo. Nós estamos acompanhando esse trabalho há muito tempo, nós temos que agradecer e parabenizar essa iniciativa.”

A Vice-prefeita Regina Braga expressou seu entusiasmo, destacando a importância de Chrockatt de Sá: “Essa região é uma região que contribui muito para Ouro Preto, onde a extração mineral impacta muito e fico muito feliz com o apoio do Ministério Público. Agradecemos a iniciativa do projeto, que ficou lindo e volto a dizer, Chrockatt que já é lindo, vai ficar maravilhoso.”

A obra está programada para ser concluída em 7 meses, com o projeto do escritório de arquitetura e engenharia Urbi. Além da restauração da Estação Chrockatt de Sá, um projeto adicional de destaque foi apresentado – uma área de eventos, uma praça que complementará o local, proporcionando um espaço público para entretenimento, lazer e cultura.

Esta restauração não apenas resgatará um tesouro histórico, mas também impulsionará o desenvolvimento econômico e cultural da região, garantindo que a rica herança ferroviária de Ouro Preto continue a inspirar e encantar as futuras gerações. Este é um capítulo emocionante na história de Ouro Preto e na proteção de nosso patrimônio histórico e cultural.

O renascimento ferroviário: tesouro histórico abandonado será restaurada com investimento milionário

Ouro Preto (MG), 12 de setembro de 2023 – Ontem, em um evento realizado no auditório da Prefeitura de Ouro Preto, foi assinada a Ordem de Serviço para a aguardada reforma da histórica Estação Chrockatt de Sá. Esta iniciativa representa um marco significativo na preservação do patrimônio histórico e cultural da região, bem como no desenvolvimento econômico local. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades e foi marcada por discursos emocionantes. Serão investidos cerca de R$1 milhão na obra.

A reforma da Estação Chrockatt de Sá, também conhecida como Estação de Bocaina, é um projeto que promete reviver o esplendor de 1897 sob a liderança de Sidney Pedrosa, da Pedrosa Recursos. Este marco da história ferroviária brasileira será restaurado com todo o seu esplendor arquitetônico, preservando seu valor cultural.

O evento contou com a presença de figuras proeminentes, incluindo o Prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, a Vice-prefeita Regina Braga, a Secretária Municipal de Cultura, Margareth Monteiro, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Felipe Vecchia Guerra, representantes da experiente empreiteira AGD Empreiteira e Renata Fonseca, coordenadora da Plataforma Semente, uma plataforma de projetos do Ministério Público de Minas Gerais, junto com sua equipe.

Os recursos para esta empreitada são provenientes de medida compensatória ambiental destinada pelo Ministério Público, e serão monitorados pela Plataforma Semente, que está mantendo um olhar vigilante, assegurando que cada detalhe seja meticulosamente executado.

O Prefeito Angelo Oswaldo, em suas palavras, enfatizou a relevância da Estação Chrockatt de Sá: “Esta estação é muito representativa das estações do começo do século passado. É uma parte fundamental de nossa história e cultura, e estamos empenhados em preservar sua memória para as futuras gerações.”

A Secretária Municipal de Cultura, Margareth Monteiro, compartilhou seu entusiasmo pelo projeto: “Nós visitamos a Estação e toda área em torno, é um lugar lindíssimo. Nós estamos acompanhando esse trabalho há muito tempo, nós temos que agradecer e parabenizar essa iniciativa.”

A Vice-prefeita Regina Braga expressou seu entusiasmo, destacando a importância de Chrockatt de Sá: “Essa região é uma região que contribui muito para Ouro Preto, onde a extração mineral impacta muito e fico muito feliz com o apoio do Ministério Público. Agradecemos a iniciativa do projeto, que ficou lindo e volto a dizer, Chrockatt que já é lindo, vai ficar maravilhoso.”

A obra está programada para ser concluída em 7 meses, com o projeto do escritório de arquitetura e engenharia Urbi. Além da restauração da Estação Chrockatt de Sá, um projeto adicional de destaque foi apresentado – uma área de eventos, uma praça que complementará o local, proporcionando um espaço público para entretenimento, lazer e cultura.

