Cicloturismo em Minas Gerais: Conheça o Ciclo Jacutinga

Ciclo Jacutinga: pedale no mais novo circuito autoguiado de cicloturismo de Minas Gerais

Uma região repleta de atrativos naturais, com paisagens emolduradas pela Serra da Mantiqueira. É nesse contexto que está localizado o mais novo circuito de cicloturismo do Brasil: o Ciclo Jacutinga.  

Com 15 percursos e mais de 678km de extensão, o roteiro tem ponto de partida na cidade mineira de Santa Rita de Jacutinga, cidade mineira na Zona da Mata, na divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além de passar por 10 vilarejos15 cachoeiras, e tem tudo para cair no gosto de ciclistas de todo o Brasil.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Vargem do Sobrado.

 Lançado nacionalmente no final de novembro, o Ciclo Jacutinga é uma rota com diversos atrativos. São dois estados impactados (Minas Gerais e Rio de Janeiro), duas regiões turísticas (Circuito Serras de Ibitipoca e Vale do Café) e sete Municípios (Santa Rita de Jacutinga, Rio Preto, Passa Vinte, Bom Jardim de Minas, Valença, Barra do Piraí e Barra Mansa). 

Para desenhar as 15 rotas que formam o Ciclo Jacutinga foram levadas em conta as opiniões de cerca de 20 ciclistas de Santa Rita. São pessoas acostumadas a pedalar pela região, que auxiliaram no projeto com dicas de passeios que já eram feitos na cidade – auxiliando na formatação dos roteiros e no mapeamento das trilhas.  

Ou seja: é um circuito feito por ciclistas e para ciclistas.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Boqueirão.

 “As conversas com essas pessoas que já pedalam foram fundamentais para que conseguíssemos colocar o Ciclo Jacutinga em funcionamento. A ideia já existia e pudemos desenvolver um roteiro que valoriza as belezas naturais da região, aproveitando os caminhos, as estradinhas de terra e as trilhas que já existem na cidade para fazer esta rota turística para ciclistas”, comenta Gil Cunha, idealizador do projeto e atual secretário de turismo de Santa Rita de Jacutinga.  

Conhecendo a estrutura  

Embora seja uma cidade pequena, com cerca de 5 mil habitantes, Santa Rita de Jacutinga tem um vasto território, com mais de 437mil km². O município é encravado entre montanhas belíssimas, com diversos atrativos naturais – inclusive dezenas de cachoeiras, um dos principais chamarizes da vida ao ar livre na região.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Vargem do Sobrado. 

“A região é realmente muito bonita e as pessoas precisam conhecer melhor esses pequenos paraísos escondidos. Desenhamos o Ciclo Jacutinga passando por todos os cantos do munícipio, em todas as comunidades rurais, com circuitos para todos os níveis de cicloturistas”, explica Gil.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Travessia da Balsa. 

Diferente de outras rotas de cicloturismo pelo Brasil, uma das metas do Ciclo Jacutinga foi facilitar a logística dos ciclistas. Todas as ciclorrotas são circulares, ou seja, elas começam e terminam no centro da cidade de Santa Rita de Jacutinga.  

Desta forma, a ideia é que os cicloturistas tenham facilidade para se hospedarem e se alimentarem quando o trecho de pedal do dia se encerrar.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Santa Rita. 

“A cidade tem uma boa estrutura de hospedagem e alimentação, e está totalmente rodeada por montanhas. Então, a cada dia o turista pode optar por um roteiro diferente, sempre de maneira autoguiada. Ele pode viajar com outras pessoas, que às vezes nem vão fazer as atividades de ciclismo, mas à noite se encontram para atividades em conjunto na cidade”, complementa Gil.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Serra do Pacau.

 Além de um novo destino para cicloturistas brasileiros, o Ciclo Jacutinga também tem a preocupação de oferecer oportunidades de emprego e renda para a população local. Não por acaso, as ciclorrotas passam por 10 vilarejos rurais da região, ampliando a imersão dos turistas na cultura local.  

As 15 etapas do Ciclo Jacutinga 

Todas as 15 ciclorrotas do Ciclo Jacutinga são autoguiadas: as trilhas são totalmente sinalizadas com placas, além de estarem devidamente cadastradas em aplicativos de GPS, como o Wikiloc.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Santa Isabel. 

Para quem quiser fazer o Ciclo Jacutinga inteiro, a sugestão dos organizadores é de 12 dias de roteiro – o que significa que em 3 dias a pessoa percorra 2 rotas, as mais curtas do circuito. 

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Fazendas Históricas. 

Entretanto, é possível que cada ciclista organize a viagem de acordo com seu gosto pessoal. No site oficial do Ciclo Jacutinga constam todas as informações necessárias para que cada pessoa possa desenvolver seu próprio roteiro autoguiado pelos morros, montanhas e trilhas da região: são percursos entre 15km e 100km de extensão, para todos os gostos e preparos físicos – basta querer pedalar.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Santa Clara. 

Além do recém-criado Ciclo Jacutinga, a cidade de Santa Rita de Jacutinga recebe outro circuito de cicloturismo, a Volta das Transições, com início e encerramento no município, que é o principal circuito de cicloturismo da região turística das Serras de Ibitipoca. 

Localização e como chegar 

Santa Rita de Jacutinga tem uma localização geográfica que pode ser considerada estratégica, já que se encontra entre as três principais capitais do país, Belo Horizonte, São Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ. O acesso mais próximo é por carro, com ligação direta com as rodovias Presidente Dutra e BR-040.  

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Conservatória. 

No site do Ciclo Jacutinga existem informações detalhadas sobre cada ciclorrota, arquivos de GPS e uma central de downloads com diferentes recursos, como mapas e planilhas, que podem ser impressos para orientar cada ciclista durante os trajetos e garantir o deslocamento seguro, mesmo se a bateria do GPS acabar.  

O endereço é o www.ciclojacutinga.com

Ciclo Jacutinga
Foto: Ciclorrota Bandeira.

 FONTE MINAS GERAIS

Ciclista pedala até o topo do Vale do Piranga chegando a 1,4 mil metros

Em mais de 12 horas de percurso, entre 6 da manhã e seis da tarde, num total de cerca de 70kms. O ponto mais elevado da nossa região está situado na divisa de Catas Altas da Noruega com Ouro Preto, na serra de Santo Inácio, localidade denominada Malta. E, no mês passado, pedalamos até lá para registrar esta área cuja altitude culminante é de 1.445 metros em relação ao nível do mar, medição in loco.

O acesso se faz pela cidade de Catas Altas da Noruega sentido localidade de Santo Inácio: daí, é só morro íngreme para chegar ao topo culminante. O plantio de eucalipto na área dificulta a vista da paisagem do entorno, que apenas se descortina nas áreas mais abertas. As vistas nos permitem observar a serra do Itacolomi, a serra da Mantiqueira, o amplo vale dissecado pelo rio Piranga, entre outros conjuntos do Espinhaço.

Esse topo elevado da serra de Santo Inácio pode ser visto de vários outros morros da nossa região, como do Mandengo, por exemplo, situado em Piranga. De acordo com moradores locais, a área pertence à chamada “Mata da Companhia”, de antiga propriedade da extinta Alcan.

O lugar é remoto, mas digno de beleza para trilhas e caminhadas. De lá, seguimos até o segundo ponto mais alto da nossa região, situado nas “costas” do distrito de Monsenhor Izidro, na serra de Itaverava, divisa deste município com o de Ouro Branco, cuja medição local foi de 1.417 em relação ao nível do mar. Desse topo, tem-se uma vista privilegiada da serra da Mantiqueira e de boa parte do alto e médio vale do Piranga, das serras de Camapuã, de Ouro Branco e do Itacolomi.

Este local faz a divisão de três bacias hidrográficas: Carmo, Piranga e São Francisco. Os dois pontos são de grande potencial para o turismo da nossa região e chamam muito a atenção, pois estão, inclusive, mais altos do que a própria nascente do rio Piranga, situada em Ressaquinha, na serra da Trapizonga, com altitude culminante de 1.358 metros. De Catas Altas até os dois topos mais elevados da nossa região são cerca de 70km (ida e volta).

O protagonista desta aventura foi Patrício Guará Drone, um ambientalista, ativista cultural. “Um trecho que poderia ser uma rota turística”, sugeriu.

FONTE E FOTOS GUARA DRONE

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