Esta restauração não apenas resgatará um tesouro histórico, mas também impulsionará o desenvolvimento econômico e cultural da região, garantindo que a rica herança ferroviária de Ouro Preto continue a inspirar e encantar as futuras gerações. Este é um capítulo emocionante na história de Ouro Preto e na proteção de nosso patrimônio histórico e cultural.

Fé, devoção e história: uma das mais antigas capelas de MG é restaurada e resgata sua imponência

Fé, emoção e alívio em Catas Altas da Noruega, na Região Central de Minas Gerais, a 132 quilômetros de Belo Horizonte. Na comunidade rural de Jequitibá, moradores celebraram, ontem, a reabertura da centenária Capela Nossa Senhora dos Remédios. Houve reinado, apresentação das guardas de congado, missa, procissão e as tradicionais barraquinhas, levando muita gente à festa que ocorre há 270 anos e é uma das mais antigas do estado.

O templo católico vinculado à Paróquia São Gonçalo do Amarante e distante seis quilômetros da sede do município foi restaurado nos últimos dois anos, ganhando mais destaque a fachada, o altar-mor e um anjo de madeira que coroa a padroeira. Segundo os organizadores da festividade, a capela tem origem numa ermida, de 1752, construída por frei Francisco Vieira, da Ordem dos Trinitários, em honra à Santíssima Trindade e a Nossa Senhora dos Remédios. 

A festa começou no dia 7 com extensa programação religiosa e cultural, e terminou ontem, com a missa celebrada pelo titular da Paróquia São Gonçalo do Amarante, padre João Luiz da Silva. “Foi uma festa bonita, e, melhor do que isso, a capela foi recuperada, pois estava bem degradada”, informou Giovane Neiva, da pastoral da comunicação da paróquia. Os recursos para a obra, que durou dois anos, são da própria paróquia (dízimo, doações e barraquinhas), com parte da prefeitura local.

Comunidade rural de Jequitibá festejou ontem o templo centenário reaberto, com direito a reinado, missa, procissão e as tradicionais barraquinhas(foto: GIOVANE NEIVA/PASTORAL DA COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO)

HISTÓRIA 

A capela tombada pelo município foi consagrada em 1767 e fica no alto de um morro, onde há um cruzeiro de madeira – o local recebia muitos fiéis da região, especialmente em época de epidemias e calamidades. Em meados do século 18, o singelo templo teve como sacerdote o padre Bento de Souza Lima, político, proprietário de minas de ouro, fundador da cidade de Santa Margarida e primeiro pároco da cidade de Lamim, na Zona da Mata.

O construtor da capela de Jequitibá, frei Francisco Vieira de Jesus Maria, pertencia a uma secular ordem religiosa francesa, os Trinitários, criada no século 12 por São João de Mata e São Félix de Valois, ambos propagadores da devoção a Nossa Senhora dos Remédios. Homem culto e bom pregador, o frei nasceu em Piranga, também na Zona da Mata, sendo irmão de Teresa Ribeiro de Alvarenga, além de tio e educador do inconfidente Claudio Manoel da Costa. 

A Ordem da Santíssima Trindade ou Ordem dos Trinitários tinha o objetivo inicial de resgatar os cristãos cativos no Oriente durante as cruzadas, embora sem dispor de recursos financeiros para tanto. Conforme conta a tradição católica, “apareceu então Nossa Senhora aos seus fundadores, entregando-lhes uma bolsa cheia de dinheiro, prestando-lhes de modo o ‘remédio’ para suprir aquelas necessidades”.

E mais, segundo a tradição católica: “Desde então, a Virgem Maria ganhou o título de Nossa Senhora dos Remédios. Nos mais diversos locais onde os Trinitários estiveram, exerciam as funções de evangelizar, manter igrejas, cuidar dos doentes e pobres”. 

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